Transporte Ferroviário A Realidade Brasileira Profa. Débora C. Braga
Diversidade do Sistema Ferroviário Tipos de Tração Vapor Eletricidade/catenária Diesel Aderência Simples/rodas Ar comprimido Magnetos Suspensa/cabos Trens Terrestres Locomotiva Carro/vagão Litorina Trens Suspensos Funicular Cremalheira Teleférico Telecadeira
Tipos de Bitolas Bitola Standard = 1,435m Bitola Estreita < 1,435m Bitola Larga > 1,435m (no Brasil 1,600m) Bitola Métrica – 1m Bitola Mista com 3 ou mais trilhos
Maiores Redes Ferroviárias no Mundo País Ferrovias Território 1ª E.U.A. 270,3 mil km 9,4 milhão km2 2ª Canadá 194 mil km 10 milhão km2 3ª Rússia 87 mil km 17 milhão km2 4ª Índia 62 mil km 3,3 milhão km2 5ª China 54 mil km 9,5 milhão km2 6ª Alemanha 42 mil km 0,4 milhão km2 7ª Austrália 40,1 mil km 7,7 milhão km2 8ª Argentina 34,5 mil km 2,8 milhão km2 9ª França 34,4 mil km 0,5 milhão km2 10ª Brasil 30,1 mil km 8,5 milhão km2
Ferrovias Brasileiras no Séc. XIX 1854 – Brasil Ferrovia D. Pedro – inaugurada a primeira ferrovia brasileira entre Rio de Janeiro – Petrópolis (pé da serra) com 14,5 km. 1865 – Brasil - Railway Santos-São Paulo-Jundiaí para escoamento do café. Foi concebida e iniciada pelo Barão de Mauá que foi obrigado a transferir o projeto para a concessionária inglesa. Para superar um desnível de 800m adotou-se um revolucionário sistema funicular, baseado em cabos de aço. 1879 – O Estado de São Paulo conta com uma malha ferroviária ampla que liga a Capital a diversas cidades (Rio Claro, Mogi Mirim, Sorocaba, Bragança, São Carlos, Brotas e Jaú) 1881 – Estrada de Ferro de São João del Rei com 100km. 1883 – A primeira estrada de ferro sobe a serra até Petrópolis, com a colocação de um trilho central com uma roda dentada, num sistema de cremalheira.
Ferrovias Brasileiras no Séc. XX Em meados da década de 1910 a escalada nos preços do carvão começou a preocupar seriamente as administrações das ferrovias nacionais. Inauguração da ferrovia de Campos do Jordão em 15/11/1914, tendo 46,67 km de extensão. Companhia Paulista faz a primeira viagem experimental de um trem tracionado por uma locomotiva elétrica em 1921, entre Jundiaí e Louveira.
Eletrificação das Estradas de Ferro de SP Trecho Extensão Tipo de Postes Data da Inauguração Campinas-Tatu 49,7 km Concreto 01 / 11/ 1925 Tatu-Rio Claro 40,0 km Aço 26 / 12 / 1926 Rio Claro-São Carlos 72,5 km 07 / 09 / 1928 São Carlos-Rincão 79,5 km 01 / 12 / 1928 Itirapina-Jaú 101,4 km 15 / 11/ 1941 Jaú-Bauru 67,0 km 23 / 06 / 1948 Bauru-Cabrália Paulista 41,3 km Eucalipto 17 / 05 / 1954 http://www.efbrasil.eng.br/electro/cpef.html#ensaio
Ferrovias Paulistas 1971 – Criada Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA) para congregar cinco vias do estado somando 3.000 km. 1998 – A FEPASA é transferida para Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). 1998 – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) continua sendo gerida pelo Estado de SP. 1999 – Programa de desestatização transfere gestão das ferrovias paulistas para FERROBAN. 2006 – FERROBAN transfere sua concessão à ALL (América Latina Logística)
Plano Nacional de Desestatização Principais objetivos: Desonerar o Estado; Melhorar a alocação de recursos; Aumentar a eficiência operacional; Fomentar o desenvolvimento do mercado de transportes; e Melhorar a qualidade dos serviços.
Cias. Ferrovias Brasileiras Trens de Subúbio Cia. Brasileira de Trens Urbanos (RN, PB, PE, AL, BA, MG, CE) Cia. Paulista de Trens Metropolitanos Metrô SP Metrô Fluminense Cia. Do Metropolitano DF Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre
Cias. Ferrovias Brasileiras Trens de Longo Percurso E. de F. Trombetas E. de F. do Jari E. de F. do Amapá E. de F. Caracjás Cia. Ferroviária do Nordeste Ferrovia Centro-Atlântica E. de F. Vitória-Minas MRS Logística E. de F. Paraná-Oeste (FERROESTE) Ferrovia Norte Brasil (FERRONORTE) NOVOESTE Ferrovia Bandeirantes (FERROBAN) Estrada de Ferro Votorantim Ferrovia Tereza Cristina América Latina Logística
Mapa Ferrovias Brasileiras 2012
ALL-América Latina Logística do Brasil S.A. 1996 obteve concessão da Malha Sul pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A.; 1997 inicia a operação dos serviços; 1998 agrega trecho sul da Fepasa; 1999 adquire duas ferrovias argentinas; Compromisso em viabilizar Corredores do Mercosul; Transporte de carga de produtos agrícolas; Extensão total de 15.000km. http://www.antf.org.br/index.php/all/malha-norte
Trechos da ALL
Ferrovia Novoeste S.A. 1996 obteve a concessão da Malha Oeste, pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A; Ligação com a Bolívia; Transporta: minério de manganês, ferro, soja e cimento; Extensão de 1.622km – bitola métrica; 779 funcionários.
Ferrovias Bandeirantes S.A. 1998 obteve a concessão da Malha Paulista, pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A. – antiga FEPASA; Concessão de 30 anos; Extensão de 4.186km – bitola métrica, larga e mista; 2006 suas ações foram vendidas para a ALL (América Latina Logística) Transporta 673 mil passageiros por ano.
FERRONORTE S.A. 1989 concessão para construção, operação, exploração e conservação da ferrovia por 90 anos; 1992 obras iniciadas; 1998 inaugurado o primeiro trecho com 804km; Transporte: Soja, algodão, açúcar; Promovendo ampliação das plantações no cerrado; Extensão total planejada 5.228km.
Estrada de Ferro Carajás Inaugurada em 1985 sem túneis e pouca terraplanagem; 1997 obteve concessão para operar a ferrovia por 30 anos.; 1997 inicia a operação dos serviços de carga e passageiros; Produtos transportados: Minério de ferro e soja; Desenvolvimento de siderurgias no percurso; Extensão 1.056km – bitola larga; Transporta 450mil passageiros por ano; Possui 1.241 funcionários. http://www.antf.org.br/index.php/vale/efc
Estrada de Ferro Vitória Minas Inaugurada em 1904, construída por ingleses; Incorporada à Vale do Rio Doce na déc. de 1940; Privatizada em 1997 com concessão de 30 anos; Maior trafego, mais moderna e produtiva; Produto: Minério de ferro Extensão 988km – bitola métrica; Transporta 1 milhão de passageiros por ano com percurso diário; 3.032 funcionários. http://www.antf.org.br/index.php/vale/efvm
Ferrovia Centro-Atlântica 1996 obteve a concessão por 30 anos da Malha Centro-Leste, pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A.; 2003 Vale do Rio Doce assume a FCA; Transporte de: açúcar, adubos, ferro e soja; Cruza 07 estados + DF Extensão total de 7.080km – bitola métrica e mista.
Transporte de: carvão, enxofre, silicato de sódio; MRS Logística S.A. 1996 obteve a concessão por 30 anos da Malha Sudeste, pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A.; Transporte de: carvão, enxofre, silicato de sódio; Extensão de 1.674km – bitola larga e mista. 3.928 funcionários http://www.antf.org.br/index.php/mrs/resumo
Ferrovia Paraná S.A FERROESTE - Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A detém a concessão desde 1988. 1997 subconcedeu a gestão à FERROPAR com concessão de 30 anos; Transporta: soja, milho, trigo, combustível; Extensão de 249km – bitola métrica – ligando Guarapuava e Cascavel; 46 funcionários
Cia. Ferroviária do Nordeste 1997 obteve concessão da Malha Sul pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A.; 1998 inicia a operação dos serviços; Compromisso de integração e desenvolvimento regional; Produtos transportados: Cálcio, combustível, açúcar, alumínio; Liga 07 rodovias do NE ao principais portos; Extensão total de 4.534km – bitola larga e métrica. http://www.antf.org.br/index.php/transnordestina
Outras Ferrovias Estrada de Ferro Trombetas - EFT liga as minas de bauxita de Serra do Saracã em Oriximiná (PA) ao Porto Trombetas (PA) Estrada de Ferro Jari - EFJ transporta madeira que alimenta a fábrica de celulose do Projeto Jari - norte do Pará Estrada de Ferro Amapá - EFA transporta minério de manganês da Serra do Navio (AP) até Porto de Santana-Macapá. Ferrovia Tereza Cristina S.A. - FTC transporta carvão mineral do sul SC ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e cerâmica ao Porto de Imbituba
Ferrovia Norte - Sul VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. O traçado inicial 1.550 km (Maranhão, Tocantins e Goiás). Em maio 2006 (Lei nº 11.297) incorpora o trecho Açailândia-Belém ao traçado inicialmente projetado Ferrovia Norte-Sul terá, quando concluída, 1980 quilômetros de extensão.