A religião, segundo Rubem Alves Sociologia da Religião Júlio Paulo T. Zabatiero FUV - 2009.

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Transcrição da apresentação:

A religião, segundo Rubem Alves Sociologia da Religião Júlio Paulo T. Zabatiero FUV

Religião, segundo Feuerbach “Não, a linguagem religiosa não é uma janela, não é um vidro transparente, abrindo-se para um lado de lá onde habitam entidades extramundanas. A religião é um sonho. Mas nos sonhos não nos encontramos nem no vazio, como pensava o empirismo, nem nos céus, como afirmavam os teólogos, “mas na terra, no reino da realidade. O que ocorre é que nos sonhos vemos as coisas reais no esplendor mágico da imaginação e do capricho, em vez da simples luz diurna da realidade e da necessidade.” O mundo do sagrado não é uma realidade do lado de lá, mas a transfiguração daquilo que existe do lado de cá.” (p. 95)

Religião, segundo Feuerbach “Espelho. É isto: a linguagem religiosa é um espelho em que se reflete aquilo que mais amamos, nossa própria essência. O que a religião afirma é a divindade do homem, o caráter sagrado dos seus valores, o absoluto do seu corpo, a bondade de viver, comer, ouvir, cheirar, ver... Assim chegamos à mais espantosa das conclusões desse homem que amava a religião e nela encontrava a revelação dos segredos de sua própria alma: ‘O segredo da religião é o ateísmo’.” (p. 96)

Os profetas do AT e a religião “É provável que os profetas tenham sido os primeiros a compreender a ambivalência da religião: ela se presta a objetivos opostos, tudo dependendo daqueles que manipulam os símbolos sagrados.... Daí a necessidade de separar o Deus em cujo nome falavam, que era o Deus dos oprimidos e despertava a esperança e apontava para um futuro novo, dos ídolos dos opressores, que tornavam as pessoas gordas, pesadas, satisfeitas consigo mesmas, enraizadas em sua injustiça e cegas para o julgamento divino que se aproximava...” (p. 104)

Os profetas do AT e a modernidade “Reencontramo-nos assim no mundo dos profetas em que a religião aparece com toda a sua ambivalência política: os sonhos dos poderosos eternizam o presente e exorcizam um futuro novo; os sonhos dos oprimidos exigem a dissolução do presente para que o futuro seja a realização do Reino de Deus, não importa o nome que se lhe dê.” (p. 108)

Os profetas e a religião dos pobres “Mas os mártires têm aparecido: Gandhi, Martin Luther King, Oscar Romero e muitos outros. Líderes religiosos são intimados, perseguidos, ameaçados, expulsos, presos... Isso não aconteceria se fossem aliados do poder. Testemunhos da significação política da religião profética: expressão das dores e esperanças dos que não têm poder. Ópio do povo? Pode ser, mas não aqui. Em meio a mártires e profetas, Deus é o protesto e o poder dos oprimidos.” (p. 110s, grifo dele)

Os profetas do AT e a modernidade “Permanece, contudo, um problema, porque essa descrição que fazemos da religião dos pobres e oprimidos parece não corresponder à realidade. É raro vê-los envolvidos com qualquer coisa que se pareça com a religião dos profetas. Parece que eles se sentem mais à vontade na companhia do mágico, do curandeiro, do milagreiro, tratando de resolver os problemas do seu dia-a-dia sem muita esperança, sabendo que as coisas são o que são pelos decretos insondáveis da vontade de Deus, sendo mais garantido acreditar que os pobres herdarão os céus que herdarão a terra.” (p. 110)