DRAMATIZAÇÃO. Dramatização É a técnica na qual o terapeuta pede a família para dançar na sua presença.

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Transcrição da apresentação:

DRAMATIZAÇÃO

Dramatização É a técnica na qual o terapeuta pede a família para dançar na sua presença.

A técnica de dramatização oferece vantagens terapêuticas 1° facilita a formação do sistema terapêutico, desde que produz compromissos sólidos entre os membros da família e o terapeuta. 2° Em segundo, enquanto a família esta dramatizando sua realidade dento do conteúdo terapêutico, há um desafio concomitante a esta realidade particular. A dramatização inicia o questionamento da idéia da família sobre o problema.

Pode-se considerar a dramatização uma dança de três movimentos. 1º- O terapeuta observa as transações espontâneas da família e decide quais as áreas disfuncionais que irá iluminar 2°- O terapeuta organiza seqüências cênicas nas quais os membros da família dançam sua dança disfuncional em sua presença. 3°- terapeuta sugere modos alternativos de interação.

FAMÍLIA KUEHN PACIENTE IDENTIFICADO: PATTI DE 4 ANOS ERA CONSIDERADA UM “ MONSTRO”, ERA TÃO INCONTROLAVEL QUE OS PAIS HAVIAM OPTADO POR TRANCÁ-LA EM SEU QUARTO A NOITE. PAI UM HOMEM GENTIL PODIA CONTROLAR PATTI ADEQUADAMENTE MÃE MULHER DE VOZ DOCE

Primeiro momento transações espontâneas A mãe fez sete enunciados de controles Definição que a família deu a Patti = incontrolável + mãe hiper -responsiva Terapeuta possuía toda a informação necessária para enquadrar como disfuncional a área de controle e para introduzir essa área na sessão.

Segundo momento: provocar transações Quando a família dramatiza as definições de cada membro na família é confirmada.

Terceiro momento: Transações alternativas Há quatro intervenções do terapeuta : não esta acontecendo e faça-o acontecer. Terapeuta explora a possibilidade de desenvolvimento de uma transação não usual nesta família, a saber na qual a mãe se torne efetiva para controlar a filha sem a intervenção do pai. Dramatização terminou com a mãe sendo efetiva.

FAMILIA HANSON ALAN 19 ANOS que por seis meses havia estado internado em uma clinica psiquiátrica KATHY DE 17 ANOS mantinha relação próxima com Alan PEG de 21 PETE 12 PAI E MÃE ( 3 PERSONAGENS)

FAMILIA HANSON Terapeuta tornou um evento sem importância, um episodio dramático, um movimento automático, prestativo do pai e enquadrado como dramatização. Esta técnica de enquadrar um evento espontâneo e não esperado geralmente surge efeito, porque os membros da família são surpreendidos.

FAMILIA GREGORY MÃE = 25 ANOS É INCAPAZ DE CONTROLAR SUA FILHA PATRICE DE 5 ANOS

FOCALIZAÇÃO

FOCALIZAÇÃO Foco é um termo do mundo da fotografia, no qual representou uma significativa revolução técnica. O fotografo podia enquadrar o mundo como ele queria retratar. Em terapia familiar, a focalização pode ser comparada com uma montagem fotográfica.

FOCALIZAÇÃO Observando a família, o clinico é inundado pelos dados. Há limites para serem mapeados, lados fortes para serem postos em relevo, problemas a serem observados, funções de complementariedade para serem investigadas. A organização deve ser ao mesmo tempo um esquema terapêutico que promova a mudança.

FOCALIZAÇÃO Para isto, requer, primeiro, que o terapeuta selecione um foco e, segundo, que desenvolva um tema para trabalhar. Na sessão, seleciona elementos de transação desta família e organiza o material de tal modo que seja adequado a sua estratégia terapêutica.

FOCALIZAÇÃO A família poderá experimentar o habitual desencorajamento de ter contado seus problemas a um terapeuta que: “não nos ajudou em nada”. O terapeuta que desenvolve um tema explora uma pequena área profundamente. Sua atividade de reunir dados se relaciona ao processo de mudança, não à historia e à descrição da família.

FOCALIZAÇÃO Pelo fato das interações da família tenderem a ser isomórficas, explorar este pequeno segmento em profundidade lhe dará informação útil das regras que governam o comportamento também de varias outras áreas da família.

FOCALIZAÇÃO O terapeuta deve estar consciente de que a focalização o deixa vulnerável aos perigos da indução. Quando se acomoda à família e seleciona os dados, poderá ser seduzido a selecionar precisamente os dados que a família sente-se bem em apresentar. O trabalho do terapeuta é ajudar a família a mudar, e não, fazer com que se sintam cômodos.

FOCALIZAÇÃO 1° caso - Jay Haley descreve o caso de uma família em que um dos membros fazia uso de drogas. O paciente identificado esteve lutando para controlar sua dependência e se livrou das drogas por dois meses. A família veio para a próxima sessão, agitada e deprimida. O terapeuta deve as vezes adiar ou ignorar a exploração de ambos, processo e conteúdo material, não importa quão tentadores, para seguir seu objetivo estrutural.

ARMADILHAS A família Martin foi encaminhada para terapia pelos tribunais porque o pai, um físico nuclear, vinha molestando sexualmente por dois anos seu filho mais velho, de 15 anos. A esposa, casada com ele há 16 anos, tinha uma boa idéia do que ocorria, porem nunca enfrentou seu marido.

ARMADILHAS O terapeuta começou a trabalhar com varias conjecturas previas. Preocupou-se sobretudo por evitar uma imputação linear de culpa. O pai havia abusado de seu filho, porém a esposa estava claramente sendo cúmplice e neste momento o garoto participava voluntariamente no processo total.

O uso da FOCALIZAÇÃO para a mudança 2° caso – família Clatworthy, é composta de uma mãe solteira de aproximadamente 30 anos e quatro filhos: Miranda, 13 anos; Ruby, 12; e Matt e Mark, os gêmeos de 11 anos. Mark é o paciente identificado. Os gêmeos brigam muito e foram suspensos da escola varias vezes por vandalismo. A mãe padecia de uma afecção renal e hipertensão, foi recentemente hospitalizada por causa de cálculos biliares. Os gêmeos eram enuréticos. Mark está em uma classe especial; Matt é hipercinético. A mãe colocou os gêmeos em uma família durante um mês, depois mudou de idéia e trouxe-os para casa.

O uso da FOCALIZAÇÃO para a mudança A realidade familiar é caracterizada por constantes brigas, mentiras e furtos. As crianças não lavam ou trocam suas roupas até que ela o faça por elas. A ênfase era somente nos defeitos. O objetivo da consultoria era ajudar o terapeuta a mover a família para longe de sua insistência nos aspectos negativos e move-los para colocar em prática suas capacidades.

INTENSIDADE

INTENSIDADE O terapeuta deve fazer a família “ouvir” e isto requer que a mensagem supere o umbral de surdez desta. Os membros ouvirão a mensagem do terapeuta, porém, não a assimilarão no seu esquema cognitivo como informações novas.

INTENSIDADE As características do terapeuta são uma variável significativa no desenvolvimento da intensidade, alguns são capazes de desenvolver um grande drama com intervenções muito delicadas e outros requerem um alto nível de envolvimento da obter a intensidade.

INTENSIDADE As famílias também utilizam diferentes meios de resposta :  As famílias prontas para transformação.  As famílias que aceitam a mensagem, mas não absorvem no esquemas prévios sem mudança.

INTENSIDADE O terapeuta considera que a mensagem foi recebida pela família, porem a mensagem deve ser reconhecida pelo grupo. O terapeuta vai alem da verdade de uma interpretação, podem fazer através da observação da resposta dos membros da família, indicando se a mensagem teve o impacto no grupo.

INTENSIDADE O terapeuta observa as transações da família e aprende seus padrões habituais, sendo seu objetivo a família experienciar a modalidade de sua interação como o começo de um processo que levará mudança. Mas como fazer a família “ouvir” a mensagem ? Através das intervenções para intensificar a mensagem que variam de acordo com o grau de envolvimento do terapeuta.

INTENSIDADE No nível mais baixo de envolvimento estão as intervenções que fazem parte da terapia cognitiva. No nível mais alto o envolvimento estão as intervenções nas quais o terapeuta compete pelo poder com a família. No treinamento os níveis médios de envolvimento são enfatizados: as técnicas para criar seqüências interativas que incrementam o componente efetivo da transação.

As Técnicas  Repetição da mensagem;  Repetição de transações Isomórficas;  Modificação do Tempo;  Mudando de Distância;  Resistência a pressão da família.

Repetição da mensagem O terapeuta repete sua mensagem muitas vezes no curso da terapia, o que se torna importante para o aumento da intensidade, onde pode envolver ambos, conteúdo e estrutura. Caso da família Malcolm (pág 120 à 122)

Família Lippert Paciente Identificado: Miriam de 20 anos moderadamente retardada, que tinha anorexia nervosa, o que possibilitava a atenção da família permanecia fixa na sua alimentação, se convertendo num cenário de luta entre pais e filha. Pág 123 e 124

Família Lippert O caso mostra o aumento de intensidade pela repetição de conteúdo, e ao mesmo tempo o terapeuta afirma e reafirma a fronteira entre Miriam e seus pais. O humor suave é usado para conseguir que a menina retardada e um sistema rígido dessem um passo adiante.

Repetição de Transações Isomórficas A estrutura familiar é manifestada em uma variedade de transações que obedecem as mesmas regras do sistema e que são por isso mesmo dinamicamente equivalentes, o desafio a estas estruturas produz uma intensidade pela repetição da mensagem durante o processo.

Família Thomas Pauline – 11 anos é asmática Mãe – 40 anos David – irmão de Pauline 13 anos Avó – 50 anos Jim – o irmão mais velho da mãe Tom – o irmão mais jovem de 20 anos.

Família Thomas O pequeno incidente no começo da sessão se tornou um evento significativo, a proximidade entre a mae e a filha, o que leva o pequeno incidente ser o tema repetido na sessão uma variedade de transações isomórficas dando – lhe a intensidade até que seja definido como o problema real da família. O recurso do terapeuta em usar transações isomórficas conferiu a intensidade a sua imagem no sentido de que o padrão de super proteção da pct alimentava sua sintomatologia manifestada.

Modificação no Tempo Os membros da familia tinham elaborado um sistema de notação para regular o ritmo e o tempo de sua dança, em alguns casos são transmitidas por pequenos sinais não verbais que continham a mensagem “alcançamos um umbral perigoso ou um caminho desconhecido, Cuidado, devagar ou pare”. Para aumentar a intensidade o terapeuta encoraja um dos membros a continuar a interagir depois que as regras do sistema tenham indicado para ele parar, abrindo a possibilidade de novas formas de interações.

Família Jarretten Mãe – viúva Julie – 18 anos, que havia abandonado a universidade e regressado para casa. (Pág 130 à 132)

Família Poletti Gina – 14 anos é anorética, vomita e toma laxantes, para manter seu peso. Mãe – 30 anos Pai – 40 anos Avó materna John – o irmão 06 anos (Pág 132 à 138)

Mudando a Distância Os membros da família desenvolvem no curso de sua vida o senso da distancia “apropriada” que devem manter um do outro. Além das distâncias fisicamente mensuráveis, existem as distâncias psicológicas menos visíveis, com a mudança destas distâncias podemos produzir uma mudança no grau de atenção da mensagem terapêutica. Como na familia Hanson que o terapeuta pediu para que o filho senta-se próximo ao pai, recriando a situação de fusão superprotetora que caracterizava a díade.

Resistência à Pressão da Família Algumas vezes “não fazer” pode criar intensidade em terapia. Isto é verdade, quando o terapeuta não faz o que o sistema familiar “deseja que faça”, terapeutas são necessárias e inadvertidamente induzidos no sistema familiar como membros do sistema terapêutico, em algumas vezes serve para manter a homeostase disfuncional da familia, resistindo a indução do sistema, o terapeuta traz a intensidade a terapia. Dramatização é como uma conversão na qual o terapeuta e familia tentam fazer o outro ver o mundo como o vêem, intensidade pode ser comparada a uma partida de gritos entre terapeuta e uma familia surda. É preciso que a familia ouça realmente a mensagem do terapeuta.

REESTRUTURAÇÃO  Organização familiar – dificuldade em desenvolver os holons diferenciados  O terapeuta trabalha com estas familias diferenciando os holons familiares e dando lugar ao crescimento