INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR ESFORÇO

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Transcrição da apresentação:

INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR ESFORÇO Cristhiani Mendes Fernanda Blanco Cornachioni Mariana R.M.Köpke Estágio Supervisionado de Saúde da Mulher Profª: Sandra Doltrário

MECANISMO DE MICÇÃO

DEFINIÇÃO A Sociedade Internacional de Incontinência define incontinência urinária como a condição na qual a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico e é objetivamente demonstrada.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR ESFORÇO (IUE) A Incontinência Urinaria de Esforço (IUE) é definida, segundo a Sociedade Internacional de continência (“International Continence Society”), como a perda involuntária da urina pelo óstio uretral externo, secundária ao aumento da pressão abdominal na ausência de contração do detrusor.

ETIOPATOGÊNIA DA IUE Hipermobilidade do Colo Vesical Insuficiência Esfincteriana Intrínseca

TIPOS DE IUE TIPO I: perda urinária discreta, se manifesta quando a paciente está em pé ou realiza muito esforço. TIPO II: perda urinária moderada, onde a bexiga e uretra estão caídas, ela se produz quando se faz um esforço em pé. TIPO III: perda urinária severa por lesão na uretra. A bexiga e a uretra podem estar no lugar, porém perdem a capacidade de se contrair, permanecendo a uretra sempre aberta e a perda urinária ocorre em situações de esforço leve como caminhar ou mudar de posição.

FATORES DE RISCO DA IUE Doença Pulmonar Obesidade Histerectomia Doenças Neurológicas Diabetes Números de partos Idade Prostatectomia

SINTOMAS DA IUE Perda de Urina: Ao tossir Espirrar Rir Carregar peso

EXAME FÍSICO Inclui o exame do abdome, pelve e períneo. A integridade do períneo e a força muscular são pesquisadas e classificadas segundo o protocolo de Ortiz.

TRATAMENTO DA IUE Farmacológico: Conservador: Cirúrgico Terapia de Reposição Hormonal Alfa agonista Conservador: -Fisioterapia Cirúrgico

FISIOTERAPIA NA IUE Exercícios de Kegel Ginástica Hipopressiva Fortalecimento Abdominal associado a contração perineal Cones Vaginais Eletroestimulação Exercícios de propriocepção Biofeedback RPG

REEDUCAÇÃO COMPORTAMENTAL É importante que o paciente seja instruído para adquirir uma rotina miccional e também a contração perineal consciente quando se expor aos fatores de risco.

Paciente 1: I. A. Idade: 43 anos Nenhuma gestação Início dos sintomas: há um ano atrás Perda urina: ao tossir, espirrar, riso e quando realiza esforço para cuidar do pai acamado. Cirurgia: retirada de pêlos da vagina Não utiliza forros

Paciente 1: I. A. Exame Físico: Abdome flexível, pouco dilatado, não apresenta nenhuma cicatriz na região abdominal. Sem alterações de sensibilidade na região adutora de quadril e glúteas Contração perineal simétrica Protocolo de Ortiz: 3

Paciente 1: I. A. Tratamento Ginástica Abdominal Hipopressiva Exercício de Kegel Exercícios abdominais associados a contração perineal Contração perineal “segurando o dedo do terapeuta” Eletroestimulação

Paciente 2: L.M.S.P. Idade: 74 anos 7 gestações 1 cirurgia HAS Perda de urina: Tosses e espirros

Paciente 2: L.M.S.P. 1ª avaliação: (nov/2006) Ortiz = 4 Avaliação atual: Ortiz = 4 Exame físico: Abdome flácido, cicatriz abdominal, contração perineal simétrica, sem alterações de sensiblidade ↓ frequência, mantém educação comportamental.

Paciente 2: L.M.S.P. Tratamento: Exercícios de propriocepção Contração perineal “segurando o dedo do terapeuta” Exercícios abdominais associados a contração perineal Exercícios de Kegel Ginástica hipopressiva

Paciente 3: O.M.S.B Idade: 76 anos 19 gestações 2 abortos 17 filhos - partos normais QP: usar absorvente Início dos sintomas: 2007 Perde urina ao tossir, espirrar, rir e durante a noite.

Paciente 3: O.M.S.B Cistocele: Prolapso ou herniação da bexiga e parede anterior da vagina para dentro da cavidade vaginal Podendo ou não causar incontinência urinária (a depender da alteração do ângulo uretro-vesical posterior e de inclinação da uretra)

Paciente 3: O.M.S.B Exame Físico Função perineal é observada, mas mantida por pouco tempo; - Contração simétrica; Tratamento - Ginástica Hipopressiva em grupo; - Contração perineal segurando o dedo do terapeuta; - Exercícios abdominais associados a contração perineal; - Exercícios de Kegel. - Eletroestimulação.

BIBLIOGRAFIA D’Ancona CAL, Castro N, Sabaneff J, Querne FAO, Incontinência Urinária: Propedêutica, Sociedade Brasileira de Urologia, 27 de junho de 2006. Rodolfo Borges dos Reis, Adauto José Cologna, Antonio Carlos Pereira Martins4Edson Luis Paschoalin, Silvio Tucci Jr, Haylton Jorge Suaid; Incontinência urinária no idoso; Acta Cirúrgica Brasileira - Vol 18 (Supl 5) 2003. Miranda K.; Incontinência Urinária; Clínica Qualidade de Vida. Oliveira, K. A. C.; Rodrigues, A. B. C.; Paula, A. B.; TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA INCONTINENCIA URINARIA DE ESFORÇO NA MULHER; Artigo Publicado na Revista Eletrônica F@pciência, Apucarana-PR, v.1, n.1, 31-40, 2007. Santos, A. L.; Oliveira, D. S.; Bianchi, F. R.; Lima, A. P. B.; Castilho, J.; Lucato, R. V.; Lorenzetti, M. I.; Intervenção Fisioterapêutica na incontinência urinária de esforço em mulheres, com ênfase no tratamento postural e comportamental; Rev. Unorp, São José do Rio Preto, v. 5, n. 12, p. 25-47. Real, R. A. V.; Kati, L. M.; Satori, M. G.; Girão, M. j. B. C.; Neurofisiologia da Micção (Texto de Apoio). Ribeiro F. A REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL É UMA FERRAMENTA ÚTIL NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO FEMININA? Rev Assoc Med Bras 2008; 54(1): 1-11

OBRIGADA