Gerência de Entrada e Saída (Aula 24). 2 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Dispositivos de Entrada e Saída (1) Constituídos de 2 partes: Mecânica Eletrônica.

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Gerência de Entrada e Saída (Aula 24)

2 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Dispositivos de Entrada e Saída (1) Constituídos de 2 partes: Mecânica Eletrônica – Controladora ou Adaptadora Controladora Placa ligada a um slot livre, ou inserida diretamente na placa-mãe

3 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Dispositivos de Entrada e Saída (2) Controladora (cont.) Implementa um conjunto de funções básicas para o dispositivo Também tratar o acesso do dispositivo ao barramento Tarefas típicas Converter fluxo serial de bits em bloco de bytes Correção de erros Tornar o bloco disponível para ser copiado para a memória principal Possui registradores usados para comunicar com o SO Seqüência e/ou valores armazenados nestes registradores determina a operação sendo realizada Tipicamente tem memória interna (buffer) Compatibilizar velocidades

4 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Princípios Básicos de Hardware Tipos de conexão e transferência de dados Serial versus paralela Barramentos Técnicas para realização de E/S E/S programada, E/S orientada a interrupções, acesso direto a memória Mapeamento de endereços Em espaço de E/S e em espaço em memória Controladoras

5 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Tipos de interfaces (dados) Define o modo como os dados são transferidos: Serial – bits transmitidos seqüencialmente em uma linha de dados Paralela – vários bits transmitidos simultaneamente (múltiplo de 8) Barramentos: Efetua a ligação com o dispositivo de E/S Porta Serial, Porta Paralela, USB, PS/2 PCI,AGP, PCI-E, SCSI, IDE, SATA,

6 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Mapeamento de Endereços Mapeamento em espaço de entrada e saída Instruções especiais da CPU para E/S Opcodes separados (IN reg, [end16], OUT [end16], reg) Cada registrador está associado a uma porta de E/S Mapeamento em espaço de memória Associa um espaço de endereços de memória aos registradores Leitura/Escrita neste espaço realizam a operação sobre os registradores MotorolaIntel

7 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Técnicas para realização de E/S (1) Determina a forma de interação entre dispositivos e processador Três técnicas usadas: E/S Programada Interrupção Acesso Direto à Memória.

8 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Técnicas para realização de E/S (2) E/S Programada Interação com o dispositivo é responsabilidade do programador Ciclo de funcionamento Envio do comando ao dispositivo Espera pela realização do comando A CPU deve aguardar o término da operação Controladora atualiza bits nos seus registradores de status Processador espera término da operação Desvantagem Desperdício do processador (verificando estado da operação) Solução: Inserir operações entre operações (polling)... mas em que freqüência?

9 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Técnicas para realização de E/S (3) E/S Orientada a Interrupção O processador é apenas responsável por iniciar uma operação de E/S O dispositivo interrompe a CPU quando necessário ou quando a operação de E/S terminar Requer hardware especial: Controlador de interrupções: Identifica o dispositivo que gerou a interrupção Define a prioridade das interrupções Define quais serão atendidas (mascaramento)

10 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Técnicas para realização de E/S (4) E/S Orientada a Interrupção (cont.)

11 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Técnicas para realização de E/S (5) Acesso direto à memória (DMA) Em grandes quantidades de dados, gasta-se tempo do processador transferindo dados entre a memória e o dispositivo Controlador de DMA: Realiza a transferência sem o processador O processador fornece a posição inicial, quantidade, origem e destino ao controlador de DMA O processador é liberado para outras tarefas O controlador compartilha o barramento e realiza a transferência Terminando a transferência, o controlador gera uma interrupção

12 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Técnicas para realização de E/S (5)

13 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (1) Objetivos Fornecer uma interface “amigável” para utilização dos dispositivos de E/S Uniformizar o tratamento dos dispositivos “Esconder” detalhes de mais “baixo nível” Permitir a inclusão de novos dispositivos Facilitar a correção de erros gerados pelo dispositivo Explorar eficientemente os dispositivos de E/S Desempenho Compartilhamento dos dispositivos de E/S Alocação dos dispositivos Escalonamento de requisições

14 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (2)

15 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (3)

16 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (4) Software de E/S de usuário: Realiza chamadas de alto nível ao software de E/S independente de dispositivo: Wrappers para chamadas de sistema Abrir/fechar arquivo, ler/escrever dados, etc.

17 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (5) Interface do subsistema de E/S dispositivos “abstratos” de E/S Cada representa uma classe de dispositivos de E/S Dispositivos “abstratos” Orientado a bloco (block device) Orientado a caractere (stream, character device) Rede

18 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (6) Interface do subsistema de E/S (cont.) Dispositivos Orientado a bloco Organiza dados em blocos de tamanho fixo Acessa diretamente um bloco de dados Blocos são identificados por endereços (número do bloco) ex: blocos de disco Operações típicas: open( ), read( ), write( ) e close( ) Disponibilizadas aos usuários via sistema de arquivos

19 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (7) Interface do subsistema de E/S (cont.) Dispositivos Orientado a caractere Controla dispositivos que produzem ou consomem conjunto de dados de tamanho arbitrário Operações típicas: put( ) e get( ) ex: teclado, vídeo, mouse, impressora, etc... Operações específicas (inversão de cores, bip, inicialização, etc) são fornecidas por uma função genérica io_control( )

20 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (8) Interface do subsistema de E/S (cont.) Dispositivos Orientado a rede Controle e acesso a dispositivos que estão fisicamente instalados em outros equipamentos Necessário estabelecimento de conexões Interface típica são sockets Operações típicas: open( ), close( ), create( ) Suporte a serviços: orientado a conexão: connect( ), accept( ), read( ), write( ) sem conexão: send( ) e recv( )

21 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (9) Software de E/S independente de dispositivo Implementa funções gerais comuns a todos os dispositivos Atribuição uniforme do nome independente do dispositivo O UNIX é um exemplo clássico: Nome do dispositivo é um string

22 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (10) Software de E/S independente de dispositivo Implementa os serviços de: Escalonamento de E/S: reordena as requisições para melhorar desempenho Identificação (denominação) : nome lógico no SO Bufferização: área de memória para armazenamento temporário de dados. Ajusta velocidade entre as camadas Cache de dados: área de memória para armazenar dados usados com mais freqüência, melhorando desempenho Direitos de Acesso Tratamento de erros

23 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (11) Software de E/S independente de dispositivo (cont.) Buffer: Área de armazenamento temporário de dados Por que usar? Ajustar velocidades entre produtores e consumidores e.g. transmissão de dados via modem (baixa velocidade) Ajustar unidades de transferência de dados de tamanho diferentes e.g. pilha de protocolo de redes Cache Importante buffer não é sinônimo de cache Embora as caches sejam um tipo de buffer O objetivo de uso de cache é desempenho

24 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (12) Drivers de dispositivo Receber comandos da camada superior (independente de dispositivo) e interagir com os dispositivos Implementa a interface padrão como seqüência de acesso aos registradores

25 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Subsistema (Software) de Entrada e Saída (12) Drivers de dispositivo (cont.) Em geral, devem rodar no modo kernel Desenvolvidos pelo fabricante do dispositivo Dispositivos mais comuns podem ter o driver incluído no Sistema Operacional Vantagens Isolar o código específico a um dispositivo em um módulo aparte Fabricantes ñ precisam mexer no kernel Facilidade de adicionar novos drivers

26 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES Entrada e Saída no Unix O Unix mapeia os dispositivos de entrada e saída em arquivos especiais Dispositivos localizados no diretório /dev /dev/fd0 Disquete /dev/hda – Mestre do barramento IDE 1 /dev/hdb – Escravo do barramento IDE 1 /dev/hdc – Mestre do barramento IDE 2 /dev/hdd – Escravo do barramento IDE 2 No caso de discos, um número inteiro concatenado ao dispositivo indica a partição /dev/hda1 – Primeira partição do dispositivo mestre do barramento ide 1 O suporte a drives SCSI é usado (com pequenas adaptações) para dar suporte a outros tipos de dispositivos um HD SATA e um pendrive, instalados na mesma máquina o HD será visto como "/dev/sda" (pois é inicializado primeiro, logo no início do boot) e o pendrive como "/dev/sdb"

Referências Jonathan Corbet, Alessandro, Rubini, and Greg Kroah-Hartman “LINUX DEVICE DRIVERS”, 3rd Edition, editora O’REILLY 27 Sistemas Operacionais LPRM/DI/UFES