Aula Análise de sobrevida 2016. Objetivo Estimar a sobrevida de um grupo populacional desde um determinado tempo T até a ocorrência de algum DESFECHO.

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Aula Análise de sobrevida 2016

Objetivo Estimar a sobrevida de um grupo populacional desde um determinado tempo T até a ocorrência de algum DESFECHO (doença, morte...) Verificar em um conjunto de indivíduos, vivos em um determinado tempo T, quantos sobreviverão a um tempo T +  T. Indivíduos seguidos tempo T T + T Ocorrência do evento

Prognóstico/ tempo Dado que alguém já está doente, qual a probabilidade (risco) de morrer? Dado que alguém já está doente, qual a probabilidade (risco) de reinternar? Dado que alguém está doente, mas fez tratamento, qual a probabilidade (risco) de sobreviver? Qual o tempo até que estes eventos aconteçam?

Censura Casos em relação aos quais não se sabe o tempo ocorrido até o momento da falha, porque não se conhece o status do desfecho durante o tempo do estudo Causas de censura: - Estudo termina - Perda do seguimento (mudou-se...) - Morte (ou outro evento) por outras causas

Que desfechos podemos analisar? Morte, cura, recrudescimento de uma doença pós- terapia, amamentação Resposta ao tratamento O desfecho ou evento é considerado como uma falha (failure), por representar em geral uma experiência negativa.

Que tipo de estudo pode avaliar sobrevida? Longitudinais Estudo de risco – coorte Estudo de intervenção – ECR

Sobrevida – definição S(t) - Probabilidade do indivíduo sobreviver além de um determinado tempo t. S(t) = 1 para T = 0 Teoricamente a sobrevida no tempo zero (T = 0) corresponde a 1 (100%), pois todos estão vivos (ou livres do desfecho) no início do estudo. S(t) = 0 para T =  À medida que o tempo passa (  infinito) a sobrevida tende a zero, pois todos morrerão ou apresentarão o desfecho.

Métodos de Análise de Sobrevida 1- Kaplan-Meier Procedimento descritivo que examina a distribuição do tempo até o evento. No eixo Y - o percentual de vivos (ou livres do desfecho) em função do tempo de entrada no estudo (no eixo X). As curvas de sobrevida têm degraus e não necessariamente chegam ao zero - o estudo pode terminar antes que a coorte termine.  Incorpora à análise os indivíduos que foram perdidos no seguimento (após um determinado tempo) à população exposta ao risco no tempo imediatamente anterior à saída desses indivíduos.  Permite que cada indivíduo contribua com seu tempo total e exato de seguimento.

Função de sobrevida tratados (T+) censuras Função de sobrevida

Descrição do momento de entrada no estudo, tempo de acompanhamento e tipo do ocorrência

Sobrevida tempo 5 =79% =1 ób/8=88 X 90 (10-1ób-1censura) Sobrevida tempo 2 =90% =1 ób/10 Sobrevida tempo 60 =14 28 meses se passaram 0 óbitos – final acomp 1 censura Sobrevida tempo 32 =14% Função de sobrevida Sobrevida tempo 7 =68% Sobrevida tempo 10 =56% Sobrevida tempo 10 =42% Sobrevida tempo 22 =28%

Função de sobrevida não tratados (T-) censuras Função de sobrevida não expostos

As sobrevidas são diferentes? A diferença é estatisticamente significativa?

Função de sobrevida Grupo 1 Grupo 2 Log Rank (Mantel- Cox) Sig

Curvas de Kaplan Meier

Função Hazard h(t) Potencial instantâneo por unidade de tempo de ocorrência de uma “falha” dado que o indivíduo sobreviveu até aquele momento Taxa condicional de “falha”

Grupo 2 Grupo 1

Métodos de Análise de Sobrevida Métodos de Análise de Sobrevida 2- Regressão de Cox Estima a Razão de Hazards em expostos sobre não expostos Pode-se ajustar um modelo múltiplo - avaliar o impacto de vários fatores prognósticos no tempo de ocorrência do desfecho.

Regressão de Cox

Interpretação da hazard ratio (HR) equivalente a outros ratios HR = 1 (não há relação entre a exposição e o tempo de sobrevida) HR= 5 (os indivíduos expostos têm um Hazard 5 vezes o Hazard de não expostos) HR= 0,2 ou 1/5 (os indivíduos expostos têm um hazard 1/5 do hazard dos não expostos - a exposição é protetora)

Exercício Caribbean, Central and South America Network for HIV research (CCASAnet) – coorte de pacientes HIV+ Momento inicial do estudo – todos eram virgens de tratamento Seguimento de 2000 a 2014 Desfecho principal: mortalidade por qualquer causa Carriquiry G et al. Mortality and loss to follow-up among HIV-infected persons on long-term antiretroviral therapy in Latin America and the Caribbean. J Int AIDS Soc. 2015; 18(1):

gráfico hazard

Questão 1: Analise a tabela

Coorte HIV e TB gráfico sobrevida Grinsztejn B et al. Effects of early versus delayed initiation of antiretroviral treatment on clinical outcomes of HIV-1 infection: results from the phase 3 HPTN 052 randomised controlled trial. Lancet Infect Dis April ; 14(4): 281–290.

ECR HIV TB – gráfico hazard Questão 2: Analise este gráfico. Questão 3: Como seria o gráfico de sobrevida?

Questão 2