Falha de Mercado: Externalidades e Bens Públicos Kolstad Capítulo 5
Bens (e Males) Públicos Exclusividade Um bem é excludente se é possível (prático) impedir o seu consumo. Caso contrário, ele é não excludente. Exemplos Bens e males de mercado (excludentes) Ar limpo, camada de ozônio, clima, defesa nacional, farol marítimo, poluição do ar (não excludentes).
Bens (e Males) Públicos Exclusividade – Falha de Mercado Se bem (mal) é não-excludente, direitos de propriedade sobre o bem (mal) não são bem definidos.
Bens (e Males) Públicos Exclusividade – Falha de Mercado Se bem (mal) é não-excludente, direitos de propriedade sobre o bem (mal) não são bem definidos. Não podemos usar o sistema de preços para excluir indivíduos do consumo.
Bens (e Males) Públicos Exclusividade – Falha de Mercado Se bem (mal) é não-excludente, direitos de propriedade sobre o bem (mal) não são bem definidos. Não podemos usar o sistema de preços para excluir indivíduos do consumo. Carona: indivíduos não tem o incentivo de pagar por um bem que, se for provido, eles serão capazes de consumir pagando ou não.
Bens (e Males) Públicos Exclusividade – Falha de Mercado Direitos de propriedade mal definidos. Não podemos usar o sistema de preços. Carona. Mercado falha em prover bem não-excludente de forma eficiente.
Bens (e Males) Públicos Exclusividade – Falha de Mercado Se bem (mal) é não-excludente, direitos de propriedade sobre o bem (mal) não são bem definidos. Não podemos usar o sistema de preços para excluir indivíduos do consumo. Mercado falha em prover bem não-excludente de forma eficiente.
Bens (e Males) Públicos Rivalidade Um bem é rival (exaurível,“depletable”) se o consumo por parte de um indivíduo diminui a quantidade disponível para outros consumirem. Caso contrário, o bem é não-rival. Existe um custo de oportunidade de consumo de um bem rival.
Bens (e Males) Públicos Rivalidade Exemplos A maioria dos bens de mercado (rivais). Ar limpo, poluição do ar, camada de ozônio, defesa nacional, farol marítimo (não-rivais).
Bens (e Males) Públicos Rivalidade Bens não-rivais não têm um custo de oportunidade no consumo. Ou seja, o custo que o indivíduo impõe à sociedade se consumí-lo é zero.
Bens (e Males) Públicos Rivalidade Bens não-rivais não têm um custo de oportunidade no consumo. Ou seja, o custo que o indivíduo impõe à sociedade se consumí-lo é zero. Sendo assim, é Pareto ótimo (eficiente) que o preço do bem seja zero (bem estar aumenta com mais consumo, sem nenhum custo adicional imposto à sociedade).
Bens (e Males) Públicos Rivalidade É Pareto ótimo (eficiente) que o preço do bem seja zero. Falha de mercado: firmas/mercados não têm o incentivo de produzir um bem a um custo (de produção) e cobrar um preço igual a zero (onde o custo de consumo é igual a zero no caso dos bens não-rivais).
Bens (e Males) Públicos Rivalidade Alguns bens podem ser não-rivais até certos níveis de consumo, quando então passam a ficar congestionados e consequentemente rivais: Rodovia Sala de aula Sala de show
Bens (e Males) Públicos Um bem público puro é não rival e não excludente: Ar limpo Camada de ozônio Farol marítimo Defesa nacional
Bens (e Males) Privados Um bem privado puro é rival e exclusivo: Pizza Carro (mas cuidado, se carro for definido para incluir sua “beleza”, então ele poderá ser não-rival)
Bens Públicos Rival Não Rival Excludente Pizza, caneta Não Excludente
Bens Públicos Rival Não Rival Excludente Pizza, caneta Não Excludente Camada de ozônio, Farol
Bens Públicos Rival Não Rival Excludente Pizza, caneta Não Excludente Rodovia/praia congestionada Camada de ozônio, Farol
Bens Públicos Rival Não Rival Excludente Pizza, caneta Parque cercado, filme em cinema (sem congestão) Não Excludente Rodovia/praia congestionada Camada de ozônio, Farol
Males Públicos Rival Não Rival Excludente Não Excludente Poluição do ar, aquecimento global
Males Públicos Rival Não Rival Excludente Lixo Não Excludente Poluição do ar, aquecimento global
Males Públicos Rival Não Rival Excludente Lixo Poluição em ambiente fechado (quarto, sala, etc.) Não Excludente Poluição do ar, aquecimento global
Males Públicos Rival Não Rival Excludente Lixo Poluição em ambiente fechado (quarto, sala, etc.) Não Excludente Lixo na idade média Poluição do ar, aquecimento global
Provisão Ótima de Bens Públicos e Privados Soma horizontal de demanda por bens privados. Soma vertical de demanda por bens públicos. Quantidade eficiente de bens públicos vs privados.
produced of nonrival good. FIGURE 5.7 Supply and demand, rival vs. nonrival goods, (a) individual demands; (b) aggregate demand, rival good; (c) aggregate demand, nonrival good; (d) efficient provision. QR, quantity produced of rival good; QN, quantity produced of nonrival good. ENVIRONMENTAL ECONOMICS – 2e Charles D. Kolstad Copyright © 2011 by Oxford University Press, Inc.
Provisão Ótima de Bens Privados
Provisão Ótima de Bens Privados
Provisão Ótima de Bens Públicos
Provisão Ótima de Bens Públicos Condição de Samuelson:
Provisão Ótima de Bens Públicos Condição de Samuelson:
Provisão Ótima de Bens Públicos Precificação de Lindahl
Provisão Ótima de Bens Públicos Precificação de Lindahl Problema: Carona – desincentivos a revelar PMgP
Provisão Ótima de Bens Públicos Precificação de Lindahl Problema: Carona – desincentivos a revelar PMgP Preço médio (imposto por cabeça)
Provisão Ótima de Bens Públicos Precificação de Lindahl Problema: Carona – desincentivos a revelar PMgP Preço médio (imposto por cabeça) Problema: Ineficiente
Provisão Privada (Mercado) de Bens Públicos n indivíduos idênticos x é um bem privado, px = 1 (numeraire) G é um bem público. Ajuste unidades de G tal que pG = 1. Cada indivíduo tem renda w Utilidade de cada indivíduo u(x,G)
Provisão Privada (Mercado) de Bens Públicos = quantidade provida por outros g = quantidade provida pelo indivíduo G = ng indivíduos idênticos
Provisão Privada (Mercado) de Bens Públicos = quantidade provida por outros g = quantidade provida pelo indivíduo
Provisão Privada (Mercado) de Bens Públicos Melhor Resposta ou Curva de Reação g
Provisão Privada (Mercado) de Bens Públicos Curva de Indiferença g
Externalidades Uma externalidade (tecnológica) existe quando as ações de um indivíduo ou firma diretamente afetam o bem estar de outro indivíduo ou lucro de outra firma. Além disso, nenhuma compensação é feita ou autorização é dada.
Externalidades - Exemplos Produção – Produção Produção – Consumo Consumo – Produção Consumo – Consumo
Externalidades - Exemplos Produção – Produção Produção – Consumo Consumo – Produção Consumo – Consumo Externalidades positivas podem existir: Apiário e pomar Vacinação Conhecimento
Externalidades e Consumo A partir de certo nível de poluição, consumidores não vão mais nadar e se tornam indiferentes a mais poluição.
Externalidades e Produção Duas firmas Ineficiência
Externalidades e Produção Aço Lavanderia Duas indústrias Ineficiência
Externalidades e Produção Aço Lavanderia Convexidade e equilíbrio único (vetor de preços único) pA/pL
Externalidades e Produção Aço Lavanderia Convexidade e equilíbrio único (vetor de preço único) Não convexidade e equilíbrios múltiplos
Externalidades e Produção Duas firmas Diferentes arranjos de propriedade e eficiência (internalização de externalidade)
Externalidade Pecuniária Uma externalidade pecuniária existe quando as ações de um indivíduo ou firma afetam o bem estar de outro indivíduo ou lucro de outra firma indiretamente através de preços.
Externalidades Externalidade tecnológica ineficiência (gráfico: mudança na forma da FPP). Externalidade pecuniária não há ineficiências (gráfico: FPP e preços relativos diferentes, mas mesma FPP).
Externalidades pA CMg pM Demanda Aço QM
Externalidades CMgSocial = CMgPrivado + DMg pA CMgPrivado p* Dano marginal decorrente da poluição (DMg) pM Demanda Aço Q* QM
Externalidades CMgSocial = CMgPrivado + DMg pA CMgPrivado p* pM Perda de bem estar CMgPrivado p* pM Demanda: p = 100 – 2q Oferta/CMg privado: p = 2q DMg: p = q CMg social: p = 2q Demanda Aço Q* QM
Tragédia da Propriedade Comum 2 pastores levam suas ovelhas para pastar no pasto comum da vila. Pasto: área aberta a todos – direitos de propriedade não são bem definidos. qi : número de ovelhas que pastor i = 1,2 leva para pastar no pasto.
Tragédia da Propriedade Comum Valor de pastagem por ovelha: v(q1,q2)=120-(q1+q2). Se Q=q1+q2, então valor total de pastagem é: Qv=120Q – Q2 Qv 120 Q=q1+q2
Tragédia da Propriedade Comum Funções de payoff (lucro) dos pastores: π1(q1,q2) = q1v(q1,q2) = q1(120-q1-q2) π2(q1,q2) = q2v(q1,q2) = q2(120-q1-q2)
Tragédia da Propriedade Comum Funções de payoff (lucro) dos pastores: π1(q1,q2) = q1v(q1,q2) = q1(120-q1-q2) π2(q1,q2) = q2v(q1,q2) = q2(120-q1-q2) Note que qi entra na função de lucro do pastor j. Isso ocorre para representarmos a externalidde causada pelas ações de i nos lucros de j.
Tragédia da Propriedade Comum Funções de payoff (lucro) dos pastores: π1(q1,q2) = q1v(q1,q2) = q1(120-q1-q2) π2(q1,q2) = q2v(q1,q2) = q2(120-q1-q2) Note que qi entra na função de lucro do pastor j. Isso ocorre para representarmos a externalidde causada pelas ações de i nos lucros de j. Externalidade existe devido a direitos de propriedade mal definidos sobre pasto (não exclusivo).
Tragédia da Propriedade Comum Funções de payoff (lucro) dos pastores: π1(q1,q2) = q1v(q1,q2) = q1(120-q1-q2) π2(q1,q2) = q2v(q1,q2) = q2(120-q1-q2) Maximização do lucro do pastor 1: Maxq1 q1(120-q1-q2) q1 = 60 – q2/2 ≡ MR1(q2) Resultado simétrico para pastor 2.
Tragédia da Propriedade Comum q1 = 60 – q2/2 ≡ MR1(q2) q2 = 60 – q1/2 ≡ MR2(q1) Equilíbrio de Nash: q1 = q2 = 40
Tragédia da Propriedade Comum q1 = 60 – q2/2 ≡ MR1(q2) q2 = 60 – q1/2 ≡ MR2(q1) Equilíbrio de Nash: qN1 = qN2 = 40 q2 q1 120 60 40
Tragédia da Propriedade Comum q1 = 60 – q2/2 ≡ MR1(q2) q2 = 60 – q1/2 ≡ MR2(q1) Equilíbrio de Nash: qN1 = qN2 = 40 Lucro de cada pastor: πNi = 40(120-40-40)=1600 q2 q1 120 60 40
Tragédia da Propriedade Comum Maximização do lucro social (ótimo de Pareto): MaxQ Q(120-Q) Q* = 60 q*1 + q*2 = 60 q2 q1 120 60 40
Tragédia da Propriedade Comum Maximização do lucro social (ótimo de Pareto): MaxQ Q(120-Q) Q* = 60 q*1 + q*2 = 60 Lucro total П* = 60(120-60) = 3600 П* > πN1 + πN2 q2 q1 120 60 40