Conferências Ambientais

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Transcrição da apresentação:

Conferências Ambientais Estocolmo 72 Rio – 92 Rio +10 e Rio + 20

Primavera Silenciosa(CARSON,Raquel-1962) Rachel Carson foi escritora e bióloga e responsável pela maior revolução ecológica nos EUA, quando lançou o livro Primavera Silenciosa em outubro de 1962. Apesar do título poético – uma referência ao silêncio dos pássaros mortos pela contaminação dos agrotóxicos - nunca um livro fez tanto barulho a favor do meio ambiente. No primeiro capítulo, “Uma Fábula para o Amanhã”, a autora descreve, liricamente, um lugar onde as árvores não davam folhas, os animais morriam, os rios contaminados não tinham peixes e, principalmente, os pássaros que cantavam na primavera haviam sumido.

Estocolmo - 72 Foi nesse contexto de alerta para a devastação ambiental causada pelo uso de agrotóxicos, juntamente com outras questões ambientais, que a Organização das Nações Unidas convocou a primeira conferência mundial para o meio ambiente: Estocolmo – 72 - primeira Conferência internacional para o Desenvolvimento do Meio Ambiente Humano.  

Estocolmo - 72 Em 1968, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente Humano, realizada quatro anos depois, em Estocolmo, na Suécia. Relatório – “Os limites do crescimento”- do Massachusetts Institute of Technology (MIT) no centro do projeto Clube de Roma - enfatizou que a produção industrial e a exploração dos recursos naturais precisavam ser revistas e até estagnadas. O ponto principal da proposta foi a defesa do crescimento zero, o que impossibilitava o desenvolvimento dos países mais pobres. Em vista disso, as discussões na Estocolmo 72 não conduziram a um consenso, pois enquanto os países ricos defendiam o crescimento zero, os países pobres defendiam o crescimento a qualquer custo.

A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD) A Estocolmo 72, apesar do impasse nas negociações mostrou os seguintes resultados: Desencadeou outras conferências, relatórios e tratados ambientais; Criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA; Incentivou a criação de ministérios ou órgãos ambientais em muitos países e de ONGs; A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD), criada pela Conferência de Estocolmo 72, elaborou o Relatório Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland), em 1987, em que foi cunhado o conceito de desenvolvimento sustentável:

Desenvolvimento Sustentável “ as ações presentes não devem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazer suas necessidades, com base em que o valor total dos bens disponíveis, tanto os produzidos pelo homem como aqueles encontrados na natureza devem permanecer constantes de uma geração para outra”. O relatório enfatiza ainda que: “ a pobreza é evitável, devendo haver, para tanto, um desenvolvimento sustentável capaz de atender as necessidades básicas e de oferecer a oportunidade uma vida melhor para as pessoas”.

Rio 92 – Cúpula da Terra Convocada em 1989 e realizada após a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, a Conferência Rio 92 ou também chamada de Cúpula da Terra propiciou uma oportunidade para que aflorassem as disparidades Norte ‐ Sul, uma vez enfraquecida sobremaneira a bipolaridade Leste ‐ Oeste.

Rio 92 Rio 92 – destaques nas negociações: a adoção de duas convenções multilaterais – Convenção ‐ Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e Convenção sobre a Diversidade Biológica. Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, com destaque para a incorporação do conceito de desenvolvimento sustentável, definido no Relatório Brundtland de 1987. Agenda 21. Declaração de Princípios sobre Florestas.

Rio + 10 – Johanesburgo 2002 Os resultados da Rio + 10 incluem: metas para a erradicação da pobreza, acesso à água e saneamento, à saúde, eliminação produtos químicos perigosos, preservação da pesca e biodiversidade e energias renováveis ( a responsabilidade das empresas nas emissões de gases do efeito estufa). A Conferência Rio + 10 não chegou a resultados positivos, pois ocorreu em momento de acelerada globalização e depois do ataque terrorista ao WTC (EUA). Adaptado de: www.senado.gov.br/senado/conleg/Boletim_do_Legislativo/Boletim_n.6_Carlos_Henrique_R.Tome_Silva. acessado em 20-10-2012).

Rio + 10 A globalização não segue os preceitos do desenvolvimento sustentável - adota o modelo de capitalismo selvagem. Não apresenta, de fato, preocupações com o desenvolvimento sustentável em seus três aspectos: viabilidade econômica, justiça social e sustentabilidade ambiental. Os atentados de 11 de setembro de 2001 provocaram uma mudança radical das prioridades da agenda política internacional que não favorecia o debate sobre o desenvolvimento sustentável. Desse modo, em função do novo contexto geopolítico, a Conferência de Johanesburgo era vista pelos EUA como uma distração, uma perda de tempo diante de tantas questões urgentes na agenda internacional. Adaptado de :www.senado.gov.br/senado/conleg/Boletim_do_Legislativo/Boletim_n.6_Carlos_Henrique_R.Tome_Silva. acessado em 20-10-2012).

Rio + 20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCDS) Dois temas da Conferência: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável. A meta primordial da Rio+20 era estimular a ação sobre desenvolvimento sustentável.

Rio + 20 - desafios Dois terços dos serviços que a natureza oferece para a humanidade estão em declínio, assim como a maioria dos habitats, e o ritmo de espécies em extinção parece estar acelerando. As emissões globais anuais de dióxido de carbono de combustíveis cresceram 38% entre 1990 e 2009, com aumento maior após o ano 2000. 20% da população mundial - sem acesso a eletricidade e 2,7 bilhões de pessoas ainda dependem de biomassa para cozinhar. 85% de todas as espécies de peixes estão sobre - exploradas, esgotadas, em recuperação ou plenamente exploradas. Globalmente, a pobreza ainda mantém 57 milhões de crianças fora da escola primária e cerca de 20% dos adultos – 793 milhões, dos quais 1/3 mulheres – carecem de habilidades básicas de alfabetização. O mundo ainda está perdendo cobertura florestal em uma taxa alarmante, cerca de 5,2 milhões de hectares de perda líquida por ano, apesar de a taxa de desmatamento mostrar agora sinais de redução.

Rio + 20 - resultados A Iniciativa Economia Verde (IEV, ou GEI-Green Economy Initiative, em inglês) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), lançada em 2008, concebe a Economia Verde como aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Ela tem três características preponderantes: é pouco intensiva em carbono, eficiente no uso de recursos naturais e socialmente inclusiva.

Rio + 20 - resultados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Reconhecendo o extraordinário sucesso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para promover ações de desenvolvimento humano e combate à pobreza, os países, na Rio+20, concordaram com a necessidade de estabelecer alguns objetivos de desenvolvimento sustentável que são “ações orientadas, concisas e de fácil compreensão” e que sejam de natureza global e universalmente aplicáveis a todos os países. Serão estabelecidos nos próximos dois anos.

ODS Este é um dos resultados da Rio+20, e entraram em vigor em 1 de janeiro de 2016, com um prazo de realização até 31 de dezembro de 2030. Para cada ODS, são estruturados 169 metas e indicadores globais de acompanhamento da implementação dos ODS. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos Garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes Assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos Proteger, recuperar e promover o uso sustentável das florestas Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável Fortalecer os mecanismos de implementação e revitalizar a parceria global

ODS Garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes Assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos Proteger, recuperar e promover o uso sustentável das florestas Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável Fortalecer os mecanismos de implementação e revitalizar a parceria global

Rio + 20 - resultados Tecnologia: O documento final da Rio+20 pede o fortalecimento da colaboração em pesquisa internacional sobre tecnologias ou transferência de tecnologia sustentável. Medir o crescimento sustentável: as medidas atuais, como o Produto Interno Bruto [PIB], não refletem o progresso nas dimensões social e ambiental do desenvolvimento sustentável – incluir o custo ambiental e social nestas medidas econômicas.

Rio + 20 - resultados Relatórios de sustentabilidade empresarial. Energia sustentável para todos – países desenvolvidos, em desenvolvimento e de menor desenvolvimento - três objetivos da iniciativa – assegurar acesso a energia, dobrar a eficiência energética e dobrar o compartilhamento de energia renovável – tudo até 2030. Transporte sustentável: a iniciativa de Transporte Sustentável de Baixo Carbono. Empresas: Mais de 200 compromissos para o desenvolvimento sustentável feitos por empresas foram anunciados na conclusão do Fórum de Sustentabilidade Corporativa

Rio + 20 - resultados Oceanos: O Banco Mundial anunciou que mais de 80 países, grupos da sociedade civil, companhias privadas e organizações internacionais declararam apoio à nova Parceria Global pelos Oceanos. Desenvolvimento sustentável e educação: 260 grandes escolas econômicas e universidades de todo o mundo aprovaram uma Declaração para Instituições de Ensino Superior, comprometendo-se a incorporar questões de sustentabilidade no ensino, pesquisa e em suas próprias gestões e atividades organizacionais. Segurança alimentar e agricultura sustentável O Secretário-Geral da ONU lançou o ‘Desafio Fome Zero’ na Rio+20, apelando a todas as nações para que sejam corajosamente ambiciosas ao trabalharem por um futuro onde todas as pessoas desfrutem do direito a alimentação e todos os sistemas alimentares sejam resilientes. (capacidade de voltar ao normal)

Rio + 20 - resultados Sustentabilidade e ciência: Uma nova plataforma de dez anos para coordenar a pesquisa científica para sustentabilidade global, chamada de “Terra do Futuro”, foi apresentada na Rio+20 para oferecer alertas prévios sobre riscos ambientais e encontrar as melhores soluções científicas para os problemas transdisciplinares de satisfazer as necessidades humanas de comida, água, energia e saúde. (Disponível em http://www.onu.org.br/rio20/alem-da-rio20-avancando-rumo-a-um-futuro-sustentavel/ acesso em 22-10-2012).

Conferências das partes sobre a Convenção da Diversidade Biológica. A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo decisório no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB - instituída durante a Rio 92 para criar um fórum internacional com o objetivo de estabelecer medidas para a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos.

Conferências das partes sobre a Convenção da Diversidade Biológica. COP – 10: Protocolo de Nagoya – acordos sobre as metas de Aichi, que incluem: a conscientização sobre a diversidade biológica, invasão de espécies estrangeiras, perda de habitat, uso sustentável da pesca, dos ecossistemas e da agricultura, além do acesso das populações indígenas e das comunidades locais aos recursos naturais e a sua participação nos benefícios.

COP – 11 da CDB Em outubro de 2012 foi realizada em Hyderabad na Índia a 11ª COP da CDB, cuja preocupação central é a de arrecadar os recursos necessários para cumprir as 20 Metas de Aichi até o prazo final, em 2020. Os países emergentes ficaram de fora das obrigações financeiras, mas o texto final da COP – 11 encorajou que todos, pobres e ricos, aumentem seus investimentos para conter a perda de biodiversidade - principal objetivo das chamadas metas de Aichi.

Hotspot da biodiversidade Hotspot é toda área prioritária para conservação, isto é, de alta biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. É considerada Hotspot uma área com pelo menos 1.500 espécies endêmicas de plantas e que tenha perdido mais de 3/4 de sua vegetação original. Em fev/2005: A Conservação Internacional  identificou 34 regiões, hábitat de 75% dos mamíferos, aves e anfíbios mais ameaçados do planeta.

Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Foi criada na Rio-92 - objetivo: estabilizar as concentrações de GEE. Entrou em vigor em 1994. Seu braço executivo é a Conferência das Partes – COP – reuniões anuais. Princípios: “responsabilidades comuns, mas diferenciadas” e esforço na adoção global do desenvolvimento sustentável.

Principais Conferências das Partes. COP- 3 – Kyoto – Japão – 1997: Adoção do Protocolo de Kyoto – metas de redução de 5,2% das emissões de GEE, tendo como parâmetro as emissões de 1990 – para países do Anexo I – desenvolvidos. Entrou em vigor em fevereiro de 2005. COP – 6 – Holanda - Art.12 – Criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – 1 t. de C0² equivale a 1 unidade de crédito de carbono chamada Redução Certificada de Emissão – RCE.

Outras COPs. COP – 13 – Mandato de Bali – mapa do caminho: Compromissos mensuráveis e verificáveis na redução da emissões de GEE causadas por desmatamento; Criação do fundo de adaptação para países mais vulneráveis no enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas; Financiamento e fornecimento de tecnologias limpas; Combate ao desmatamento nos países em desenvolvimento. COP – 15 – 2010 - Copenhague – Dinamarca : criou o REDD: redução das emissões por desmatamento e degradação. COP – 16 – 2011 - Cancun – México: criou o Fundo Verde para o Clima: 100 bilhões/ano até 2020. COP – 17 – 2012 - Durban – África do Sul: documento Plataforma de Durban – determina uma 2ª fase do P. de Kyoto até a negociação de um novo acordo que finalizará em 2017 ou 2020.

Outras COPs COP – 18 – Doha - Trinta e seis países aderiram ao segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, que vai de janeiro de 2013 a dezembro de 2020 – significa redução de 18% das emissões de GEE, em relação aos níveis de 1990.  Países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia e Nova Zelândia não estão participando deste segundo período. Permanece a previsão de arrecadação de US$ 100 bilhões anuais, que serão revertidos para os países mais pobres para o combate às Mudanças Climáticas. Mas não foi definido como este dinheiro será arrecadado, como serão financiadas as ações de mitigação e adaptação de países em desenvolvimento e nem o que será feito para aumentar este valor.

Outras COPs COP -19 – Varsóvia – Polônia – todos os países devem trabalhar, idealmente, até o primeiro trimestre de 2015 para costurar o novo acordo global que obrigará todos os governos a cortar emissões de gases-estufa e, com isso, reduzir os impactos das alterações do clima. O texto aprovado propõe que os governos preparem "contribuições" para cortar gases-estufa em vez de "compromissos". A proposta é considerada menos rigorosa, já que o texto apresentado ao longo dos últimos dias foi rejeitado por grandes países emergentes como a China e a Índia.

Outras COPs COP – 20 – Lima – Peru - "Chamamento de Lima para a Ação sobre o Clima“- "rascunho zero" de um futuro acordo global do clima: com três focos de negociação. 1º foco -criação de elementos-chave que farão parte do novo acordo: medidas para conter o aquecimento global como corte de emissões, redução do desmatamento, inovações nas indústrias, investimentos em energias renováveis e etc. 2º foco - determinação do tipo de metodologia que os países seguirão para formular suas metas de redução de emissões, as chamadas Contribuições Intencionais Nacionais Determinadas (INDCs). As informações terão que ser entregues à ONU até outubro de 2015. 3º foco - pede aos países desenvolvidos que tomem iniciativas para conter sua poluição entre 2015 e 2020. Não houve um resultado forte sobre esse assunto, pois o texto usa o jargão diplomático "encoraja" e não "decide". Nesse caso, o "rascunho zero" pede a análise de oportunidades ambiciosas para conter o lançamento de gases para a atmosfera.

COP – 21 Paris – dezembro de 2015: a conferência iniciou com o Impasse entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre sobre compensações de perdas e danos causados pelas mudanças climáticas. Países de economias mais modestas, que acreditam que os países ricos deveriam ser responsabilizados pelas perdas e danos causados pelas mudanças climáticas - já que estes teriam sido causados pelas emissões dos países mais ricos. As maiores economias do mundo, que só aceitam debater perdas e danos como parte de uma discussão mais ampla e visando ajudar os países a se adaptar ao problema. 

COP 21 – Acordo de Paris Ao final da conferência, o Acordo de Paris estabeleceu seus principais pontos: 1 - Manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC A comunidade internacional se comprometeu a limitar a subida da temperatura "bem abaixo dos 2ºC" e a "continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC". O objetivo de um aquecimento máximo de 2ºC em relação à era pré-industrial tinha sido definido em 2009, em Copenhague. Ele implica uma redução drástica das emissões de gases de efeito estufa, com medidas como economia de energia, maiores investimentos em energias renováveis e reflorestamento. Vários países, sobretudo as nações insulares que estão ameaçadas pela subida do nível do mar, afirmam que, mesmo com a limitação do aumento da temperatura em 1,5ºC, eles já correm perigo.

Acordo de Paris 2 - Revisão dos compromissos Um dos objetivos essenciais do acordo é a criação de um mecanismo de revisão dos compromissos voluntários dos países, de cinco em cinco anos. A primeira revisão obrigatória ocorrerá em 2025 e as seguintes deverão mostrar "uma progressão". Além disso, o painel intergovernamental de peritos do clima (GIEC) deverá elaborar em 2018 um relatório especial sobre os meios para se alcançar a meta de 1,5ºC e sobre os efeitos desse aquecimento. Nesse ano, os 195 países farão uma primeira análise da ação coletiva. Em 2020 serão convidados a rever suas contribuições. Os países industriais "devem estar na linha de frente e estabelecer objetivos de redução das emissões em valores absolutos". Os países em desenvolvimento deverão "continuar a aumentar os esforços" na luta contra o aquecimento global "à luz de sua situação nacional". Verificação: Se até agora os países industriais estavam sujeitos a regras mais rigorosas em matéria de verificação das ações realizadas, o acordo assinado em Paris prevê que o mesmo sistema seja aplicado a todas as nações signatárias. Este ponto era muito importante para os EUA. Todavia está prevista uma certa flexibilidade, devido "às diferentes capacidades" dos países.

Acordo de Paris 3 - Ajuda financeira aos países meridionais Em 2009, os países desenvolvidos prometeram 100 bilhões de dólares por ano, a partir de 2020, com o fim de ajudar as nações em desenvolvimento a financiar a transição para energias limpas, assim como sua adaptação aos efeitos do aquecimento, dos quais são as primeiras vítimas. Como defendido pelos países em desenvolvimento, o texto estabelece que a soma prevista é apenas "um teto". Um novo valor financeiro será definido em 2025. Os países mais ricos não queriam ser os únicos a pagar a conta, exigindo uma contribuição da China, Coreia do Sul, Cingapura e das nações ricas em petróleo.

Acordo de Paris 4 - Indenizações a países vulneráveis Pretende-se prestar ajuda aos países atingidos pelos efeitos do aquecimento global, quando os mecanismos de adaptação – como sistemas de alerta meteorológico ou diques – já não conseguirem mais deter os danos irreversíveis ligados ao degelo dos glaciares ou à subida das águas, por exemplo. Sem definir todos os pontos e aspectos, o acordo da COP21 consagra todo um artigo a essa questão, o que representou uma vitória para os países mais vulneráveis, como os insulares. Trata-se de uma questão sensível para países desenvolvidos como os EUA, que temem ações judiciais devido a sua "responsabilidade histórica" no aquecimento global. Assim, Washington conseguiu incluir uma cláusula segundo a qual o acordo de Paris não servirá de base para iniciar "processos de responsabilização ou compensações".

Acordo de Paris 5 - Transparência Todos os países devem registrar e divulgar suas atividades para proteção do clima, assim como dados sobre a emissão de gases-estufa. Este ponto é "flexível" para as nações em desenvolvimento e emergentes. Embora o acordo de Paris seja legalmente vinculante, não está prevista nenhuma sanção a países que não cumpram as estipulações. O documento aprovado entra em vigor quando for ratificado por pelo menos 55 nações que somem, no mínimo, 55% de todas as emissões globais.

Acordo de Paris Um ponto bastante comemorado no Acordo de Paris é a determinação de chegar até 2100 com emissões líquidas zero, ou seja, os gases-estufa que forem liberados ao redor do globo pelas atividades humanas serão compensados. Seria, então, o início de uma economia neutra em carbono, a chamada "descarbonização". O documento estabelece como objetivo limitar, até 2100, a elevação da temperatura a "bem abaixo" de 2ºC em relação ao nível pré-industrial. No entanto, o texto diz que "vai perseguir esforços para limitar o aumento a 1,5ºC", e reconhece que, assim, os riscos e impactos das mudanças climáticas seriam reduzidos de forma significativa. "A referência a 1,5ºC é muito importante. Acima dessa marca é um ponto crítico demais para o Ártico, recifes de corais, florestas e para todos que moram em zonas costeiras", ressaltou Samanta Smith, do WWF. Desde a Revolução Industrial, o aumento de temperatura global foi de 0,85ºC. Até a marca de 1,5ºC, portanto, resta apenas 0,65ºC. A medida de ficar dentro desse limite é reduzir as emissões de gases-estufa o mais rápido possível, alertam cientistas.

Acordo de Paris Todos os países têm a missão de implementar a Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida (INDC, na sigla em inglês), base do Acordo de Paris. Ela começa a valer em 2020, e a meta proposta deve ser atingida até 2030. O Brasil, por exemplo, se comprometeu a cortar, já em 2025, 37% de suas emissões em relação aos níveis de 2005.

Acordo de Paris Os EUA e a China ratificaram o Acordo de Paris em 03/09/2016. Assim, o Acordo poderá entrar em vigor, pois os países responsáveis por 55% das emissões já o ratificaram. Os países que o ratificaram estabeleceram metas de redução das emissões tendo como ano base – 2005 e não 1990 como era no Protocolo de Kyoto.

PROTOCOLO DE MONTREAL Acordo firmado em 1987 e ratificado em 1989 Objetivo: proteger a camada de ozônio limitando as emissões de produtos químicos que a destroem como: CFC – usado em aerossóis, refrigeração, produção de solventes. A partir da ratificação do protocolo por 150 países, a camada de ozônio começou a estabilizar com o aumento de ozônio. O CFC foi substituído, na maioria das indústrias pelo HFC (hidrofluorcarboneto) que não agride a camada de ozônio, mas contribui para o aumento da temperatura e para o efeito estufa. Cientistas afirmam que ações similares às tomadas com a emissão destes gases deverão ser impostas, pois, caso contrário, o aquecimento previsto para o próximo século será antecipado em aproximadamente 20 anos.