Conhecimento e Interesse

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Pesquisa e Produção do Conhecimento
Advertisements

ESTÉTICA 1.
O QUE É ÉTICA?.
Dinâmica e Gênese dos Grupos
TEORIA CRÍTICA E EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA
AULA 6 MAX WEBER Slides utilizados na disciplina – Sociologia Aplicada para o Curso de Administração/UFSC Por Prof. Juliana Grigoli.
Epistemologia genética – Jean Piaget
Filosofia moderna Kant (Idealismo)
CONTEÚDOS ESCOLARES E DESENVOLVIMENTO HUMANO : QUAL A UNIDADE ?
RAZÃO E INSTINTO Pascal “ O Coração tem razões que a razão desconhece
Immanuel Kant e o Criticismo
O que é Construtivismo ? Fernando Becker
Capítulo 6 Organização.
O MÉTODO PSICANALÍTICO
Profª Karina Oliveira Bezerra
Psicologia das faculdades
Conhecimento Científico Noutros conhecimentos...
A teoria do conhecimento
Educação.
ESTUDO DA MATEMÁTICA Parte II
O que é conhecimento 2.1 O critério da verdade:
Teorias do conhecimento
PSICANÁLISE.
OBJETO DA ÉTICA Nas relações cotidianas dos indivíduos entre si surgem continuamente problemas. Ex: Devo ou não devo falar a verdade! Desta forma faz se.
EPISTEMOLOGIA INVESTIGAÇÃO FILOSÓFICA SOBRE O MÉTODO UTILIZADO PARA CONHECER A REALIDADE DO UNIVERSO E HUMANA.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
Immanuel Kant
Emile Durkheim e o fato social
Metodologia da Pesquisa em Linguística Aula 1 Professor José Ferrari Neto
Profª Karina Oliveira Bezerra
A construção do conhecimento em Durkheim, Weber e Marx
1ª aula Profª Karina Oliveira Bezerra
Profª. Taís Linassi Ruwer
PCOG PSICOTERAPIA COGNITIVA
A Psicologia ou as Psicologias
Immanuel Kant: O Esclarecimento e a Razão Prática
O conhecimento científico
Sociologia: uma ciência da sociedade Parte.01
CONCEPÇÃO DO APARELHO PSIQUICO E TÉCNICA PSICANALÍTICA EM FREUD
Max Weber e as ações sociais
INCONSCIENTE Inconsciente: difere de ausência de razão e de falta de consciência. Duas instâncias que convivem num mesmo aparelho psíquico. Instâncias.
A Fenomenologia de Husserl e a Crítica ao Conhecimento Positivista:
MODELOS PEDAGÓGICOS E EPISTEMOLÓGICOS
Professor: Karina Oliveira Bezerra
ESTÉTICA 1.
CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015
A sociologia como ciência
O que é Ciência.
Capítulo 4 – A consciência
CIÊNCIA E CIENTIFICIDADE
CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015 IMMANUEL KANT – AULA 02.
Kant O que posso saber? (teoria do conhecimento)
Bases Epistemológicas da Ciência Moderna Profa. Dra. Luciana Zaterka
Immanuel Kant
Ética Kantiana.
Conferência 6 O Problema da vontade e seu desenvolvimento na infância.
O CAMPO DA RELIGIÃO Prof. Helder Salvador. É só com a filosofia moderna que se começa tratar a religião, e com isto também a fé cristã, filosoficamente,
LUDWIG FEUERBACH Deus é a essência do homem projetada em um imaginário ser transcendente. Também os predicados de Deus (sabedoria, potência,
A Crítica Do Juízo A posição da terceira Crítica em relação às duas anteriores.
Prof. Suderlan Tozo Binda
Max Weber.
KARL JASPERS
Aulas de Filosofia - 2º Ano a e C Immanuel Kant Prof. Ms
O Pensamento Positivista – Augusto Comte
Flávia Motta Representações Sociais do Desenvolvimento Humano Flávia Encarnação Motta Mestranda do PPGP - UFES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA.
BC0101 AULA 9 CIÊNCIA E OBJETIVIDADE. A validade da Ciência depende da forma como se responde a questão que investiga a possibilidade do conhecimento.
Immanuel Kant Köenigsberg (Alemanha). ( ).
Transcrição da apresentação:

Conhecimento e Interesse

Habermas sofreu influência de diversos autores Hegel Kant Habermas sofreu influência de diversos autores Kant, Rousseau, Fichte, Hegel, Marx, Peirce, Dewey, Adorno, Durkheim, Weber Marx Peirce

Teoria do Conhecimento Dogmatismo Ceticismo Pressupõe a possibilidade, não uma relação, mas um contato imediato entre sujeito e objeto. Não existe a necessidade de uma Teoria do Conhecimento. O Conhecimento não é possível de modo algum, pois o sujeito não seria capaz de apreender o objeto tal como ele efetivamente é.

Teoria do Conhecimento Subjetivismo Relativismo As verdades são limitadas ao gênero humano. A verdade depende da relação que se estabelece entre o sujeito e os objetos do conhecimento, que sempre são apreendidos num dado contexto.

Teoria do Conhecimento Pragmatismo Criticismo O Conceito de verdade do Pragmatismo somente se interessa pelos objetivos práticos do conhecimento. Expõe a razão humana a crítica, a fim de indagar sobre as condições que tornam possível o conhecimento.

Posições quanto a origem do Conhecimento Racionalismo Empirismo Concepção segunda a qual o conhecimento humano reside primordialmente na mente Concepção segunda a qual todo o conhecimento humano legítimo provém da experiência sensível, e não da razão.

Posições quanto a origem do Conhecimento Intelectualismo Apriorismo O qual aceita que existam conceitos racionais que são universais e necessários, mas considera que estes são derivados da experiência sensível. Associado a Kant. Enfatiza o papel da razão para ordenação da experiência sensível; os grandes conceitos universais fazem parte da estrutura do próprio intelecto humano.

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Pierce – Pragmatismo Habermas → Pierce foi o primeiro autor a entrar na dimensão de uma Teoria da Ciência que reflete a si mesma. Pragmatismo: Ao invés de discutir se existe verdade do conhecimento, ele se pergunta sobre o que podemos fazer do objeto, ou seja, em que o objeto pode ser útil para nós, seres humanos. O Conhecimento não é teórico, nem abstrato, mas algo que se refere à vontade e à ação humana.

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Pierce - Pragmatismo – Continuação O conceito de verdade do pragmatismo somente se interessa pelos objetivos práticos do conhecimento. Indagação: O que é o objeto? Não! Para que serve o objeto, em que ele possui algum significado ?

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Para Pierce, a Metodologia deve esclarecer não a construção lógica das Teorias Científicas; mas A Lógica do procedimento com a qual obtemos Teorias Científicas. Verdade – Consenso Não há que se falar em asserções verdadeiras sobre a realidade, mas importa ter um Método para obter O CONSENSO LIVRE E DURÁVEL.

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Para Pierce, o Processo de Conhecimento é Discursivo e depende da Interpretação e do Juízo. Para Pierce, o Homem cria a palavra, que significa o que ele quer. Para Pierce, a Verdade é Pública, não podendo ser inferida de sujeitos singulares. VERDADE → OPINIÃO PÚBLICA → HABERMAS

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Para Pierce: As condições válidas são as asserções universais sobre a realidade que em dadas condições de pertença, sobre a base de previsões condicionadas, se deixam transformar em recomendações técnicas, ou seja, dar validade a uma “máxima prática”; As convenções se cristalizam em conceitos que têm hipóteses de lei. É um agir controlado pelo resultado, para eliminar a insegurança do comportamento.

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Dilthey Historicismo: todo e qualquer campo do conhecimento que tem o seu percurso de desenvolvimento investigado para se ter uma ideia do estágio em que se encontra. A epistemologia de Dilthey se articula pela aplicação do conhecimento da história na fundamentação das ciências do espírito. Na base da realidade está o indivíduo, que em sua vivência se relaciona com as mais diversas instituições criadas por ele; A realidade é resultado da inter-relação dos diversos sujeitos que exercem papéis sociais.

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Segundo Habermas: Nem os modos de inferência analisados por Pierce; Nem o movimento circular da interpretação de Dilthey São suficientes do ponto de vista da lógica formal.

Crítica como unidade de conhecimento e interesse Habermas chama de interesse: Os orientamentos de fundo inerentes a determinadas condições e auto-constituição do gênero humano, inerenetes ao trabalho e à interação, que incluem processos de compreensão e aprendizagem.

Kant Interesse prático Razão Designa um princípio que serve de base para o exercício de uma faculdade. Razão É a faculdade dos princípios que determina o interesse de todas as faculdades do ânimo, mas determina a si própria o seu. Interesse → racional + sensível. Dependência de um ser afetado sensivelmente, encontra diante da razão.

Kant Interesse da razão de Kant Interesses fundamentais à razão: O que posso saber? O que devo fazer? O que me é permitido esperar? Interesses fundamentais à razão: Interesse especulativo: é o que conduz a pergunta acerca da possibilidade de conhecer; Interesse Prático: Incide sobre a Determinação do Agir; e a Possibilidade de ser livre.

Kant A Função Sistemática do conceito de Interesse Kant expõe a questão da possibilidade da liberdade: Assim, explicar a liberdade da vontade é uma tarefa paradoxal: Ela é definida pela independência frente aos impulsos empíricos; O que denominamos liberdade só se deixaria explicar pelo fato de qualificarmos um interesse que leva os homens a obedecerem leis morais.

Kant A tarefa de explicar a liberdade da vontade rompe inesperadamente o quadro da lógica transcendental, pois, como a liberdade é possível? Como pode a razão pura ser prática?

Kant Sobre o Primado da razão prática Na relação entre os usos da razão, o uso prático deve ter o primado sobre o especulativo; O uso prático que deve servir de base para o teórico “Todo interesse é por fim prático e mesmo o interesse da razão especulativa é somente condicionado e somente no uso prático é completo”.

Kant Interesse é justamente aquilo por que a razão se torna prática, isto é, se torna determinante da vontade: Só um ser racional é capaz de tomar interesse; O interesse pode ser considerado puro quando a razão só toma interesse imediato, e impuro quando a razão só pode determinar a vontade por meio de outro objeto do desejo.

Fichte Concebe o ato da razão, a intuição intelectual, como atividade refletida retornando a si mesmo, e converte o primado da razão prática em um princípio: “a coalescência da razão pura especulativa e da razão prática pura” A organização da razão é submetida à intenção prática de um sujeito que se engendra a si próprio; Sob a forma originária de autoreflexão a razão é imediatamente prática.

Fichte O “Eu” liberta-se do Dogmatismo Este “Eu” possui uma vontade emancipadora. Ele produz, nele mesmo, e com liberdade. O supremo interesse é o “interesse para conosco mesmo”; Autonomia do “Eu” + Liberdade = sentimento prático puro de “bem estar” Kantiano

Fichte O interesse prático da razão faz parte da razão enquanto tal; No interesse da Autonomia do “Eu”, a razão se impõe na mesma medida em que o ato da razão produz, como tal, aquilo que chamamos liberdade. Autoreflexão = Percepção Sensível + Emancipação + Compreensão imperativa + libertação Dogmática.

Freud “O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente” “Para Freud, a essência do sonho é a realização de um desejo infantil reprimido.” “Têm à sua disposição as impressões mais primitivas da nossa infância.” “Na concepção freudiana, o sonho é um produto da atividade do Inconsciente e que tem sempre um sentido intencional, a saber: a realização ou a tentativa de realização - mais ou menos dissimulada, de uma tendência reprimida. ” “Nossa identidade, com seus “Eus” em diálogo ou disputa, é composta de enredos que melhor se apreciam nos sonhos.” “As personagens de tais enredos povoam também nossa realidade, esgueirando-se entre os objetos do dia a dia, encarnando-se num amigo, numa pessoa que nos desperta a paixão, em nós mesmos.”

Freud “Durante o sono, tomamos as imagens oníricas por imagens reais graças ao nosso hábito mental (que não pode ser adormecido) de supor a existência de um modo externo com o qual estabelecemos um contraste com o nosso ego.” “Assim sendo, a interpretação dos sonhos desvela, sobretudo, os conteúdos mentais, pensamentos, dados e experiências que foram reprimidos ou recalcadas, excluídos da consciência pelas atividades de defesa do ego e superego e enviadas para o inconsciente.” “A parte do id cujo acesso à consciência foi impedido, é exatamente a que se encontra envolvida na origem das neuroses.” “Todo material que compõe o conteúdo de um sonho é derivado, de algum modo, da experiência, ou seja, foi reproduzido ou lembrado no sonho.” “O sonho é a realização de um desejo, um temor realizado, uma reflexão ou uma lembrança.”

Freud Há uma clara contraposição de Freud a Dilthey Ao invés de interpretação subjetiva, trata-se da Auto-reflexão que se caracteriza pela abstinência; Em Freud, a aplicação é auto-aplicação do objeto da pesquisa, que toma parte do processo de conhecimento; Freud entende a sociologia como psicologia aplica, e os problemas da psicanálise levam a uma Teoria da Sociedade.

Sociedade. Atua como elemento de regularização de interesses. Freud Marx Trabalho Sociedade. Atua como elemento de regularização de interesses. O Homem deixa de ser animal quando fabrica instrumentos. Superego economicamente; Cultura. Divergem. Freud entende que cada pessoa é particularmente inimiga da cultura, que se relaciona com repressão. Para Freud, o homem deixa de ser animal quando transforma o comportamento instintivo em agir comunicativo (família).