BRASIL Política Externa.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Por que estudar Geografia?
Advertisements

As origens do mundo atual
1914 – 1918.
Mercosul Carla nº05 fernanda..nº09 flávia nº10
8ª Série Os EUA ao longo de sua história tiveram várias oportunidades para desencadear o seu desenvolvimento econômico e souberam aproveitá-las de forma.
Independência da América Latina
Geografia Política e Geopolítica: Definições e Reflexões
História do Paraguai Nomes: Lucas Perim Cazaroto n°:21
Trabalho de geografia sobre: nafta e o alca
2º Reinado O governo de D. Pedro II Unidade 8 (temas 3 a 6)
Organização Mundial do Comércio e Formação dos Blocos Econômicos João Igor, Aron Wadson, Kaio Padrão, Kaique Padrão.
HISTÓRIA DA POLÍTICA EXTERIOR DO BRASIL
Mapa das redes no Brasil
O SUL SUBDESENVOLVIDO UM DOS TRAÇOS MAIS MARCANTES DO SUBDESENVOLVIMENTO É A INDUSTRIALIZAÇÃO PRECÁRIA. É O QUE ACONTECE COM GRANDES PARTES DOS PAÍSES.
- CAPITALISMO INDUSTRIAL.
Ana Gabriele Geraldo Orientador Prof. Marcelo Buzetto 2009
Nome:Fred;Sara;Igor Profª:Karla Veloso Serie:7ª Disciplina:Geografia
AMÉRICA PLATINA E BRASIL
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: POLÍTICA EXTERNA DO SEGUNDO IMPÉRIO.
FONTES DE ENERGIA NO BRASIL
GEOGRAFIA TRADICIONAL OU CLÁSSICA
Comércio Internacional
Regionalização por nível de Desenvolvimento
Instituto Rio Branco - IRBr
Prof. José Victor GayLussac
A auto-suficiência de petróleo pode transformar o Brasil em uma potência mundial? Quais as relações entre o óleo e as Guerras do Oriente Médio?
MÓDULO 2 GEOGRAFIA E GEOPOLÍTICA
A NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
Entre o Caribe e os Andes
GEOPOLÍTICA DO MUNDO ATUAL e AÇÃO ESTADUNIDENSE
OUTROS BLOCOS ECONÔMICOS
Leste Europeu e a CEI A porção oriental do continente europeu passou por grandes mudanças políticas e econômicas, especialmente depois da Segunda Guerra.
A GUERRA DO PARAGUAI.
A RÚSSIA E A COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES
A Circulação da Mercadoria
Administração de Mercado Exterior
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ( )
Atualmente a África do Sul garante o maior PIB do continente.
RELAÇÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS NO ESPAÇO MUNDIAL
Do mundo multipolar para o bipolar da Guerra Fria
AULA DE HISTÓRIA Prof.ª MARTA CIBELE
INTRODUÇÃO À GEOPOLÍTICA
A CIÊNCIA GEOGRÁFICA Surge da necessidade do homem de conhecer o lugar onde vivemos, interagindo socialmente e sofrendo as influências da natureza.
América Platina.
O que de fato aconteceu? A GUERRA DO PARAGUAI
Relações Internacionais Noções básicas Fonte: ELÍBIO JÚNIOR; MATOS, 2006.
Revisão.
Regionalização mundial segundo o nível de desenvolvimento
História da Política Exterior do Brasil A Política Exterior da Era Vargas.
Produção Econômica da América Latina – parte II
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA OBJETIVOS.
Política Externa Brasileira
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
ESQUEMAS E MAPAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
Origem da proposta da ALCA
Doutrina Monroe A chamada Doutrina Monroe foi anunciada pelo presidente estadunidense James Monroe (1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro.
Origens e bases do mundo global.
Marcio Alves – 2º Semestre 2014
MODAIS DE TRANSPORTE E SEGUROS GEOPOLÍTICA DE TRANSPORTES
O Poderio de Cartago.
O SEGUNDO REINADO.
Cap Crise do 2º Reinado.
Após a Guerra Fria, uma das características mais importantes foi o início do novo modelo econômico neoliberal. NEOLIBERALISMO  é a retirada progressiva.
O ESPAÇO DA PRODUÇÃO E DO CONSUMO
América Porções Central e Sul
Acordo Mercosul – União Europeia Câmara dos Deputados Carlos Eduardo Abijaodi Diretor de Desenvolvimento Industrial 27 de maio de 2014.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA POLÍTICA EXTERNA Manutenção de uma política de acomodação com os interesses da Inglaterra; Dependência econômica e fonte de.
Seminário IEA América do Sul: Integração, Geoestratégia e Segurança Prof. Dr. Wanderley Messias da Costa Departamento de Geografia - USP “Evolução da Geopolítica.
Capítulo 4- Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
Integração na América do Sul: análise comparada das Políticas Externas dos recentes governos de esquerda em suas perspectivas para a criação da União de.
Transcrição da apresentação:

BRASIL Política Externa

O que é GEOPOLÍTICA? O conceito de geopolítica foi criado pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904) no final do século XIX. A geopolítica é um instrumento da política externa de um país, baseado na valorização do espaço ou território como forma de exercer a hegemonia mundial. Trata-se da política do “espaço vital”. Espaço vital é a razão de equilíbrio entre a população de uma determinada sociedade, seus recursos naturais e seu território potencial. Resumindo, para ser uma potência e conquistar a hegemonia mundial, era preciso conhecer a fundo a geografia de outros países. Se estes apresentassem vantagens geoestratégicas, como por exemplo, disponibilidade de recursos minerais e energéticos, deveriam ser anexados. A geopolítica de Ratzel ficou conhecida como geopolítica clássica, ainda hoje usada pelas potências mundiais para desenvolver suas políticas externas. Embora haja outras teorias, a geopolítica pode ser definida como a ciência que estuda estratégias do Estado para melhor administrar seu território com vistas à sobrevivência de seu povo e sua melhor inserção no plano internacional. Alguns Estados pensam essas estratégias para garantir a integração de seu território, usufruindo as possíveis riquezas nele existentes, como o Brasil. Mas também existem aqueles, como os Estados Unidos, que além de pensar as estratégias do ponto de vista de seu território, também visam a expansão de seus domínios, adquirindo riqueza e poder internacional. Friedrich Ratzel

Sede do Instituto Rio Branco A geopolítica brasileira A geopolítica brasileira intensificou-se após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando a política externa se voltou para o fortalecimento da liderança do Brasil na América do Sul e para uma participação mais ativa no mundo. Para atingir os objetivos dessa política, o governo brasileiro começou a investir na formação de profissionais qualificados para representar o país no exterior. Para isso, em 1945 foi criado o Instituto Rio Branco, importante formador de cônsules e embaixadores que representam e defendem os interesses brasileiros em outros países. A atual política externa brasileira não se baseia na anexação de territórios alheios ou no poderio militar, como defende a geopolítica clássica de Ratzel, para ampliar sua participação e influência no mundo. A geopolítica brasileira tem um enfoque contemporâneo, ou seja, fundamenta-se na cooperação e no estabelecimento de parcerias que ofereçam vantagens comerciais. A política externa praticada pelo Brasil não pretende impor seus interesses por meio da força. Em contrapartida, também não aceita pressão por parte de qualquer outro país ou organização internacional. Assim, para os diplomatas brasileiros não há inimigos ou desafetos. Todos os países são potenciais parceiros comerciais. Desde 1990, essa estratégia fez com que importantes parcerias fossem estabelecidas com vários países do mundo. Sede do Instituto Rio Branco

Relações do Brasil com os EUA Durante a Guerra Fria (1945-1991), a política externa brasileira caracterizou-se ora por aproximações com os interesses estadunidenses, ora por afastamentos que mostravam os desejos do país de trilhar um caminho próprio, sem maiores influências dos EUA. Em algumas situações, o governo brasileiro se colocou contra os interesses estadunidenses. ° 1968 - Posiciona-se contra o Tratado de Não-Proliferação de Armas na Conferência de Desarmamento realizada em Genebra. O país alegou que as potências nucleares não podiam negar o acesso de países pobres à energia nuclear. ° 1970 - Vota na ONU pela devolução dos territórios palestinos ocupados por Israel na década de 1960 e promove maior aproximação comercial e política com o mundo árabe. ° 1974 - Reata relações diplomáticas com a China. ° 1975 - Vota pelo fim do bloqueio econômico a Cuba e fecha um acordo de cooperação nuclear com a Alemanha. Atualmente, a diplomacia brasileira tem adotado uma política cautelosa em relação aos EUA. A estratégia é não se distanciar dos interesses do país mais rico do mundo. O Brasil se interessa pelos investimentos e pela tecnologia estadunidense. Se, por um lado, a política externa brasileira não quer se chocar com os interesses da superpotência mundial, por outro, não quer se submeter a eles. Palácio do Itamarati

Relações políticas e econômicas com os vizinhos O Brasil sempre foi visto por seus vizinhos na América do Sul como um país imperialista. Por isso, até o começo da década 1990, as relações entre o Brasil e os demais países sul-americanos não foram amplas. Desde a independência, em 1822, os governantes brasileiros buscam fazer do país uma potência regional na América do Sul. Diferentemente da atual política externa brasileira, durante o Império (1822-1889) as ações adotadas em relação aos territórios vizinhos eram extremamente expansionistas, baseadas na geopolítica clássica. O atual território brasileiro é resultado de uma série de anexações feitas após a independência. A partir do período republicano, as relações com os vizinhos começaram a se alterar devido ao Barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores de 1902 a 1912. O barão foi o grande responsável pela consolidação das fronteiras de nosso país e também o “pai da diplomacia contemporânea brasileira”. Barão do Rio Branco

Os projetos do Brasil para os vizinhos Com a chegada dos militares ao poder no Brasil, em 1964, um novo projeto de política externa foi implantado, para de elevar o país à categoria de potência mundial. Para isso, era preciso primeiro consolidar a hegemonia na América do Sul, isolando o concorrente platino – a Argentina. O projeto começou a ser colocado em prática na América Platina, na região de maior influência desse concorrente. A Bolívia e o Paraguai, países sem saída para o mar, eram dependentes da Argentina para exportar seus produtos, por meio da Bacia Platina e do Porto de Buenos Aires. Para retirar esses países da órbita de influência da Argentina e atraí-los para a sua própria, o Brasil implantou um conjunto de estratégias. Projetos de integração viária Com a Bolívia, foi feito um projeto para a implantação da Ferrovia Brasil-Bolívia, ligando o país andino ao Porto de Santos. Em relação ao Paraguai, o governo brasileiro promoveu a construção da Rodovia BR-277, com o objetivo de ligar o eixo econômico paraguaio, Assunção – Ciudad de Leste, ao Porto de Paranaguá, e favorecer as exportações paraguaias. Para intensificar as relações com o Uruguai, o governo brasileiro promoveu uma ampla integração viária por meio da construção de ferrovias e rodovias que possibilitam a ligação desse país a várias cidades do Sul do Brasil.

Medidas diplomáticas com a Argentina Projetos energéticos Em relação à Bolívia, construiu-se o Gasoduto Bolívia-Brasil, responsável pelo transporte de gás natural boliviano para o território brasileiro, determinando uma importante fonte de renda para a economia daquele país. Outra medida adotada pelo Brasil foi a construção, em parceria com o Paraguai, da Hidrelétrica de Itaipu, que tornou o país platino auto-suficiente na produção de energia elétrica. Como o Paraguai não consome toda a energia, vende o excedente para o Brasil e outros países vizinhos. Medidas diplomáticas com a Argentina A partir da década de 1980, a competição com a Argentina foi colocada de lado, dando espaço a uma política comum de cooperação entre os dois países, incluindo a cooperação militar. Mesmo que a instabilidade econômica Argentina, no final dos anos 1990, tenha trazido à tona antigas rivalidades, o governo brasileiro conseguiu, diplomaticamente, contorná-las e firmar o Brasil como potência regional.

Projeto Araribá - Geografia 8 Bibliografia Projeto Araribá - Geografia 8 Unidade 8 - partes 1 e 2