A RELAÇÃO HOMEM/NATUREZA/TRABALHO

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Transcrição da apresentação:

A RELAÇÃO HOMEM/NATUREZA/TRABALHO O HOMEM E A NATUREZA A RELAÇÃO HOMEM/NATUREZA/TRABALHO

A questão do trabalho na perspectiva antropológica e sociológica Fatos econômicos se originam da atuação do homem sobre o meio físico em que vive. A produção (através do trabalho) se tornou fonte de riquezas. As sociedades tribais se diferenciavam tanto no tempo quanto no espaço. Ocorria a divisão sexual do trabalho. Não existia a ideia de acumulação de riqueza: economia de subsistência.

Na antiguidade grega o TRABALHO era desvalorizado e feito pelos escravos. A atividade intelectual era mais digna do homem (Filosofia na Grécia). Os gregos possuíam três concepções da ideia de trabalho: Labor: esforço físico voltado para a sobrevivência do corpo (ex: o cultivo da terra). Poiesis: ênfase no fazer, ato de fabricar, de criar alguma coisa com a utilização de instrumento ou as mãos (ex: artesão, escultor).

Práxis: atividade que tinha a palavra como instrumento, ou seja, utilizava o discurso como meio para encontrar soluções voltadas para o bem-estar dos cidadãos (Ágora, papel dos filósofos). Na sociedade greco-romana existiam os escravos e senhores, mas também outros trabalhadores: meeiros, diaristas, assalariados, artesãos, campesinato. A escravidão era a forma de trabalho predominante.

Europa Ocidental: o feudalismo Senhores X Servos – relações de servidão. Os servos trabalhavam um tempo para si e outro para o senhor feudal. Os senhores tinham o poder econômico (proprietários das terras) e o poder político (faziam as leis do feudo e obrigavam os servos a cumpri-las). Aumentava a exploração dos servos e diminuía a produtividade dos servos.

Nas relações escravistas, o escravo é propriedade de seu senhor, podendo ser vendido, doado, trocado. Negação completa da liberdade e dignidade humanas. O trabalho assalariado surgiu na Europa a partir de uma conjunção de fatores que levaram à escassez de mão de obra. Nesse caso, o ser humano tinha a liberdade de vender a sua força de trabalho em troca de uma remuneração.

O Trabalho na Sociedade Capitalista Revolução Industrial: o trabalhador tem apenas a sua força de trabalho para vender e garantir o seu sustento. O trabalho assalariado, a liberdade individual e de mercado e a propriedade privada são características do modo de produção capitalista. Capitalismo: sistema econômico baseado na acumulação de riqueza. O seu objetivo é a obtenção do lucro.

Capital: conjunto dos recursos utilizados na produção de riqueza (ex: máquinas, equipamentos, matérias primas, recursos humanos, recursos financeiros, edificações e tantos outros). Capitalista: chamado assim por Karl Marx os proprietários dos meios de produção (burguesia). Mudanças profundas nas relações sociais a partir do surgimento do trabalho assalariado: divisão social do trabalho.

O Trabalho no Brasil Trabalho escravo de indígenas e povos africanos. Adoção do sistema de plantation: caracterizado pela presença dos grandes latifúndios; monocultura para exportação e trabalho escravo. O tráfico negreiro se tornou a atividade econômica mais rentável para a Coroa Portuguesa.

As condições de vida do escravo eram terríveis, com trabalho intensivo e castigos constantes. A resistência por parte dos escravos fez surgir os quilombos no Brasil. O fim da escravidão vem de um conjunto de situações que resultaram na Abolição em 1888: resistência dos africanos; pressão dos ingleses; a Guerra do Paraguai; dentre outros. A imigração de origem europeia veio resolver o problema de falta de mão de obra.

Até a primeira metade do século XX, o Brasil ainda não dispunha de um parque industrial. O que existia eram pequenas fábricas de tecelagens e alimentos. Continuava grande exportador de café e açúcar. Os europeus que vieram trabalhar no Brasil trouxeram novas ideias que vigoravam na Europa relacionadas aos direitos trabalhistas e a justiça social.

Greve Geral (1917 e 1920 – movimentos sociais): contra o trabalho infantil (que ocupava o lugar dos adultos); péssimas condições de trabalho; longas jornadas de trabalho (até 16 horas/dia), péssimos salários, dentre outras reivindicações. Foram criados jornais operários, surgiram ligas de resistência que vão dar origem aos sindicatos anos depois.

I Congresso Operário Brasileiro em 1906. Sindicatos urbanos foram regulamentados em 1907, mas não existia legislação trabalhista. Portanto, os patrões não tinham obrigações legais para com seus empregados. 1922: surge o PCB (Partido Comunista do Brasil – depois Brasileiro) e o PSB (Partido Socialista do Brasil). 1930: Golpe de Estado – GV e uma nova era para o Brasil.

CLT: aprovada em 1943. Jornada de 8 horas de trabalho, salário mínimo, organização sindical (sindicalismo pelego), Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Concessão de direitos trabalhistas (e sociais) e negando os direitos políticos: “cidadania regulada”. Clima de liberdade para os trabalhadores brasileiros de 1946 a 1964. Os movimentos sociais retornam no final da década de 1970 (Geisel), voltados para as necessidades urbanas.

Apoio da Igreja Católica através do movimento conhecido como Teologia da Libertação. Década de 1980: estagflação brasileira (estagnação econômica com inflação) leva ao aumento da pobreza e da miséria no País. O “Milagre Econômico Brasileiro” levou os governos militares a importar máquinas e equipamentos poupadores de mão de obra da Europa para alavancar o nosso processo produtivo. Isso levou a mudanças nas condições de emprego/trabalho.

O desenvolvimento tecnológico e as transformações no mundo do trabalho Mudanças no mercado de trabalho da sociedade tecnológica: qualificação de trabalhadores. Diferenças nas oportunidades de emprego e na inserção no mercado de trabalho. Sociedade pós-industrial: setor terciário (prestação de serviços). Globalização: concorrência global. Desemprego estrutural (ou tecnológico).