Princípios reguladores da interação discursiva Expressões Princípios reguladores da interação discursiva Princípio de cooperação O princípio de cooperação define a boa formação conversacional, ou seja, a contribuição cooperativa dos falantes a fim de que a interação discursiva em que participam se desenvolva do modo requerido, de acordo com o seu objetivo específico. Porto Editora
máxima de modo ou modalidade Expressões Este princípio baseia-se nas seguintes máximas conversacionais: máxima de quantidade (o discurso deve conter a informação necessária) máxima de qualidade (o discurso não deve afirmar o que o locutor crê ser falso, nem o que carece de provas) máxima de relação (o discurso deve ser pertinente ou relevante) máxima de modo ou modalidade (o discurso deve ser claro, breve e ordenado) Porto Editora
Expressões Princípio de cortesia Relacionado com o contexto situacional e sociocultural dos interlocutores, o princípio de cortesia concretiza-se nas estratégias discursivas adotadas a fim de evitar e reduzir os conflitos, as ofensas ou ameaças entre qualquer dos intervenientes, devendo para tal observar-se máximas como: • não interromper o interlocutor; • não manifestar falta de atenção; • evitar o silêncio ostensivo; • não proferir insultos, acusações gratuitas, etc. Porto Editora
Expressões Outra estratégia é, por exemplo, o uso de atos ilocutórios indiretos que contribuem muitas vezes para diminuir a ameaça que as ordens, os pedidos, as perguntas representam, como é claramente visível pelo confronto de enunciados como “Está tanto calor aqui dentro!” e “Abra a janela, se faz favor”. Outros atos indiretos contribuem para a diminuição da ameaça provocada por desaprovações ou desacordos, em particular pela inclusão de uma introdução explicativa ou desculpabilizadora, como por exemplo em “Desculpe, mas está enganado” em vez de simplesmente “Está errado.”, ou “Do meu ponto de vista, acho que está errado”. Porto Editora