Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2

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Transcrição da apresentação:

Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2 2.a Aula: Descrição Física das Máquinas Elétricas

Descrição Física das Máquinas Elétricas Estator Nas ranhuras internas, mostradas na Fig. 2.1, são alojados três enrolamentos idênticos espaçados de 120º el. Os enrolamentos são normalmente de dupla camada, de passo fracionário, com bobinas distribuídas e podem ter seis, nove ou 12 terminais.

Descrição Física das Máquinas Elétricas A Fig. 2.2 mostra a associação de bobinas em Δ e em Y para um motor de 6 terminais. A numeração apresentada é um padrão comumente usado. Triângulo Estrela

LIGAÇÃO MOTOR DE 6 PONTAS 1 → Triângulo: Com a tensão nominal do enrolamento de fase igual a 220 V (ver figura 2.1a); Estrela: Com o enrolamento conectado em estrela a tensão de linha passa a ser √3 vezes a tensão do enrolamento em Δ (√3. 220 = 380V) (ver figura 2.1b); (b) (a) Fig. 2.1 – Ligações triângulo e estrela de um motor 6 terminais

Descrição Física das Máquinas Elétricas Para um motor de nove terminais as associações são apresentadas na Fig. 2.3.

Descrição Física das Máquinas Elétricas Para um motor de 12 terminais as associações possíveis são apresentadas na Fig. 2.4.

LIGAÇÃO MOTOR DE 12 PONTAS No caso do motor de 12 terminais, existem quatro tipos possíveis de ligação: Triângulo em paralelo: a tensão nominal é 220 V (ver figura 2.2) Estrela em paralelo: a tensão nominal é 380 V (ver figura 2.2) Triângulo em série: a tensão nominal é 440 V (ver figura 2.2) Estrela em série: a tensão nominal é 760 V (ver figura 2.2) Fig. 2.2 – Ligações estrela – triângulo em um motor de 12 terminais

LIGAÇÃO MOTOR DE 12 PONTAS A união dos terminais segue uma determinada ordem padrão. Existe uma regra prática para fazê-lo: numera-se sempre os terminais de fora com 1, 2 e 3 e ligam-se os terminais restantes. No caso do motor de 12 terminais deve-se ainda associar as séries e os paralelos com as bobinas correspondentes, como por exemplo (1-4 com 7-10).

LIGAÇÃO MOTOR DE 12 PONTAS Fechamento Duplo Triângulo:

LIGAÇÃO MOTOR DE 12 PONTAS Fechamento Duplo Estrela: Com a Tensão de Linha de 380V representadas em R, S e T temos, respectivamente, as Tensões de Fase de 220V em cada uma das bobinas, sendo que:

LIGAÇÃO MOTOR DE 12 PONTAS Fechamento Triângulo:

LIGAÇÃO MOTOR DE 12 PONTAS Fechamento Estrela: Os conjuntos de bobinas são associados em série a fim de garantir a distribuição da tensão de fase de forma proporcional a cada uma. Sendo a tensão de Linha (Alimentação ) de 760V podemos deduzir que a tensão de fase será de 440V:

Rotor Existem dois tipos básicos de construção: 1. Rotor Bobinado ou de Anéis: O rotor possui ranhuras abertas onde são alojados três enrolamentos idênticos e espaçados de 120º el. Três terminais desses enrolamentos são unidos (Y) e os outros três são levados a anéis de cobre montados sobre o eixo e isolados entre si e do eixo, como mostrado na Fig. 2.5. Nos terminais dos enrolamentos, através de escovas deslizantes, um reostato trifásico conectado em Y é usado para inserir resistência elétrica no circuito do rotor. O reostato pode ser operado manualmente ou por meio de um servo-motor.

Rotor 2. Rotor de Gaiola de Esquilo: Neste caso, as ranhuras são fechadas e nelas é injetado alumínio fundido que, depois de resfriado, formará barras condutoras no sentido axial. Nas duas extremidades do pacote magnético são fundidos dois anéis, também de alumínio, interligando os terminais de todas as barras. Costuma-se fundir, juntamente com os anéis, as pás de um pequeno ventilador. A Fig. 2.6 mostra a construção típica do rotor gaiola de esquilo.

Carcaça É feita de ferro fundido e serve de suporte mecânico para o estator, rotor e terminais dos enrolamentos. Nos catálogos de fabricantes, um motor tem sua carcaça indicada por um número. Por exemplo, motores de 1 cv utilizam carcaça 71. Isto significa que a distância (H) entre o ponto de apoio do motor (pé) e o centro da carcaça é de 71 mm. Esta medida fornece uma ideia das dimensões da máquina.

Outras Partes Motores com rotores bobinados contêm em sua construção anéis e escovas, que têm a função de permitir ligar um ponto do rotor ao exterior. Anéis e escovas constituem pontos das máquinas onde são importantes as preocupações com o desgaste e consequentes custos de manutenção. Mancais e rolamentos são outros itens que levam a custos de manutenção, têm por objetivo apoiar o eixo do rotor na carcaça e facilitar o giro do mesmo (requerem lubrificação para reduzir atrito, o desgaste com o tempo faz com que o motor se torne ruidoso e vibre mais). A fim de evitar o acúmulo de umidade nos enrolamentos estatóricos, motores de grandes potências costumam ter um pequeno circuito auxiliar dentro da carcaça para manter a temperatura a níveis adequados quando o motor não está em funcionamento.

Princípio de Operação Supondo inicialmente a máquina em repouso (rotor bloqueado). Quando os enrolamentos do estator estão ligados a um sistema trifásico balanceado de tensões, o campo girante é produzido. Considerando apenas a componente de frequência fundamental, o campo girante é uma onda senoidal de fmm (força magneto-motriz) que se desloca ao longo do entreferro com velocidade síncrona ( ), formando p polos girantes.   Frequencia da rede   Nº de polos Velocidade do campo girante

É equivalente dizer que o campo está estático e a gaiola se desloca com velocidade Ws em sentido contrário ao campo. De acordo com a Lei de Lenz, uma f.e.m. (força eletro-motriz) é induzida nos condutores da gaiola que se movimentam com velocidade v no interior de um campo B.

Sobre os condutores da gaiola, cujo circuito elétrico é fechado e que conduzem corrente elétrica no interior do campo magnético, aparece a força de Lorentz. A composição dessas forças resulta em um torque sobre o rotor, no mesmo sentido do campo girante. Se este torque motor for maior que o torque resistente, o motor partirá (Wr). Pode-se notar então que, para que haja f.e.m. induzida na gaiola, portanto corrente e torque, é necessário um movimento relativo entre o campo girante e a gaiola.

Se o motor atingir a velocidade síncrona, não haverá velocidade relativa, não havendo força eletromotriz induzida e nem torque sobre o rotor. Por consequência, o motor irá desacelerar Para manter a máquina em movimento é preciso que o torque do motor seja igual ao torque resistente. Assim, o MIT deve operar sempre abaixo da velocidade síncrona e sua velocidade será tanto menor quanto maior for a carga acoplada ao seu eixo. A energia é levada do estator para o rotor de forma indutiva, sem contato elétrico. Por essas razões, o motor é conhecido como motor de indução ou motor assíncrono.

Algumas definições importantes são dadas a seguir: Com o rotor bloqueado, a velocidade relativa entre o campo e a gaiola é Ws. A tensão induzida com rotor bloqueado (erb) possui frequência frb igual a da rede. Nesse caso, o comportamento do motor é idêntico ao de um transformador. Algumas definições importantes são dadas a seguir: Velocidade de escorregamento: Escorregamento (slip): Das duas relações apresentadas pode-se escrever:

Para o MIT: 0≤ s ≤1, o que resulta em: A f.e.m. induzida na gaiola é proporcional à velocidade relativa entre a gaiola e o campo girante (Lei de Lenz). Assim, para o rotor bloqueado ( Wr = 0 ) a f.e.m. induzida no rotor vale: Para uma velocidade Wr qualquer: Logo:

A frequência da tensão induzida no rotor também é diretamente proporcional à velocidade. A corrente trifásica do estator induz na gaiola corrente trifásica que, da mesma forma que no estator, produz um campo girante de velocidade Wsr, em relação ao rotor: Em relação ao estator, tem-se:

Considerando: Finalmente:

Conclusão: A velocidade do campo girante do rotor é igual á velocidade de escorregamento, com relação ao rotor. Com relação ao estator, é igual à velocidade síncrona do campo girante do estator.

Provar a existência do Campo Girante num Motor Trifásico de Indução Aula Prática: Provar a existência do Campo Girante num Motor Trifásico de Indução https://www.youtube.com/watch?v=VlQiXcK9jWo