Casos de acidente de trabalho em duas fábricas

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Transcrição da apresentação:

Casos de acidente de trabalho em duas fábricas Simulação de Caso A tabela apresentada a seguir refere-se a um estudo sobre segurança no ambiente de trabalho em duas fábricas. (*) Casos de acidente de trabalho em duas fábricas de eletrodomésticos durante o ano de 1996 Fábrica A Fábrica B Casos 40 60 Empregados (total) 1.000 1.000 12 meses 100 1.000 9 meses 200 O 6 meses 500 O 3 meses 200 O O tempo de exposição dos trabalhadores da fábrica A foi variável. *dados fictícios Epidemiologia - Robero A.Medronho... [et al.] - S.Paulo. Editora Atheneu,2003

Simulação de Caso a) Qual a medida de freqüência mais adequada para se estimar o risco de acidente de trabalho neste estudo? Justifique. b) Calcule esta medida para cada uma das fábricas e, com base nos resultados, apresente as suas conclusões relativas a este estudo. Epidemiologia - Robero A.Medronho... [et al.] - S.Paulo. Editora Atheneu,2003

O tempo de exposição dos trabalhadores da fábrica A foi variável. a) Taxa de incidência. O tempo de exposição dos trabalhadores da fábrica A foi variável. Assim, é necessário considerar não só o número de trabalhadores expostos, mas também os respectivos períodos de exposição, através do cálculo da quantidade de pessoa-tempo de exposição. Epidemiologia - Robero A.Medronho... [et al.] - S.Paulo. Editora Atheneu,2003

b) - Quantidade de pessoa-ano de exposição gerada pelos trabalhadores da fábrica A Tempo de trabalho Trabalhadores de exposição 12 meses (1 ano) 100 1O0 x l = 1O0 9 meses (0,75 anos) 200 200 x 0,75 = 150 6 meses (0,5 anos) 500 500 x 0,5 = 250 3 meses (0,25 anos) 200 200 x 0,25 = 50 Total 1000 550

Taxa de incidência de acidentes de trabalho Fábrica A = (40 / 550) x 1.000 = 72,7 acidentes por 1.000 pessoas ano. Fábrica B = (60/ 1.000) x 1.000 = 60,0 acidentes por 1.000 pessoas ano.

Na fábrica A, entre cada 1.000 trabalhadores expostos por um período de um ano, ocorrem, em média, 72,7 acidentes. Na fábrica B, a freqüência de acidentes é da ordem de 60 casos por 1.000 trabalhadores ano. Embora o número absoluto de casos seja maior na fábrica B, o risco de acidentes de trabalho é maior na fábrica A.

Simulação de Caso 2 Considere uma população com 30.000 indivíduos livres de doença. Esta população foi acompanhada por 10 anos, sendo observados 50 casos de uma doença X durante o período de observação. A distribuição conjunta entre status da doença e de exposição a um determinado fator é apresentada na tabela a seguir: Doente Sim Não Total Expos. Sim 30 9.970 10.000 Não 20 19.980 20.000 Total 50 29.950 30.000 Epidemiologia - Robero A.Medronho... [et al.] - S.Paulo. Editora Atheneu,2003

a) Calcule a incidência acumulada no grupo de expostos e não-expostos e a seguir calcule a razão de incidências acumuladas (risco relativo). b) Calcule a odds de doença para expostos e não expostos e a seguir calcule a odds ratio entre expostos e não expostos. c) Calcule a odds de exposição entre doentes e nãodoentes e a seguir calcule a odds ratio de exposição entre doentes e não-doentes. d) Explique o significado das medidas de associação calculadas nas questões acima. Epidemiologia - Robero A.Medronho... [et al.] - S.Paulo. Editora Atheneu,2003

b) odds de doença em expostos = 30/9.970 = 0,003 a) IC em expostos = 30/10.000 = 0,003; IC em não expostos = 20/20.000 = 0,001 Razão de 1C=0,003/0,00l = 3 b) odds de doença em expostos = 30/9.970 = 0,003 odds de doença em não expostos = 20/1.9980 = 0,001 odds ratio de doença = 0,003/0,001 = 3 c) odds de exposição entre doentes= 30120= 1,5 odds de exposição entre não doentes = 9.970/ 19.980 = 0,5 odds ratio de exposição=1,5/0,5=3 Repare a equivalência das odds ratio obtidas em a, b e a, c. Adicionalmente, em função de se tratar de uma doença rara (50 casos em 30.000, i.e., incidência no total da população= 1,7%) podemos observar que a odds ratio é um bom estimador da razão de incidências acumuladas. Epidemiologia - Robero A.Medronho... [et al.] - S.Paulo. Editora Atheneu,2003

d) A razão de incidências acumuladas indica que a probabilidade de vir a desenvolver a doença em 10 anos (condicionado ao fato de não ter morrido por outra causa) é 3 vezes maior no grupo exposto em relação ao grupo não exposto. A odds ratio de doença indica que a chance de desenvolver a doença é três vezes maior no grupo exposto do que no grupo não exposto. A odds ratio de exposição indica que a chance de exposição é três vezes maior no grupo doente em relação ao grupo não doente. Epidemiologia - Robero A.Medronho... [et al.] - S.Paulo. Editora Atheneu,2003