Curso de Especialização em Gestão em Saúde (EAD)

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Curso de Especialização em Gestão em Saúde (EAD) A satisfação de operadores de cabine de pedágio quanto aos fatores inerentes às condições e à organização do trabalho Curso de Especialização em Gestão em Saúde (EAD) Autor: Tatiana Pastre Orientadora: Beatriz Marcondes de Azevedo Introdução Quanto ao ritmo de trabalho, os funcionários mencionaram que a atividade é corrida e que falta tempo para pausa, no entanto, não reclamaram da jornada de trabalho, nem se queixaram de relacionamento com chefia. Fica claro aqui que a atividade é repetitiva e que faltam pausas para relaxar,conforme podemos ver no gráfico 3 de Organização do Trabalho. Quanto ao conteúdo do trabalho de acordo com a média encontrada nestes itens, os funcionários percebem seu trabalho como de grande responsabilidade, altamente repetitivo, limitado e de predominante esforço metal. Além disso, mencionam que a demanda física é de grau mediano e não sentem pressão psicológica por parte dos superiores, conforme se observa no gráfico 4 de conteúdo do trabalho. Este estudo tem o intuito de contribuir com informações para o setor de prestação de serviços a partir do conhecimento sobre as condições de trabalho e o impacto das mesmas na saúde de arrecadadores de pedágio da região metropolitana de Porto Alegre. Objetivo geral Analisar o grau de satisfação de operadores de cabine de pedágio em relação aos fatores inerentes às condições e à organização do trabalho. Gráfico 1: Posto de trabalho Gráfico 2: Fatores Ambientais Objetivos específicos Descrever a forma de funcionamento e de estruturação do trabalho de arrecadadores de pedágio da Empresa Concepa que atuam no trecho Gravataí – Osório. Materiais e métodos Participaram da pesquisa, toda população: 30 funcionários distribuídos nos três turnos de trabalho do pedágio (Gravataí-Osório). Foi utilizada técnica de observação direta no próprio local de trabalho com o operador desempenhando suas atividades e observações indiretas com base em fotos. As entrevistas abertas e não-induzidas foram transpostas para uma planilha de Excel, de acordo com os passos do Design Macroergonômico (DM), proposto por Fogliatto e Guimarães (1999). A tabulação das respostas de todos os respondentes permitiu o estabelecimento de um ranking de importância quanto à demanda ergonômica dos usuários, ou seja, o primeiro item mencionado recebeu o peso 1/1= 1 o segundo 1/2 = 0,5, o terceiro 1/3 = 0,33 e assim por diante. A partir dos resultados das entrevistas, foi elaborado um questionário. Também foi feita análise do discurso dos funcionários obtidos ao longo da realização das entrevistas. O Questionário permitiu quantificar a opinião dos funcionários (nível de satisfação ou intensidade) quanto aos itens levantados nas entrevistas. Foram acrescentadas no questionário oito questões para medir o nível de desconforto em diversos segmentos corporais e questões que avaliam a percepção quanto ao conteúdo do trabalho são questões propostas no AMT proposto por Guimarães (1999). Para fins de análises e comparações foram gerados cinco grupos de questões, são eles: questões relativas a fatores ambientais, questões relativas a posto de trabalho, questões relativas à organização do trabalho e empresa, questões para avaliar desconforto relacionado ao trabalho, questões de percepção quanto ao conteúdo do trabalho. Gráfico 3: Organização do trabalho e Empresa Gráfico 4: Conteúdo o trabalho Quanto as questões de desconforto os resultados mostram relação entre o desconforto e as queixas quanto ao mobiliário e ao ritmo de trabalho. Os funcionários apresentam desconforto na região das mãos e braços, o que é compatível com trabalho repetitivo exercido pelos mesmos, já a dor nas costas e nas pernas pode estar relacionada com qualidade da cadeira usada pelos mesmos. Esses resultados podem ser visto no gráfico 5 de desconforto . Gráfico 5: Desconforto /Dor Conclusão Por ser uma profissão relativamente nova a atividade de arrecadação de pedágio necessita ser estudada para que se evite ou se consiga minimizar os fatores que possam comprometer a saúde dos trabalhadores, levando a afastamentos e aumento nos custos com saúde por parte dos governos. Os principais problemas identificados, estão as próprias características da função, que é repetitividade, pobre e sem possibilidades de ser enriquecida ou alargada. A cadeira de trabalho também foi considerada um problema, onde sugeriu-se a troca das cadeiras e um plano de troca de mobiliário de tempos em tempos. Em termos de pesquisa futuras recomenda-se que sejam realizados novos estudos com a população de arrecadadores de pedágio, como levantamento de absenteísmo e afastamentos, levantamento de dados junto aos sindicatos, estudos comparativos entre pedágios de regiões de várias partes do Brasil e, por fim, sugere-se um estudo mais aprofundado utilizando a ferramenta CPBS (Contexto de Produção de Bens e Serviços), desenvolvida por Ferreira e Mendes (2008). Apresentação e Discussão dos Resultados: Os funcionários, estão satisfeitos com a empresa e reconhecem as melhorias feitas nos postos de trabalho, o que realmente preocupa é a qualidade do mobiliário, visto que quando permanecem muito tempo sentados, sentem desconforto e alegam que as cadeiras estão com estofamento ruim e as regulagens sem manutenção. Os funcionários também reclamam do tempo corrido e a falta de pausas. Os resultados dos questionários confirmam o que foi levantado nas entrevistas, ou seja, para os funcionários a cadeira utilizada e a postura adotada durante a jornada de trabalho é o que gera mais insatisfação conforme se observa no gráfico 1 de posto de trabalho. Também se constata que não houve expressivas reclamações quanto ao ambiente físico como ruído, iluminação e temperatura, conforme podemos visualizar no Gráfico 2 de fatores ambientais. Referências Bibliográficas FERREIRA, MÁRIO CÉSAR: A Ergonomia da Atividade se Interessa Pela Qualidade de Vida no Trabalho? Reflexões Empíricas e Teóricas: Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v. 11, n. 1, p. 83-99. 2008. FOGLIATTO, Flávio ;GUIMARÃES, Lia Buarque de Macedo: Design Macroergonômico: Uma proposta metodológica para projetos de produto. Produto e Produção 3(3) 1-15, Porto alegre RS, 1999. GUIMARÃES, LIA BUARQUE DE MACEDO: Abordagem Ergonômica – O método Macro. In: Guimarães Ergonomia de processo. Porto alegre 3ª ed. UFRGS; PPGEP, cap1.1.1999.