Aula 5. História e políticas de alimentação e nutrição

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Professora Ana Paula Siqueira Aula 10 – Elaboração do Balanço Social.
Advertisements

Brasília 24 de agosto de Fonte: IBGE, Censo Demográfico. Elaboração: SESEP/MDS. % da População em Pobreza Extrema: Brasil
1 Ciências Humanas e suas Tecnologias AULA DIGITAL GEOGRAFIA.
PREVENÇÃO Promoção # Prevenção Promoção é mais amplo e visa desenvolvimento de pessoas, melhor entendimento e controle de sua saúde e bem estar; visa.
BASES DA GERONTOLOGIA FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC/CG CURSO DE FISIOTERAPIA Semestre Profª Lídia Maria Albuquerque Marques.
BASES DA GERONTOLOGIA FACULDADE DE CAMPINA GRANDE – FAC/CG CURSO DE FISIOTERAPIA Semestre Profª Lídia Maria Albuquerque Marques.
Palestra: A importância do fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável – SISAN José Valverde Machado Filho 22/08/2016.
DIABETES TRABALHO DE CONCLUSÃO DE DISCIPLINA NUTRIÇÃO E ATENÇÃO À SAÚDE BEATRIZ RIBEIRO FELIPE DOO MA GUILHERME SEGALLA RODOLFO BERBEL SARAH TEIXEIRA.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL. REALIDADE BRASILEIRA.
A REGIÃO NORDESTE 1.INTRODUÇÃO A região Nordeste é uma região de contrastes: Naturais; Humano/demográfico; Econômico; Outras características gerais da.
Redução de vulnerabilidades, mobilização social e envelhecimento ativo Silvia M. M. Costa Pesquisadora Grupo de Pesquisa “Tecnologias, Culturas, Práticas.
Pré-Escolar: características fisiológicas e psicológicas Pré-Escolar: características fisiológicas e psicológicas (Parte II)
Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC ANVISA Nº 33/2003 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DIRETRIZES GERAIS DIRETRIZES GERAIS.
PROGRAMA DE COMBATE AS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS - PCCN Poliana Bicharra.
O DIEESE, Departamento Intersindical de Estatística e
PAT: PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
Conjuntura política/social/econômica e a atuação das entidades de Nutrição Ernane Silveira Rosas Brasília - Julho 2017.
Comércio Mundial 6,87% do comércio agrícola mundial
SAÚDE DO TRABALHADOR Aula 1 – Relação entre conceito de saúde e trabalho.
INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR BRASIL E ARGENTINA
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES
INSTITUTO COOPERA INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DAS COMUNIDADES NA PEQUENA MINERAÇÃO CNPJ /
SAÚDE BUCAL DE ESCOLARES DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FERNANDO DE NORONHA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA/PR.
Seminário Internacional Educação, Pobreza e Desenvolvimento
Especialização em Saúde da Família
História Natural da Doença
IMPLEMENTAÇÃO DE BANCO DE ALIMENTOS NA CIDADE DE JABOTICABAL/SP
Carolina Aquino Alves Faria
Or. Fabiana Vargas Ferreira
Kit de ferramentas de Advocacy
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA EAD Qualificação da Saúde a Criança na Unidade Básica.
Universidade Federal de Pelotas
Os principais problemas atuais das áreas rurais em Portugal são:
Universidade Federal de Pelotas Especialização em Saúde da Família
MELHORIA NA ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA DE 0 A 72 MESES DE IDADE NA UBS Dr. JOSÉ ABEL AMORIM, SÃO JOÃO DO PIAUÍ/PI ESPECIALIZANDA: GRICELLY CARABALLO ALMENAREZ.
Cristina Beatriz Stein Langaro
PNAD 2009: País sai da crise econômica com renda em alta e desigualdade em baixa “A crise econômica mundial de 2009 não interrompeu a queda de desigualdade.
Lisandra Silvera Labaut Orientadora (T9G4): Fabiana Vargas Ferreira
Unidade Básica de Saúde Cordeiro de Farias
Eliana de Fátima Baldissera Cobalchini
REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS DIRECÇÃO NACIONAL DE ENERGIAS RENOVÁVEIS ESTRATÉGIA NACIONAL SOBRE ENERGIAS RENOVÁVEIS Livro Azul.
BOLSA FAMILIA Gisele Cavanha Tomim.
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
Dra Eugênia Rodrigues, MD, PhD
Trabalho de Conclusão do Curso Especialização em Saúde Família Implantação da Puericultura na ESF São Bernardo – Santa Bárbara, MG Aluna: Maria Dulcilene.
Disciplina de Promoção da Saúde Profa. Helena Akemi Wada Watanabe
Henrique Cesca Orientadora: Nailê Damé-Teixeira
Marcelo Ximenes A. Bizerril
CONTROLE SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS.
Tendências da Segurança Alimentar no Brasil
PREFEITURA DE MANICORÉ SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE TREINAMENTO DE AGENTES COMUNITÁRIOS ZONA RURAL E URBANA.
ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS. AULA 4.1 PROFº ME. WALDMIR ASSIS
Sessão de Informação/Formação sobre a Implementação do Programa
SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DO PARANÁ Áreas de atuação
Nathalia Bobrowski Richter Orientação - José Adailton da Silva
Universidade Aberta do SUS– UNASUS
POLÍTICAS E PROGRAMAS DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Trabalho de Conclusão de curso
História Natural da Doença
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
Anemia Ferropriva Rachel A. F. Fernandes Departamento de Pediatria Serviço de Hematologia - HC UFMG.
Enfª Carla de L. Holanda de Abreu
AÇOES ORIENTADORAS DO CRN/7 DIANTE DAS FRAGILIDADES DETECTADAS NA FISCALIZAÇÃO DO EXERCICIO PROFISSIONAL DOS NUTRICIONISTAS Fiscal Hellem Sousa CRN/7:1374.
Vigilância em Serviços de Saúde. NILENE DUARTE. Conceito de Vigilância Epidemiológica, segundo a Lei  “conjunto de ações que proporcionam o conhecimento,
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: O QUE É?  MUNDO...  Por ano no MUNDO, cerca de 1/3 dos alimentos é jogado no lixo.  1,3 BILHÃO DE TONELAS AO ANO  33% DA.
II Seminário de Qualificação da Assistência ao Pré-natal
Reforma agrária 7º Ano.
Rearranjo estrutural das políticas sociais: os anos 2003 a 2010
Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural Coordenação de Formação de Agentes de ATER PROJETO CULTIVANDO SABERES.
REFORMA SANITÁRIA. ANOS 20: Tensão entre a lógica privada e a lógica pública ANOS 30/40: Fragmentação Seletividade Atendimento aos mais pobres HISTÓRICO.
Transcrição da apresentação:

Aula 5. História e políticas de alimentação e nutrição

Reconhecimento da subnutrição em meados da década de 30. Associada: A pobreza extrema Práticas alimentares erroneas Serviço de saúde inadequados Medidas a de longo prazo e prioritárias para os grupos de risco.

Fases do combate a subnutrição Fase I: Primeiras iniciativas a partir da década de 40. Fase II: Período do PRONAN, década de 70 a final da década de 90 Fase III: Período atual Medidas conduzidas com irregularidade e ineficiencia.

Fase I: Primeiras iniciativas Governo de Getúlio Vargas – política trabalhista: Criação do salário mínimo Criação do Serviço de Alimentação da Previdencia Social (SAPS) em meados da década de 40: - Instalação de refeitórios em empresas grandes - Distribuição de refeições em empresas menores - Venda de alimento a preço de custo - Educação alimentar - Pesquisas sobre alimentos e segurança alimentar

Fase I: Primeiras iniciativas Governo de Getúlio Vargas – política trabalhista: Criação do Coordenação da Mobilização Economica - CME: - Orientação da produção agrícola e industrial de alimentos - Orientação da comercialização - Desenvolvimento de laboratórios de tecnologia de alimentos

Fase I: Primeiras iniciativas Instalação em 1945 da Comissão Nacional de Alimentação (CNA): Definir a política nacional da alimentação Estudar o estado de nutrição e hábitos alimentares da população Desenvolver pesquisas sobre segurança alimentar Corrigir defeitos e deficiencia da dieta dos brasileiros Campanhas educativas Desenvolvimento da industria de alimentos desidratados

Fase I: Primeiras iniciativas Fundação em 1946 do Instituto Nacional de Nutrição (INN): Desenvolvimento de pesquisa biológica Pesquisa social Educação alimentar Pesquisa em patologia clínica

Fase I: Primeiras iniciativas Elaboração em 1952 do Plano Conjuntura Alimentar e Problemas de Nutrição no Brasil: Inquéritos nutricionais Expansão da merenda escolar Assistencia alimentar a adolescencia Programas regionais Enriquecimento de alimentos básicos Apoio a industria de alimentos Contribuição de 50% de doações do World Food Program and Food for Development

Fase I: Primeiras iniciativas Conclusões Nenhum dos programas prosperou com exceção do programa da merenda escolar Os inquéritos nutricionais apontaram: Altos índices de desnutrição rural e urbana Déficit calórico e protéico + anemia Algumas regiões hipovitaminose Bócio endemico (1955)

Fase II: Período do PRONAN Data de 1972, governo de Emílio G. Médice, criação do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN) vinculado ao Ministério da Saúde com encargos de: - Assistir o governo na formulação da política nacional de alimentação e nutrição - Propor o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (Pronan) - Promover, fiscalizar e avaliar os resultados - Estimular pesquisa científica de apoio Prioridade grupos de risco

PRONAN I e PRONAN II - Pronan I: 1973 – 1974 Enfrentou dificuldades administrativas Pronan II: 1976 – 1979 (10 programas) Introdução da Suplementação alimentar Amparo ao pequeno produtor rural Combate a carencias específicas Alimentação do trabalhador Apoio a pesquisa Capacitação de recursos humanos

PRONAN II e INAN INAN – Ministério da Saúde Nutrição em Saúde Abastecimento de alimentos em áreas de baixa renda Racionalização da produção de alimentos básicos Incentivo ao aleitamento materno Combate as carencias nutricionais específicas Sistema de vigilancia alimentar e nutricional Outros Ministérios Complementação alimentar Alimentação do trabalhador Alimentação escolar e dos irmãos do escolar Leite para crianças carentes Programa de alimentação popular

Atividade

Fase III: Período atual Abandono de quase todos os programas anteriores, permaneceram: - Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) - Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) - Programa de Suplementação Alimentar (PSA) - Programa de Complementação Alimentar (PCA) - Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (Pniam) - Programa de Combate ás Carencias Nutricionais Específicas (Pccne/Pcbe) Em laranja, programas que sofreram consideráveis alterações e reduções nos recursos a partir de 1991.

Fase III: Período atual Pontos positivos - 15 anos de experiencia - Diagnóstico atualizada da situação atual Inovação - Programa Gente da Gente (cestas básicas-nordeste) - Criação do CONSEA (1993)

Fase III: Período atual CONSEA – Plano de Combate a Fome e á Miséria, dividido em quatro prioridades: Combate a desnutrição materno infantil Descentralização do Pnae Revisão do PAT Uso de estoques públicos em programas emergenciais.

8 bilhões de dolares / 7 milhões de toneladas de alimentos Conclusões Pronan hoje é considerado inviável Falta da descentralização de renda, Duplicações da população alvo Apesar do nordeste ser o estado mais favorecido as pesquisas não apoiam o seu desenvolvimento (texto página 10) Pouca influencia na desnutrição infantil Tranferencia de renda sem impacto nutricional PAT inclui trabalhadores acima da linha de pobreza 8 bilhões de dolares / 7 milhões de toneladas de alimentos

Conclusões Para toda a população Educação Emprego Renda Habitação Saneamento Acesso a saúde Para toda a população