AULA 3 – 1ª Parte: CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DO PETRÓLEO

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AULA 3 – 1ª Parte: CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DO PETRÓLEO NEWS CENTER CURSO DE PETRÓLEO E GÁS Docente: Cássia Vanessa A. de Melo e-mail: cassiavanessa@gmail.com Blog: https://newscentercursos.wordpress.com (82) 3326-3153 Informática AULA 3 – 1ª Parte: CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DO PETRÓLEO 12 de dezembro de 2009

INTRODUÇÃO PETRÓLEO - do latim Petrus (pedra) e Oleum (óleo), extraídos de rochas reservatórios. O petróleo apresenta-se em várias cores, variando entre negro e o castanho escuro. Possui caráter oleoso, flamável, menos denso que a água, com cheiro característico e composto basicamente por hidrocarbonetos. Para aproveitar seu potencial energético e sua utilização como matéria-prima, é necessário desmembrá-lo em cortes, denominados frações. Encontrada nas rochas de bacias sedimentares e originada da decomposição da matéria orgânica depositada no fundo de mares e lagos que sofreu transformações químicas pela ação de temperatura, pressão, pouca oxigenação e bactérias.

INTRODUÇÃO O petróleo é sempre uma mistura complexa de diversos tipos de hidrocarbonetos contendo também proporções menores de contaminantes (enxofre -S, nitrogênio - N, oxigênio – O, e metais, como níquel – N, ferro – Fe, Cobre – Cu, Sódio – Na e Vanádio - V). Os contaminantes sulfurados (contém enxofre) causam problemas no manuseio, transporte e uso dos derivados que estão presentes. Os contaminantes sulfurados (contém enxofre) causam problemas no manuseio, transporte e uso dos derivados que estão presentes. - manuseio - redução de eficiência dos catalisadores nas refinarias; - transporte - corrosão em oleodutos e gasodutos; - derivados - causam poluição ambiental se presentes em combustíveis derivados do petróleo. De acordo com o teor de enxofre, o óleo é classificado ainda em: a) óleo doce - baixo conteúdo de enxofre (menos de 0,5 % de sua massa); b) óleo ácido - teor elevado de enxofre (bem acima de 0,5 % de sua massa).

CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PETRÓLEO De acordo com a predominância dos hidrocarbonetos encontrados no petróleo cru, este pode ser classificado em: PARAFÍNICOS NAFTÊNICOS MISTOS AROMÁTICOS Existe predominância de hidrocarbonetos parafínicos. Existe predominância de hidrocarbonetos naftênicos. Possuem misturas de hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos, com propriedades intermediárias, de acordo com maior ou menor percentagem de hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos. Existe predominância de hidrocarbonetos aromáticos. Este tipo de petróleo é raro. Este petróleo produz subprodutos com as seguintes propriedades: - gasolina de baixo índice de octanagem. - gasolina de alto índice de octanagem. - querosene de alta qualidade. - óleo diesel com boas características de combustão. - óleos lubrificantes de alto índice de viscosidade, elevada estabilidade química e alto ponto de fluidez. - óleos lubrificantes de baixo resíduo de carbono. - não se utiliza este tipo de petróleo para a fabricação de lubrificantes. Produz solventes de excelente qualidade. - resíduos de refinação com elevada percentagem de parafina. - resíduos asfálticos na refinação.

São muitas as aplicações dos derivados do petróleo. Alguns já saem da refinaria prontos para serem consumidos, sendo comercializados diretamente para distribuidores e consumidores. Outros derivados servirão ainda como matérias-primas de várias indústrias, para a produção de outros artigos (os produtos finais).

SEQUÊNCIA DE PROCESSOS Nem todos os derivados são gerados de uma só vez e em um mesmo local na refinaria. Quase sempre, eles são obtidos após uma sequência de processos, que são transformações de um ou mais fluidos (gás e/ou líquido), que servem de Entrada do Processo, em outros fluidos, chamados Saídas do Processo. Os fluidos em uma refinaria, sejam de entrada ou de saída de algum processo, são também conhecidos como correntes.

UNIDADES DE PROCESSOS Todas as Unidades de Processo (ou unidades de refino) da refinaria realiza algum processamento sobre uma ou mais entradas, gerando uma ou mais saídas.

ESQUEMA SIMPLIFICADO DA DESTILAÇÃO Cada refinaria é projetada e construída de acordo com: a) o tipo de petróleo a ser processado; b) as necessidades de um mercado.

CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DE PETRÓLEO QUANTO AO POTENCIAL ENERGÉTICO Os derivados energéticos ou combustíveis produzidos por uma refinaria de petróleo são: Gás combustível; Gás Liquefeito de Petróleo (GLP); Gasolina; Querosene; Óleo Diesel; Óleo combustível; Coque (utilizado em indústria de cimento e aço).

CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DE PETRÓLEO QUANTO AO POTENCIAL ENERGÉTICO Os derivados não-energéticos são: Nafta e gasóleos; Lubrificantes, matérias-primas para indústrias fabricantes de óleos para veículos e máquinas industriais; Solventes domésticos e industriais, como o querosene; Parafinas, utilizadas na indústria alimentícia, na fabricação de velas, ceras, cosméticos, etc.; Asfalto, usado na pavimentação de ruas e estradas; coque, utilizadas por indústrias para fabricação de alumínio, por exemplo.

CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DE PETRÓLEO QUANTO AO NÚMERO DE ÁTOMOS DE CARBONO Os derivados Combustíveis são classificados em Leves, Médios ou Pesados, conforme o comprimento, a complexidade das cadeias carbônicas existentes nas suas moléculas. Assim, por apresentarem as menores cadeias carbônicas, são considerados Leves os seguintes derivados combustíveis; * A Nafta, mesmo não sendo combustível, é considerada leve.

CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVADOS DE PETRÓLEO QUANTO AO NÚMERO DE ÁTOMOS DE CARBONO Por apresentarem cadeias de comprimentos “intermediários”, os seguintes derivados são considerados médios: Querosene e Óleo Diesel. E, por serem constituídos pelas cadeias carbônicas maiores ou mais complexas, os seguintes derivados são considerados pesados: Óleo Combustível, Asfalto e Coque.

FRAÇÕES OBTIDAS DA DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO GÁS COMBUSTÍVEL: é formado basicamente por metano e etano, contendo menores quantidades de butano e propano. Contém também o gás sulfrídrico (H2S). Normalmente, essa corrente constitui parte do gás combustível utilizado na refinaria, sendo queimado em fornos e caldeiras. É a parte mais leve de todas as frações; é aquecido primeiro.

FRAÇÕES OBTIDAS DA DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO GÁS LIQUEFEITO DO PETRÓLEO: pode ser produto final, onde será armazenado em esferas, ou pode ser produto intermediário, indo para unidade de tratamento cáustico. É formado por uma mistura de propano e butano que, embora gasosos à pressão atmosférica, são comercializados no estado líquido. O GLP tem maior utilização como combustível doméstico, porém ele também pode ser utilizado como combustível industrial, matéria-prima para obtenção de gasolina de aviação e insumo para a indústria petroquímica.

FRAÇÕES OBTIDAS DA DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO NAFTA: é um termo genérico adotado na indústria petrolífera para designar frações leves do petróleo, que abrange a faixa de destilação da gasolina e do querosene. A faixa de destilação poderá variar de 20ºC a 200ºC. A nafta pode ser fracionada em: Nafta leve: esta é enviada para tanques, para mais tarde ser vendida como nafta petroquímica, ou para ser utilizada na produção de gasolina automotiva. Nafta pesada: pode ser enviada para a Unidade de Reforma Catalítica, para aumento de octanagem (melhoria na qualidade da gasolina) para produção de gasolina.

FRAÇÕES OBTIDAS DA DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO QUEROSENE: pode ser produto final, tanto como querosene de aviação ou de iluminação, ou produto intermediário, indo para unidade de Hidrotratamento. Após essa unidade pode maximizar a produção de óleo diesel ou acertar a viscosidade de óleo combustível. A faixa de destilação está situada entre 150ºC a 300ºC.

FRAÇÕES OBTIDAS DA DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO GASÓLEOS ATMOSFÉRICOS: são conhecidos como diesel leve e pesado devido a sua ampla faixa de destilação entre 150ºC a 400ºC. Podem ser produtos finais, indo como óleo diesel armazenado em tanques ou produtos intermediários, alinhados para unidade de HDT e, depois como óleo diesel para armazenamento.

FRAÇÕES OBTIDAS DA DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO GASÓLEOS DE VÁCUO: São sempre produtos intermediários, e compõem as correntes de alimentação de unidades de craqueamento catalítico (U-CC) ou formam frações lubrificantes, segundo esquemas de refinos para produção de combustíveis ou lubrificantes, respectivamente. Somente começaram a ser obtido na destilação do petróleo, quando a indústria automobilística passou a exigir combustível em maior quantidade e de melhor qualidade. A faixa de destilação entre 400°C a 570ºC.

FRAÇÕES OBTIDAS DA DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO RESÍDUOS DE VÁCUO: usualmente, é utilizado para geração de energia térmica, sendo especificado como um tipo de óleo combustível industrial. São utilizados como asfalto quando caracterizados como produtos finais, obtidos diretamente da destilação a vácuo. Quando a unidade de destilação visa à produção de óleos lubrificantes, esse resíduo de vácuo é matéria-prima para a obtenção de outro óleo lubrificante de alta viscosidade conhecido como bright stock. Parte desse resíduo pode também servir de carga para o processo de produção de coque de petróleo ou desasfaltação a solvente. Desasfaltação)