ANÁLISE SÓCIO DEMOGRÁFICA

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Transcrição da apresentação:

ANÁLISE SÓCIO DEMOGRÁFICA ENVELHECIMENTO, CONSUMO E PREVIDÊNCIA

QUESTÕES ORIENTADORAS DA AULA Como a sociedade brasileira está envelhecendo? O envelhecimento é muito desigual em função da renda e das localidades de moradia? O consumo dos mais velhos é diferenciado? Os mais velhos consomem mais ou menos que os mais jovens? A terceira idade começa mesmo aos 60 anos? É possível falar em uma quarta idade no Brasil? A manutenção da Previdência Social no padrão atual beneficia os aposentados?

DEFINIÇÃO DO ENVELHECIMENTO DA SOCIEDADE O Envelhecimento da sociedade brasileiro se faz mais tardiamente, porém mais rapidamente do que os países da Europa fizeram. De acordo com CARVALHO e GARCIA (2003), o Envelhecimento da sociedade se refere “à mudança na estrutura etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice”. Importante destacar que o Envelhecimento não é a mesma coisa que Longevidade.

a diferença entre Envelhecimento e Longevidade De acordo com CARVALHO e GARCIA (2003), LONGEVIDADE refere-se “ao número de anos vividos por um indivíduo ou ao número de anos que, em média, as pessoas de uma mesma geração ou coorte viverão, definindo-se como geração ou coorte o conjunto de recém-nascidos em um mesmo momento ou mesmo intervalo de tempo”. O INÍCIO DO ENVELHECIMENTO DA SOCIEDADE BRASILERIA Entre as décadas de 1930 e 1960 no Brasil e em vários países não desenvolvidos verificou-se sensível declínio da mortalidade, “com a fecundidade mantendo-se em níveis altos”, porém no Brasil houve certa queda da fecundidade. Houve, assim, uma situação de “quase-estabilidade”, a saber: “mortalidade declinante, fecundidade constante, taxas de crescimento crescentes e estrutura etária aproximadamente constante”. Até o Censo de 1940 a população brasileira era muito jovem com 52% (aproximadamente) abaixo de 20 anos e menos de 3% acima de 65 anos. A partir do final da década de 1960, tem início o rápido decréscimo da Taxa de Fecundidade no Brasil. No final da década de 1970, a Taxa de Fecundidade Total cai de 5,8 filhos por mulher para 2,3.

UM OLHAR SOBRE AS FAIXAS ETÁRIAS EM TRÊS CENSOS EM NÚMEROS ABSOLUTOS - Examinando a população de cinco (5) Censos do Brasil (1970, 1980, 1991, 2000 e 2010) em GRUPOS DE IDADE de cinco em cinco anos, verifica-se que os grupos na primeira posição se alteram. Em 1970, o primeiro grupo, de 0 a 4 anos fica na frente com 13.916.234. Em 1980 o mesmo grupo se repete na primeira posição com 16.428.023. Este grupo cai para a terceira posição no Censo de 1991 e o primeiro passa a ser o de 5 a 9 anos com 17.420.159 pessoas. No Censo de 2000, aquele grupo originalmente majoritário cai para a 4ª posição, já sofrendo uma pequena redução 134.875 pessoas, e o 1º colocado passa a ser o de 15 a 19 anos com 17.949.289 pessoas. Já no Censo de 2010, o grupo de 0 a 4 passa para a 8ª colocação, sofrendo pela primeira vez uma redução muito importante; de 2.579.506. Fica com uma população de 13.806.733. Em 1º lugar fica o grupo de 20 a 24 anos com 17.240.864 pessoas.

UM OLHAR SOBRE AS FAIXAS ETÁRIAS EM TRÊS CENSOS EM PERCENTAGEM – A população de 0 a 4 anos cai ao longo de cinco (5) censos quase pela metade; de 14,94% do total dos GRUPOS DE IDADE em 1970 para 7,24% em 2010. No Censo de 1991, o grupo de 5 a 9 anos que era o 2º nos dois anteriores (1970, 1980) passa para o 1º lugar com 11,86% do total. No Censo de 2000, o grupo de 15 a 19 anos (4º lugar nos três – 3 - censos anteriores) torna-se o 1º com 10,27% do total contra 10,22% do de 10 a 14 anos, 9,76% do grupo de 5 a 9 anos e somente 9,65% de 0 a 4 anos. Já no mais recente Censo (2010), a 1ª colocação passa a ser da faixa de 20 a 24 anos com 9,04% do total, enquanto a de 15 a 19 anos cai para a 3ª colocação com 8,90%. A evolução ao longo dos cinco (5) censos revela de forma clara que as primeiras posição apresentam censos progressivamente menores, abaixo da dezena a partir de 2010 e os GRUPOS DE IDADE mais velha passam a ocupar mais espaço.

APARECEM OS SUPER IDOSOS Envelhecimento e Longevidade da População levaram a preocupação do IBGE em aferir o tamanho da população acima de 80 anos. Assim, a partir do Censo de 2000 este grupo de idade que antes aparecia genericamente como “80 anos ou mais” estará presente e subdividido em cinco (5), a saber: 80 a 84, 85 a 89, 90 a 94, 95 a 99 e 100 anos ou mais. No último Censo (1991) em que tal grupo foi colocado genericamente, esta população foi de 1.129.651. A partir da abertura para cinco grupos a partir de 2000, somente a população de 80 a 84 anos, piso mais baixo do que chamaríamos de superidosos, situou-se em 1.024.297 e no de 2010 passou para 1.661.523, uma variação bruta de 38,35%.

CONSUMO O aumento da participação da população nas FAIXAS ETÁRIAS mais elevadas, sobretudo dos que já são considerados IDOSOS no conjunto da população brasileira, implicou em certa redefinição do CONSUMO, ainda que tal redefinição sofra restrições em decorrência das FAIXAS DE RENDA, entre outros fatores, que os mesmos se situam. Serviços e Produtos relativos a SAÚDE e PREVIDÊNCIA apareceram e/ou se desenvolveram nos últimos 30 anos. Para os grupos de média e alta renda, o TURISMO passou a significar uma prática de consumo que antes era rara ou mesmo inexistia em vários segmento.

AINDA O CONSUMO -Casas de Repouso - Dentre o item consumo para os setores mais velhos da população, generalizando-se para vários grupos sociais, encontra-se as CASAS DE REPOUSO, uma evolução dos antigos ASILOS quanto a abordagem da questão envolvendo seu público-alvo. Este serviço já é encontrado em praticamente todo o País, especialmente nas áreas com maior população idosa, conquanto indivíduos mais jovens mas com certos problemas também as utilizem. ****