HOMEM CULTURA E SOCIEDADE

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Transcrição da apresentação:

HOMEM CULTURA E SOCIEDADE Revolução Francesa Revolução Industrial Prof. Cristiano Magalhães E-mail: cristiano.magalhaes@aedu.com Blog: cristianomagalhaes.wordpress.com

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com A Revolução Francesa Por que estudar a Revolução Francesa e a Revolução Industrial no contexto da consolidação da sociedade Moderna? Tratam-se de dois marcos históricos que transformaram a realidade social da época de forma significativa, de tal forma, que os seus desdobramentos podem ser percebidos até hoje. Compreender o contexto social da época, sua estrutura, e as razões que permitiram as mudanças, a relação destas revoluções com o capitalismo e o socialismo, permitem que possamos compreender a nossa realidade atual.

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com 1. Estrutura Anterior à Revolução Economia: Basicamente agrária Maior parte das propriedades eram feudais Reduzido capitalismo agrário Escassez de alimentos – agravada por intempéries nas últimas décadas do século XVIII. b) Precária industrialização: Restrita a artigos de luxo Reduzida oferta de empregos Necessidades de importações – dependência econômica, dívida do século XVIII. c) Grande déficit público: Sustentação de numerosa corte (+/- 400 mil pessoas) Gastos extraordinário (banquetes, Versalhes, etc.) Ausência de política produtiva Guerras no estrangeiro

Absolutismo Monárquico – Dinastia dos Bourbon. cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com Política Absolutismo Monárquico – Dinastia dos Bourbon. Totalmente vinculado aos interesses aristocráticos e sem permitir qualquer participação efetiva à burguesia e ao povo. Luis XV – Guerra dos Sete anos Luis XVI – “a Besta” Sociedade Na estrutura do Estado Absolutista havia três diferentes Estados: Primeiro Estado: representado pelo alto clero (bispos, abades e cônegos) e baixo clero (sacerdotes pobres). Estes eram isentos de pagar os impostos. Segundo Estado: representado pela nobreza ou aristocracia francesa.

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com Terceiro Estado: representado pela burguesia, que se dividia entre membros do baixo clero - comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-culottes (os que não podiam vestir roupas nobres) – e por trabalhadores urbanos e os camponeses, totalizando a grande maioria da população. Eram obrigados a pagarem impostos extremamente caros, para sustentar os luxos da nobreza. Entre eles estava a burguesia, que detinha o poder econômico, por meio do comércio e da indústria, porém não tinha direitos políticos, ascensão social, nem liberdade econômica.

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com A Revolução se espalhou por toda a França. Os revolucionários faziam “sua justiça”, combatendo os opressores. Durante a Revolução, a França fica sem autoridade. A Revolução foi dividida por um grupo mais radical que espalhou muita violência por toda a França e por outro grupo que temia uma guerra civil. Os ideais percorreram a Europa, atravessaram o oceano e chegaram à América Latina, influenciando muitos movimentos, inclusive o da Inconfidência Mineira. A Revolução Francesa (1789-1799) transformou profundamente as estruturas políticas, econômicas e sociais da Europa e das Américas no final do século XVIII e início do XIX.

As principais consequências da Revolução Francesa foram: cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com As principais consequências da Revolução Francesa foram: a ascensão política da burguesia e o triunfo de seus ideais e aspirações; o desenvolvimento capitalista da França; a queda do Antigo Regime Absolutista; extinção de resquícios do feudalismo; separação entre a Igreja e o Estado; estímulo dos movimentos liberais e constitucionalistas na Europa; influência nos movimentos de independência das colônias latino-americanas; e origem das instituições político-ideológicas que caracterizam o mundo contemporâneo. 7

A Revolução Industrial cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com A Revolução Industrial Logo após a Revolução Francesa houve a queda de Napoleão Bonaparte e a Primavera dos Povos (movimentos revolucionários de cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de 1848). Até o final do século XVIII, a produção era predominantemente artesanal em países como a França e a Inglaterra, porém, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura. No final do século XVIII e todo o século XIX, aconteceu na Inglaterra a Revolução Industrial. A primeira Revolução Industrial aconteceu na Grã-Bretanha, que, apesar de ser um país pequeno, possuía condições estáveis de transporte e uma classe social que era a nobreza que tinha dinheiro para investimentos, bem diferente dessa mesma classe na França. 8

A Revolução Industrial cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com A Revolução Industrial Muitos autores conceituam a Revolução Industrial como um “processo de transformações econômicas e sociais, caracterizadas pela aceleração do processo produtivo e pela consolidação da produção capitalista. Tal processo liquidou com os resquícios da produção baseada em relações feudais e consolidou definitivamente o modo de produção capitalista.” A Revolução caracterizou-se pela substituição do trabalho manual e artesanal, pela produção através das máquinas e fábricas, melhorando a eficácia da produção, a rapidez e o custo da produção dos produtos. 9

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@anhanguera.com Antecedentes O artesanato, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção (instalações, ferramentas e matéria-prima); o artesão realizava todas as etapas da produção. A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o artesão trabalhava em casa, recebendo o pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção. Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.

1886 - Motor a gasolina, Karl Benz cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Principais inventos 1ª fase 1782 – James Watt - máquina a vapor que passa a ser usada em larga escala 1880 – Lâmpada elétrica, Thomas Edison 1875 – Telefone, Graham Bell 1886 - Motor a gasolina, Karl Benz 11

ELETRICIDADE / PETRÓLEO DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Quadro comparativo - Primeira e a Segunda fase da Revolução Industrial Primeira Fase Segunda Material Industrial Básico FERRO AÇO Principal Fonte Energética VAPOR ELETRICIDADE / PETRÓLEO Setor Predominante TÊXTIL DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO (expansão) 1820 – 1850 → EXPANSÃO = França, Bélgica, EUA, Alemanha, Suíça, Holanda 12

Econômicas: (“fim da escravidão”) cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Consequências Econômicas: (“fim da escravidão”) modo de produção capitalista se torna o modo de produção dominante IMPERIALISMO = busca de mercados para extrair matérias-primas e vender manufaturados. Inglaterra e França se tornam impérios coloniais na Ásia e África Sociais: surgimento de gravíssimas questões sociais jornada de trabalho de 15/16h por dia salários miseráveis péssimas condições de trabalho salários pagos em vales habitações de péssimas condições exploração do trabalho infantil e feminino aumento do desemprego, exploração excessiva dos trabalhadores, surgimento das ideologias revolucionárias... 13

A sociedade passa a ser dividida entre cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Políticas: A burguesia deteve o poder econômico e político, e aplicava o chamado Liberalismo, que trata dos fundamentos e os limites do Princípio do Laissez-faire (ou da não interferência governamental). a interferência deve ocorrer de forma a maximizar os aspectos bons e a minimizar os aspectos ruins. Um critério fundamental de “bom” e “ruim” é o efeito sobre a “liberdade do indivíduo”; se esta é restringida, é ruim; se ampliada, é bom A sociedade passa a ser dividida entre CAPITALISTAS: que detém o Capital (meios de produção). X PROLETÁRIADO: que detém a força física de trabalho (salário

Expansão da Revolução Industrial cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Expansão da Revolução Industrial 1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra; A partir de 1760 inicia-se o uso de máquinas em grande escala na Inglaterra. Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor. 1850 a 1900 – A Revolução espalha-se: Europa, América e Ásia; Bélgica, França, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia; Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; Surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo; 15

Expansão da Revolução Industrial cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Expansão da Revolução Industrial O transporte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor. 1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais; A produção se automatiza; surge a produção em série; Explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação; Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica. 16

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com A segunda etapa da Revolução Industrial se deu com inovações industriais com relação ao emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos. A terceira etapa da Revolução é considerada, por muitos estudiosos, os avanços tecnológicos dos séculos XX e XXI, como o computador, o fax, a engenharia genética, o celular, entre tantos outros. 17

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com O sistema capitalista possui como base filosófica a produção de bens e riquezas, o constante aumento e acumulação dessa produção, a detenção dos meios de produção, o trabalho alienado e a exploração da força de trabalho do proletariado. Com as reações operárias contra os efeitos da Revolução Industrial, surgiram críticos que propunham reformulações sociais para a criação de um mundo mais justo, eram os teóricos socialistas. Entre os vários revolucionários, o mais célebre teórico socialista foi o alemão Karl Marx, que testemunhou as transformações sociais decorrentes da industrialização e, em suas obras, fez duras críticas ao capitalismo. 18

Essas análises foram realizadas nas obras de Marx e Engels. cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com O capitalismo se consolida justamente com o processo de industrialização, com novas formas de produção e de divisão social do trabalho. A divisão social do trabalho gera a acumulação de capital pelo burguês, decorrente da exploração da mais-valia produzida pelo trabalhador, que consistia no pagamento de um valor pelo tempo de trabalho menor do que ele produziu durante toda sua jornada. Essas análises foram realizadas nas obras de Marx e Engels. Para os trabalhadores ou proletariados, as condições de trabalho eram péssimas, trabalhavam e habitavam em locais insalubres e recebiam baixos salários. 19

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Marx, Engels entre outros, acreditavam que nunca houve e não há uma preocupação com o desenvolvimento humano. Como já dizia Marx, não há possibilidade de emancipação do ser humano no sistema capitalista. Mas, haveria outro sistema de organização política e econômica mais adequado? A proposta de Karl Marx era o socialismo, que, mesmo em meio a um mundo praticamente capitalista, se desenvolveu em alguns países. O processo de industrialização espalhou-se por todo o mundo e chegou ao Brasil no final do século XIX. Num primeiro momento, foram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples, e a mão de obra usada nestas fábricas era, na maioria, formada por imigrantes italianos. 20

cristianomagalhaes.wordpress.com cristiano.magalhaes@aedu.com Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso. Porém, ainda limitada à região Sudeste, provocando grandes diferenças regionais. O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais, como a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e Willys) em território brasileiro. Na época da ditadura militar, o processo de industrialização no Brasil continua a crescer. Atualmente, a indústria brasileira, a economia e a política, atravessam uma crise severa, impedindo o crescimento destas áreas. 21

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