Hidrografia – conceitos, usos e geopolítica

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Transcrição da apresentação:

Hidrografia – conceitos, usos e geopolítica

A água é um elemento vital para o nosso planeta, que possibilita a existência e a manutenção de todas as formas de vida. Desde as civilizações de regadio, como a egípcia, por exemplo, tal recurso vem sendo explo- rado para os mais diversos fins. Apesar de a crosta terrestre ter água em abundância, tal recurso encontra-se mal distribuído pelos países e continentes, o que tem gerado conflitos. Estudar um recurso tão precioso e que tem se tornado finito é uma tarefa de extrema impor- tância para os dias atuais.

A importância da água A água é um bem essencial para a vida. Cada discussão sobre sua finitude ou não é a prova mais que definitiva de sua importância. Como conseguir mantê-la em níveis aceitáveis para to- dos, uma vez que uma parcela significativa da população mundial já não tem mais acesso a ela? Relação entre as proporções de água doce e salgada Ao analisarmos a quantidade de água doce e de água sal- gada no planeta, fica muito visível que o recurso água doce, de fácil acesso ao consumo humano, é restrito em relação ao total de água existente. Observando o gráfico, é possível perceber que, se o uso acontecesse de forma racional, a quantidade seria suficiente em para a população

Os rios Entre as muitas maneiras de os seres vivos obterem água, os rios estão entre as mais acessíveis, já que eles são fontes superficiais de água. Ainda assim, grande parcela da população mundial não tem acesso à água potável. Esses mananciais de água doce são formados por vários processos, denominados regimes fluviais. Entre eles, podemos destacar as fontes, conhecidas também como minas ou olhos d’água, as precipitações e o derretimento da neve. Conceitos Os rios também são classificados hierarquicamente, com o objetivo de facilitar seu estudo e compreensão. A área da ciência geográfica que estuda os rios, lagos, mares, enfim, toda a hidrosfera é denominada Hidrografia. Comumente, uma rede ou bacia hidrográfica é forma- da por um rio principal, seus afluentes e subafluentes, bem como por toda a área drenada por eles. Ela pode ser esquema-tizada da seguinte maneira

Entretanto, uma definição mais completa de bacia hidrográfica estabelece: É um sistema que compreende um volume de materiais, predominantemente sólidos e líquidos, próximos à superfície terrestre, delimitado interna e externamente por todos os processos que, a partir do fornecimento de água pela atmosfera, interferem no fluxo de matéria e energia de um rio ou de uma rede de canais fluviais. Inclui, portanto, todos os espaços de circulação, armazenamento e de saídas de água e do mate- rial por ela transportado que mantêm relações com esses canais.

Com o intuito de facilitar a compreensão de suas características gerais, um rio é geralmente dividido em três partes, a saber: Alto curso (montante): considera-se alto curso a parte do rio mais próxima à nascente, em geral a área com as altitudes mais elevadas. Médio curso: trecho intermediário do curso d’água, entre a nascente e a foz. Baixo curso (jusante): é o trecho final do rio, geralmente localizado em áreas de altitudes mais baixas, onde se localiza a foz ou desembocadura.

Ainda acerca dos rios, é importante lembrar que existem os seguintes tipos de foz ou desembocadura: Estuário: ocorre quando o rio desemboca largamente em outro rio ou corpo d’água, sem obstáculos naturais. Delta: surge quando o rio encontra, próximo à foz, algum obstáculo para desaguar, como, por exemplo, sedimentos, fazendo com que ele se abra como um “leque”, lembrando a letra grega delta (Δ). Podemos dar como exemplo o delta do rio Nilo, localizado ao norte da África, no mar Mediterrâneo. Mista: surge quando a foz do rio é parte em estuário e parte em delta, por exemplo, foz do rio Amazonas

Os principais componentes de um rio Um rio é composto por várias partes, que são importantes peças para o seu estudo. As partes principais de um rio são: Leito: é o “caminho” percorrido pelo rio, isto é, a superfície ocupada por ele. Talvegue: é a parte mais profunda do leito do rio. Margens: são as áreas laterais que acompanham o leito do rio. Vertentes: são as áreas que estão localizadas entre as margens e o centro divisor de água ou interflúvio (que corresponde a pequenas ondulações que separam os vale

Ao longo de seu curso, o rio estabelece sua drenagem, isto é, a área abastecida e banhada por ele. Até sua foz ou desembocadura, ocorrem as seguintes formas de drenagem: Exorreica: ocorre quando o curso do rio segue para fora do continente, chegando, geralmente, ao mar. Endorreica: surge quando o curso do rio se desloca para dentro do continente, desaguando em outro rio ou corpo d’água. Arreica: existe quando o rio “desaparece”, devido à infiltração ou excessiva evaporação, não estabelecendo uma forma de drenagem em uma direção fixa. Ela é típica de rios intermitentes, localizados em áreas de clima árido ou semiárido. Criptorreica: marcada por ser própria de rios subterrâneos, em formação calcária, como grutas ou cavernas.

Os padrões de drenagem Entre os padrões mais comuns de drenagem, que podem ser observados em cartas topográficas, imagens aéreas ou de satélite, podemos destacar: Dendrítico: é o padrão mais comum, no qual o tipo de drenagem assemelha-se à disposição dos galhos de uma árvore. Paralelo: ocorre em regiões cuja declividade é bastante acentuada. Radial: típico de áreas cuja drenagem distribui-se em todas as direções a partir de um ponto central, que pode ser, por exemplo, o cone de um vulcão. Treliça: surge em áreas nas quais os rios tributários correm paralelos entre si.

Os padrões ou tipos de canais fluviais Os estudos relativos aos sistemas fluviais em geral estabelecem quatro padrões de canais fluviais. São eles: Retilíneo: Restrito basicamente a curtos segmentos de drenagens e com rios tributários deltaicos, por exemplo, delta do Mississippi (EUA). Anastomosado: Ocorrre principalmente em áreas de clima úmido, pois depende da presença de vegetação para a fixação das margens. Exemplo: Rio Congo (África). Meandrante: É tipico também de áreas com clima úmido e canais sinuosos, por exemplo, rio Madre de Dios, na Bolívia. Entrelaçado: É típico de áreas desérticas, por exemplo, planície fluvial do deserto de Nazca (Peru).