o espaço AGRÁRIO-REGIONAL E DESIGUAL brasileiro REB-2º SEM/2017 Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz

A virada urbana brasileira Fonte: MDA (2011)

A modernização do setor agrícola brasileiro 1. Inovações químicas (déc. 50); 2. Inovações técnicas (déc. 60); 3. Inovações biotecnológicas (déc. 70; engenharia genética – afeta a velocidade de rotação do capital adiantado no processo produtivo). Surgimento dos fronts agrícolas, que nascem tecnificados, cientificizados, informacionalizados.

A produção de alimentos nesse contexto agri-cultura x agro-negócio ↓ prod. de alimentos x prod. commodities agricultura camponesa x agricultura capitalista

A industrialização do campo indústrias à montante e à jusante da agropecuária Padrão de acumulação industrial – CAIs Holdings internacionais Alianças com o Estado Espaços corporativos

Outras características desse processo A re-estruturação produtiva envolve: Dispersão espacial da produção Especialização regional Concentração espacial dos setores de ponta Palavras de ordem: competitividade (K, tecnologia, informação)

A reestruturação produtiva da agropecuária socialmente seletiva e espacialmente concentrada (modernização em manchas); Mantém intocável algumas estruturas sociais, territoriais e políticas incompatíveis com os fundamentos do crescimento econômico com equidade social e territorial; Meio técnico-científico-informacional: aparece como contigüidade nos espaços agrícolas da Região Concentrada e como manchas e pontos nos outros subespaços.

A questão fundiária - mini-reformas agrárias?* Formulação de planos/programas e projetos destinados a facilitar o avanço do capitalismo no campo Inexistência de transformações brutais (“mudar um pouco para não mudar o todo”; revolução agrícola no lugar de uma revolução agrária) * Com base em Marcel Bursztyn

Fonte: MDA (2011)

Número de estabelecimentos rurais x área ocupada

Fonte: MDA (2011)

Novas paisagens e um novo mapa do campo brasileiro

Um novo sistema de objetos para um novo sistema de ações: Porto da Hermasa (Grupo Cargill), em Itacoatiara (AM)

Corredor de exportação de grãos – Paranaguá (PR)

REFERÊNCIAS BRASIL. MDA. Estatísticas do meio rural 2010-2011. Brasilia, 2011. Disponível em http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_arquivos_64/pagefl ip-4204234-487363-lt_Estatsticas_do_Meio_R-1481281.pdf. BURSZTYN, Marcel. Mini reformas agrárias. In:_____. O poder dos donos: planejamento e clientelismo no Nordeste. Petrópolis: ed. Vozes, 1985. cap.VIII, p. 130-146. ELIAS, Denise. A modernização da produção agropecuária. In: ELIAS, Denise (Org.) O novo espaço da produção globalizada – o baixo Jaguaribe. Fortaleza: Funece, 2002. GIRARDI, Eduardo P. Atlas da questão agrária brasileira. 2008. Disponível em http://www4.fct.unesp.br/nera/atlas/index.htm. IGBE. Censo Agropecuário – 2006. Disponível em www.ibge.gov.br. OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Agricultura brasileira, transformações recentes. In: ROSS, Jurandyr (Org) Geografia do Brasil. SP: Edusp, 1995.