Acidente Vascular Cerebral (AVC)

AVC Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica complexa envolvendo anormalidade usualmente súbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia. Objetivo Geral: Este estudo tem por finalidade aprimorar os conhecimentos dos profissionais e estudantes da área da saúde, desta forma melhorar o atendimento ao paciente com AVC.

AVC: FISIOPATOLOGIA O AVC pode ser classificado em: Isquêmico: (AVCI) quando há um déficit do fluxo sanguíneo para uma determinada área cerebral devido à obstrução de uma artéria, corresponde a 80% dos casos. Hemorrágico: em que o déficit é secundário à ruptura da artéria ocasionando hemorragia parenquimatosa ou subaracnóidea, corresponde a 20% dos casos

AVC isquêmico O Acidente vascular cerebral isquemico (AVCI) corresponde a 80% de todos casos de AVC. Os mecanismos fisiopatológicos para a oclusão do vaso podem envolver trombose local (por mudança na qualidade de fluxo ou na viscosidade sanguínea) ou embolia. A terapêutica no AVCi visa fundamentalmente conter essa cascata de eventos que leva, em última análise, à morte celular. Sabe-se que na fase aguda do AVCi existe uma área central de isquemia e, ao redor desta, uma área funcionalmente prejudicada que é estruturalmente intacta e que mantém características condizentes com disfunção, mas não resulta em morte celular, sendo alvo da terapia trombolítica (MAULAZ et al. 2009).

AVCi FATORES DESENCADEANTES Modificáveis: hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, obesidade, sedentarismo, dieta pobre em frutas e vegetais, além do uso de álcool, nível socioeconômico, estresse emocional e uso de certos medicamentos, como anticoncepcionais Não modificáveis: idade, sexo, etnia ou raça, história familiar ou hereditariedade

AVCi FATORES DESENCADEANTES FATORES MODIFICÁVEIS Hipertensão arterial Tabagismo Diabetes mellitus Inatividade física Alcoolismo Hiperlipidemia Processos inflamatórios e infecciosos Terapia de reposição hormonal/ ACO

AVCi FATORES DESENCADEANTES FATORES NÃO MODIFICÁVEIS História familiar Fibrilação atrial AVC prévio

AVCi SINAIS E SINTOMAS Os sintomas mais frequentes de AVE são: diminuição da força na face, no membro superior ou inferior de um hemicorpo; perda súbita da visão em um olho ou nos dois olhos; alteração aguda da fala; cefaléia intensa sem causa aparente; desequilíbrio.

AVCi SINAIS E SINTOMAS ESCALA DE CINCINNATI A escala pré-hospitalar de acidentes vasculares de Cincinnati é uma escala de avaliação médica utilizada para diagnosticar a presença de um acidente vascular cerebral (AVC). A taxa de acerto da Cincinnati é de 72%.

AVCi SINAIS E SINTOMAS

PREVENÇÃO Apesar dos fatores de risco amplificarem a probabilidade de um AVC, muitos deles podem ser reduzidos com tratamento médico ou mudança nos estilos de vida. O AVC é portanto susceptível de prevenção (CANCELA 2008). prevenção primária: hábitos saudáveis, controle do colesterol, peso corporal apropriado. prevenção secundária: vigilância e controle do diabetes, controle da hipertensão e patologias coronarianas. prevenção terciária: pessoas com história prévia de AVC, prevenir complicações que possam levar a recorrência de novo AVC

AVC COMPLICAÇÕES Os déficits neurológicos, específicos, que são gerados pelo AVC, são reflexo do local e da gravidade da isquemia, bem como da adequação da circulação colateral na região em questão (FlANNERY 2010) Após o AVC, os clientes, estão por vezes emocionalmente confusos, esquecidos e frustrados. Eles tendem a ficar chorosos a gargalhar sem qualquer provocação. Os clientes podem usar também profanação, e isso é, as vezes, expressão como linguagem automática acrescentam outras reações emocionais ou comportamentais podem ocorrer, incluindo, “grave oscilação de humor, isolamento social (especialmente os clientes com afasia e disfasia), comportamento sexual inadequado, explosão de frustração e raiva, regressão e comportamento infantis(LUCKMAN e SORENSEN 2004)

TRATAMENTO O tratamento para o AVC dependerá da sua causa. Existem vários medicamentos que podem ser usados para reduzir as probabilidades de nova formação de coágulos sanguíneos. Também existem medicamentos para baixar a tensão arterial e o colesterol no sangue. Anti – Hipertensores Anticoagulantes Antiagregantes plaquetários Medicamentos trombolíticos Medicamentos redutores dos lipídios

TRATAMENTO Protocolo Atendimento do AVC tem por objetivo a realização de tratamento trombolitico dos pacientes com historia de sintomas até 4h e meia rigorosamente selecionados pelos critérios de inclusão e exclusao promovendo a re-canalização e reperfusão do tecido cerebral viável.

TERAPIA PARA DOENTES COM AVC O tipo de terapia que um paciente com AVC deve receber depende do estado da doença. Existem três níveis de tratamento de AVCs: prevenção, terapia imediatamente após o AVC e reabilitação pós-AVC. a terapia preventiva deve visar três grandes objetivos: Reduzir os fatores de risco para atenuar o processo patológico; Prevenir AVCs recorrentes pela remoção do processo patológico subjacente; Minimizar os danos secundários do cérebro pela manutenção da perfusão adequada das áreas marginais às áreas afetadas e redução do edema.

TERAPIA PARA DOENTES COM AVC Reabilitação Logo que se estabilize a situação clínica na chamada fase aguda do AVC inicia-se a reabilitação, que consiste em diferentes técnicas que ajudam a recuperar o mais possível a função anterior (como a pessoa era antes).

CUIDADOS DE ENFERMAGEM A Consulta de Enfermagem é uma atividade diretamente prestada pelo Enfermeiro de saúde e de doenças, através da quais identificadas medidas de enfermagem que contribuam à promoção, proteção ou reabilitação do paciente com AVCs. A assistência de enfermagem deve se basear em princípios, através das ações preventivas de cuidados neurointensivo necessita de um monitoramento das funções fisiológicas. Portanto, este profissional de enfermagem deve ser atualizado para os casos de evolução do paciente frente ao acidentes vasculares cerebral. A Enfermagem deve atuar em parceria entre paciente, família e equipe multidisciplinar, o que distingue o modo de assistência, estimulando o paciente ao bem estar tanto físico quanto espiritual e envolvendo a família para o autocuidado, a redução da ansiedade e ao incentivo para a melhora

CUIDADOS DE ENFERMAGEM Prevenção de quedas e lesões; Prevenção de complicações da imobilidade; Otimizando as capacidades cognitivas; Facilitação da comunicação;  Facilitação da independência; Promovendo ingesta oral prejudicada; Obtenção do controle vesical; Fortalecimento da reintegração familiar; Educação e manutenção da saúde.

CONCLUSÃO Por finalidade, o ato de cuidar é uma atitude contínua de trabalho e envolvimento que exige muito do profissional Técnico em Enfermagem que deve ter conduta ética no atendimento deste paciente que encontra-se em vulnerabilidade diante da patologia, procurando sempre se aprofundar nos conhecimentos das especialidades para melhor qualificar a sua atuação.