Actividades Desportivas para a Prevenção da Violência e Delinquência

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
o que fazer, para quê, porquê, como e quando.
Advertisements

Apresentação da proposta do
FORMAÇÃO CÍVICA UM CAMINHO A PERCORRER.
PROJECTO CURRICULAR DE TURMA (Planificação)
Alguns princípios fundamentais a considerar:
AVALIAÇÃO PROVAS GLOBAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 9º ANO
Intervenção Social nos
VIVER MELHOR NA TERRA O que significa qualidade de vida?
Preparado por: Dr. Constantino W. Nassel
Desenvolvimento Social e Intervenção Comunitária na Luta Contra a Exclusão Luís Capucha.
Conjunto de estruturas
Autonomia na Escola Secundária Moinho de Maré
Liderança, Motivação e Avaliação de desempenho
A Investigação Educacional em Portugal
PSICOLOGIA DA SAÚDE José A. Carvalho Teixeira
INTEGRAÇÃO DO PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO NO CONTEXTO DA ESCOLA
Saídas Profissionais: Podem ser inventariados alguns contextos de integração e intervenção profissional (instituições, serviços, projectos, etc.): –Centros.
Apresentação dos Conteúdos Programáticos
Apresentado por Ana Paula de Jesus Almeida e Silva
1ª OFICINA PEDAGÓGICA O papel do Director de Turma - um orientador educativo EBI/JI Malagueira.
(Animador Sócio Cultural)
O Agrupamento de Pardilhó aderiu ao relançamento do Programa TEIP – Território Educativo de Intervenção Prioritária porque é uma segunda oportunidade de.
AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR PROCESSOS ENVOLVIDOS
Projecto Escxel – Escola Secundária Quinta do Marquês - Oeiras Breves reflexões sobre o Projecto Escxel na nossa escola 1 de Outubro de 2010.
Bibliotecas Escolares: Modelo de Auto-avaliação
Práticas Desenvolvidas pelo Gabinete de
Ciclo de Workshops Comportamentais
Princípios de acesso á actividade Física
ACTIVIDADE MOTORA ADPATADA
Projecto Renascer Visita ao Parlamento Europeu Bruxelas, 11 de Novembro de 2011.
Rede RSO PT - Atitudes Futuras I - Como considera ser mais adequado o financiamento das actividades da RSO PT? 1 (*) 2 (*) 3 (*) 4 (*) Observações: 1.
Desenvolvimento Curricular
Técnicas da Intervenção Pedagógica
{ Trabalho realizado por: João Henrique João Santos.
Programa de Educação em Empreendedorismo.
Implementação do Projecto Competências TIC Fevereiro de 2009.
Projecto inovador e interactivo para pais, crianças e jovens.
Lei de bases da actividade física e desportiva
PROJETO EDUCATIVO A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é separação para a vida, é a própria vida” – John Dewey.
Lumiar. Constituir-se como uma entidade de referência no desenvolvimento de soluções formativas dinamizadoras da valorização profissional, pessoal e.
MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR
…pessoas...aptidões...potencial...atitudes...performance...acções... …pessoas...aptidões...potencial...atitudes...performance...acções... A Comunicação.
Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil
Ana Isabel Santos DCE Universidade dos Açores
EMPREGO DOCENTE - FORUM FENPROF, LISBOA 30 de JANEIRO DE 2008 Perspectivas de mudança (desejável) nas escolas Manuela Esteves Professora, Faculdade de.
Rede de Incubação e Empreendedorismo da Região Centro RIERC
Necessidades Educativas Especiais das Crianças com Autismo
Metodologias de Intervenção Psicológica
Comissão Social da Freguesia de Moscavide Comissão Social da Freguesia de Moscavide Reunião CLAS 23 de Fevereiro de 2006.
AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR
IIº Encontro do Projecto “Potencialização do Uso de Sistemas de Informação Georreferenciados nos Projectos de Combate à Pobreza de Jovens da Periferia.
Terapia comportamental
Num contexto particular...
Perguntas de Modelação
Teoria cognitiva Factores que contribuíram para que a extensão cognitiva do modelo comportamental se tornasse uma necessidade da prática terapêutica: A.
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Animação Sociocultural
POR QUE INCLUSÃO? Maristella Abdala.
(Notas João Filipe Matos, 2004)
PROF. PATRICIA PEREIRA e OLGA FRANCISCO 2009/2010
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização
Contextualização pedagógica do problema
ESCOLA BÁSICA Nº 3PROF. PATRICIA PERREIRA 2008/ Plano de Estudos – 1º e 2º Anos Actividades Desportivas ESCOLA BÁSICA Nº3 – PENICHE.
AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE PERNES Coordenadora do Projecto: Vanessa Pereira ANO LECTIVO
Co-financiamento PARCEIROS. Com este projeto pretende-se criar um circuito, associado a um programa de treinos de competências pessoais e sociais, no.
Módulo 4 – Legislação desportiva
3ª Conferência FORGES Política e Gestão da Educação Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa Universidade Federal de Pernambuco, BRASIL | 4,
Área de projecto/educação para o empreendedorismo 1 ÁREA DE PROJECTO vs EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO “Ter Ideias para Mudar o Mundo” 2009/2010 Escola.
A escola como agente de socialização
AUDITORES DA SEGURANÇA MÓDULO 2 Critérios da Auditoria Tema 4 – Requisito 4.4 Vitor Costa Recurso desenvolvido no âmbito da medida do POEFDS. Programa.
Transcrição da apresentação:

Actividades Desportivas para a Prevenção da Violência e Delinquência Programa AGIS Actividades Desportivas para a Prevenção da Violência e Delinquência Setúbal – Portugal 16 de Março 2007 Sara Cravo

Objectivos Projecto AGIS - Portugal Fazer um levantamento dos projectos existentes e demonstrar uma avaliação de grau e realização de projectos que aplicam a prevenção de violência relacionada ao desporto em Portugal; Evidenciar boas práticas existentes; Discutir os padrões e eficiência aplicados nos projectos, e encontrar standards referências para a realização eficiente de projectos que utilizam a prática desportiva como prevenção da delinquência e violência.

Metodologia de Investigação Recolha de informação e pesquisa bibliográfica; Tradução e adaptação de material de registo; Contacto com entidades, instituições e organizações; Aplicação de ferramentas de investigação; Tratamento e análise dos resultados.

Metodologia de Investigação Entidades envolvidas Análise Nacional - Iniciativa comunitária Equal; - Programa escolhas 2ª geração; - Estabelecimentos Prisionais - Centro de Estudos para a Intervenção Social

Metodologia de Investigação Entidades envolvidas – cont. Análise Distrital - Autarquias locais - Divisão do desporto; - Departamento de Acção Social; - Divisão sócio cultural; - Programa de Enriquecimento curricular do 1º Ciclo do Ensino Básico;

Metodologia de Investigação Entidades envolvidas – cont. Análise Institucional - Instituições Particulares de Solidariedade Social; - Cooperativas; - Associações

Perspectivas/Abordagens Projectos/Acções/Entidades A prevenção da violência como um factor inerente a qualquer prática desportiva. “aquando da prática desportiva os grupos estão ocupados, logo, não estão a praticar actos violentos ou de delinquência” A actividade física não consiste na prática por si só mas sim como um recurso pedagógico que permite a abordagem de objectivos específicos, permitindo um feedback pedagógico, posteriormente trabalhados por uma equipa técnica multidisciplinar.

Objectivos Projectos/Acções/Entidades Desenvolver o nível funcional das capacidades motoras; Promover o desenvolvimento integral, favorecendo o reforço numa perspectiva interdisciplinar e integrada com as restantes aprendizagens; Estimular a tomada de consciência; Fomentar o espírito desportivo, no respeito pelas regras e normas das actividades e por todos os intervenientes

Objectivos Projectos/Acções/Entidades – cont. Fomentar a aquisição de hábitos e comportamentos de estilos de vida saudáveis que se mantenham na idade adulta, contribuindo para o aumento dos índices de prática desportiva na população portuguesa; Desenvolver uma ocupação fértil em matéria pedagógica, em que os objectivos são transferidos de uma forma indirecta e posteriormente trabalhados em contexto técnico

Objectivos Projectos/Acções/Entidades – cont. - A promoção da auto-estima e auto-valorização, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, a promoção de estilos de vida saudáveis, a facilitação de interacções desejáveis do ponto de vista relacional, a reestruturação e definição de projectos de vida e a promoção da inclusão no meio social.

Destinatários Projectos com acção nos três níveis de prevenção da violência (prevenção primária, secundária e terciária). Prevenção primária, em que os destinatários são jovens sem qualquer percurso de delinquência, mas encontram-se em ambientes sociais de risco, o objectivo do trabalho será o de evitar que num futuro os jovens venham a delinquir (ex. Programa de Enriquecimento Curricular).

Destinatários cont. Prevenção secundária, considerando-se que o trabalho é destinado a jovens que já delinquíram, são reconhecidos como grupo de risco com recurso provável à violência e à adopção de comportamentos socialmente reprováveis, como forma de resposta a situações do quotidiano (ex. Projectos Escolhas). Prevenção terciária, destina-se a grupos onde se verificam problemas decorrentes de actos delinquentes, com recidiva, envolvidos em questões judiciais (ex. Estabelecimentos Prisionais).

Boas Práticas A Prática Desportiva como meio de prevenção da violência e standards de qualidade para projectos com recurso à Actividade Desportiva Projecto “Desporto é Reinserção” Estabelecimento Prisional de Coimbra

Boas Práticas cont. Destinatários Destina – se a jovens/adultos, reclusos do sexo masculino (prevenção terciária); idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos; Participação voluntária com carácter regular Colaboradores A equipa técnica é composta por 2 colaboradores, um Técnico Superior de Reeducação e um Professor de Educação Física; Com um rácio de 200 participantes por colaborador;

Boas Práticas cont. Financiamento e Parcerias O projecto tem um carácter permanente e é financiado por fundos próprios Tem como parcerias Clubes/Organizações desportivas, Organismos Municipais e Associações/Cooperativas “(…)baseamo-nos em princípios pedagógicos de carácter geral para os quais o desporto se torna um campo privilegiado…)”

Boas Práticas cont. Objectivos Adaptação à prisão e Reinserção Social; Melhoria da Saúde física e psíquica, do bem estar social e afectivo e da qualidade de vida; Desenvolver interacções desejáveis do ponto de vista relacional; Melhorar o estilo de comunicação e desenvolver comportamentos assertivos

Boas Práticas cont. De uma forma geral os objectivos mais pertinentes do projecto foram alcançados (nível 2 da escala – completamente alcançado/falhado completamente) Valores Transferidos Justiça ● Respeito ● Espírito de equipa ● Solidariedade ● Cooperação ● Competição ● Realização ● Disciplina ● Resistência

Boas Práticas cont. - A percepção do efeito preventivo da violência nos jovens/adultos é de nível 5 (1 muito baixo a 5 muito alto). “(…) a estratégia deve ser devidamente orientada e monitorizada (…)” - A importância dos efeitos pedagógicos alcançados pelo projecto é de nível 5. “(…)como estratégia ocupacional e como factor de excelência na estimulação de boas condutas sócio – relacionais (…)”

Boas Práticas cont. Mudanças evidenciadas ● Maior capacidade de trabalho em equipa; ● Maior percepção dos limites próprios e dos outros; ● Melhor percepção da própria capacidade física e consciência do corpo; ● Comportamentos construtivos nas discussões, menos brigas, menos insultos, mais tolerância, menos revolta e irritação; ● Maior capacidade de manejo da agressividade; ● Maior capacidade de auto-controlo emocional

Boas Práticas cont. Actividades desenvolvidas Desportos Individuais Atletismo, natação, Remo Indoor, actividades de cultura física desportiva “(…) permite o desenvolvimento de alguns contructos psíquicos como a auto-estima e auto-conceito, menos estimuladores das questões de relacionamento e interacção (…)”

Boas Práticas cont. Desportos Colectivos Futebol, Basket “(…)mais férteis em matéria pedagógica, estimulam o cumprimento de regras, boas condutas, tomadas de decisão, respeito pelo colega e pelo adversário, questões relacionadas com a higiene e segurança (…)”

Boas Práticas cont. Condições estruturantes Competência técnica dos profissionais; Duração; Gestão da qualidade; Parcerias de desenvolvimento/cooperação; Directrizes pedagógicas; Capacidade pedagógica da actividade desportiva; Equipamentos e recursos

Boas Práticas cont. “(…) o sucesso do projecto assenta no pré – estabelecimento de objectivos concretos, claramente identificados e delimitados no tempo e no espaço. Também deverá ter-se em consideração os factores condicionantes do processo como são as infra-estruturas, o material e , essencialmente, a motivação da população alvo para as práticas. A avaliação de competências constantes nos objectivos deve ser realizada antes e depois da aplicação da estratégia por um período de tempo mensurável (…)”

Obrigada