Aula 7 As Relações Divinas

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Aula 7 As Relações Divinas Deus Uno e Trino Aula 7 As Relações Divinas

As relações divinas Entende-se por relação a referência de uma pessoa ou de uma coisa a outra pessoa ou outra coisa. Toda a relação está constituída por três elementos: o sujeito, o termo e o fundamento. O sujeito é a pessoa ou a coisa que se relaciona com outro (termo “a quo”). O termo é a pessoa ou a coisa até à qual tende o sujeito da relação (termo “ad quem”). O fundamento é o facto em que se ba- seia a relação de uma pessoa ou coisa com outro. Exemplos de fundamentos em relações interpes- soais: amor conjugal, amizade, geração, etc. Uma relação é real se os três elementos são reais. Exemplos de relações não reais: entre conceitos, comparação do ente com o nada, do presente com o futuro, etc.

As relações divinas A analogia exige despojar as relações divinas do carácter acidental das relações que se dão entre os homens. Em Deus não há “acidentes” em sentido metafísico; por exemplo não há um antes, nem um depois de ser Pai. Assim, ao aplicar a analogia ficamos com o que é uma relação em si mesma (uma referência) e negamos em Deus o aspecto acidental das relações humanas. O próprio da relação que consideramos em Deus é pura alteridade, “esse ad”. Mas as relações em Deus são subsistentes, não acidentes: existem em si mesmas e identificam-se com a substân- cia divina. Os homens têm relações, em Deus a relação é Deus.

As relações divinas Quem gera é o Pai, não a substância, e quem espira é o Pai e o Filho, não a substância. Latrão IV ensina que as três Pessoas se identificam com a substância divina e se distinguem exclusivamente pelas suas relações de origem. “Relação” e “substância” são dois conceitos distintos, que em Deus se identificam. Mas as relações em Deus distinguem-se realmente entre si. “Dado que há duas processões reais em Deus (gerar e espirar), há quatro relações reais: Paternidade, Filiação, Espiração activa (sujeito: Pai e Filho, e termo: Espírito Santo), e Espiração passiva (sujeito: Espírito Santo, e termo: Pai e Filho).

As relações divinas Segundo a filosofia, duas relações opõem-se quando trocam sujeito e termo, sendo o fundamento o mesmo. Assim por exemplo, paternidade e filiação opõem-se porque o pai é sujeito da paternidade e termo da filiação, e o filho é sujeito da filiação e termo da paternidade, sendo o fundamento igual (geração). Concílio de Florença (1442): Em Deus “tudo é uno, onde não houver oposição de relação”. Vamos pois ver quais das relações divinas se opõem entre si.

As relações divinas Vimos que em Deus se dão quatro relações reais, mas nem todas se opõem. Paternidade e Filiação opõem-se conforme vimos: distinguem o Pai e o Filho. Espiração activa e passiva também se opõem segundo vimos: distinguem juntamente o Pai e o Filho, do Espírito Santo. A Espiração activa consiste em espirar: Pai e Filho podem espirar o Espírito Santo, sem contradição com o facto de serem Pai e Filho. A Espiração activa não se opõe nem à Paternidade nem à Filiação. Segundo o Concílio de Flo- rença, se não há oposição, Paternidade e Espiração activa não se distinguem em Deus, bem como tão pouco a Filiação e a Espiração activa. O Pai gera o Filho e ama-O espirando o Espírito Santo, e o Filho é gerado pelo Pai e ama-O espirando junto com Ele o Espírito Santo.

As relações divinas A Espiração passiva consiste em ser espirado. O Pai não o pode ser dado que é sem princípio. O Filho também não pode ser espirado porque já é gerado. Só o Espírito Santo pode ser espirado. Assim, Paternidade opõe-se a Espiração passiva e Filiação também se opõe a Espiração passiva, duas oposições que distinguem: o Pai e o Espírito Santo uma e o Filho e o Espírito Santo, a outra. Portanto, das quatro relações reais em Deus, só três se opõem entre si: a Paternidade, a Filiação e a Espiração passiva coincidindo com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

As relações divinas As relações divinas são o modelo da vida e das relações humanas. À luz das relações divinas, a Trindade revela-se-nos como a mais perfeita realiza- ção da ‘comunhão entre distintos’ e, como tal, é luz que ilumina as relações humanas interpessoais. Por isso, a família é imagem da comunhão trinitária. Na Última Ceia, Jesus revela-nos a unidade das três Pessoas divinas como origem e modelo para a união entre os homens: “Que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles sejam um em nós” (Jo 17, 21).

Ficha técnica Bibliografia Slides Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciación Teológica de Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) Slides Originais - D. Serge Nicoloff, disponíveis em www.agea.org.es (Guiones doctrinales actualizados) Tradução para português europeu - disponível em inicteol.no.sapo.pt