TRO/Hidratação endovenosa

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Insuficiência Renal Aguda
Advertisements

Professora e enfermeira: Carla Gomes
SOROTERAPIA ENDOVENOSA
Reidratação em Pediatria
israel figueiredo junior
HIPERCALEMIA POR EXCESSO DE OFERTA
HIDRATAÇÃO VENOSA Manoel Menezes da Silva Neto
Desidratação Luiz Arnaldo Ferrari.
Carina Lassance de Albuquerque Interna- ESCS
- Isolete com umidificação: umidade de 80 – 95% Perda hídrica pela (pele: 100 a 200ml/kg/dia de água livre) - Líquido: 70ml/Kg (máximo de/150 ml/Kg )
Terapia de Reidratação Oral e Venosa
DESTÚRBIO HIDRO-ELETROLÍTICO
FLUIDOTERAPIA NO RECÉM-NASCIDO ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO NA SALA DE PARTO Paulo R. Margotto 5/5/2011.
HIDRATAÇÃO EM PEDIATRIA
Reposição hidroeletrolítica
Diarréia aguda.
DESIDRATAÇÃO AGUDA.
Terapia de Reidratação Oral e Hidratação Venosa
Hidratação em Pediatria
Equilíbrio Hidro-Eletrolítico e Ácido-Básico
RE-HIDRATAÇÃO PARENTERAL
TRO/Hidratação endovenosa
Brasília, 12 de setembro de 2015
israel figueiredo junior
Terapia de Reidratação Oral e Venosa
FM - BOTUCATU Sandra Ricchetti Epidemiologia Considerada uma das desordens metabólicas mais freqüentes em UTIP Entre os doentes portadores de DM,
CÁLCULO DE NECESSIDADE HÍDRICA DIÁRIA NHD Baseado na necessidade calórica diária NCD 3 a 10 Kg 100 ml/Kg/dia 11 a 20 Kg 1000 ml + 50 ml/Kg/dia >
Cetoacidose Diabética
Atenção Farmacêutica – Integral Arthur Melem Bruno Coelho.
Eduardo Maranhão Gubert UTI Pediátrica e Cardíaca do HPP
DIARRÉIA AGUDA - DESIDRATAÇÃO TRO / HIDRATAÇÃO VENOSA
Dados pessoais e clínicos: M. A. F
DISTÚRBIOS DO SÓDIO NO PACIENTE GRAVE
Cetoacidose Diabética
DOENÇA METABÓLICA.
Brasília, 01 de dezembro de 2016
ARBOVIROSES: Estratificação de Risco e Fluxo Assistencial
Neymar Elias de Oliveira São José do Rio Preto - SP
Arthur Melem Bruno Coelho Camila Martins
Modelo de previsão de punção venosa na criança
Cálculo de Medicação Enfª Fabiana Chagas.
Caso Clínico – Lactente
RE-HIDRATAÇÃO PARENTERAL
Hipovolemia: Perda do volume do LEC excede a ingestão de líquidos. H2O e Eletrólitos: perdidos na mesma proporção líquidos orgânicos normais; Eletrólitos.
Diarréia e desidratação
Terapia de Reidratação Oral e Venosa
HIDRATAÇÃO VENOSA Manoel Menezes da Silva Neto
Distúrbios Hidroeletrolíticos e Hidratação Venosa
Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria www
ESCORPIONISMO NA CIDADE DE SÃO PAULO Alexandre Ely Campéas; Alexandre Suzuki Horie; Fernanda Brandão Ferrari; Fernanda Glaucia Lopes Camlofski; Maria.
Terapia de Reidratação Oral e Hidratação Venosa
Pesquisa de Sífilis Congênita no momento do parto:
STATUS EPILEPTICUS Drª. Ana Marily Soriano Ricardo
Emergências Médico-Veterinárias
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Infecção urinária na infância
FLUIDOS E ELETRÓLITOS - Isolete com umidificação: umidade de 80 – 95%
Cetoacidose Diabética Mariana Gadelha
Fisiologia e Distúrbios do Magnésio
Coordenação: Paulo R. Margotto
Cetoacidose Diabética
Distúrbios Eletrolíticos no RN
Diarréia aguda - Desidratação TRO / Hidratação venosa
Autores: Aline Sena – Fisioterapeuta; Denise Amorim – Neonatologista;
MANUSEIO DO BALANÇO HÍDRICO NO RECÉM-NASCIDO MUITO IMATURO MANAGEMENT OF FLUID BALANCE IN THE VERY IMMATURE NEONATE N. Modi Arch Dis Child Fetal Neonatal.
DESIDRATAÇÃO TRO/ HIDRATAÇÃO VENOSA
Cetoacidose Diabética
Coordenação: Paulo R. Margotto
Brasília, 12 de setembro de
Transcrição da apresentação:

TRO/Hidratação endovenosa Antonio Candido de Paula Neto Internato-Pediatria Universidade Católica de Brasília www.paulomargotto.com.br Brasília, 30 de maio de 2014

Reidratação A maioria das vezes o tratamento é feito no ambulatório ou com internamento de curta duração. Usar SRO em casos de desidratação grau 1 (leve) Usar soro de hidratação oral - eficaz em 90% dos casos.

Reidratação Recorrer a gastroclise se a criança não aceitar a oferta. Nos casos de insucesso da via oral devido a vômitos persistentes (3% dos casos), usar a via endovenosa e, voltar a via oral, logo que a criança passe a tolerá-la.

TRO-Terapia de Reidratação Oral Administração oral de SRO Sem sinais de desidratação – 10 ml/Kg por cada dejecção ou 20 ml/Kg por cada vómito Desidratação leve: 30 – 50 ml/Kg durante 4 h + 10 ml/kg por cada dejecção ou 20 ml/Kg por cada vómito

Indicações para internamento Desidratação moderada a grave Insucesso hidratação oral Casos sociais Na desidratação grave e/ou outra classificação de doença grave, a criança deverá ser transferida imediatamente para o Hospital, depois de iniciar a reidratação

Hidratação Venosa Desde o Início Na vigência da TRO Vômitos incoercíveis Diarréia alto débito ( mais 10 ml/Kg) Septicemia ou infecção sistêmica Choque hipovolêmico Desidratação moderada ou grave Na vigência da TRO Distensão Abdominal Acentuada Diarréia maior que a ingesta tolerada Piora após de TRO bem conduzida.

Hidratação Venosa 1ª Fase: 2ª Fase Fase Expansão, Reparação, Rápida Fase de Manutenção => Regra de Holiday-Segar

Fase Rápida Fase rápida: SG 5% + SF (1:1); Volume: 50ml/Kg/h; Reavaliar em uma hora; Repetir ou reduzir para 25ml/Kg/h (rotina), caso diminuir os sinais de desidratação;

Fase rápida Quando parar? OBS: Sem diurese: investigar IR Se sinais de desidratação desaparecerem e melhora clínica; Duas micções claras e abundantes com densidade urinária <1,010; Osmolaridade <300mOsm/l; Se sinais desaparecem e bexiga é palpável, estimular micção infundindo mais líquido ou administrar furosemide (1 a 2mg/kg) OBS: Sem diurese: investigar IR

Fase de Manutenção- Volume Regra de Holiday-Segar: Peso até 10kg→100ml/kg/24h; Peso entre 10-20kg→1000ml+50ml/kg acima de 10kg; Peso acima de 20kg→1500ml+20ml/kg acima de 20kg; Solução: SF 0,9% + SG 5% (1:4) Máximo 500ml por etapa

Fase de Manuntenção- Sódio Necessidade de Sódio Até 10Kg -------- 3mEq/kg/dia De 10Kg a 20Kg ------- 30mEq + 1,5mEq/Kg/dia Acima de 20Kg ------- 45mEq + 0,6mEq/Kg/dia Necessidade de Sódio: 3 – 5mEq/100ml Composição: NaCl 20% = 3,4 mEq/ml NaCl 0,9%= 0,15mEq/ml

Fase de Manuntenção- Potássio Até 10Kg ---------2mEq/kg/dia De 10Kg a 20Kg -------- 20mEq + 1mEq/Kg/dia Acima de 20Kg ----- 30mEq + 0,4mEq/Kg/dia Necessidade de Potássio: 2 – 4mEq/100ml Composição: KCl 10% = 1,34 mEq/ml

Dados importantes 1 ml NaCl 20% = 3,4 mEq/l 1 ml SF 0,9 % = 0,154 mEq/l 1 ml KCl 10% = 1,3 mEq/l 1 ml Gluconato de Cálcio 10% = 0,5 mEq Gotas: 1ml = 20 gotas 1 gota= 3 mcgotas 1 ml = 1mcgota

Monitorização da Hidratação Sinais vitais (FR, FC) Balanço hídrico (ofertas e perdas) Registro do peso cada 12h Medição da diurese A medicação sintomática (antidiarreica e antiemética) está contra- indicada

Exemplo 1 Criança, 5 anos, 18Kg, em desidratação grave

Exemplo 1 Criança, 5 anos, 18Kg, em desidratação grave Prescrição 1) Fase rápida (2 etapas) 30 min cada, SF 0,9% + SG 5% (1:1) SF 0,9%, 225ml, EV SG 5%, 225ml, EV Se continuar desidratado 2) Repetir a fase rápida ou reduzir para 25ml/Kg/h 3) Reavaliar após 1h.

Exemplo 2 Fase de Manuntenção Exemplo 1: Criança de 5Kg

Exemplo 2 Fase de manutenção Exemplo 1: Criança de 5Kg Volume = 5Kg x 100ml/Kg/dia = 500ml/dia Exemplo 2: Criança de 14Kg Volume = 10Kg x 100ml/kg/dia = 1000ml/dia 4Kg x 50ml/Kg/dia = 200ml/dia 1200ml/dia Exemplo 3: Criança de 23Kg Volume = 10Kg x 100ml/Kg/dia = 1000ml/dia 10Kg x 50ml/Kg/dia = 500ml/dia 3Kg x 20ml/Kg/dia = 60ml/dia 1560ml/dia

Exemplo 3 Reposição de K+ e Na+ Criança 7kg

Exemplo 3 Reposição de Na+ e K+

Obrigado.

Referências bibliográficas J Pediatr (Rio J) 1999;75(Supl.2):s223-s33

Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto Consultem também! Hidratação venosa no recém-nascido: distúrbio hidreletrolítico Autor(es): Paulo R. Margotto, Ana Maria C.Paula