A prática da Virtude Professor José Roque Pereira de Melo

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Transcrição da apresentação:

A prática da Virtude Professor José Roque Pereira de Melo Filósofo e Sociólogo

Todos nós desejamos ser respeitados por nossas atitudes e pelo nosso trabalho na sociedade. Ninguém quer ser reconhecido como mentiroso, desonesto, caluniador, vaidoso, orgulhoso ou assassino. Admiramos as pessoas que tem virtude moral, que se destacam por seu desprendimento em servir à humanidade, que fazem o bem por amor ao próximo. A virtude, no mais elevado grau, é um conjunto de qualidades que constituem uma pessoa de bem. Para sermos considerado virtuosos, no entanto, temos que ter um código que nos oriente no caminho da vida. Isso leva a uma pergunta fundamental. Existe uma regra absoluta que nos leva à virtude? Existe certo e errado? Ou esses conceitos morais dependem de meu ponto de vista? Os princípios morais e éticos estão subjugados apenas aos padrões culturais, ou existe uma norma de virtude que seja universal?

Pluralismo: Vivemos em um tempo de transformações fundamentais na sociedade. Na segunda metade do século do século XX ocorreram profundas transformações sociais que tiveram como base o SECULARISMO, isto é, a independência da sociedade em relação aos valores morais. O secularismo surgiu a partir do iluminismo, no século XVIII, e se desenvolveu com o afastamento da burguesia dos ideias espirituais no século XIX, tornando-se uma realidade na cultura ocidental depois da Primeira Guerra Mundial, no século XX. Essa corrente de pensamento está se introduzindo apenas no século XXI em partes da Turquia, Japão e China.

Na cultura ocidental, a cosmovisão teocêntrica medieval começou a entrar em declínio com a Modernidade. Por “moderno” podemos entender o projeto burguês- capitalista de uma sociedade regida por preceitos racionais em detrimento da sociedade medieval, regida pela visão espiritual cristã. A Modernidade se consolidou com a Revolução industrial a partir do século XVIII e acabou impondo sua cosmovisão científico-materialista nos séculos seguintes. A sociedade moderna se caracteriza por ser científica, racional e temporal, e tem uma estrutura secularizada de vida. Ela buscou a felicidade e o progresso da humanidade com base nos princípios do iluminismo.

*A partir da segunda metade do século XX, a Modernidade passou a sofrer críticas em seus pilares fundamentais: a crença de que a verdade poder ser alcançada pelo uso da razão e a linearidade histórica do progresso humano. PLURALISMO: É o reconhecimento da diversidade, bem como de sua validade na sociedade, tendo pro base o pluralismo intelectual. Embora não tenha surgido no período pós moderno, o pluralismo encontrou um terreno fértil para suas propostas de contestação, abandono e rejeição dos valores morais e espirituais dos períodos anteriores. A BASE DO PLURALISMO: A base do Pluralismo é o desconstrutivismo de Derrida que fez uma crítica ao sistema racional da filosofia ocidental. Para ele, a filosofia desenvolvida no Ocidente está estruturada em conceitos racionais centralizadores (logos), com seus respectivos opostos como por exemplo, Deus-satanás, homem-mulher, verdade-mentira.

O que Derrida Propôs? Derrida propôs descontruir esse logocentrismo, a partir do modo como este foi organizado originalmente, revelando outros significados que nele existem. Não visa destruir o texto, mas encontrar nele a pluralidade de significações de seu discurso, legitimando a existência de sua várias interpretações e buscando encontrar novas e possíveis verdades. * Esse método não é bem visto pela metafísica clássica, porque ameaça a leitura correta da verdade da filosofia, tornando-a uma das leituras possíveis, mas não a leitura correta do texto. Isso significa que os textos corrompem seus significados originais (tradicionais) e criam novos contextos, permitindo continuamente novas leituras e interpretações.

Alister McGrath: Foi teólogo e bioquímico norte americano, por esse método, todas as interpretações são válidas ou destituídas de sentido, dependendo do ponto de vista adotado. Ninguém pode reivindicar veracidade exclusiva para sua interpretação. O pensamento pós-moderno afirma que a linguagem não pode expressar as verdades de um mesmo objetivo, pois, como observou gene Edward Veith Jr, a linguagem por sua própria natureza dá forma ao que pensamos. Visto que a linguagem é uma criação cultural, o significado é em última análise uma construção social. Portanto, o significado de um texto faz parte de um sistema cultural.