Biomecânica do Arremesso e afecções no cotovelo

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Transcrição da apresentação:

Biomecânica do Arremesso e afecções no cotovelo R3 Bruno Borges Hernandes

Introdução Biomecânica do arremesso: - gesto esportivo mais estudado - importância no sucesso profissional e prevenção de lesões - baseball, futebol americano, natação, lançamento de dardo, handball e etc. Envolve uma ação sequencial de segmentos corporais - ações amplas do segmento proximal - ação rápida e menor do segmento distal

Introdução

Introdução Em geral, a sequência consiste em: 1. posicionamento do pé e rotação do tronco - WIND-UP - inicio da geração de força ( 50-55% do total de força e energia cinética ) - redução de ADM ( inflexibilidade do quadril não-dominante ou rotação do tronco), fraqueza dos abdultores e flexores, podem gerar quebra da cadeia cinética.

Introdução 2. Abdução , Rotação externa e interna do ombro - EARLY and LATE-COCKING - momento de lesões do ombro devido: a) retroversão do úmero, b) GIRD, c) impacto interno, d) Protração excessiva da escápula

Introdução 3. Valgismo e Extensão do cotovelo - ACCELERATION e DESACCELERATION - Sd. da sobrecarga 4. Flexão de punho - FOLLOW- THROUGH

COTOVELO Arremessos repetitivos ↔ altas cargas valgo/ extensão Somente com o conhecimento anatômico e biomecânico que se consegue determinar o correto diagnóstico e tratamento. Afecção esportiva mais comum na população infantil.

Anatomia e Biomecânica Estabilidade : óssea – olécrano/fossa articular (20°-120° flex) ligamentar – complexo colateral medial

Anatomia e Biomecânica A banda anterior é principal componente de restrição do valgismo durante a aceleração – lesão por microtraumas Testes biomecânicos: - força em valgo: 64N.m late cocking /aceleração - velocidade de extensão: 3000°/seg

Anatomia e Biomecânica Combinação que gera SD SOBRECARGA VALGO/EXTENSÃO a) Tensão medial (lig colateral ulnar, unidade flexor-pronador, apófise do epicôndilo medial e nervo ulnar) b) Cisalhamento posterior ( ponta póstero-medial do olécrano e fossa tróclea/olécrano) c) Compressão lateral ( cabeça do rádio e capítulo )

Patologias Ruptura ligamento colateral ulnar Neurite ulnar Lesão, estiramento ou tendinite do flexor-pronador Osteófito de olécrano Fx por stress de olécrano Osteocondrite dissecante do capítulo Corpos livres Tendinopatia dos flexores

LCM Estabilizador medial primário Sobrecarga leva a lesão e degeneração cm formação de osteófitos gerando sintomas mediais. Dor insidiosa ou aguda ( sensação de “pop” medial) Dor durante early acceleration com perda de performance ( dor severa em velocidades > 60% max ) Lesão crônica pode estar associada com compressão do n. ulnar . Rx c/ stress em valgo, RMN

LCM Reabilitação: - repouso absoluto 2 -6 semanas - gelo, AINE, recuperação do movimento a) exercícios funcionais, b) pliométricos, c) progressão dos arremessos - fortalecimento da cintura escapular, estabilizadores da escápula e MR. - Corticóide: evitar, leva degeneração.

Neurite Ulnar Compressão do n. ulnar – stress valgo, osteófitos, hipertrofia do musc. Flexor ou fricção que leva subluxação do nervo. Parestesia do 4° e 5° durante ou depois do arremesso. Tinel + no sítio da compressão Tto: correção da instabilidade do cotovelo

Epicôndilo Medial Origem do tendão flexor comum e também do LCM. Excesso do stress em valgo causa tração da apófise do epicôndilo medial ( “Little League elbow” ) durante cocking e acceleration . 9 – 12 anos Dor a pronação e lexão do punho resistido + Rx c/ comparação. Repouso, reabilitação e correção da técnica.

Fx por Stress de olécrano Resultado de microtraumas causados por impacto do olécrano ou tensão excessiva do tríceps. Dor póstero-lateral durante ou depois do arremesso. Rx inicial pode ser normal RMN, TC, cintilo Repouso, cessação dos arremessos, estimulação do crescimento do osso.

Osteocondrite Dissecante Dor lateral do cotovelo comum na faixa de 11-16 anos. Stress em valgo e lateral que leva a lesão focal do osso subcondral. Perda do suporte estrutural da cartilagem sobreposta c/ subsequente fragmentação e destruição. Perda de ADM ( extensão), formação de corpos livres, dor anterolateral e creptação em movimentos forçados.

Tendinopatia dos Flexores + comum das dores mediais. Tb chamada Golfer´s elbow . Stress repetitivo sobre as partes moles, sendo um processo degenerativo ( do que inflamatório) Dor a 1-2 cm distal do epicôndilo medias Doloroso a flexão e pronação resistida do punho USG e RMN TTO: exercícios excêntricos, repouso dos movimentos

Obrigado