Que infância é essa? desafios e possibilidades Sílvia Nunes Ramos

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Transcrição da apresentação:

Que infância é essa? desafios e possibilidades Sílvia Nunes Ramos Salvador do Sul 18 a 21 de fevereiro de 2013

Que relações as crianças estabelecem com a música? Aspectos sociais Mídias

Aspectos sociais [...] o entendimento mais ampliado sobre o significado social das diferentes práticas musicais dos diversos grupos de estudantes na escola, e também revelar ”por que estudantes de diferentes grupos se envolvem em certas práticas musicais, por que evitam outras e como respondem à música em sala de aula” (GREEN, L. 1997, p. 33 in SOUZA, 2004, p. 8)

Levando-se em conta que música hoje é uma questão social, as discussões sobre música em sala de aula, podem ser direcionadas para o “tipo de relação” que as crianças e jovens têm com a música. Nessa perspectiva, discutir sobre a importância de algumas músicas ou gêneros musicais, pode ser mais benéfico do que algumas práticas musicais escolares descontextualizadas do tempo e do espaço cotidiano das crianças e jovens.

Ao discutirem suas músicas, os jovens já estão trazendo conhecimentos musicais. Assim, o que se percebe nas conversas sobre música, com crianças e jovens são aspectos como: compreensão dos temas das letras; a percepção de mensagens subliminares; a importância e o reconhecimento de alguns gêneros para reflexão de suas vidas.

[...] as preferências musicais dos adolescentes estariam ligadas a gêneros musicais que para eles possuem um significado relacionado à liberdade de expressão e de mudanças. Ou seja, a relação que os adolescentes mantêm com a música representa uma manifestação de uma identidade cultural caracterizada por dupla pertença: classe de idade e do meio social (GREEN, 1997, p. 100 in SOUZA, 2004, p. 8).

Mídias As mídias eletrônicas (rádio, televisão, videogames, jogos eletrônicos, internet) vêm funcionando nas últimas décadas como dispositivos extremamente eficazes de socialização das novas gerações, não apenas porque ocupam a quase totalidade do tempo livre das crianças, mas também porque fornecem os conteúdos (heróis, personagens, mitos, valores e representações) com os quais elas vão construir seu imaginário e suas próprias representações (BELLONI, 2012, p. 61).

Alguns estudos sobre mídia vêm investigando as maneiras como as crianças e os jovens “estabelecem relações com essas mídias, apropriando-se de seus conteúdos e as integram em suas vidas cotidianas” (BELLONI, 2010, p. 61).

Que muda na relação com as mídias? A acessibilidade: aos conteúdos; as variações de gêneros musicais; aos novos cantores; Aos espaços específicos de busca;

As novas tecnologias de informação e comunicação como: computador, internet, iPod, telefone celular, não somente mudaram o acesso a informação, como também a maneira de pensar a música, escutar, escolher e organizar o repertório. As novas tecnologias possibilitaram o surgimento de metodologias efetivas de apropriação musical e interações sociais.

Com o surgimento das novas tecnologias já é possível contemplar crianças e jovens ocupando a posição de produtores de conhecimento musical. Suas metodologias de aprendizagem contemplam: a inovação; a frequência da escuta; a análise do conteúdo e a simultaneidade no uso das mídias.

Para concluir [...] é urgente integrar essas mídias (televisão, computadores, redes telemáticas) no cotidiano escolar, para que a escola esteja em sintonia com as demandas da sociedade, na qual elas, já estão bem integradas no cotidiano do mundo do trabalho, do lazer, das interações pessoais, isto é, no mundo vivido dos estudantes de todas as idades (BELLONI, 2010, p. 131).

Para concluir Quem são os alunos e alunas, sujeitos com os quais dialogamos em sala de sala? Que músicas são referências e referentes para a cultura, com as quais esses alunos se identificam, configurando os espaços e meios socioculturais do mundo em que vivem? Como os jovens/crianças aprendem música? E por último: como se dá a relação entre as dimensões herdadas e construídas na música vivida no lugar/mundo, o currículo da vida dos alunos e a música ensinada/aprendida no currículo do espaço escolar? (SOUZA, 2004, p. 9).

O maior desafio para a escola nos dias atuais é compreender a diversidade das práticas musicais dos alunos, das interações sociais, dos repertórios de cada grupo, das mídias que compõe o cotidiano, e mais, a diversidade de metodologias de aprendizagem construídas entre crianças/mídias/jovens. Sem esquecer que a escola deve ser um espaço de inclusão, de “descoberta e formação de crianças e jovens para exercer a cidadania na sociedade ‘digital’”.

Muito obrigada! silviaenter@yahoo.com.br cel.: 9974-2722 8512-5222

referências Para ler: BELLONI, Maria Luiza. Crianças e Mídias no Brasil. Cenários de Mudanças. Campinas: Papirus, 2010. Ilari, Beatriz. Em busca da mente musical: ensaios sobre os processos cognitivos em música – da percepção à produção. Curitiba: Editora da UFPR, 2006. Souza, Jusamara. Educação musical e práticas sociais. Revista da ABEM. Porto Alegre, V. 10. p. 7-11. mar. 2004.

referências Sites: http://www.vagalume.com.br/ http://letras.mus.br/ Para assistir: Sites: http://www.vagalume.com.br/ http://letras.mus.br/ http://www.letrasdemusicas.com.br/ http://www.clickgratis.com.br/letras-de- musicas/ http://www.youtube.com/?gl=BR&tab=w1