Heterônimo de Fernando Pessoa

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Transcrição da apresentação:

Heterônimo de Fernando Pessoa Alberto Caeiro Heterônimo de Fernando Pessoa Prof. Geordano Raad

Biografia Nasceu em 1889, em Lisboa; Morreu em 1915 (com 26 anos); Estatura média, frágil (“morreu” tuberculoso); Louro, de olhos azuis; Sem profissão; Educação quase nenhuma; Cedo ficou órfão; Vivia de pequenos rendimentos, com uma tia-avó; Escreve mal o português; Por outro lado Caeiro expressa: Simplicidade natural da vida Busca as coisas como são.

Objetivo de Caeiro Caeiro pretende surgir-nos como um homem de visão ingênua, instintiva, gostosamente entregue à infinita variedade do espetáculo das sensações, principalmente visuais.

Auto-Descrição de Alberto Caeiro Caeiro proclama-se antimetafísico. É contra a interpretação do real pela inteligência, porque, no seu entender, essa interpretação reduz as coisas a simples conceitos vazios: "Com filosofia não há árvores, há ideias apenas”.

Segundo Caeiro... A vida é aquilo que vemos e não aquilo que pensamos; Ele recusa o pensamento abstrato apoiando assim o objetivismo e recusando tudo o que é subjetivo; Recusa a Religião, a Filosofia, ou seja ,recusa tudo aquilo que é sobrenatural, apoiando assim a naturalidade das coisas;

Significado segundo o poeta para: “O Guardador de Rebanhos” Caeiro é um poeta do “objetivismo”, é uma figura pousada sobre o natural das coisas.

Linguagem e Estilo de Caeiro Linguagem Simples; Verso Livre; Verbos sempre no presente, porque a vivência da natureza é sempre presente; O passado é apenas uma abstração e o futuro não passa de uma ilusão (poeta atemporal);

O Guardador de Rebanhos - Análise Poema constituído por 49 textos escritos pelo heterônimo Fernando Pessoa, Alberto Caeiro em 1914 e Fernando Pessoa atribuiu sua gêneses a uma única noite de insônia de Caeiro. Foram publicados em 1925 nas 4ª e 5ª edições da revista Athena, com exceção do 8º poema do conjunto que só viria a ser publicado em 1931, na revista Presença. A obra contêm poemas "em que a personagem surge sob iluminações imprevistas, revelando aspectos que contradizem o seu ideal de si mesmo e lhe conferem verossimilhança ficcional”, ou seja, os poemas mostram a forma simples e natural de sentir e dizer de seu autor, voltado para a natureza e as coisas puras.

A sua forma modular permite que o poema se alongue com repetições de motivos que passam de texto para texto não resolvidos ou por resolver, numa recombinação sucessiva onde emerge uma insuspeita temporalidade. Assim, a natureza aleatória das séries (outra designação para o poema serial) sugere que estas são anárquicas, não porque acabem num tumulto de sentidos incompreensíveis, mas porque se recusam a impor uma ordem externa nos assuntos que tratam ou desenvolvem. O Guardador de Rebanhos guarda pensamentos, que são sensações. O símbolo do rebanho é a representação do limite da existência humana, onde reside a liberdade. O que possui rastros do religioso torna-se demoníaco. O símbolo rompe a angústia da separação e busca na dimensão do divino, o divino que se rompera. É o lírico que restaura o mundo em ruínas, quando se relaciona com os seres sensitivos, ou o bucólico que foge para o campo, onde encontra maneira poética de sentir e de viver.