Saúde Coletiva e Meio Ambiente

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Transcrição da apresentação:

Saúde Coletiva e Meio Ambiente Prof.João Galdino Saúde Coletiva e Meio Ambiente

Unidade I – História da Saúde Publica no Brasil 1.1 – Conceitos e importância de Saúde Pública e Saúde Coletiva 1.2 – A saúde no contexto do desenvolvimento econômico social

1.1 – Conceitos e importância de Saúde Pública e Saúde Coletiva Saúde Publica: A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organização social e política das populações. Na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (inter ou multidisciplinar), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais.

Uma das mais citadas definições de Saúde Pública foi apresentada por Edward Amory (1877–1957), nos EUA, 1920 . Assim, foi realizada. "A arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde e a eficiência física e mental mediante o esforço organizado da comunidade. Abrangendo o saneamento do meio, o controle das infecções, a educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de [enfermagem] para o diagnóstico precoce e pronto tratamento das doenças e o desenvolvimento de uma estrutura social que assegure a cada indivíduo na sociedade um padrão de vida adequado à manutenção da saúde".

Saúde Coletiva: Há vários conceitos, mas talvez o mais amplo seja: Winslou, em 1920 já dizia que: SAÚDE COLETIVA é a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover a saúde física e a eficiência do indivíduo através de esforços organizados da comunidade, visando o saneamento do meio ambiente, combate das doenças transmissíveis q ameaçam a coletividade, ensino dos princípios de higiene individual, organizações dos serviços médicos e de enfermagem para diagnóstico precoce, tratamento preventivo, estabelecimento de condições de saúde que assegurem a cada membro da coletividade, um nível de vida favorável à manutenção da vida. Promoção da saúde como base das Ações em enfermagem em Saúde Coletiva.

 Saúde Coletiva surgiu na década de 70 contestando os atuais paradigmas de saúde existentes na América Latina buscando uma forma de superar a crise no campo da saúde.  A Saúde Pública é entendida tanto na Europa quanto nas Américas como forma de controlar as endemias que ameaçavam as ordens econômicas vigentes e depois como controle social, buscando a erradicação da miséria, desnutrição e analfabetismo.

1.2 – A saúde no contexto do desenvolvimento econômico social Ao assinar a Declaração do Milênio em Setembro de 2000, os chefes de Estado e de Governo de 189 países se comprometeram a avançar em direção a um mundo mais equânime e livre de pobreza para 2015. Para alcançar esse fim, estabeleceram oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), todos os quais se relacionam de alguma maneira com a saúde. Este compromisso enfatiza o firme reconhecimento de que o crescimento econômico, a distribuição de renda e o investimento em capital humano têm um imenso impacto na qualidade de vida das pessoas e na sua saúde. Ao mesmo tempo, a compreensão dos determinantes sociais da saúde está dando maior importância à ênfase na colaboração entre todos os setores sociais para melhorar a saúde da população e no reconhecimento internacional dos direitos humanos. Um dos principais indicadores do desenvolvimento e da saúde é a expectativa de vida.

Os habitantes dos países mais desenvolvidos tendem a viver mais tempo do que aqueles que vivem nos países em vias de desenvolvimento. Dentro dos determinantes sociais da desigualdade, o mais importante é a pobreza — definido para a América Latina através da renda insuficiente para atender às necessidades essenciais. A pobreza tem sua origem, em grande medida, nas baixas taxas de crescimento, na baixa produtividade, em um acervo limitado de capital humano, e nas políticas econômicas e sociais pouco efetivas. Tanto os percentuais de pessoas que vivem na pobreza como o número absoluto de pessoas pobres na América Latina e no Caribe diminuíram nos últimos anos, mas ainda persistem disparidades importantes, tanto dentro dos países como dentro da região

O emprego é um determinante básico da saúde desde muitos ângulos diferentes —o acesso aos mercados de trabalho, a renda, e as condições de trabalho— o emprego sustentável é crítico para a capacidade dos países de reduzir a pobreza. Em anos recentes, as taxas de desemprego cresceram na América Latina e no Caribe, e nesses períodos o emprego informal aumentou em proporção ao total de empregos. O desemprego juvenil também está aumentando, o desemprego nas mulheres é maior do que nos homens.

A relação recíproca entre a saúde e a educação é muito clara e explica o ODM (o Ob jetivos de Desenvolvimento do Milênio)sobre a educação básica universal como uma estratégia fundamental para a redução da pobreza. A Região das Américas está no caminho de alcançar a meta de 100% de cobertura na educação básica para o ano 2015, já tendo obtido coberturas superiores a 97%.

O meio ambiente é outro importante determinante da saúde Enquanto que as áreas urbanas em geral oferecem mais vantagens do que as áreas as áreas rurais em termos de acesso a serviços sociais, emprego ou similares, muitas das cidades na região cresceram muito além de sua capacidade de proporcionar serviços adequados. O acesso à água e ao saneamento, ainda que tenha melhorado muito nas últimas décadas, continua apresentando claras deficiências, visto que a cobertura é maior nas áreas urbanas do que nas rurais. Entre outros desafios ambientais se encontram a poluição do ar, a degradação do solo, o desmatamento, a degradação das costas e a contaminação dos mares, o alarmante impacto das mudanças climáticas.