Com 19 h de vida: lesões no tálamo D e putamen

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Transcrição da apresentação:

Com 19 h de vida: lesões no tálamo D e putamen Síndrome Hipóxico-Isquêmica Paulo R. Margotto RN de 30 seman Cesariana-SFA-SHI-HIPOTERMIA-CONVULSÕES DE DIFÍCIL CONTROLE- Aos 30 dias Com 24 h de vida: IR=0,51 Com 19 h de vida: lesões no tálamo D e putamen

Síndrome Hipóxico-Isquêmica 2 dias de vida 5 dias de vida VE VD 27 dias de vida Faleceu aos 45 dias-sem RM

Entendendo as lesões... O descolamento de placenta ou o prolapso de cordão são precipitantes típicos do comprometimento grave do fluxo sangüíneo fetal que é observado com asfixia quase completa. As regiões do cérebro mais vulneráveis à quase total asfixia são: os gânglios da base, o tálamo poupando a cápsula interna, o tronco cerebral e o cerebelo Este tipo de lesão é caracterizado por extensas regiões de hiperecogenicidade ao ultrassom da substância cinzenta e branca e é comumente descrito como um Padrão Central de Lesão É comum observar um putamen hiperecogênico. .Normalmente, as descobertas se tornam mais pronunciadas após as primeiras 24–48 h, antes das quais a US pode parecer negativa. Jacqueline Salas et al, 2018

PADRÃO CENTRAL DE LESÃO Descolamento total de placenta-RN A TERMO Jacqueline Salas et al. Neonatology 2018;114:185–197 DOI: 10.1159/000487913

Lesão parassagital Sequela: quadriparesia espástica Volpe J, 1995 lesão do córtex cerebral e substância branca subcortical com distribuição característica: parassagital, superomedial das convexidades cerebrais; nos casos graves, a lesão pode se estender a uma grande proporção da convexidade cerebral lateral, especialmente na região parieto-occipital, a mais vulnerável região do cérebro; a sua patogenia está relacionada principalmente a distúrbio de perfusão cerebral, sendo assim considerada a principal lesão isquêmica do RN a termo com asfixia perinatal grave (ocorre nas zonas fronteiriças entre os campos finais das grandes artérias cerebrais [anterior, média e posterior])mais susceptíveis à queda de pressão de perfusão cerebral, além da deficiente autorregulação do FSC nos RN asfixiados Sequela: quadriparesia espástica Volpe J, 1995

necrose neuronal seletiva gânglia basal: muito vulnerável à hipoperfusão. Os núcleos mais consistentemente e severamente envolvidos são o putamen, o globus pallidus e o tálamo. A lesão neuronal a gânglia basal resulta em uma lesão característica, que é o status marmoratus. A patogênese parece agora estar relacionada primariamente com a morte neuronal glutamato-induzida Sequela coreoatetose e a distonia

FASE CRÔNICA A fase crônica da lesão ocorre semanas após a insulto inicial. A necrose das áreas afetadas evolui para cicatrização dos locais iniciais de lesão. Isso geralmente produz atrofia generalizada dessas regiões em casos graves. Perda de volume da substância branca branca pode resultar em uma ventriculomegalia ex-vácuo, às vezes acompanhada de alargamento do espaço subaracnoideo e microcefalia na fase crônica O US craniano é uma valiosa ferramenta de triagem no diagnóstico e manejo de neonatos encefalopáticos Jacqueline Salas et al, 2018.

RN DE ELINE-LEITO 34 26 SEMAN-1000g-Asfixia grave-Adrenalina 5 x VD (18,9mm) VE Hidrocéfalo pós-hemorrágico -HIV grau III bilateral) Indicado derivação Lesão isquêmica parieto-occipital direita

RN DE ELINE-LEITO 34 2 semanas após

Aos 44 dias de vida!