Cortiça Educação Tecnológica

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Transcrição da apresentação:

Cortiça Educação Tecnológica Escola EB.2,3 Dr. José de Jesus Neves júnior Cortiça Educação Tecnológica Prof.: José Maria Trabalho realizado por: André Arsénio 7ºB nº. 2 Marília Silva 7ºB nº. 12 Ano Lectivo: 06/07

Sobreiro Cortiça é um material de origem vegetal da casca (súber) dos sobreiros (Quercus suber), com grande poder isolante. A cortiça extrai-se pela primeira vez ao fim de cerca de 25 anos, pelo que é denominada de cortiça “virgem”. Numa segunda extracção, em que a cortiça é conhecida por “secundeira”, terá de ser respeitado um intervalo mínimo de nove anos, bem como nos descortiçamentos seguintes. Apenas nessa fase, a partir do terceiro descortiçamento, é que se aproveita a melhor cortiça, a chamada “amadia”, para o fabrico de rolhas. Actualmente, a cortiça é uma matéria-prima nobre cuja utilização se estende a variadas utilizações como sejam os revestimentos de solos, os isolamentos (térmicos e acústicos), os componentes para calçado e para a indústria automóvel. O desenvolvimento tecnológico e a aplicação de novas técnicas, incluindo de gestão, levaram à integração vertical de algumas operações de transformação da cortiça.

Características O sobreiro é a única espécie florestal do mundo produtora de cortiça com capacidade para utilização industrial, pois todas as outras produzem cortiça (ou tecido suberoso) mas com características completamente diferentes. Apesar da concorrência das rolhas de plástico e do "gosto" que por vezes a cortiça parece transmitir ao vinho, os melhores produtores vinícolas apostam na utilização de cortiça pois as suas propriedades de impermeabilidade e leveza conferem ao seu produto as melhores garantias de qualidade. A primeira cortiça a ser formada designa-se por cortiça virgem. As fortes tensões de crescimento radial a que se encontra sujeita fazem com que apresente uma estrutura bastante irregular, sendo utilizada maioritariamente para artigos decorativos. É a cortiça amadia, extraída em sobreiros com uma idade normalmente próxima ou superior a 40 anos, que constitui a base da transformação industrial. Esta cortiça apresenta características muito particulares, possuindo elevada elasticidade, compressibilidade, capacidade de isolamento, baixa densidade e fraca permeabilidade. A época de descortiçamento vai geralmente de Julho a Setembro. Por imposição legal o descortiçamento só pode ser feito de 9 em 9 anos e quando o sobreiro apresenta um perímetro do tronco superior a 70cm. A cortiça é retirada em pranchas, pedaços de cortiça com altura superior a 1m e largura a rondar os 40cm, dependendo do tamanho do sobreiro e do local - tronco ou ramos - de tirada da cortiça. Esta operação, pelos danos que produz na árvore, necessita de cuidados especiais para não a afectar gravemente e comprometer a produção seguinte de cortiça. Após a retirada da árvore, a cortiça é colocada em pilhas e fica em "descanso" durante aproximadamente seis meses, altura em se inicia a sua transformação tecnológica.

Composição química da cortiça A composição química da cortiça engloba vários compostos, com os seguintes valores médios: suberina (45%) lenhina (27%) polissacáridos (12%) cerhides (6%) taninos (6%) A suberina é uma substância lipídica da qual são formadas as paredes das células de cortiça, impedindo a passagem de água e de gases. A suberina é uma mistura de ácidos orgânicos. As propriedades da suberina são notáveis: é praticamente infusível, é insolúvel na água, no álcool, no éter, no clorofórmio, no ácido sulfúrico concentrado, no ácido clorídrico, etc. Num centímetro cúbico da cortiça contamos cerca de 40 milhões de células - dispostas em fiadas perpendiculares ao tronco de sobreiro. Cada célula tem a forma de prisma, por vezes de secção pentagonal, por vezes hexagonal. A altura de um destes minúsculos prismas ronda pelos 40 a 50 micrometros (milésimos de milímetro). As células mais pequenas medem 20 ou mesmo só 10 micrómetros. As células da cortiça estão preenchidas de uma mistura de gases semelhante ao ar. Uma prancha de cortiça contém cerca de 60% de elementos gasosos - o que explica facilmente a extraordinária leveza da cortiça. Este agregado de pequenas almofadas concede à cortiça uma compressibilidade notória.

Composição química da cortiça A cortiça reúne uma série de qualidades únicas: natural, reciclável e biodegradável muito leve impermeável a líquidos e a gases elástico e compressivel boa isolação térmica e acústica Incombustível muito resistente ao atrito.

Fases de preparação de cortiça para a actividade industrial: I – Descortiçamento – A árvore é descortiçada de 9 em 9 anos ( idade mínima ). II – Preparação – Tem várias subfases: Início da preparação A cortiça é tirada da árvore. Depois é empilhada, na fábrica. Fase da preparação Os fardos de cortiça são cozidos numa caldeira de cobre, cravada em alvenaria. Aí, a cortiça fica a cozer durante uma hora e vinte minutos.

Retirar a cortiça da caldeira Cortiça a cozer Os fardos são retirados da caldeira e são transportados para as bancas de traçar. Retirar a cortiça da caldeira

Transporte dos fardos Banca de traçar É nas bancas de traçar que se distinguem os diferentes calibres da cortiça.

Enchem-se as redes e atam-se. O "facear" da cortiça É tirada uma apara que mostra a qualidade da cortiça – processo designado por "facear". O atar das redes Enchem-se as redes e atam-se.

Prensa com cintas metálicas Fazem-se os fardos de cortiça e apertam-se numa prensa com cintas metálicas. O sobreiro tem outras utilidades, para além da cortiça, podem aproveitar-se os seus frutos para a criação de gado; a sua lenha e, ainda tem uma grande importância ecológica.