REDES DE INVESTIGAÇÃO: A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E INTERNACIONAIS Faro, 06 de Outubro de 2006 Ana Rita Cruz.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Common Assessment Framework CAF Estrutura Comum de Avaliação
Advertisements

CONHECENDO A AGENDA 21 NAS ESCOLAS AVANÇAR.
Cidadania Cosmopolita
A Sustentabilidade da Vida: Novos e Velhos Riscos
CERNAS 2004/2005 Elementos para análise de caracterização e desempenho Henrique Pires dos Santos, 2006 Bolseiro de Gestão de Ciência e Tecnologia CERNAS.
CERNAS – PROCESSO DE AVALIAÇÃO F.Páscoa, H.Pires dos Santos Convite à reflexão O futuro que queremos construir.
1 As Tecnologias da Informação na Administração Pública Indicadores Estatísticos Instituto de Informática Rosa Maria Peças Conferência A acessibilidade.
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Seminário Empreendedorismo e Criação de Empresas 22 de Fevereiro de 2006 Auditório Millennium BCP, TagusPark Os Apoios ao Empreendedorismo no IAPMEI Jaime.
O que é a Associação de BICS Portugueses?
Encontro “COMPREENDER A PAISAGEM CULTURAL DO TEJO E SEUS VALORES”
Workshop “Transferências de bens intangíveis”
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Motivos mais frequentes de enviesamento de diagnósticos
1 Controlo e Aprendizagem Aula Teórico-Prática nº 1 Metodologia experimental Planificação das aulas Temas dos trabalhos de grupo Avaliação.
A Investigação Educacional em Portugal
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Metodologia Científica e Tecnológica
Qualidade nos Serviços Públicos da Região
Mecânica dos Sólidos não Linear
16 de novembro de 2010, Rio de Janeiro
A População Imigrante no Concelho de Serpa Identificação Profissão Entrada e Permanência em Portugal Adaptação/Integração Social Agregado Familiar Projecto.
A Competitividade Internacional no Setor da Cortiça
Acções estruturais EU-Política Regional Agenda Reforçar a concentração
1 APLICAÇÃO DA VISUALIZAÇÃO CIENTÍFICA À OCEANOGRAFIA Representação da agitação marítima no porto de Leixões Disciplina de Visualização Científica Mestrado.
Instituto de Inovação Educacional1 e-EPoca: Educação e Património Enquadramento 1. Suscitar o debate sobre os diferentes modos de configurar a actividade.
Avaliação dos Laboratórios do Estado
Março ª Edição do Programa de Estágios Profissionais da Administração Pública Em finais de 2005 o XVII Governo Constitucional lançou uma Edição de.
OBESP Observatório da Economia Social em Portugal
Associação DESENVOLVIMENTO DE UM “CLUSTER” DAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS NA REGIÃO DO NORTE 15.Setembro.2008.
Centro de Geociências GEOSCIENCIES CENTER (uID:73)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO II Encontro Brasil-Canadá de Educação Profissional e Tecnológica Novembro de 2011.
PROGRAMA DE MOBILIDADE ACADÉMICA INTERCONTINENTAL.
PROPOSTAS PARA O FUTURO DO ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO PORTUGUÊS CNE | 24 de abril de 2013.
Utilização de Contrapartidas na Dinamização da Inovação Tecnológica Utilização de contrapartidas associadas a grandes compras na dinamização da inovação.
Metodologia de investigação CONTRIBUTO PARA A ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DA FILEIRA DA MAÇÃ NO DOURO.
Gestão de Ciência e Tecnologia 4ª aula 1 GESTÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Sumário da 4ª aula Projectos: - Introdução - Programas e Projectos - Intervenientes.
DI-FCT-UNL Departamento de Informática Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Engenharia Informática DI-FCT-UNL DI-FCT-UNL:
Panorama sobre Plataformas Tecnológicas com interesse para a área da Construção José Bonfim (Fundação para a Ciência e Tecnologia e GPPQ) Universidade.
Ciclos económicos e crescimento Prof. Jorge Mendes de Sousa
Taxonomia Profa. Lillian Alvares,
BIOCANT PARK Descrição adicional do tema. Pode ter referencias a co-autores e assuntos semelhantes PAG 1 AUTOR.
Responsabilidade Social Vodafone Portugal, SA
Departamento de Engenharia Informática
Trabalho de Database Marketing 1 Investigação programada no NEC em P rojectos e Estudos Projecto 2 Morfodinâmica de praias Hidrodinâmica e dinâmica.
dos Objectivos à Concretização
As características da rede urbana
Congresso Internacional de Investigação Científica em Enfermagem IV Terceira, 5, 6 dez
EXERCÍCIOS PARA GUARDA-REDES
Inovação Tecnologia Intelligence Empreendedorismo Associativismo Internacionalização Formação Qualificação Portugal Pólo de Competitividade Engineering.
Dissertação de Mestrado em Gestão de Informação (09/04/2002)
BIS - Banco de Inovação Social Inovação por Boas Causas
Os biólogos e o emprego em Portugal
LOGO Progresso do Projecto
OS DESAFIOS DO FINANCIAMENTO DA INVESTIGAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO DOS BENS INTANGÍVEIS DA PI Ana Comoane Nampula, de Fevereiro de 2006.
Estudar no Algarve? Área Projeto | Daniela Leote | Helyana Moitalta | Lília Pontes | 12E.
1 Workshop de introdução à responsabilidade País, Mês de 20XX A Viagem de Ahmed.
INOVAÇÃO NOS PRODUTOS, PROCESSOS E ORGANIZAÇÕES
CONFERÊNCIA ANUAL AIP/AJEco - QUE FUTURO PARA A INDÚSTRIA PORTUGUESA - IBEROMOLDES Henrique Neto.
17/11/2004 David Tavares PREVENIR A DESCAPITALIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS QUALIFICADOS – A EXPERIÊNCIA DA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DE LISBOA.
MODELOS DE URBANISMO E MOBILIDADE
PLANO GERAL DE PLANEAMENTO DE UM TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA UNIÃO EUROPEIA Fundos Europeus Estruturais e de Investimento COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO
PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO PNPG
Departamento Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra Faculdade de Ciências e Tecnologia.
IEFF Incubadora de Empresas da Figueira da Foz Associação para o Desenvolvimento Empresarial.
Internacionalização, estratégia e gestão num mundo global Joaquim Ramos de Carvalho Vice Reitor Universidade de Coimbra ABRUEM, S.PAULO, Outubro de 2015.
Instituto Politécnico de Portalegre Escola Tecnologia e Gestão de Portalegre Unidade Curricular: Mercados e Negociação Comercial Docente: Dr.ª Fernanda.
Viana do Castelo, de Novembro de / 26 Objectivos da APRH; Gestão Transfronteiriça – Porquê?; A Bacia Hidrográfica do Rio Minho; Desafios;
Política ambiental com vista ao desenvolvimento sustentável.
Transcrição da apresentação:

REDES DE INVESTIGAÇÃO: A RELAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM ORGANISMOS NACIONAIS, EUROPEUS E INTERNACIONAIS Faro, 06 de Outubro de 2006 Ana Rita Cruz

Redes e Investigação Fonte: Elaboração Própria Taylorismo Escola das Relações Humanas Solidariedade Mecânica vs Solidariedade Orgânica Modelo de Especialização Flexível REDE Espaço Europeu de Investigação Relação Universidade – Empresa

Redes e Parcerias Segundo Casttels (2002) as Redes são estruturas abertas, que se podem expandir de forma ilimitada, dinâmica, flexível e adaptável a uma cultura de desconstrução e reconstrução contínua, assente numa organização social que procura a superação do espaço e a aniquilação do tempo. Distinguem-se das Parcerias nas dimensões: Tempo e Espaço Profundidade dos Vínculos Estabelecidos Dinamismo Abertura ao Exterior Tipo de Objectivos Partilhados

Metodologia de Estudo I&D em Portugal Enquadramento do estado da I&D nas Universidades Portuguesas Projectos de I&D desenvolvidos nas universidades portuguesas: Financiados pelo Estado ou UE Com Empresas Ao Nível Internacional O Caso da UAlg Evidências do Funcionamento em Rede na UAlg Projectos de I&D desenvolvidos na UAlg como instrumento de medição de Redes: o Financiamento o Domínio Científico o Entidades Parceiras o Número de Relações com Parceiros o Distribuição Espacial das Parcerias Efectuadas o Tipos de Organização Modelo de Análise Fonte: Elaboração Própria O método descritivo foi aquele que se adoptou para elaborar esta pesquisa, uma vez que o que se pretendia era uma caracterização do estado actual da I&D tanto no panorama nacional como no caso específico da Universidade do Algarve. O caso da UAlg permitiria a medição de Redes através da verificação dos Projectos de investigação efectuados durante o período de

Práticas de I&D nas Universidades Portuguesas Universidades Domínio Científico Total Ciências Sociais e Humanas Ciências Exactas Ciências Naturais Ciências da Saúde Ciências e Tecnologias Agrárias Engenharias / Tecnologias Técnica (Lisboa)10%24%9%0%34%31%22,3% Porto9%11%8%39%7%18%15,5% Nova (Lisboa)16%4%9%11%1%16%10,8% Lisboa18%20%22%20%2%3%10,7% Coimbra8%17%13%23%1%7%9,8% Minho8%3%2%1% 10%5,6% Aveiro3%9%10%1% 6%5,0% I. Politécnicos2%1%0%2%18%3%4,6% Algarve2%4%11%0%6%1%3,4% UTAD1% 0%15%1%2,8% Évora3%1%5%0%10%1%2,8% Católica4%0% 3%1%1,5% ISCTE10%0% 1%1,5% Outras6%0%2%1%0%1%1,3% Açores1%0%5%1% 0%0,9% Beira Interior0%2%0% 1%0,8% Madeira0%1%2%1%0% 0,6% Participações das Universidades Portuguesas em Projectos de I&D financiados pelo Estado ou União Europeia Fonte: Elaboração própria (Dados de Fonseca, 2005: 7)

Práticas de I&D nas Universidades Portuguesas Projectos de I&D com Empresas face ao Total de Projectos de I&D Fonte: Elaboração Própria (Dados de Fonseca, 2005: 19)

Práticas de I&D nas Universidades Portuguesas Projectos Internacionais de I&D face ao Total de Projectos de I&D Fonte: Elaboração Própria (Dados de Fonseca, 2005: 39 e 40)

O Caso da Universidade do Algarve 1. Tipo de Financiamento 83,5% do financiamento total dos projectos analisados tem uma forte componente comunitária. Os restantes 16,5% de financiamento dividem-se por prestações de serviços em que parte significativa são de instituições públicas. Esta situação revela uma forte dependência relativamente aos fundos comunitários num momento em que estes tendem a diminuir. FinanciamentoFrequências% POCTI9130,7 POCI6020,3 Comunitário299,8 INTERREG III217,1 AGRO144,7 Principais Fontes de Financiamento Usadas nos Projectos da UAlg Fonte: Elaboração Própria

O Caso da Universidade do Algarve Domínio CientíficoFrequências% Ciências Naturais 14549,0 Ciências e Tecnologias Agrárias 4515,2 Não Definido 3913,2 Engenharias / Tecnologias 3913,2 Ciências Humanas e Sociais 175,7 Ciências da Saúde 113,7 Total Domínios Científicos dos Projectos da UAlg Fonte: Elaboração própria Verifica-se uma grande representatividade do domínio das ciências naturais (49%) não deixa dúvidas de que esta é a principal área de investigação desta universidade. As relações da UAlg com outros países são por isso maioritariamente no âmbito das ciências naturais. 2. Domínio Científico

O Caso da Universidade do Algarve 3. Entidades Parceiras e Parcerias Efectuadas Os parceiros referem-se às entidades que participaram em projectos com a UAlg. As parcerias relacionam-se com o número de relações institucionais da UAlg com os seus parceiros. Assim, as parcerias são mais numerosas que os parceiros porque cada parceiro pode ter várias parcerias com a UAlg. Proporção das Entidades Parceiras da UAlg, segundo a sua Origem Fonte: Elaboração Própria Relações Resultantes dos Projectos da UAlg, segundo a sua Origem Fonte: Elaboração Própria

O Caso da Universidade do Algarve 4. Distribuição Espacial das Parcerias Efectuadas Intensidade de Relações da UAlg com Países de fora da Europa Fonte: Elaboração Própria

O Caso da Universidade do Algarve 4. Distribuição Espacial das Parcerias Efectuadas Número de Relações da UAlg com Países Europeus Fonte: Elaboração Própria

O Caso da Universidade do Algarve 5. Tipos de Organizações Parceiras Tipo de Organização das Entidades Parceiras da UAlg no Total dos Projectos Realizados Fonte: Elaboração Própria

O Caso da Universidade do Algarve 5. Tipos de Organizações Parceiras Tipo de Organização das Entidades Parceiras das Unidades Orgânicas da UAlg no Total dos Projectos Realizados Fonte: Elaboração Própria

Conclusões,Limites e Pistas de Investigação Conclusões, Limites e Pistas de Investigação Verificamos que o conceito de Rede tornou-se mais relevante, por um lado, em termos conceptuais no desenvolvimento da Ciência actual e, por outro, em termos práticos, para o êxito dos elementos integrantes das Redes. A UAlg tem relações privilegiadas, que podemos referir como Redes, com várias instituições do Ensino Superior (como o Instituto Superior Técnico, a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Universidade de Aveiro), com laboratórios do Estado (como o IPIMAR ou o LNEC), com outros organismos do Estado (como a CCDR Algarve, a Direcção Regional da Agricultura ou a Direcção Regional das Pescas) e ainda com empresas (como os Viveiros Vilanova, SA ou as Águas do Algarve, SA). Existe um conjunto sólido de relações estabelecidas em vários países, com destaque para a Espanha e para o Reino Unido, que se configuram como Redes. A existência de várias parcerias entre duas entidades é uma evidência da existência de Rede. De destacar é também o facto de não existirem parcerias entre as próprias unidades orgânicas da UAlg. A criação de uma Rede interna poderia trazer a transdisciplinaridade à investigação da UAlg (especificamente na investigação associada ao mar) como um elemento inovador.

A dispersão de fontes impossibilitou a recolha dos dados necessários para a análise de todos os projectos, assim como a recolha de informação sobre os resultados dos projectos analisados. Uma Gestão de Projectos mais centralizada poderá ser um instrumento mais eficiente e auxiliador de uma monitorização da Investigação, que se pretende o mais constante possível e que permita perceber quem, o quê e quando se investiga na UAlg. Um trabalho mais exaustivo que explorasse outro tipo de indicadores poderia identificar a existência, ou não, de Redes a um nível informal, e poderia analisar com mais rigor a permanência das Redes existentes. Algumas questões ficam ainda por esclarecer: Qual a motivação do trabalho em Rede identificado na UAlg? Reconhecimento da sua necessidade ou obrigatoriedade por parte de alguns programas financiadores? Para a Universidade do Algarve se afirmar fora das suas fronteiras terá de conseguir projectar-se na região, potenciando as suas relações com os actores que mais próximo tem, ou seja, multiplicando as suas Redes com o tecido empresarial do Algarve. Conclusões,Limites e Pistas de Investigação Conclusões, Limites e Pistas de Investigação