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O material que você tem abaixo para leitura é um texto complementar O material que você tem abaixo para leitura é um texto complementar. Esse texto foi extraído do Livro Vivendo a Filosofia, páginas 396-405, da editora ática e escrito pelo professor Gabriel Chalita. A ESCOLA DE FRANKFURT O grupo de filósofos alemães conhecido como Escola de Frankfurt surgiu na década de 1920, com a fundação do Instituto de Pesquisa Social, na cidade que deu nome ao grupo. Considerada uma escola crítica de origem marxista, procura determinar uma visão global e crítica da sociedade burguesa. Tendo como perspectiva uma teoria crítica que visava o estabelecimento de uma versão do marxismo, esse movimento pretendia uma transformação radical da sociedade que atribuísse o devido valor à cultura e à imagem que as pessoas fazem de si mesmas.

Para os frankfurtianos, contrários ao sistema capitalista, a irracionalidade do ser humano consistiria na utilização de seu conhecimento para fins puramente instrumentais, voltados para o acúmulo de lucros e riquezas. Rejeitam o progresso científico que determina a sujeição de indivíduos autônomos a um sistema totalitário, que encontra na uniformização da indústria da cultura o seu mecanismo de controle do poder. Contra esse processo de massificação, o ser humano deve desenvolver sua razão crítica, para analisar as estruturas presentes em nossa sociedade com base em sua livre convicção, em seus próprios princípios, que serão contrapostos aos dos demais na busca da verdade, da justiça e da autonomia.

No plano essencialmente filosófico, o Iluminismo do século XVIII representou a defesa da racionalidade contra os dogmas religiosos e sociais da época. A Escola de Frankfurt e sua teoria crítica racionalista podem ser consideradas a retomada daqueles ideais, mas examinadas com rigor e criticamente, em face de suas consequencias históricas. É possível afirmar que, para essa corrente, o fato de o ser humano ser dotado de inteligência não o torna necessariamente um ser racional. A irracionalidade pode constituir uma dimensão constante na vida, se não for desenvolvida uma consciência autocrítica que esteja sempre direcionada para a própria liberdade. Os principais representantes da Escola de Frankfurt foram Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benjamin e Jurgen Habermas.

Os pensadores da Escola de Frankfurt e algumas de sua contribuições à reflexão filosófica: Max Horkheimer (1895-1973): Sua obra centra-se principalmente nas instituições tradicionais de nossa sociedade, como a família e os sistemas políticos. Crítico do capitalismo, argumenta que esse sistema se organiza e se fundamenta numa mentalidade incentivadora de uma razão instrumental voltada para a constante busca do lucro e acumulação de riquezas. Atitude política, que atua no conjunto da sociedade buscando tão-somente um aspecto funcional para os indivíduos. Adorno (1903-1969): Filósofo e musicólogo, para esse pensador, a denominada indústria cultural encontra-se voltada unicamente para a satisfação dos interesses comerciais dos detentores dos veículos de comunicação, que vêem a sociedade como mero mercado de consumo dos produtos por eles impostos, dando origem a um processo de massificação da cultura. - Foi o criador da expressão indústria cultural, utilizada para demonstrar a exploração comercial da cultura por meio dos veículos de comunicação modernos.

Walter Benjamin (1892-1940): Escreveu sobre um leque amplo de temas: cinema, fotografia, literatura, história e linguagem. Defendia a posição de que a arte dirigida às massas poderia ser entendida como importante instrumento de politização, na medida em que possibilitava um processo de democratização da cultura, ou seja, tornava o acesso as obras de arte um direito universal, deixando de ser um privilégio de uma elite. Herbert Marcuse (1898-1979): Pensador polêmico e com posições revolucionárias. Procurou estabelecer uma relação entre os pensamentos de Marx e de Freud, realçando seus respectivos ideais libertários. Nesse sentido, argumentava que o progresso tecnológico confere aos trabalhadores maior tempo livre, o que gera uma civilização não repressiva, voltada para a racionalidade da satisfação. Assim, o corpo deve ser convertido num instrumento de prazer em vez de instrumento de trabalho alienado, para que a satisfação possa vencer a repressão.

Jürgen Habermas (1929): Desenvolve em sua obra uma revisão e uma atualização do marxismo capaz de envolver todos os aspectos do capitalismo avançado da sociedade industrial. Para tanto, centra o estudo desse problema na natureza da comunicação e da autoconsciência e de seu papel causal na ação social. Formula o conceito de Razão Comunicativa (ou Discursiva) visando estabelecer um elo entre a Razão Teórica e a Razão Prática. Desse modo, a linguagem seria vista como um instrumento para a compreensão dos homens em suas relações sociais. Para Habermas a sociedade é permeada por uma razão instrumental. Essa razão leva o homem a um desenvolvimento estritamente técnico, o que implica a perda da autonomia e a consequente submissão às regras de dominação. A inserção de uma perspectiva crítica recupera a dimensão de uma racionalidade não instrumental, fundada no agir comunicativo entre os homens livres, ou seja, em uma razão comunicativa, que emancipa os indivíduos do seu estado de dominação técnica. Portanto, Habermas constrói a teoria da ação comunicativa, segundo a qual a crítica, como substrato da linguagem, deve encontrar-se livre das distorções originadas pela ideologia, se pretendermos que ela conduza o homem no caminho de sua liberdade de convicção. A teoria da ação comunicativa funda a chamada ética discursiva que, originada da relação entre in´divíduos, permite um posicionamento crítico acerca dos ditames normativos da sociedade. A validade de uma imposição passa a encontrar-se submetida ao entendimento entre as pessoas envolvidas que, por meio de argumentos estritamente racionais, procuram convencer-se uma à outra, instaurando um processo de sociabilidade firmado na solidariedade e na cooperação.