Prof. Everton da Silva Correa História Prof. Everton da Silva Correa
O nascimento do Iluminismo https://www.facebook.com/Prof.EvertonCorrea
Algumas das primeiras manifestações do que mais tarde viria a ser chamado de Iluminismo ocorreram nos Países Baixos. Por essa época, muitos pensadores que fugiam de perseguições em outros países procuravam abrigo nessa região.
Localização dos Países Baixos (em vermelho)
Essa escolha tinha sua razão de ser. É que havia mais liberdade de pensamento e de expressão nos Países Baixos do que em qualquer outro país da Europa. Um dos motivos é que a forma de governo vigente na região nessa época era a república, e não a monarquia absolutista.
Nos Países Baixos as pessoas podiam discutir e publicar suas ideias contra a Igreja católica e as monarquias absolutistas, assim como seus tratados científicos.
Dois dos mais importantes precursores do Iluminismo, René Descartes e John Locke, viveram alguns anos na Holanda, umas das províncias dos Países Baixos. Lá, eles puderam desfrutar do clima de liberdade em que se verificavam os debates e a troca de ideias. Geógrafo ou astrônomo em seu estúdio (1669), óleo sobre tela de Jan Vermeer, também conhecido como Vermeer de Delft.
Na França, o filósofo René Descartes (1596- 1650) também havia defendido o método racional de pensamento e o uso da reflexão e da dúvida para chegar à verdade. René Descartes
Para ele, o conhecimento precisava passar por um rigoroso processo de investigação. As ideias deviam ser postas à prova, e só as que resistissem às dúvidas e à investigação deveriam ser consideradas verdadeiras. Para esse filósofo, a razão era o ponto de partida de todo o conhecimento.
O que queriam os iluministas? O iluminismo foi um movimento de ideias que abarcou diversos campos do conhecimento humano, como a Filosofia, as Ciências, a Política, a Economia, e o estudo da sociedade e da cultura em geral.
Em sua reflexão e, em parte, em sua ação, os iluministas defendiam: A extinção da ignorância e da superstição por meio da educação e da divulgação do conhecimento científico. O uso da razão como instrumento para conquistar a liberdade e a capacidade de o ser humano pensar por si próprio. A tolerância e a liberdade religiosa e política. A liberdade de consciência e de expressão. A condenação das injustiças, dos privilégios, da dominação religiosa e do Estado absolutista.
Publicação de História Unid. 1, Cap. 4, p. 50.
FIM AZEVEDO, Gislane Campos. Projeto Teláris: História. São Paulo: Ática, 2012. p. 14-15.