A Agropecuária no Brasil

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A AGRICULTURA BRASILEIRA
Advertisements

PROF. EDUARDO C. FERREIRA
DIFERENTES PAISAGENS E INTERESSES NA ORGANIZAÇÃO DO CAMPO
O TRABALHO E A TERRA NO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
Espaço rural.
Agropecuária.
GEOGRAFIA.
ESTATUTO DA TERRA Quando os dirigentes do regime militar interromperam o movimento das ligas camponesas, em 1964, resolveram criar uma lei para acalmar.
AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
Estatuto da Terra Brasileiro.
Agricultura.
Trabalhar e viver no campo 3º bimestre – 7º ano
A QUESTÃO DA TERRA NO BRASIL
Aumento de produtividade e exportações agrícolas
AGRICULTURA BRASILEIRA PROF.º CÉLIO
(c) Produção de laranja, plantação de arroz, tabaco e cana-de-açúcar.
AS CLASSES TRABALHADORAS RURAIS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
A QUESTÃO AGRARIA DURANTE O REGIME MILITAR
Agricultura Mundial I, II e III – G13, G14 e G15
Agricultura.
Geografia - 2ª série EM - Aula 01
Capítulo6 A expansão do agronegócio no Brasil
Professor – Alfredo Rosendo
Direito Agrário “Direito Agrário é o conjunto sistemático de normas jurídicas que visam disciplinar as relações do homem com a terra, tendo em vista o.
Espaço rural brasileiro
AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
A atividade agrícola e o espaço agrário
Capítulo 7 México: um país latino-americano integrante do Nafta
Colégio Militar de Brasília 3º ano PREVEST Geografia
AGRICULTURA FAMILIAR IICA-BR Março/2006.
Geografia Econômica II 1ª parte: agricultura
Professora Carol - Geografia
Estatuto da Terra Segundo o discurso oficial, buscava-se democratizar o acesso à propriedade rural, modernizar as relações de trabalho e de produção e,
Alunos:Carine Miranda, Lara Cristina,Patricck Willian e Saore Bispo
Relação Cidade Campo A indústria modificando o campo
Trabalho de geografia Agricultura e pecuária
Capítulo 27 – A agricultura brasileira
O meio rural brasileiro
Problemas e atualidades da agropecuária brasileira:
AGROPECUÁRIA BRASILEIRA CAPÍTULO 16
Prof.ª Ianny Cristina de Campos Oliveira e Carvalho
A AGRICULTURA E A QUESTÃO AGRÁRIA
9 – Os complexos agroindustriais
- FATORES GEOGRÁFICOS DA ORGANIZAÇÃO AGRÀRIA -
Roteiro de Aula Convivência A Ordem Econômica e Financeira na CF/88
Capítulo 26 – Atividades econômicas no espaço rural
A questão agrária A questão agrária no Brasil é fruto de um processo histórico ligado ao período colonial, que veio com o passar dos anos mudando de “lado”
O BRASIL NO SÉCULO XXI.
AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
AGRICULTURA E PECUÁRIA
Sistemas Agrícolas INTENSIVO
GEOECONÔMIA – A QUESTÃO AGRÁRIA BRASILEIRA
AGRICULTURA BRASILEIRA
O Espaço Rural UT 5 – 6ª Série Prof.º Renan.
O Campo e a Cidade.
MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA
Módulo 22 – Agropecuária II Problemas e atualidades da agropecuária brasileira: Subaproveitamento dos espaços disponíveis para a agropecuária Baixo nível.
- FATORES GEOGRÁFICOS DA ORGANIZAÇÃO AGRÀRIA -
AGRICULTURA BRASILEIRA EXISTE CORRELAÇÃO POSITIVA ENTRE ESSE CRESCIMENTO E O CRESCIMENTO DOS DEMAIS SETORES;EXISTE CORRELAÇÃO POSITIVA ENTRE ESSE CRESCIMENTO.
2 ANO EM. Concentração de terras (desde o processo de ocupação colonial) Cultivo da cana-de-açúcar impulsionou a agricultura. Lei de Terras de 1850: pouco.
A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL
Os principais problemas atuais das áreas rurais em Portugal são:
Os seus recursos endógenos específicos que muitas vezes constituem vantagens relativas para o seu desenvolvimento; Património histórico, arqueológico,
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
REFORMA AGRARIA TERRAS DEVOLUTAS
Agricultura no Mundo. Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objectivo de obter alimentos, fibras, energia, matéria-prima.
A posse da terra. Considerações 18,3 milhões de pessoas são empregadas pela agricultura. Cerca de 20% da PEA. Características comuns no campo, a subnutrição.
Agricultura Familiar Produzindo alimentos para um Brasil sem fome.
A luta pela terra no Brasil Adalmir Leonidio LES/ESAQ/USP.
Espaço Agrário 2º EM – 2016 Jeferson.
Transcrição da apresentação:

A Agropecuária no Brasil O campo brasileiro foi dominado pela grande propriedade ao longo da história. Entre as décadas de 1950 e 1980, a monocultura e a mecanização foram estimuladas por sucessivos governos como modelo de desenvolvimento e crescimento. A agricultura familiar esteve relegada a segundo plano na formulação de políticas agrícolas, resultando na expulsão acelerada de pequenos proprietários.

No Brasil, os fatores de repulsão ( concentração de terras, baixos salários, desemprego etc) foram os que mais contribuíram, e ainda contribuem, para explicar o movimento migratório rural-urbano. Uma das consequências da modernização das técnicas é a completa subordinação da agropecuária ao capital industrial – além da valorização das terras agricultáveis -, que promove a concentração das propriedades e a intensificação do êxodo rural.

Mesmo com o abandono histórico, por causa do domínio da grande propriedade, as unidades familiares são fundamentais no espaço rural. As grandes propriedades produzem mais soja, cana, laranja, arroz e carne visando o mercado externo. Enquanto as pequenas propriedades produzem batata, milho, feijão, mandioca, verduras, ovos, legumes... Apesar da pequena propriedade ser eficiente quanto a produção alimentar é importante ressaltar que nem todas estão na mesma condição ( Intensiva # Extensiva).

Na zona rural brasileira predominam as seguintes relações de trabalho: Trabalho familiar: mão de obra familiar em pequenas e médias propriedades. Trabalho Temporário: são os boias-frias, corumbás ou peões (recebem por dia). Trabalho assalariado: empregados em fazendas e agroindústrias representam apenas 10% da mão de obra agrícola. Parceria e arrendamento: alugam a terra de um proprietário para cultivar alimentos ou criar gado. Escravidão por dívida: trata-se de aliciamento de mão de obra com falsas promessas.

Posseiros e Grileiros Posseiros: são trabalhadores rurais que ocupam terras sem possuir o título de propriedade. Por causa do descaso histórico do poder público na administração dos problemas do campo e na realização da reforma agrária. Grileiros: são os invasores de terras que conseguem, mediante corrupção, escritura falsa. Costumam agir em áreas de expansão das fronteiras agrícolas ocupadas inicialmente por posseiros, o que causa grandes conflitos e inúmeros assassinatos.

Estatuto da Terra O Estatuto da Terra, como é conhecida a Lei 4 504/64, promulgada no governo de Castelo Branco, representou a expressão máxima dessa visão reformista defendida na época. O Estatuto propunha uma “solução democrática” à “opção socialista”. Procurava, dessa forma, impulsionar o desenvolvimento do capitalismo no campo. Mas a propalada democratização da terra não ocorreu. Ao contrário da divisão da propriedade, o capitalismo impulsionado pelo regime militar promoveu a modernização do latifúndio através do crédito rural subsidiado e abundante.

Toda a economia brasileira cresceu vigorosamente, urbanizando-se e industrializando-se, sem necessitar democratizar a posse da terra, nem precisar do mercado interno rural. O projeto de reforma agrária foi, assim, esquecido. O resultado é que as estruturas agrárias dos países da América Latina, com o Brasil na liderança, continuaram extremamente concentradas.

De econômico, o problema da terra virou social De econômico, o problema da terra virou social. A industrialização e o crescimento econômico não precisaram da reforma agrária para se efetivar. O inciso II, do art. 4º, do Estatuto da Terra, define como “Propriedade Familiar” o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhe absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração.

O conceito de módulo rural é derivado do conceito de propriedade familiar, e, sendo assim, é uma unidade de medida, expressa em hectares, que busca exprimir a interdependência entre a dimensão, a situação geográfica dos imóveis rurais e a forma e as condições do seu aproveitamento econômico. A propriedade familiar possui áreas de dimensão variável, levando em consideração três fatores: localização , fertilidade do solo e tipo de produto cultivado e a tecnologia empregada.

A Reforma Agrária na Constituição de 1988 Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização. Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

Aproveitamento racional adequado; Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. (...)

O crescimento do comércio exterior de produtos agrícolas depende de os países desenvolvidos implementarem mudanças em suas políticas agrícolas. O Brasil e outros países em desenvolvimento enfrentam restrições que os impedem de aumentar o volume de exportações por causa de protecionismo dos países mais ricos: por meio de uma série de medidas, aplicadas de forma isolada ou conjunta, eles protegem seu setor agrícola, além de concederem elevados subsídios a seus agricultores. Entre essas medidas, destacam-se:

Barreiras tarifárias: elevados impostos sobre os produtos importados; Barreiras não-tarifárias: geralmente utilizadas como argumento para restringir importações por meio de proibições, cotas ou mesmo sobretaxas. São elas: *barreiras fitozoossanitárias (contaminação) *cláusulas trabalhistas (salários baixos...) *cláusulas ambientais (agressões ao meio ambiente) *embargo (regimes ditatoriais, tortura, terrorismo) *estabelecimentos de cotas de importação ( limitando a quantidade de produtos).

Além das dificuldades externas para a exportação, há também fatores internos que reduzem seu potencial de crescimento e a sua competitividade: altos custos e precariedades nos transportes e armazenagens; elevada carga tributária; baixa disponibilidade de crédito e financiamentos; falta de incentivos à formação de cooperativas; baixa oferta de energia elétrica na zona rural, inibindo investimentos em irrigação e armazenagem.

Rebanho Brasileiro - 2006 Nº de cabeças Aves 1 401 340 989 Bovinos 171 613 337 Suínos 31 189 339 Ovinos 14 167 504 Caprinos 7 107 608 Bubalinos 885 119 Censo Agropecuário 2006

Obrigada!!! Fonte:Geografia Geral e do Brasil Espaço Geográfico e Globalização 2010.