Profª Drª Luisa Regina Pessôa

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Transcrição da apresentação:

Profª Drª Luisa Regina Pessôa Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde A Gênesis da Rede de Saúde no Brasil Profª Drª Luisa Regina Pessôa Julho de 2007 Baseado na Tese de Doutorado: Mergulho em Montes Claros: Desafios da Alocação de Recursos na Rede SUS

“ Há uma idade científica das técnicas, a data em que, num laboratório, elas são concebidas. Mas isso pode ter apenas importância para a história da ciência. E, ao lado dessa idade científica, há a idade propriamente histórica, a data em que, na história concreta, essa técnica se incorpora à vida de uma sociedade. Na realidade, é aqui que a técnica deixa de ser ciência para ser propriamente técnica. Esta somente existe quando utilizada.” (SANTOS, 2002:57)

A Gênesis da Rede de Saúde no Brasil O panorama da expansão da Rede de Unidades de Saúde no Brasil, desde seus primórdios até nossos dias, pode ser classificado em períodos considerados pela autora como relevantes para a demarcação da incorporação de técnicas e saberes que modificaram esta expansão. Assim, a narrativa se desenvolve segundo os seguintes períodos: Até o século XVIII – A ocupação da costa e das áreas de plantio e mineração do interior delineia a expansão das unidades hospitalares de natureza filantrópica neste período. Século XIX – A expansão das Instituições Filantrópicas se intensifica durante esse século. A Igreja se estende pelo território nacional, levando o modelo dos hospitais católicos europeus dos séculos XIII e XIV para o interior do Brasil. Este é o modelo das Santas Casas, até hoje a referência em alta complexidade do interior do Brasil. Atualmente, a maioria destas unidades são Referências Macro e Microrregionais no SUS de seus estados. Entre 1901 e 1940 – A virada do século XIX foi marcada por inúmeros avanços, em todos os campos do conhecimento, com a incorporação de novos saberes e técnicas. As transformações nos hospitais são intensas e profundas, tendo-se dado um salto para a modernidade. Nesse período prevalecem ainda as Instituições Filantrópicas. Entretanto, na década de 1930, inicia-se a construção de Sanatórios de Tuberculose pelas instâncias estaduais.

A Gênesis da Rede de Saúde no Brasil Entre 1941 e 1970 – Período marcado pela Campanha da Borracha, na Amazônia, determinante para a criação, em 1942, da Fundação Serviço de Saúde Pública (Fundação SESP). A FSESP atuou como financiadora da expansão da Rede Primária de Atenção à Saúde, construindo Postos e Centros de Saúde e Unidades Mistas no interior do país. O Ministério da Saúde, criado em 1953, financiou a construção de Sanatórios de Tuberculose em todo o país. Por sua vez, tem início o delineamento mais expressivo da expansão da Rede Pública de Saúde, sobretudo as de natureza municipal. Entre 1971 e 1990 – Este período está sob a égide da incorporação de novas tecnologias e da crise financiamento no setor saúde, iniciada no final da década de 1970, interferindo na capacidade do Estado de custear as unidades existentes e imprimindo maior necessidade de racionalização na expansão da Rede Pública. Três grandes Projetos de Investimentos subsidiaram essa transformação: o Programa de Interiorização e Expansão de Saúde e Saneamento (PIASS), o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social da Caixa Econômica, vinculado ao Plano de Localização de Unidades de Saúde (PLUS) e o Projeto Nordeste. No âmbito da formação de capital humano para a saúde, destacam-se o Movimento Larga Escala e o Programa de Preparação Estratégica do Pessoal de Saúde (PPREPS). O período foi marcado, ainda, pelas Ações Integradas de Saúde (AIS), que na década de 1980 também impulsionou o crescimento de unidades básicas de saúde.

A Gênesis da Rede de Saúde no Brasil Entre 1990 e 2000 – O período foi marcado pelos investimentos do Projeto de Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde (Projeto ReforSUS) e do Programa de Saúde da Família (PSF). Desenvolve-se, também, o Projeto de Profissionalização de Trabalhadores da Área de Enfermagem (PROFAE), voltado para a formação e a capacitação de trabalhadores da saúde, o Projeto de Vigilância em Saúde no SUS (VIGISUS), além de outros, de âmbito estadual ou municipal. Foram instituídas as Normas Operacionais 93 e 96, ambas de caráter municipalista. O Século XXI – Apresenta tendências e possibilidades de reestruturação de Sistemas e Serviços de Saúde. A seguir, com base nessa periodização, será apresentada uma síntese das características dos edifícios hospitalares e das transformações ocorridas na expansão da Rede de Saúde, no Brasil, em cada um desses períodos, bem como algumas ilustrações que os exemplificam

ALGUNS NÚMEROS O Gráfico 1 demonstra ligeiro decréscimo na curva de expansão das unidades hospitalares do SUS a partir de 1970, em detrimento do crescimento do número total de unidades, sugerindo que o setor privado continua investindo na expansão de suas unidades hospitalares, mesmo que em menor ritmo que nas décadas passadas. O Gráfico 2, relativo à expansão das unidades sem internação, além de delinear a expressiva expansão das unidades SUS em contrapartida às da iniciativa privada, evidencia o crescimento desse tipo de unidade, sugerindo ainda a tendência de continuidade deste crescimento. O Gráfico 3 expressa a desigualdade do crescimento apresentado entre a Rede SUS e o Setor Privado no que diz respeito aos Serviços de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (SADT), um dos atuais pontos de estrangulamento da atenção à saúde pela Rede SUS, tanto em relação à média como à alta complexidade. Do total de 13.484 unidades desse tipo, apenas 5.218 oferecem serviços ao SUS. Os mapas expressam a trajetória dessa expansão no território brasileiro durante o século XX.

Evolução do número de Unidades de Saúde com internação, Gráfico 1 Evolução do número de Unidades de Saúde com internação, segundo década de início de atividade. Brasil – Século XVI a XX Fonte: IBGE/MAS I e II. 2002

Evolução do número de Unidades de Saúde sem internação, Gráfico 2 Evolução do número de Unidades de Saúde sem internação, segundo década de início de atividade. Brasil – Século XVI a XX Fonte: IBGE/MAS I e II. 2002

Evolução do número de Unidades de Saúde de SADT*, Gráfico 3 Evolução do número de Unidades de Saúde de SADT*, segundo década de início de atividade. Brasil – Século XVI a XX Fonte: IBGE/MAS I e II. 2002 * SADT – Serviços de Apoio ao Diagnóstico e Tratamento.

Exemplos de Plantas de Hospitais Europeus e Mulçumanos desde o Século IV. OBSERVE AS DIFERENÇAS ENTRE ELAS:

Hospital Muçulmano – séc XIV Xenodochium de Pamachius em Ostia – séc. IV Figura 6 - Hospital de Arghoun al-Kamili, Fonte "M Ecochard" 1. Entrada principal 2. Consultas externas 3. Pórtico 4. Pátio 5. Pequena abóbada 6. Grande abóbada 7. Quartos 8. Quartos para doentes mentais 9. Ensino-Farmácia 10. Cozinhas 11. Entrada de Serviço 1 – Atrium 3 – Corredor 2 – Basílica 4 - Tratamento Idade Média - séc. XIII Hospital Católico Renascimento – sec. XVII Hospital Católico Figura 5 - Hospital Santo Espírito de Lubeck, 1286 Biblioteca de Artes Decorativas de Paris 1. Entrada 2. Vestíbulo 3. Capela 4. Altar 5. Nave dos leitos 6. Pátio 7. Serviços Figura 7- Chelsea Royal Hospital, 1682 King's Fund Library 1. Entrada 2. Pátio 3. Internação 4. Serviços 5. Administração 6. Hall 7. Capela  Fonte: MIQUELIN, L.C.1992A anatomia dos Edifícios Hospitalares

Enfermarias coletivas com até 100 pacientes, Hospitais até meados séc.XIX Enfermarias coletivas com até 100 pacientes, mais de 1 paciente por leito, sem sanitários definidos e leitos perpendiculares à janela. Desenhos de Monica Ferzola Salgado Transformações nas Enfermarias Hospitalares

Do descobrimento ao final do século XVIII A colonização portuguesa no Brasil foi, antes de tudo, litorânea. Os portugueses criavam dificuldades à ocupação das terras do interior, receosos de que com isso se despovoassem as regiões costeiras: Os regimentos e forais concedidos pela Coroa portuguesa, quando sucedia tratarem de regiões fora da beira-mar, insistiam sempre em que se povoassem somente as partes que ficavam à margem das grandes correntes navegáveis, como o rio São Francisco. (HOLANDA, 1995:104) Apenas no terceiro século da ocupação portuguesa, em XVIII, é que se iniciou um afluxo maior de emigrantes para o interior do país, com o descobrimento do ouro em Minas Gerais. Ainda na primeira metade do século XVI chegou, ao Brasil, a Ordem das Santas Casas e, em consonância com a ocupação do território brasileiro imposta pela Coroa Portuguesa, implementou a construção de unidades hospitalares nos povoados já ocupados.

Em 1539, foi fundado um HOSPITAL As Misericórdias no Brasil A Ordem das Santas Casas chegou ao Brasil na primeira metade do séc. XVI. Em 1985, existiam cadastradas no Brasil 455 Santas Casas. Em 1539, foi fundado um HOSPITAL da Santa Casa em Olinda, Pernambuco. Fonte: site da instituição Sta Casa de Santos, fundada por Brás Cubas, em 1543, Capitania de São Vicente (Vila de Santos). Fonte: site da instituição

Edifício Sede de 1654 – fonte: site da instituição Fundada em 1550, a Santa Casa da Bahia passou por várias reformas e ampliações, ao longo dos séculos, inclusive, por grande ampliação no século XVIII, quando Salvador era considerado o maior centro urbano da colônia. O prédio sobreviveu até nossos dias e está hoje integrado à Rede de Saúde do Sistema Único de Saúde. Edifício Sede de 1654 – fonte: site da instituição O Século XIX Em relação à vida intelectual do início do século XIX, é importante destacar a inexistência de instituições de ensino universitário no país. No México, no período de 1775 a 1821, formaram-se 7.850 bacharéis, ao passo que, do Brasil, no mesmo período, formaram-se em Coimbra apenas 720 (HOLANDA, 1995). No Brasil, durante o século XIX, conforme IBGE/AMS 2002, são construídos 138 hospitais, 15 unidades ambulatoriais e 2 unidades de SADT, em um total de 155 unidades de saúde. Quanto à distribuição destas pelo território brasileiro, salienta-se que 6 unidades foram construídas na Região Norte; 26, na Região Nordeste; 100, na Região Sudeste; 19, na Região Sul; e 4, na Região Centro Oeste.

São Francisco do Sul, em Santa Catarina, foi a terceira cidade fundada no período do descobrimento, em 1503; entretanto, a Santa Casa de Misericórdia – ainda hoje, o único hospital da cidade – foi fundado em 1859. Embora tenha sofrido acréscimos na década de 1960, como a construção da Maternidade e a da Unidade de Tratamento para Tuberculosos, a unidade mantém sua fachada intacta, conforme Figura ao lado. Santa Casa de Misericórdia de São Francisco do Sul Fonte: foto cedida pelo Hospital, em 2003. A Santa Casa da Misericórdia de Passos, fundada em 16 de outubro de 1861, hoje, com 213 leitos, integrando o SUS como Unidade de Referência da Macrorregião de Passos, em minas Gerais, para serviços de média e alta complexidade. Santa Casa de Misericórdia de Passos Fonte: foto cedida pelo Hospital, em 2003.

Os Hospícios no Brasil Entre 1800 e 1852 – Hospícios Provisórios e/ou Enfermarias em Hospitais vinculados às Santas Casas. Entre 1852 e 1954 foram construídos por volta de52 Instituições (hospícios, hospitais de alienados e colônias) no pais 1845 - Março - A Santa Casa da Misericórdia enviou à Europa o Dr. Antônio José Pereira das Neves para estudar o tratamento dos alienados e visitar aquilo que havia de mais moderno em termos de hospícios, coletando idéias, sugestões e orientações para a edificação do Hospício de Pedro II. 1852 - O Hospício de Pedro II começou a funcionar com 144 alienados: 76 (41 h e 35 m) provenientes do Hospital da Misericórdia e 68 (33 h e 35 m) da enfermaria provisória da Praia Vermelha. 1858 - Regimento Interno do Hospício de Pedro II “ não devem ser admitidos os reconhecidos como idiotas, imbecis, epiléticos ou paralíticos dementes que se reputam incuráveis e podem viver inofensivos no seio da família”. Fonte: Projeto Memória da Psiquiatria no Brasil / FIOCRUZ

1860 - Fundação da Casa de Saúde Dr. Eiras com 40 leitos.( RJ) 1861 - Surgimento do 1o Hospício do Recife. 1864 - Fundação do Hospital Psiquiátrico Juqueri (Franco da Rocha-SP). Fonte: Projeto Memória da Psiquiatria no Brasil / FIOCRUZ Ainda sem informação de data e local

De 1901 a 1950 – Incorporando os Avanços da Revolução Industrial Com o advento da Revolução Industrial ocorreu o declínio paulatino do sistema técnico clássico, baseado no par madeira-água, e foi se instalando, ao longo dos cem anos transcorridos entre as décadas de 1750 e 1850, um novo sistema técnico no mundo ocidental, que tinha por fundamento a tríade ferro-carvão-vapor. De maneira gradativa, esses novos recursos possibilitaram profundas modificações no ‘como fazer’ da sociedade ocidental, inclusive na construção civil e, mais especificamente, nas construções dos edifícios hospitalares. A esse respeito, diz Picon: (...) o ferro torna-se um dos materiais dominantes de construção; o carvão, o primeiro combustível; e o vapor, um dos principais motores; todos interagindo de maneira a formar um novo sistema. (PICON, 1994:30)

A ciência entra dentro do corpo humano: desenvolvimento da anatomia Diz Foucault, referindo-se ao processo técnico-científico instaurado pela Academia de Ciências de Paris para a reconstrução do Novo Hotel Dieu – inaugurado em Paris no ano de 1864 – que, nesse momento, o hospital passou a ser enfocado como um fato médico, considerado uma das ferramentas para o exercício do poder/saber médico: (...) o hospital deixa de ser uma simples figura arquitetônica. Ele agora faz parte de um fato médico-hospitalar que deve ser estudado como são estudados os climas, as doenças etc. (FOUCAULT; 1999:100) “o hospital moderno perseguiu o ideal de se transformar numa eficiente máquina de curar” ( BENCHIMOL; 1990) A ciência entra dentro do corpo humano: desenvolvimento da anatomia descoberta do raio X incorporação do microscópio, descoberto no século XVII, no hospital do século XIX. Meta – Era “Hospitalocêntrica”

Desenvolvimento Industrial O Hospital como “máquina de curar” Tenon, cientista da Academia de Paris, ao estudar o novo Hotel Dieu: “As dimensões das enfermarias são deduzidas da estatura do homem, da natureza dos males, do clima e de uma certa dose de economia que convém introduzir no serviço (...) não se deve estimar a grandeza das enfermarias pela extensão, vasta ou restrita, de suas dimensões, mas pela relação destas dimensões com o número de doentes, a enfermaria maior é aquela que proporciona o máximo de ar para se respirar. “ Florence Nightingale, em meados do séc. XIX, observando o funcionamento dos hospitais de campanha, na Guerra da Criméia – questiona a teoria dos miasmas e atribui o contágio às condições de ventilação e iluminação inadequados dos mesmos, associado à superlotação das enfermarias, ou ausência de uma área mínima por leito.

Primeiro Hospital ”Científico” Hospital Pavilhonar Primeiro Hospital ”Científico” Figura 8 - Novo Hotel Dieu, 1864 Brochura do Hospital 1. Entrada 2. Pátio 3. Capela 4. Administração 5. Consultas 6. Serviços 7. Internação Fonte: MIQUELIN, L.C.1992 A anatomia dos Edifícios Hospitalares

Hospital Pavilhonar Hegemônico por 150 anos Figura 9 - Hospital Lariboisiere, 1846-1854 Arq. Pierre Gaultier Doc. Monumentos Históricos da França 1. Entrada 11. Capela 2. Administração 12. Morgue 3. Consultas 13. Pátio central 4. Farmácia 5. Cozinha e serviços 6. Pacientes 7. Comunidade 8. Salas de cirurgia 9. Banhos 10. Lavanderia Fonte: MIQUELIN, L.C.1992 A anatomia dos Edifícios Hospitalares

Enfermarias coletivas, de até 100 leitos, sanitários coletivos Hospitais de 1860 a 1930 Enfermarias coletivas, de até 100 leitos, sanitários coletivos e leitos perpendiculares à janela. Desenhos de Monica Ferzola Salgado Transformações nas Enfermarias Hospitalares

Fundada na década de 1920, a Casa de Saúde Santa Rita “foi um dos primeiros hospitais construídos em São Paulo, obedecendo o moderno conceito de arquitetura da época, em forma de "H", revolucionando as atividades hospitalares que eram até então, realizadas em casas adaptadas para esse fim”. Fonte: site da instituição PROJETO DO HOSPITAL CENTRAL - Santa Casa de São Paulo. Fundada inicialmente em 1560, em artigo escrito em 1910, Oliveira Fausto aponta esta fachada, ao lado, como sendo a do projeto original de Luiz Pucci para o novo prédio do Largo do Arouche. Fonte: site da instituição

Hospital Evandro Chagas Em 1912, com o intuito de realizar estudos clínicos. Oswaldo Cruz planejou e o arquiteto Luiz de Morais Júnior projetou a construção de um complexo hospitalar composto de seis pavilhões, na época denominado “Hospital de Manguinhos”. Fonte: acervo Luisa Pessôa Entretanto, somente um pavilhão foi erguido e inaugurado, em 1918, na gestão de Carlos Chagas . Hospital Evandro Chagas

Hospital Contemporâneo a partir da década de 1930 Avanços da Engenharia Civil e Mecânica O Modernismo e o “Monumentalismo” na Arquitetura Hospitalar

Hospital Contemporâneo Fonte: MIQUELIN, L.C.1992 A anatomia dos Edifícios Hospitalares Corte Esquemático Andar Técnico: entre os serviços de atendimento externo e de apoio técnico e as torres de internação. Subsolo: maquinaria pesada Acessos por função

Hospital dos Servidores do Estado (HSE) - 1934 O Hospital dos Servidores do Estado ( HSE ) inicia sua existência em maio de 1934, sob a denominação de Hospital dos Funcionários Públicos, quando, por iniciativa do Ministro do Trabalho, Salgado Filho, o Presidente Getulio Vargas assina decreto destinando recursos para a sua construção.   O   complexo hospitalar HSE está instalado em 107.000 m 2 de área construída, com 515 leitos de internação e Centro  Cirúrgico com 20 salas em funcionamento. Fonte: site da instituição Hospital dos Servidores do Estado (HSE) - 1934

OS AVANÇOS DA ENGENHARIA CIVIL E MECÂNICA POSSIBILITARAM PROJETOS ARQUITETÔNICOS ARROJADOSÉ O SALTO TECNOLÒGICO É ESPANTOSO “O hospital é a instituição mais dinâmica da sociedade contemporânea”. (Miquelin, 1992:27) Hospital Servidores do Estado - 1934 Santa Casa de São Paulo - 1910

Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) - 1948 Fonte: site da instituição Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) - 1948 Antigo Hospital General do Nascimento Vargas, na época subordinado ao IAPETEC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Empregados em Transportes e Cargas), foi inaugurado em janeiro de 1948 pelo então presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra.

Descoberta a cura para a Tuberculose Em 1944 - descoberta da estreptomicina. A tuberculose tem cura. www.saude.gov.br/programas/tuberculose 1882- Robert Kock "Bacilo de Kock" Em Davos estava internada a mulher de Thomas Mann, Kátia, tratando uma tuberculose recém-diagnosticada. O escritor passou com ela quatro semanas em maio-junho de 1912 no Sanatório da Floresta, cerca de 2 mil metros de altura. (...) A doença da mulher, o equívoco que confundiu a vida com morte e aquele soberbo cenário nos píncaros do mundo acionaram o enredo para A Montanha Mágica, publicado em 1924, Nobel da Literatura em 1929.(...) Depois de 1945 (quando efetivamente acabou a Grande Guerra começada em 1914), com a descoberta da hidrazida e do coquetel de antibióticos, Davos deixou de ser estação de cura para converter-se em estação de esportes de inverno, (...) ASPAS Alberto Dines "A montanha mágica, mítica. Macabra", copyright Jornal do Brasil, 3/2/01

Ex-Sanatório, atual Hospital Azevedo Lima – Niterói – RJ -1945 Fonte: site da instituição Ex-Sanatório, atual Hospital Azevedo Lima – Niterói – RJ -1945

A CAMPANHA NACIONAL DE COMBATE À TUBERCULOSE (..) , em 1946, e instituiu a Campanha Nacional contra a Tuberculose (CNCT), subordinada ao Serviço Nacional de Tuberculose (SNT), com a proposta de ser um órgão de caráter temporário até que se controlasse a doença nacionalmente. A CNCT estabeleceu um plano de combate à doença e assumiu a construção de dispensários e sanatórios por todo o país, com o objetivo não só de tratar, mas de isolar os doentes para evitar a propagação da doença. No final da década de 1940 e meados de 1950, muitos sanatórios foram construídos pelos vários estados e, no Rio de Janeiro, inaugurou-se então o de Curicica, durante a gestão de Raphael de Paula Souza frente ao SNT. O Conjunto Sanatorial de Curicica foi um dos primeiros projetos de Sérgio Bernardes, feito durante sua chefia no Setor de Arquitetura (1) da CNCT, cargo que exerceu recém formado, 1949-1950 (2). (...) pôr em prática as idéias de um jovem modernista, (...) contemplavam as premissas de higiene: ausência de ornamentos, racionalidade e funcionalidade, inerentes às edificações sanatoriais. A CNCT contou ainda com outros arquitetos que participaram da produção arquitetônica sanatorial do SNT, como Jorge Machado Moreira, que desenvolveu os projetos de sanatórios para o Instituto de Pensões e Aposentadoria de Estado de Sergipe e Instituto de Aposentadoria e Pensões de Estado da Paraíba. O projeto de Bernardes seguia o programa técnico elaborado pelo SNCT, aprovado pelo Ministério da Educação e Saúde: “(...) estudo e padronização da construção de sanatórios e dispensários tipo Campanha, eficiente, de baixo custo e manutenção econômica, porém sem sacrifícios de suas qualidades técnicas e funcionais” (4). O mesmo projeto foi ainda utilizado no Sanatório de Sancho, no Recife Fonte: O sanatório de Curicica. Uma obra pouco conhecida de Sérgio Bernardes Dilene Raimundo do Nascimento, Renato da Gama-Rosa Costa Alexandre Pessoa e Estefânia Neiva de Mello

Ex- Sanatório de Curicica, atual Hospital Raphael de Paula e Souza Fonte: acervo Luisa Pessôa Modernista Ex- Sanatório de Curicica, atual Hospital Raphael de Paula e Souza – RJ - 1952 Nascimento etti alli

Ex- Sanatório de Curicica, atual Hospital Raphael de Paula e Souza Modernista Fonte: acervo Luisa Pessôa Ex- Sanatório de Curicica, atual Hospital Raphael de Paula e Souza – RJ - 1952

Ex- sanatório, atual Hospital Municipal de Maracanaú/CE – 1950 Fonte: site da instituição Ex- sanatório, atual Hospital Municipal de Maracanaú/CE – 1950

Ex-Sanatório de Belém, atual Hospital Barros Barreto – PA - 1957 Fonte: site da instituição Ex-Sanatório de Belém, atual Hospital Barros Barreto – PA - 1957

Ex- Sanatório, atual Hospital Santa Maria – Rio de Janeiro - RJ - 1950 Fonte: site da instituição Ex- Sanatório, atual Hospital Santa Maria – Rio de Janeiro - RJ - 1950 Fonte: acervo Luisa Pessôa

Ex- Sanatório, atual Hospital Universitário Pedro Ernesto – RJ - 1950 Fonte: site da instituição Ex- Sanatório, atual Hospital Universitário Pedro Ernesto – RJ - 1950

Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira Modernista Fonte: site da instituição Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira Rio de Janeiro – RJ - 1953

Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira Modernista Fonte: site da instituição Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira Rio de Janeiro – RJ - 1953

Hospital e Maternidade Odete Valadares – BH/MG - 1955 Fonte: acervo Luisa Pessôa

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ Em 1955, a construção foi paralisada e em 1970, sua área foi reduzida para 110 mil m2 e as obras recomeçaram.. Em 1975, bases de funcionamento para o futuro HU: "Um hospital geral, altamente diferenciado, organizado de acordo com as modernas técnicas de administração hospitalar,(...) exercendo ações de assistência, ensino e pesquisa,(...) Fonte: site da instituição Foram necessárias quase três décadas para que o HUCFF entrasse em operação. Sua construção foi iniciada nos anos 50, mas a inauguração do então chamado HU da UFRJ ocorreu em 1º de março de 1978. O projeto do HU era grandioso, previa uma área construída de 220 mil metros quadrados (o dobro da atual) e o funcionamento de 1.800 leitos.

Modernismo X Monumentalismo Fonte: site da instituição Mesmo ano de início de construção. Hospitais vizinhos. Da Universidade do Brasil. Arquitetos diferentes.

Enfermarias delimitadas, com 6 a 8 leitos, sanitários coletivos e Hospitais de 1930 a 1960 Enfermarias delimitadas, com 6 a 8 leitos, sanitários coletivos e leitos paralelos à janela. Desenhos de Monica Ferzola Salgado Hospitais a partir de 1960 Enfermarias delimitadas, com 2 a 6 leitos, 1 sanitário/ 6 leitos e leitos paralelos à janela. Transformações nas Enfermarias Hospitalares

De 1941 a 1970 – Início do processo de expansão de Unidades Básicas de Saúde Desde o descobrimento até a década de 1940 existem aproximadamente 600 unidades de saúde no país, das quais cerca de 100 unidades apenas eram ambulatoriais. Entretanto, no período seguinte, entre 1941 e 1970, 3.464 novas unidades de saúde iniciam atividade, sendo 1.733 hospitalares e 1.531 ambulatoriais. Desse modo, o conjunto de unidades existentes passa de 600 para mais de 3 mil em três décadas. No caso das unidades ambulatoriais, a proporção de crescimento é de 1:15.

Novo modelo explicativo do processo saúde/doença eqüidade, integralidade e universalidade “As concepções tradicionais de saúde e doença tiveram que abrir espaço para a confrontação com desenvolvimentos conceituais e metodológicos mais integrais, com maior capacidade de apreender a complexidade real dos processos determinantes, de superar a visão simples e unilateral, de descrever e explicar as relações entre os processos mais gerais da sociedade com a saúde dos indivíduos e dos grupos sociais.” (Castellanos, 1995:30) Cai a meta de curar a doença e ascende a perspectiva de promoção da saúde

O modelo “hospitalocêntrico” Prevenção e promoção da saúde X Prevenção e promoção da saúde Essa questão ganhou relevância a partir das discussões da IIIª Reunião Especial de Ministros da Saúde das Américas, em 1972, das recomendações formuladas pela 30ª Assembléia Mundial de Saúde, reunida em 1977, e das discussões realizadas na Conferência Internacional sobre Atenção Primária de Saúde, Alma Ata, em 1978. Saúde para todos no ano 2000

A unidade, construída em 1950 em função de uma enchente que ocorreu na região, em 1970, pelo PIASS, foi ampliada para se transformar em Centro de Saúde pelo PIASS em 1979. Em 1995, passou a Sede da Secretaria Municipal de Acarú.

Rede de Atenção Primária – final década de 60 Fonte: acervo Luisa Pessôa Em 1969, surgiram no estado do Rio de Janeiro unidades de atenção primária, a primeira delas o Centro Médico Sanitário Jorge Bandeira de Mello, no Largo do Tanque em Jacarepaguá.

Na década de 1980, são mais 11.210 unidades ambulatoriais. Na década de 1970 iniciam atividades novas 7.069 unidades de saúde, das quais 1.175 hospitalares, 5.027 ambulatoriais e 867 de SADT. Na década de 1980, são mais 11.210 unidades ambulatoriais. Assim, o Governo Brasileiro investe na expansão da Rede Física de Saúde com o objetivo de ampliar a cobertura desses serviços. Na década de 2.000, começa-se a transformar as unidades mais antigas, construídas entre 70 a 90, além da expansão de novas unidades. O crescimento incorporação de tecnologias foi violento, acelerado e predatório.

Grandes Projetos de Investimentos De 1991 a 2000 – A década dos Grandes Projetos de Investimentos Na década de 1990 iniciam atividade 19.965 novos estabelecimentos assistenciais de saúde, dos quais 16.239 sem internação, 1.202 hospitais e 2.524 unidades para SADT. É significativo o aumento de unidades de SADT que começam a atuar nessa década, contando-se mais que o dobro de unidades desse tipo em relação à década de 1980, sobretudo as de caráter privado. Esse fato, seguramente, expressa uma tendência de aceleração da incorporação de novos equipamentos e de procedimentos no âmbito do diagnóstico e das terapias, áreas da medicina extremante sujeitas ao uso de máquinas e equipamentos sofisticados e de alto custo.

Das novas 16.239 unidades básicas de saúde, muitas, provavelmente, estão vinculadas ao Programa de Saúde da Família, expressivo indutor da expansão desse tipo de unidade de saúde no período. Quanto à localização das novas unidades, 6.020 são implantadas na Região Nordeste; 6.451, na Região Sudeste; 3.711, na Região Sul; 2.245, na Região Norte; e 1.538, na Região Centro Oeste. Cresce significativamente o número de unidades básicas de saúde no Norte e Nordeste do pais. Com relação à expansão das unidades hospitalares na década, muitas delas podem ser atribuídas aos investimentos do Projeto ReforSUS, que propicia um incremento de mais de 10 mil novos leitos na Rede SUS, ao investir na conclusão e ampliação de unidades hospitalares. O Projeto ReforSUS foi responsável, também, por expressivo aumento do Parque Tecnológico do SUS ao investir maciçamente na aquisição de equipamentos de diagnóstico e terapia de média e alta complexidade.

PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA O Processo de Regionalização se intensifica..... A estruturação de Redes Loco - regionais é o caminho.... Ceará - 2004

Município de Acarau/CE Município de Marco/CE

Em relação aos Hospitais..... a partir da década de 80 “O hospital é a instituição mais dinâmica da sociedade contemporânea”. (Miquelin, 1992:27)

(Wilson apud Braga Neto, 1991:50-51) O Hospital Atual “... Os Hospitais Modernos colocam-se entre as mais complexas organizações da sociedade moderna e se caracterizam por uma divisão de trabalho extremamente acurada, bem como por uma refinada gama de aptidões técnicas. O grande hospital procura preencher um conjunto de finalidades, principalmente a assistência aos doentes, o ensino e a pesquisa. A um só tempo, ele cumpre o papel de hotel, de centro de tratamento, de laboratório e de universidade.” (Wilson apud Braga Neto, 1991:50-51)

A REDE SUS NO SÉCULO XXI Sob a égide das TÉCNICO-CIÊNCIAS virtualidade confiabilidade fronteiras velocidade “Poderíamos definir em termos epistemológicos como a recusa do destino ou a luta contra o acaso”. (Moles:1994)

Entretanto, deste total: 4.351 se localizam na região Norte (9,1%); Atualmente, a Rede SUS conta com 5.881 unidades hospitalares, 36.512 unidades básicas e 5.218 unidades de SADT, totalizando 47.611 estabelecimentos de saúde, públicos e filantrópicos, vinculados ao SUS Entretanto, deste total: 4.351 se localizam na região Norte (9,1%); 15.322, na região Nordeste (32,1%); 15.458, na região Sudeste (31,2%); 8.963, na região Sul (18,8%); 3.517, na região Centro-Oeste (7,4%) (AMS/IBGE/DATASUS, 2002).

Desafios da Incorporação de Tecnologias no Rede SUS

Organizando o Sistema e os Serviços de Saúde Regionalização, Hierarquização e Rede de Serviços PSF U M PS Atenção Domiciliar PS CS PS CS PS H R PSF U M H L PS Atenção Domiciliar U M PS PS PS CS PS PSF PSF Atenção Domiciliar PS Atenção Domiciliar