O Mundo como Vontade e como Representação

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Transcrição da apresentação:

O Mundo como Vontade e como Representação Schopenhauer (1788-1860) O Mundo como Vontade e como Representação

Schopenhauer (1788-1860) Representação Vontade Platão (428-347 a. C.) Mundo Sensível Mundo Inteligível (das idéias) Kant (1724-1804) Fenômeno Coisa-em-si Maya Upanixades Oupenek’hat (Hinduísmo) (Séc. VII a. C.) Brahman Trimurti : Brahma, Vishnu e Shiva (Schopenhauer)

Influências “Acredito – devo confessar – que minha doutrina não poderia ter nascido antes que as Upanixades, Platão e Kant pudessem projetar suas ideias ao mesmo tempo sobre o espírito da humanidade.” Schopenhauer, Manuscritos, 1816.

Representação e Vontade O mundo é uma representação. Objetos representados por um sujeito. A vontade é a essência do mundo, um impulso cego e irracional que leva todo ente, desde o inorgânico até o homem, a desejar sua preservação.

Mundo como representação Sujeito representa objetos Objetos são representados por sujeitos Relação dialética entre sujeito e objeto As coisas não são em si mesmas do jeito que as percebemos. Criamos representações do mundo. Não existe Sol e terra, mas olhos que enxergam um Sol e mãos que tocam uma terra.

Morcego: sabemos que a maior parte dos morcegos percebem o mundo externo primariamente por um sonar, localizando-se pelo eco, detectando as reflexões dos seu próprios gritos rápidos, sutilmente modulados e de alta freqüência, nos objetos ao seu alcance. Gato: Os gatos têm, em média, campo visual estimado em 200°, contra 180° dos humanos. O olfato de um gato doméstico é 14 vezes mais forte que o dos humanos. Os bigodes auxiliam na navegação e tato. Podem detectar pequenas variações nas correntes de ar, possibilitando ao gato descobrir obstruções sem nem mesmo vê-las. Cego de nascença: Pintor cego de nascença impressiona médicos com sua habilidade especial. ... Eu nasci cego e não sei o que significam luz, cores e formas.

Mundo representado pelos homens Representação intuitiva: inteligência prática dos homens, adquirida por experiências sociais ou naturais. Não é necessário conceitos e linguagem nesse tipo de representação. Um jogador de futebol, uma dançarina e um caçador são exemplos dessa característica humana. Diversos outros animais também possuem representações intuitivas. Representação abstrata: inteligência teórica dos homens, adquirida pela cultura. São necessários conceitos e linguagem nesse tipo de representação. Um físico, professor, advogado e astrônomo são exemplos dessa característica humana. Apenas os homens possuem representações abstratas.

O Oriente de Schopenhauer Vedas: quatro textos, escritos em sânscrito por volta de 1500 a. C., que formam a base do extenso sistema de escrituras sagradas do hinduísmo (Rig, Yarjur, Sama e Atarva). Upanixades: comentários filosóficos sobre os Vedas, compilados no período Vedanta (fim dos Vedas), séc. VII a. C.. Oupenek’hat: traduções em latim de 50 das 108 Upanixades (1801 e 1802).

Mundo como Representação (Schopenhauer) Maia

Trimurti: Brahma, Vishnu e Shiva. Mundo como Vontade Vontade-de-viver (Schopenhauer) Trimurti: Brahma, Vishnu e Shiva. (Upanixades) Ou Shiva

Mundo como Vontade Senso comum: querer/desejo consciente Schopenhauer - Vontade: Inconsciente Impulso Irracional Luta de todos contra todos Querer, vontade incontrolável Criação, Conservação e Destruição

Afirmação da Vontade Afirmação da individualidade Afirmação da própria existência Individualismo Esquecimento do outro O outro transforma-se em inimigo Conflito entre desejos Conflito entre quereres Ações egoístas e malévolas Ações Violentas Sofrimento, dor, ausência, angústia e miséria

“A Vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; por consequência, é a fonte de todos os sofrimentos.” “Por mais espesso que seja o véu com que Maya obscurece o espírito do mau, e, por maior que seja o apego com que o mau persevere no princípio de individuação, o qual lhe faz considerar a sua pessoa como absolutamente diferente de todas as outras e como separada delas por meio de um largo abismo, perspectiva a que se mantém com todas as suas forças, porque lhe convém ao egoísmo.” Schopenhauer, Mundo, 1918.

Peter Paul Rubens - Saturno devorando seu filho – 1639.

Francisco Goya - Saturno devorando seus filhos, 1820-1823.

Francisco Goya, Fuzilamentos de 3 maio de 1808, pintado em 1814, Museu do Prado – Madrid.

A Liberdade guiando o Povo – 1830, Eugène Delacroix.

Galileu diante da Inquisição, de Joseph Robert Fleury (1847).

Segundo a mãe, o pai foi assassinado. O menino tem 4 anos, colombiano Segundo a mãe, o pai foi assassinado. O menino tem 4 anos, colombiano. A mãe tem 16, o pai tem 45 e são fugitivos de gangues na Colômbia. Os três estão sozinhos no Brasil, com medo, com fome e sem trabalho. Autor: Ricardo Carelli, 2006.

Mulheres se estapeiam no centro de Niterói e outra não sabe o que fazer. Autor: Marcos Silva, 2006.

Tentativa de assalto, Ormuzd Alves, Fotografia, Prêmio Folha de São Paulo - 1995.

Favela da Rocinha - Rio de Janeiro . Autor: Marcelo Piu, 2005.

Guerra do Vietnã. Autor: Nick Ut, 1972.

Menino é acorrentado pela própria mãe Menino é acorrentado pela própria mãe. Foto de Cláudio Vieira, do jornal Vale Paraibano, de São José dos Campos, vencedor do Prêmio Vladmir Herzog de Direitos Humanos de 2002 na categoria Fotojornalismo.

“A triste rotina da violência já faz parte da vida do brasileiro “A triste rotina da violência já faz parte da vida do brasileiro.” Autor: Vitor Silva, 2007.

Violência entre homens e animais “Devemos proteger os animais, que foram tão irresponsavelmente esquecidos nos demais sistemas morais europeus. A pretendida ausência dos direitos animais, a ilusão que nossa conduta para com eles não tem valor moral e de que não existem deveres para com eles, é uma indigna brutalidade e barbaridade do ocidente.” Schopenhauer, Problemas da Ética, 1841.

Violência e Natureza Violência ou sobrevivência? A natureza é violenta? Qual é a origem do mal? Um animal que mata para sobreviver pratica um ato violento? Há violência (conflito) na matéria inorgânica?

Matéria inorgânica “Constatamos que a matéria inorgânica apresenta um constante conflito entre forças químicas, as quais por vezes promovem a dissolução; (...).” Schopenhauer, Parerga, 1851.

Na imagem, pelo menos duas das galáxias da Stephan’s Quintet estão envolvidas em acidentes em alta velocidade, que vem arrancando estrelas e gás das galáxias vizinhas e lançando-as no espaço. Fonte: Nasa.

Cratera do Arizona - 200 m de profundidade e 1250m de diâmetro. Vulcão Cleveland, no Alasca, soltando fumaça, em maio de 2006. (Fonte: Nasa Pictures) Cratera do Arizona - 200 m de profundidade e 1250m de diâmetro.

“Violência: natural e gratuita.” Autor: Rui Gama, 2005.

Matéria orgânica “A visibilidade mais nítida dessa luta universal se dá justamente no mundo dos animais – o qual tem por alimento o mundo vegetal (...) cada animal só alcança sua existência por intermédio da supressão contínua de outro.” Schopenhauer, Mundo, 1818.

Vírus da Gripe H1N1 Vírus da AIDS Vírus Ebola

“Boxe” de insetos – China, autor desconhecido.

Solução Negação da Vontade Em decorrência do caráter elevado do sujeito, a ação humana supera o egoísmo; A ação egoísta provém da ilusão da individualidade (Véu de Maya), pela qual um sujeito deseja, constantemente, dominar os outros; A compreensão da Vontade apresenta o caráter único de todos os seres, o que leva, a um sentimento de compaixão.

Negação da Vontade Afirmação da coletividade Negação da própria existência ≠ suicídio Esquecimento do Eu Percepção de que tudo está interligado e tudo é vontade. O outro transforma-se em igual Cessam os conflitos e desejos Atos de amor e compaixão Fim da dor do mundo

Negação da Vontade Pauta-se essencialmente pelo esquecimento do EU. Ocorre de dois modos diversos: Ética: ação virtuosa da compaixão Estética: produção ou contemplação da arte

“Se a aplico à conduta, não encontro, para exprimir esta verdade, fórmula mais elevada que a dos Vedas, que eu já citei: Tat tvam asi! Isto és tu! Quem estiver em condições de, com toda a clareza de conhecimento e com toda a firmeza de convicção, pronunciá-la sobre qualquer criatura com que se ache em contato, esse pode estar certo de que possui com isso a fonte de toda a virtude e de toda a bem-aventurança e de que está na estrada que leva direito à salvação.” Schopenhauer, Mundo, 1818.

“Para o homem que pratica atos de compaixão, o véu de Maya cai de seus olhos e a ilusão do princípio de individuação o deixa. Ele reconhece a si mesmo em todos seres, em cada sofredor; (...) Ser curado dessa errônea noção e desiludir-se de Maya e praticar trabalhos de compaixão são a mesma coisa.” Schopenhauer, Manuscritos, 1816.

Nietzsche (1844-1900) O Nascimento da Tragédia Genealogia da moral Para além do Bem e do Mal Assim falou Zaratustra

O Nascimento da Tragédia - 1872 Crítica ao excesso de razão Crítica ao moralismo socrático, platônico, cristão ... Crítica à criação ao desequilíbrio entre Dionísio (natureza) e Apolo (razão) Busca na antiguidade clássica (gregos) o início desse desequilíbrio: Sócrates

O Nascimento da Tragédia - 1872 APOLO DIONÍSIO Razão, saber, luz, inteligência Prazer, sensualidade, Natureza, paixões Sócrates, Platão, Aristóteles, St. Agostinho, São Tomás de Aquino, filósofos modernos e contemporâneos Mitologia Pré-Socráticos Schopenhauer Moralidade criada com bases racionais Moralidade criada com base da dominação Moral dominadora: razão Vs. Paixões Corpo Vs. Alma Nietzsche: Contra a moral pautada em discursos racionais e crentes Razão produz moral Problemas da razão Fé produz moral Nietzsche: Crise do século XIX - ausência de valores, morte de Deus, surgimento de um certo relativismo moral. Moral dominadora, controladora Ética pautada em questões metafísicas Nietzsche: Não há relação da ética com a metafísica. A relação que faz Schop. Entre vontade, egoísmo e compaixão é um absurdo

Genealogia da Moral De onde surge a noção de bem e de mal, certo e errado, justo e injusto? Os valores morais são universais? Para Nietzsche não. Eles são construções sociais, políticas, econômicas, culturais ... Nietzsche relativiza esses valores Critica todas morais construídas em coletivo e que visam a dominação.

Genealogia da Moral Nem Sócrates, nem Platão Nem cristianismo, nem budismo Nem socialismo, nem capitalismo Nem nazismo, nem fascismo, nem stalinismo Ausência de valores para o agir humano. Sem referencial norteador, o homem cai no nada. Sem perspectivas, o homem se depara com o niilismo.

Genealogia da Moral Moral de rebanho Moral do escravo: controlados, dominados, guiados pelos valores morais do dominante Moral do Senhor: “Dar ordens é mais difícil do que obedecer: porque aquele que dá ordens suporta o peso de todos os que obedecem, e essa carga prostra-o facilmente.

Para além do Bem e do Mal Contra morais de rebanho Contra todos os sistemas morais Contra o coletivismo Contra o individualismo (egoísmo). O eu é essa ilusão no qual as pessoas se apegam. Contra

Vida – Chico Buarque Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Deixei a fatia Mais doce da vida Na mesa dos homens De vida vazia Mas, vida, ali Quem sabe, eu fui feliz Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Verti minha vida Nos cantos, na pia Na casa dos homens De vida vadia Mas, vida, ali Quem sabe, eu fui feliz Luz, quero luz, Sei que além das cortinas São palcos azuis E infinitas cortinas Com palcos atrás Arranca, vida Estufa, veia E pulsa, pulsa, pulsa, Pulsa, pulsa mais Mais, quero mais Nem que todos os barcos Recolham ao cais Que os faróis da costeira Me lancem sinais Arranca, vida Estufa, vela Me leva, leva longe Longe, leva mais Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Toquei na ferida Nos nervos, nos fios Nos olhos dos homens De olhos sombrios Mas, vida, ali Eu sei que fui feliz

Superação de si – Além do Homem Super homem ou além do homem Negar a moral vigente e buscar valores autênticos e originais Os problemas da minha vida não são culpa de Deus, dos meus pais, da religião, da filosofia, do professor, dos meus amigos, mas sim de mim mesmo. O eu é que deve superar os problemas e as limitações a partir de um encontro consigo mesmo. O homem que se supera é ético e sensível Não é apenas razão, mas é também razão. Ele vive de acordo com a sua vontade de potência, sua natureza, etc Zaratustra, o homem dionisíaco, é um exemplo de superar-se

Super homem Übermensche: aceitar a vida não é o mesmo que aceitar o homem. O super-homem é a vontade de poder, determinando a nova ordem de valores. É o líder guerreiro, altamente disciplinado. É o novo homem que quebrará as velhas cadeias e criará um novo sentido na terra. É o homem que vai além do homem. O cristianismo e o platonismo doma o espírito, a alma e enfraquece a vontade de poder, da conquista, da paixão, do corpo. Para Nietzsche, o santo é o resultado do medo do inferno e não do amor à humanidade.

Zaratustra Nega o isolamento, nega o conforta da vida em contato com a natureza, para mergulhar na miséria humana Nega o santo que é santo apenas para os animais Nega o palhaço que fala para a massa inerte e sedenta por entretenimento Nega o coveiro que discursa para os mortos Zaratustra fala para o indivíduo Zaratustra se supera, pois rompe com valores fúteis e vãos e cria seus próprios valores Zaratustra não é controlado, mas também não controla Zaratustra é o super homem, aquele que se distanciou do homem comum, assim como, o homem comum se distanciou do primata (australopitecus)