África: Perspectivas Econômicas e Empresariais Jorge Arbache Universidade de Brasília Seminário África Negócios São Paulo, 25 de agosto de 2014.

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Transcrição da apresentação:

África: Perspectivas Econômicas e Empresariais Jorge Arbache Universidade de Brasília Seminário África Negócios São Paulo, 25 de agosto de 2014

Arbache e Page (2007, 2009, 2010 e 2014): estudos detalhados sobre o padrão de crescimento e as perspectivas econômicas dos países africanos

Média e desvio padrão do crescimento – Fonte: Arbache e Page 2014

Desafio da SSA não é crescer, mas crescer de forma sustentada Fonte: Arbache e Page 2010

Acelerações e colapsos: impactos assimétricos

Inércia: não há sinais claros de convergência de renda entre países da SSA

Leopardos? Botsuana Cabo Verde Angola Moçambique Tanzânia Chade Guiné Equatorial Sudão Fonte: Arbache e Page 2014

Desde 1995, queda da volatilidade e aumento da taxa média de crescimento Principais causas – Preços das commodities – Melhores políticas econômicas – Classe média em ascensão – Emprego de novas tecnologias – Melhoria do ambiente de negócios  Doing Business – “Leopardos” com algum spillovers regional

Anos de crescimento initerrupto desde 2005 Fonte: Annunziata 2014

SSA: ainda muitos desafios Baixa produtividade Baixa diversificação econômica e elevada dependência de commodities  exposição a choques externos Indústria ainda incipiente Capital humano deficiente

Agricultura atrasada Instituições ainda frágeis e em construção Burocracia excessiva Limitada integração econômica regional Infraestrutura deficiente

“Africa is growing rapidly, but transforming slowly” J. Stiglitz (2013)

A win-win strategy Políticas públicas e investimentos privados que promovam o crescimento sustentado e inclusivo Inovações tecnológicas, gerenciais e modelos de negócios adequados e adaptados para as realidades e as condições da região

Atividades que aumentem a produtividade, emprego, diversificação da economia, comércio internacional, participação em cadeias globais de valor e integração logística regional Atividades que requeiram relativamente baixo investimento de capital por trabalhador Atividades que industrializem as vantagens comparativas e competitivas, explorem o consumo regional, agricultura, energias renováveis e fomentem a complementariedade econômica regional

Apesar dos riscos, por que a África deve estar nos planos de negócios das empresas? População jovem e em elevação: consumo Bônus demográfico ainda por vir Migração campo-cidade: consumo e oportunidades de smart urbanization Classe média em formação Mercado regional de consumo em expansão

Infraestrutura por se construir Empreendedorismo em alta População com facilidade de adoção de novas tecnologias 60% das terras aráveis globais ainda não cultivadas Minerais, pesca, turismo, óleo e gás Muitas oportunidades nas áreas de serviços

Comentários finais Ainda é arriscado investir na África, mas é ainda mais arriscado não estar presente na região Países mais “reformistas” estão entre os menos arriscados, mas eles nem sempre estão entre aqueles com as maiores e melhores oportunidades de negócios no horizonte de médio e longo prazos

O sucesso empresarial na África requer conhecimento do terreno, horizonte de planejamento mais dilatado, menor aversão ao risco e modelos de negócios adaptados à região

Obrigado