MAUS-TRATOS CONTRA CRIANÇAS: ALGUNS ASPECTOS PSICOSSOCIAIS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
RESULTADOS CONSIDERAÇÕES INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVO METODOLOGIA
Advertisements

Jovem X RISCO EMOÇÃO Dr. Jairo Bouer Março de 2004.
O Uso de Drogas e as Mulheres
Contribuição das Abordagens Socio-Cognitivas no Desenho de Programas de Intervenção no Mau Trato e Negligência Calheiros, M. ENCONTRO COM A CIÊNCIA 2009.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde
A intersetorialidade no contexto do SUAS e do Brasil sem Miséria
ECA O RECONHECIMENTO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE NO DIREITO BRASILEIRO.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DROGAS, NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO
SUICÍDIO.
Psicologia – Profª Dinamara Selbach Téc. Em Enfermagem T: 101E
Notificação de Maus Tratos
Um programa estratégico Estima-se que 70% das mortes prematuras estejam relacionadas a comportamentos adquiridos na adolescência (OMS) Saúde.
FLUXO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
LEI FEDERAL Nº 8069 DE 13 DE JULHO DE 1990
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
SEMAS Secretaria Municipal de Assistência Social.
A primeira infância,cidadania já.
Ações do Ministério Público de Santa Catarina
Modelo anterior de atendimento. Modelo atual de atendimento Escola.
“Os Incríveis”.
FILME. Governo do Estado do Rio Grande do Sul Secretaria Estadual da Saúde - coordenação Secretaria Estadual da Educação Secretaria Estadual do Trabalho,
PROGRAMA ACOLHER.
Estatuto da Criança e do Adolescente
CLIENTELA: EDUCADORES
EPIDEMIOLOGIA DO USO DE ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS NO BRASIL
LICENCIATURA EM LETRAS-PORTUGUÊS UAB – UNB
SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
Modelo anterior de atendimento
Reordenamento Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
Alexandre de Araújo Pereira
ECA O Reconhecimento dos Direitos da Criança e Adolescentes no Direito Brasileiro.
Análise Bidimensional
C P C J M O N T I J O LEVANTAMENTO DE DADOS DE PROCESSOS COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM NÚCLEO DE SAÚDE ENFERMAGEM A SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Vulnerabilidade da.
Jovens.
Secretaria de Assistência Social - SEAS Em abril de 2014, a SEAS assinou termo de aceite junto ao MDS, pactuando o reordenamento de 90 vagas para o acolhimento.
Pesquisa dos casos notificados em 2011 (Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema)
I LEVANTAMENTO NACIONAL
CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE DOS TRABALHADORES DE MANUTENÇÃO DE UM SISTEMA DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Autores Fernando Martins Carvalho.
Conclusões e recomendações
EDUCAÇÃO EMOCIONAL: UMA NECESSIDADE NO COTIDIANO ESCOLAR. VANDA DE ALMEIDA FREITAS VANY DE ALMEIDA FREITAS RONDON DO PARÁ 2007.
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC O CUIDADO EM SAÚDE.
ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - AMAS
Atendimento do paciente com Síndrome de Down de 5 a 13 anos no Distrito Federal Natália Silva Bastos Ribas Orientador: Dr. Fabrício Prado Monteiro
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM ESTUDO DOS ATENDIMENTOS NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS/SC Renatha Christine Silva Veber; Msc. Ilse Lisiane.
SEMINÁRIO PRÓ – CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
A INCLUSÃO/INTEGRAÇÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL – UM ESTUDO DE CASO.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UFSC Como elaborar projetos de pesquisa Antonio Carlos Gil.
Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal Hospital Regional da Asa Sul ATENDIMENTO DO PACIENTE COM SIBILÂNCIA NA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COORDENAÇÃO DE APOIO À GESTÃO ESCOLAR.
METODOLOGIA CIENTÍFICA (ENG2510)
AVALIAÇAO PSICOLÓGICA NA CIRURGIA BARIATRICA
Cidade dos Direitos da criança e do Adolescente “Dona Lindu” 26 de maio de 2010 Programas, Projetos e Serviços para o enfrentamento ao Abuso e Exploração.
Dra. Mônica Ribeiro de Souza Juíza de Direito da Vara da Infância e da
Um Novo Olhar Saúde de Adolescentes em medidas socioeducativas de internação e internação provisória Fevereiro/2012.
ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS AUDIÊNCIA PÚBLCA CPI DA PEDOFILIA
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE CURSO DE ENFERMAGEM Profª
ESQUIZOFRENIA.
Coordenadoria de Assistência Médica e Psicossocial – TRE-SP
Comorbidades Psiquiátricas na Dependência Química
Proposta de implantação de um Projeto Piloto na comunidade com elevado índice de uso de drogas, criminalidade.
REORDENAMENTO DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS 2º ENCONTRO TÉCNICO DIAS 13 E 14/11/2013.
Dra Hedi Martha Soeder Muraro
Serviço Social no IPQ Implantado em 1971; Atualmente: 7 Assistentes Sociais; (16 em 1985). Atividades: Entrevistas na Triagem; Grupos de Admissão; Grupos.
Coordenadoria de Atenção Básica Secretaria de Estado de Saúde Diretoria-Geral de Atenção à Saúde 1° Seminário Estadual Intersetorial.
ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA Silvia Jeni Luiz Pereira de Brito Assistente Social/ Mestre em Serviço Social/PUC-SP Campinas, 15 de junho.
As Politicas Publicas para o enfrentamento da violência Dorival da Costa Mestre em Tecnologia.
Transcrição da apresentação:

MAUS-TRATOS CONTRA CRIANÇAS: ALGUNS ASPECTOS PSICOSSOCIAIS Escola de Saúde Pública Hospital Psiquiátrico São Pedro Residência Integrada em Saúde Coletiva/Saúde Mental MAUS-TRATOS CONTRA CRIANÇAS: ALGUNS ASPECTOS PSICOSSOCIAIS Monografia apresentada à Escola de Saúde Pública do RS para a conclusão do Programa de Residência Integrada em Saúde Coletiva - Saúde Mental, desenvolvida no Hospital Psiquiátrico São Pedro. Orientadoras: Dra. Suzana D. Fortes e Dra. Maria Isabel Barros Bellini

SUMÁRIO Estatística Presença de Fatores Psicossociais Objetivo do Estudo A Composição da Monografia Parte I - Cap.1 Parte II - Cap.1 Cap.2 Cap.2 Cap.3 Cap.3 Reflexões Finais Referencial Teórico

VIOLÊNCIA: CONSTRUÇÃO SOCIAL OU CONSTITUIÇÃO HUMANA? Parte I CAPÍTULO 1 VIOLÊNCIA: CONSTRUÇÃO SOCIAL OU CONSTITUIÇÃO HUMANA? Violência simbólica, material e subjetiva Violência x Agressividade Várias classificações da Violência A tríade Violência/Poder/Medo Modos de enfrentamento desta violência A violência no contexto familiar Referencial Teórico

Capítulo 2 MAU-TRATO INFANTIL: O ASSASINATO DA ALMA 2.1 Historicidade Infanticídio Teoria Psicogenética da História Os primeiros estudos sobre Maus-Tratos Aptidões Parentais + Padrão Transgeracional 2.2 Conceituando o Mau-Trato Infantil Violência física Violência psicológica Negligência Abuso Sexual

2.3 Mecanismos Legais de Proteção à Criança Código Penal Brasileiro (1940) Constituição Federal do Brasil (1988) Estatuto da Infância e Adolescência (ECA- Lei 8069, de 13/07/1990) Avanços e Dificuldades do Estatuto da Criança e do Adolescente Os Conselhos Municipais, Conselhos Tutelares e Fundos de Apoio Financeiro 2.4 Tipos de Abordagens Diagnóstico de Maus-Tratos Lesões suspeitas de maus-tratos físicos Abordagem propriamente dita Prevenção Primária, Secundária e Terciária Referencial Teórico

Capítulo 3 A FAMÍLIA: DO INFANTICÍDIO AO REINADO DA CRIANÇA A Família Medieval O Infanticídio Tolerado Sentimento de Família e Infância A Família Moderna A Família Contemporânea Referencial Teórico

Parte II CAPÍTULO 1 A PESQUISA 1.1 O Contexto do HPSP - CAPS Infantil Perfil de Crianças que utilizam a Unidade de Internação Psiquiátrica do CAPS Infantil (Fortes et al., 1999) Sexo: 84% masculino Faixa Etária: 52% 10-12 anos Etnia: 67% branco Escolaridade: 72% estudam; 40%--» 1ª série Procedência: 71% POA e Reg. Metropolitana Naturalidade: 62% POA Motivo da Internação: Agressividade - 51% Encaminhamentos: Conselho tutelar - 29%

Internações: sem internações - 58% Responsabilidade Legal: Família - 69% Tempo de Permanência: de 31-45 dias - 29% Medicações: não usavam - 24% Fatores de Risco: Perdas - 53% Mau-trato infantil - 49% Drogadição ou alcoolismo na família - 33% Doença psiquiátrica parental - 29% Abuso sexual - 16% Referencial Teórico

Revisão Bibliográfica Seleção e Análise de prontuários médicos 1.2 Metodologia O mundo real não se apresenta como uma totalidade, mas como um recorte que fazemos da totalidade. (Ceres Víctora) Revisão Bibliográfica Seleção e Análise de prontuários médicos Variáveis escolhidas A História de Vida O uso da metodologia quantitativa associada à qualitativa Limitações dos métodos utilizados Referencial Teórico

OS FATORES PSICOSSOCIAIS IMPLICADOS CAPÍTULO 2 OS FATORES PSICOSSOCIAIS IMPLICADOS “Os fatores psicossociais mais freqüentemente encontrados nas famílias das crianças que internam na Unidade de internação do CAPS Infantil do HPSP e que vivenciam a situação de maltrato infantil, referem-se a existência de história de doença psiquiátrica dos pais ou cuidadores e perda de um ou ambos os pais”. Referencial Teórico

MANIFESTANDO A VIVÊNCIA DE MAU-TRATO CAPÍTULO 3 MANIFESTANDO A VIVÊNCIA DE MAU-TRATO “As manifestações de mau-trato infantil expressam-se de diferentes formas, como: depressão, transtorno de conduta, problemas de aprendizagem. Estas situações dificultam o diagnóstico adequado, com conseqüente atraso na evolução nos tratamentos indicados”. Referencial Teórico

REFLEXÕES FINAIS O Mosaico científico de Becker (1999) A espantosa realidade é minha experiência de todo dia. (Fernando Pessôa) O Mosaico científico de Becker (1999) A Violência como construção Social A Violência intra-familiar: a situação dos maus-tratos contra a criança Referencial Teórico

AGRADECIMENTOS À todos que contribuíram direta e indiretamente a realização deste estudo, possibilitando estas reflexões. Às minhas orientadoras, pelo profissionalismo, empenho e carinho com que me auxiliaram nesta importante etapa. E principalmente, às crianças que participaram deste estudo, por todos os sentimentos despertados e também, pelos mágicos momentos compartilhados.