Será a Farmacovigilância assim tão importante para o Veterinário?

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
GGTPS- Gerência Geral de Tecnologia de Produtos de Uso em Saúde
Advertisements

OGM: controvérsia, participação e regulação
Será a farmacovigilância assim tão importante para o médico veterinário ? Grupo pró.
FARMACOVIGILÂNCIA – Será assim tão importante para o veterinário?
Avaliação e Gestão de Risco
Grupo Moderador Carla Aires nº José Antero nº Mariana Maia nº
Análise de Risco Processo para CONTROLAR situações onde Populações ou Ecossistemas possam ser expostos a um Perigo.
XIX CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS CONTROLE DE ALIMENTOS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul I Encontro Nacional da Rede de Comunicação para Vigilância e Investigação.
Gerência de Riscos em Companhias de Seguro
Métricas para o Processo e o Projecto de SW
Ética em Pesquisas Clínicas
Módulo 6. Fluxo de Informações entre os parceiros do projeto
Módulo 1. Projeto Farmácias Notificadoras
Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos
Ensaios Clínicos com Medicamentos Fitoterápicos
PRODUTOS PARA DIAGNÓSTICO DE USO IN VITRO - TUBERCULOSE
VERIFICAÇÃO Estabelecer procedimentos de comprovação para confirmar que um sistema ou programa funciona eficazmente.
Qualidade nos Serviços Públicos da Região
Local: IA 27 Set horas.
Notificação de reacções adversas a medicamentos entre os médicos
Produção de Apresentações Electrónicas com o PowerPoint
Boas Práticas Clínicas: Protocolo Clínico
      PRINCÍPIOS GERAIS DA GESTÃO DA PREVENÇÃO Módulo II 
AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR PROCESSOS ENVOLVIDOS
14OVEMBRO 2008I Encontro Nacional de Gestão do Risco e FarmacovigilânciA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS PLANOS DE GESTÃO DE RISCOS : PERSPECTIVAS E EXPECTATIVAS.
QUALIDADE COMPROMETIMENTO.
MANHÃ INFORMATIVA DO INFARMED NOVOS SERVIÇOS E METODOLOGIAS
Registos informáticos das Substâncias Controladas e suas Preparações
Utilização Racional do Medicamento
INTRODUÇÃO Resumo das Características do Medicamento
Sara Sousa de Macedo DICAE/ACRI A REVISÃO DA LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA COMUNITÁRIA 20 de Novembro de 2003.
METODOLOGIA CIENTÍFICA PARA A ÁREA DE SAÚDE NOÇÕES BÁSICAS
1 Estado actual de progresso do projecto PT-Comunicações PT-Comunicações / Porto 27 de Julho de Estágio escolar no âmbito do ICR Estagiários :
Caracterização da utilização de nimesulida pela população do distrito de Lisboa: Análise da adesão às recomendações europeias emitidas em 2012 Mariana.
PLANO HACCP NUMA MELARIA NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL
Novos Serviços e Metodologias Destaques na área da Comunicação
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO USO RACIONAL DE ANOREXÍGENOS
PROJECTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Direcção de Tecnologias e Sistemas de Informação Departamento de Sistemas de Informação 15/01/2004 NOVOS SERVIÇOS E.
Câmara Setorial de Medicamentos 24/05/2007 Contribuições da Abrasco, Fiocruz, Fenafar, Sobravime.
Resposta ao CIS III Innovation Measurement and Analysis CIS in Portugal Perfil da empresa Comentários ao questionário Clara Porfirio João Castro Leonardo.
Painel III Planos de Gestão do Risco Perspectivas e Expectativas
COMISSÃO INTERSETORIAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR CIST - CURITIBA
Marcus Tolentino DECIT/SCTIE/MS
ALERTAS TERAPÊUTICOS em Farmacovigilância Estratégia para Promoção do Uso Racional de Medicamentos Mirtes Peinado/ Adalton G. Ribeiro/ Silvana Espósito.
MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR
III Colóquio Internacional sobre Seguros e Fundos de Pensões AS POLÍTICAS DE INVESTIMENTOS DAS EMPRESAS DE SEGUROS E DOS FUNDOS DE PENSÕES Gabriel Bernardino.
PLANOS DE GESTÃO DO RISCO Da regulamentação à implementação a nível Nacional Direcção de Gestão do Risco de Medicamentos Manhã informativa, 26 de Setembro.
METODOLOGIAS DE PESQUISA
Instruções aos requerentes e Avaliação Farmacêutica
PASSAGEM DE “MEDICAMENTOS DE MARCA” A MEDICAMENTOS GENÉRICOS
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE
Epidemiologia de Medicamentos – Farmacovigilância
Resultados Conclusões Através da detecção de RAM’s e problemas relacionados ao uso inadequado de medicamentos, foi possível diminuir o número de hospitalizações.
Sistema Nacional de Farmacovigilância Evolução e Perspectivas Futuras
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
Direcção de Gestão do Risco de Medicamentos (DGRM) Júlio Carvalhal, MD Director.
IMPLANTAÇÃO DO P.H.S. NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
Manhãs Informativas do INFARMED Especial por ocasião dos 11 anos de criação do INFARMED 15 de Janeiro de Rui Santos Ivo Presidente do Conselho de.
Isabel Morgado A PROTECÇÃO DAS INVENÇÕES EM A Propriedade Industrial e a Competitividade das Organizações
2º ENCONTRO DE GERENTES DE RISCO Farmacêutica – UFARM/GGSPS /ANVISA
Pesquisa pré – clínica e clínica
UTL-FMV TOXICOLOGIA-SEMINÁRIO 5
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 5ª sessão: 15/01/2010 Consiste na sistemática apreciação do comportamento do indivíduo na função que ocupa, suportada na análise.
18/08/11 Farmacovigilância de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em Araraquara-SP–Brasil Botelho VT 1, Straci MS 1, Frederico NR 2, Figueiredo WM 2, Quilez.
Farmácia Hospitalar– Farmacovigilância
Farmacovigilância.
Nutracêuticos e Alimentos Funcionais
Transcrição da apresentação:

Será a Farmacovigilância assim tão importante para o Veterinário? NÃO

Autorização de Introdução no Mercado (AIM) Efectuada pela empresa farmacêutica Qualidade, Eficácia e Segurança Avaliação em 3 áreas: - Toxicidade Primária - Toxicidade Secundária - Ecotoxicidade

Toxicidade Primária Avalia o risco para o animal-alvo Objectivos: - estabelecer o perfil toxicológico - identificar possíveis RA’s - toxicodinamia e toxicocinética

Testes Dose única Dose repetida Carcinogenecidade / Mutagenecidade ... Animais saudáveis (espécie diferente da espécie-alvo) 3 doses diferentes (máx., média e min.)

Testes de tolerância Objectivo = Testar a margem de segurança Espécie-alvo (saudáveis) Ensaios Clínicos Objectivo = Testar a Eficácia Cenário real

Toxicidade Secundária Homem consumidor de produtos animais “aplicador” do medicamento São determinados parâmetros de inocuidade

Ecotoxicidade PEC Qr = PEC/PNEC 1ª Fase: - Avaliação do potencial grau de exposição do ambiente PEC 2ª Fase: - Avaliação do risco ambiental em ecossitemas definidos Qr = PEC/PNEC

Autorização de Introdução no Mercado Avaliação de Risco Ensaios Analíticos Farmaco-toxicológicos Clínicos Qualidade Eficácia Segurança Gestão de Risco (Custo/Benefício) Introdução no Mercado Monitorização de Risco

Sistema Nacional de Farmacovigilância e Toxicologia Veterinária (SNFTV) É um sistema organizado de recolha sistemática de comunicações de reacções adversas, decorrentes da utilização de medicamentos e outros produtos de uso veterinário, e respectivo estudo. Pontos Críticos 1. Modelo do SNFTV 2. Notificações 3. E depois?

1. Modelo do SNFTV Em Portugal, o SNFTV só existe desde 1994. O SNFTV adopta uma atitude passiva. Fraca divulgação. Quantidade significativa de colegas desconhece o SNFTV. Apenas os médicos veterinários contribuem para a recolha. Os utilizadores de PUV’s não são contemplados. A única forma de notificação é a “folha amarela”.

2. Notificações Registadas muito poucas a nível Nacional. 1999 – 10 2000 – 9 2001 – 10 2002 – 17 2003 – 99 Maio de 2004 – 20 Apenas são detectados os efeitos minor.

3. E depois? A grande maioria dos casos notificados contribuem apenas para base estatística e análise de risco. Para que haja reavaliação é necessário um número bastante apreciável de RA’s. O processo é muito moroso. As potenciais consequências nem sempre têm visibilidade. Não existe um boletim de comunicação de resultados.

Fluxo de informação nas RA’s Médico Veterinário Laboratório Farmacêutico SNFTV Comité dos Medicamentos Veterinários Companhia a nível Europeu

Veterinário vs Médico Veterinário Clínico Clínico Produção Animal - Pequenos animais Inspecção Sanitária - Grandes animais Investigadores Professores Área Ambiental Área Legislativa Área Económica

Laboratório Farmacêutico Após AIM são elaborados relatórios periódicos. Número reduzido de notificações. Existindo notificações, abrem-se dois processos: - Externo – notificar o SNFTV - Interno – (caso se justifique) o estudo é desenvolvido nos laboratórios centrais da empresa. Assume um papel pro-activo.

Inquérito Amostra = 51 veterinários Região = Grande Lisboa Preenchimento de um Formulário Anonimato

Análise de Dados 12% dos entrevistados nunca ouviu falar do SNFTV 41 % dos entrevistados não conhece o funcionamento do SNFTV

94% nunca usaram o Sistema 80% devido a nunca terem tido notificaçoes 10% apenas observaram RA’s ligeiras que consideram não justificar o esforço de notificação

33% considera que o sistema “Folha Amarela”: 33 % não a considera funcional 57,8% acha o acesso à folha dificil 33% considera que o sistema não funciona

Resumindo... Apenas é relevante para os clínicos. O Processo de AIM é bastante bem elaborado e seguro. O nº de notificações não justifica estudos (custo - benefício) Só os Médicos Veterinários têm acesso à “folha amarela”. Fraca divulgação do SNFTV. Médicos Veterinários pouco receptivos a notificar. Processo extremamente moroso. Não há comunicação de resultados aos Médicos Veterinários. O sistema é muito mais importante para a indústria farmacêutica.