Todos os animais, domésticos, selvagens e de laboratório são beneficiados por substâncias testadas em animais. Graças à experimentação animal, humanos.

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Transcrição da apresentação:

Num mundo sem doenças e sem sofrimento, a experimentação animal não seria necessária.

Todos os animais, domésticos, selvagens e de laboratório são beneficiados por substâncias testadas em animais. Graças à experimentação animal, humanos e animais vivem melhor e durante mais tempo .

Benefícios da experimentação animal Descoberta de medidas profilácticas e tratamentos Desenvolvimento de vacinas e produção de soros Desenvolvimento de técnicas de transplantes de órgãos Desenvolvimento do uso de drogas, tranquilizantes, anestésicos e antidepressores Desenvolvimento de tratamentos contra o cancro Aumento da qualidade de vida e de saúde dos animais

Vantagens nos ensaios toxicológicos Permitem um desenvolvimento mais seguro e eficaz de tratamentos, através de uma medição mais rigorosa de efeitos toxicológicos Têm em conta a complexidade do organismo e as suas interacções, que não podem ser reproduzidas por métodos alternativos

Animais e plantas são sistemas complexos Processos biológicos são muito mais complicados do que só a soma das suas partes individuais – há interacções! - Uma substância pode interagir em vários locais do organismo. Efeitos num processo biológico podem ter consequências inesperadas noutros.

As 3 dimensões da ciência: Ética – trata de como decidimos o que é correcto ou não

Por um lado Mais exigência a nível de qualidade e segurança por parte do público alvo Por outro lado Preocupação crescente com o bem-estar animal Defesa dos direitos dos animais

Milhões de animais são mortos todos os anos para fins alimentares. Se isto é moralmente aceite, mais o será uma morte para fins de pesquisa médica, que visa evitar um maior sofrimento. É lamentável que o debate tenda para a ideia de que um grupo se preocupa com os animais e o outro não. Não se trata disso, o assunto é sim, como reduzir o sofrimento global de animais e humanos.

Se o sofrimento causado ao animal é o menor possível "Usar animais para propósitos científicos é aceitável somente quando qualquer sofrimento aos mesmos é largamente superado pelo benefício de seu uso". Cabe ao pesquisador analisar: Se o sofrimento causado ao animal é o menor possível Se os benefícios esperados da pesquisa são viáveis e são os melhores possíveis Se se consegue fazer o balanço sofrimento-benefício com um ganho para benefício (adaptado: Peter Singer em Animal Liberation)

Introdução do conceito dos 3 Rs: 1959 – William Russel e Rex Burch publicam “The Principles of Humane Experimental Technique” Introdução do conceito dos 3 Rs: Replacement Reduction Refinement Pretende trazer maior “humanismo” às técnicas de experimentação

Princípio dos 3 R’s Reduction Qualquer estratégia que resulte num menor número de animais utilizado, obtendo a mesma quantidade de informação ou maximizando a informação obtida por animal Usando métodos estatísticos que permitem inferir duma amostra para a população; Evitando repetições desnecessárias, através da melhoria das condições de ensaio e da diminuição de variáveis que invalidam resultados (stress, dieta,…);

Princípio dos 3 R’s Refinement Modificação de qualquer procedimento que seja efectuado desde o nascimento do animal até à sua morte , de modo a diminuir a dor e o desconforto do animal e a promover o seu bem-estar. Fornecimento de brinquedos, anestesia, analgesia, métodos de eutanásia e escolha de técnicas não invasivas - A dor e o desconforto para além do ponto de vista ético, provocam alterações fisiológicas, aumentando a variabilidade de resultados.

Princípio dos 3 R’s Replacement Propõe a substituição por técnicas que não usem animais Substituição absoluta - Ou a substituição por animais menos evoluídos (sensíveis) Substituição relativa Substituição de primatas por ratinhos Substituição de mamíferos por peixes

Desvantagens dos Métodos Alternativos Modelos Matemáticos - Não se consegue introduzir todas as variáveis reais existentes Análise elementar da realidade Visão simplista e não integrada Modelos de computador – incompletos e não é possível fazer predições correctas

Desvantagens dos Métodos Alternativos Modelos Humanos Problemas éticos Complicado fazer estudos de toxicidade crónica Utilização de voluntários

Desvantagens dos Métodos Alternativos Modelos audiovisuais Apenas com interesse didático Condicionado pelo hardware e software disponíveis

Desvantagens dos Métodos Alternativos Modelos in vitro Culturas celulares: - Período de vida curto - Estudos prolongados exigem o uso de tecidos frescos de forma constante - Tendem a perder a capacidade funcional - Não permite interacções com outras células de tecidos diferentes, o que conduz a respostas diferentes das que ocorreriam num indivíduo Fracções subcelulares: não fornecem informação sobre a influência dos factores da célula, do órgão e do animal como um todo

Desvantagens dos Métodos Alternativos Modelos in vitro Culturas de órgãos: - manutenção difícil - períodos de vida curtos - Exigem muitos animais Linhas de culturas celulares - não foi possível produzir linhas celulares de todos os tecidos - células são de uma forma geral anormais - algumas não possuem semelhanças com as células dos tecidos que lhes deram origem Culturas de tecidos – Período de vida curto

Modelos in vitro Utilizados no início de ensaios toxicológicos Nunca substituiem por completo um animal/indivíduo Não pode haver uma substituição total mas sim uma complementação com testes in vitro no início do ensaio (ex: Ganciclovir vs. Acyclovir)

Serão necessários animais? E no futuro? Justificar-se-á a substituição dos ensaios toxicológicos por métodos alternativos? Serão necessários animais?

Animais vão continuar a ser muito importantes: -Únicos que permitem ensaios toxicológicos que consideram o indivíduo como um todo e têm em conta as interacções e a sua complexidade -Estudos toxicológicos de novos xenobióticos -Validação de resultados de métodos que não usem animais como um todo -Protecção antes da exposição de humanos e animais a substâncias potencialmente perigosas

Animais de laboratório nunca deverão ser tratados com desrespeito nem com negligência ou desleixo. Deve-se respeitar todo o tipo de vida e continuar a usar as melhores técnicas científicas, para minimizar o sofrimento dos animais que tornam os ensaios toxicológicos possíveis.