Encontro Internacional de Prática e Ciência em Esterilização

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Equipamentos de Proteção Individual Vestuário completo
Advertisements

Utilização de substâncias químicas:
GGTPS- Gerência Geral de Tecnologia de Produtos de Uso em Saúde
Controle do processo, monitoramento e validação da limpeza
Professora e enfermeira : Carla gomes
SALAS LIMPAS PARA PRODUTOS INJETÁVEIS
COORDENADORA ESTADUAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Técnica asséptica Graduação em Biotecnologia
Universidade Federal de Pelotas Centro de Biotecnologia
TECNOLOGIA DE EMBALAGENS
Limpeza, montagem e esterilização. Lab. De Microbiologia
Proteção Respiratória
CONSTRUÇÃO DA CASA-DE-VEGETAÇÃO
Curso: Administração DISCIPLINA: Logística e Gestão de Materiais
PROTEÇÃO ( instead of prote o)
Esterilização Luiz Fernando Chiavegatto.
Segurança Alimentar Profª: Bruna Gratão.
Esterilização e Desinfecção de Artigos
Embalagens para Esterilização
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS
Novas opções para o Banho de Diálise
PREPARO E EMPACOTAMENTO DE ARTIGOS Enfª Regina Marta de Melo Bezerra Especialista em CME, CC, SRA e GQSS.
Retrato da Esterilização por Plasma
CLÍNICA DE VACINAS 1-Documentos exigidos 2-Sala de vacinas
CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO
O ENFERMEIRO E A CENTRAL DE MATERIAIS
ANÁLISE CRITÍCA DE EMBALAGEM DE ESTERILIZAÇÃO
Argelda Maria Cortes Guimarães FASM 2014
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Disc. : Processos de Fabricação II Prof
ASSEPSIA, ANTI-SEPSIA E ESTERILIZAÇÃO
Enf. Maria Clara Padoveze
Enf. Ms. Márcia Regina Alves Rocha
HEPATITES VIRAIS PET FARMÁCIA UNIFAL – MG
Limpeza, Desinfecção e Esterilização Bloco 11 LAC e PC
Enfermeira Rossana Tais Cecchetti
‘ESTRUTURA DO CENTRO CIRÚRGICO
Estudos de Estabilidade
ISO Validação de Selagem como parte do Processo de Esterilização
ESTERILIZAÇÃO.
PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA
Simplificação de processos
Enf. Ms. Márcia Regina Alves Rocha
Os cuidados no armazenamento e transferência das embalagens de CME
Fios cirúrgicos não-absorvíveis
Transmissão de calor Tipos de Cobertura Índices de Conforto Térmico
ENSOLD - Encontro Técnico de Soldagem
SONDA DE NÊUTRONS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Piracicaba- 2009
9 - EMBALAGENS A embalagem é parte significativa do sistema logístico global e tem a responsabilidade de minimizar o custo de entrega e impulsionar positivamente.
Regularização de Equipamentos Médicos na Anvisa
INSTRUMENTAL ENDOSCÓPICO. COMENTANDO ESTERILIZAÇÃO A preocupação com infecção hospitalar e o risco que a mesma apresenta para o indivíduo enquanto cliente.
ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Autoclave Esterilização por vapor saturado sob pressão.
Central de material e esterilização
Tecnologia Farmacêutica e de Cosméticos
Marco Aurélio Alvarenga Barbosa
FUNDAMENTOS DO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Revisão Exame Nacional do Ensino Médio 2015
ESTERILIZAÇÃO.
Gerenciamento e atuação do enfermeiro da CME
CONTROLE DE MICRORGANISMOS.
AGENTES QUÍMICOS AGENTE QUÍMICO IDEAL Atividade antimicrobiana Solubilidade Estabilidade Inocuidade para o homem e animais Homogeneidade Ausência de combinação.
Desinfecção e Esterilização de artigos médico-hospitalares
CME: ESTERILIZAÇÃO Universidade Castelo Branco Faculdade de Enfermagem
Prof. Enf. Rosangela Rosa
Controle dos Microrganismos
BOAS PRÁTICAS PARA O PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE RDC 15/12
A importância da Embalagem como Vantagem Logística
Desinfecção e Esterelização Química
Polímeros MATERIAIS I PROF. ENG. O CLAUDIO SCHAEFFER EVERTON NEZI PEREIRA JEAN OLIVEIRA JULIANA MARTINS WESLEY TAFAREL DE SOUZA.
Transcrição da apresentação:

Encontro Internacional de Prática e Ciência em Esterilização EMBALAGENS: temos dado a devida atenção? Kazuko Uchikawa Graziano Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo

Embalagem EMBALAGEM: Saída do Ar Entrada doAgente Produto Permitir a esterilização do artigo odonto-médico-hospitalar e mantê-lo estéril durante o transporte, armazenamento até o seu uso. EMBALAGEM: Saída do Ar Produto Entrada doAgente esterilizante Microrganismos Embalagem

EMBALAGENS:REQUISITOS (papel, filme plástico, nãotecido e outras) Permeável ao ar e ao agente esterilizante Livre de microfuros e irregularidades Barreira microbiana Durabilidade Não tóxico IDEAL Não delaminar Inodoro Memória Repelente à umidade Partícula MÁGICO Indicador químico Dimensão Selagem satisfatória Peso básico Aceitável nível de limpeza Resistente a rasgo,tração vácuo, umidade e calor pH= 5 a8 cloreto= 0,05% sulfato= 0,25% Custo Variação

RESPONSABILIDADES DO FABRICANTE Validação da Embalagem (papel grau cirúrgico)  Permeabilidade ao agente esterilizante (duas ou mais camadas)  Barreira microbiana eficaz (aerossol de esporos bacterianos)  Teste de envelhecimento acelerado (37oC , 50oC e geladeira 06 meses)  Regularidade do papel (exame visual contra a luz)  Porosidade com porosímetro Gurley  Resistência à penetração de água por método Cobb  Resistência mecânica-tração por dinamômetros  Resistência a estouro por método Müllen  Resistência a rasgo por método Elmendorf (ABNT/93)

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO FÍSICOS RADIAÇÃO IONIZANTE CALOR ÚMIDO (AUTOCLAVE) SECO (ESTUFA) USO DE EMBALAGENS

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO QUÍMICOS USO DE EMBALAGENS GASOSO SOLUÇÃO: ácido peracético 0,2%1h glutaraldeído 2% 8-10h formaldeído: aquoso 10% alcoólico 8% 18 h X Óxido de etileno - ETO Plasma de peróxido de hidrogênio-Sterrad Autoclave de formaldeído Pastilhas de paraformaldeído NÃO USA EMBALAGENS NÃO USA EMBALAGENS

COMPATIBILIDADE: TIPOS DE INVÓLUCROS X PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO TIPO DE INVÓLUCRO PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO AUTOCLAVE DE FORMALDEÍDO AUTOCLAVE A VAPOR CALOR SECO RADIAÇÃO IONIZANTE ETO Tecido de algodão Papel grau cirúrgico Papel crepado Papel Kraft Filmes transparentes Lâminas de alumínio Caixas metálicas Vidro refratário Tyvec Não-tecido Sim Não Sim* Sim** Não Sim Não Sim Sim* Não Sim Não Sim Sim* Não Sim *necessitam estar perfuradas **para líquidos

TECIDO DE ALGODÃO NBR 14028: sarja T1 ou T2 VANTAGENS DESVANTAGENS Vulnerabilidade à contaminação Difícil controle da forma e do no dos reprocessamentos (65 vezes segundo RODRIGUES, 2000)

PAPEL GRAU CIRÚRGICO (NBR 12946 / BS-EN 868-5) VANTAGENS DESVANTAGENS Compatibilidade c/ vapor, ETO,auto- clave de formal- deído e radiação Baixo custo IQ impregnado na embalagem Disponibilidade em várias formas e tamanhos Incompatível com calor seco e Sterrad

PAPEL CREPADO (BS-EN 868-2) VANTAGENS DESVANTAGENS Eficiência de fil- tragem microbia- na (98-99%) Compatibilidade com vapor, ETO, gás de formaldeído, radiação. Flexível, baixa memória Menor resistência à tração, podendo furar ou rasgar com maior facilidade quando comparado com o tecido.

poliamida, PVC,poliestireno, acetado de celulose, EVA e outros) FILMES TRANSPARENTES (Compondo estruturas da embalagem: Polietileno, polipropileno, poliester, poliamida, PVC,poliestireno, acetado de celulose, EVA e outros) VANTAGENS DESVANTAGENS Permeabilidade variada ao ar e aos agentes esterilizantes Propriedades diversificadas na selagem Visualização do conteúdo dos pacotes Alta capacidade de barreira e resistência

TYVEK VANTAGENS DESVANTAGENS Compatível com todos Custo elevado quando os processos de este- rilização (- seco) Superior resistência mecânica e à umidade Excelente barreira microbiana Não contém celulose Selagem resistente Disponível TYVEC / filme com indicador Custo elevado quando comparado à outros tipos de embalagem Único fabricante

TECIDO NÃOTECIDO (SMS) (BS-EN 868-2) VANTAGENS DESVANTAGENS Eficiência de filtra- gem microbiana (aprox. 95%) Resistente Compatível com to- dos os processos gasosos e vapor Disponibilidade Difícil de amoldar-se ao artigo Não evidencia quebra de integridade

Papel manilha Papel toalha Papel Kraft

DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PARA EMBALAGENS Registro na ANVISA/ Ministério da Saúde Produtos - Classe 1 – baixo risco RDC nº 185, de 22/10/2001 - registro Normas Regulamentadoras Tecido – NBR 13734/96 Papel Grau-Cirúrgico – NBR 12946/93, NBR 13386/95 (ETO), NBR 13387/95 (Radiação), BS-EN 868 (Partes 5,6 e 7) Papel Crepado e Nãotecido – projeto da ABNT e BS-EN 868-2 TyvekR - só literatura e contêineres rígidos – BS-EN 868-8

SELEÇÃO DE EMBALAGENS Ideal: comitê multiprofissional Participação obrigatória da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Basear-se em informações fidedignas: 1º literatura NBR/ISO/BS-EN/DIN/FDA 2º documentação 3º outros usuários 4º fabricante

Dificuldades variadas contêineres rígidos (válvula e filtro) tecido de algodão papel grau cirúrgico Penetrância Dificuldades variadas filmes Tyvek manta de SMS papel crepado Validação a cada inserção ou troca de embalagem Qualificação de desempenho: a cada nova configuração introduzida

Validação das embalagens-Vida de prateleira depende dos eventos relacionados Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão? Foi “apalpado”? Foi aberto e fechado novamente? Foi carregado debaixo dos braços? Foi colocado elásticos, barbante? Foi “amassado” colocando pesos ou guardados em gavetas apertadas? Indefinido tempo de esterilização …….. Amém JEVITT,D-1943 (data do jornal) 1977 estéril

Contaminação do produto mas ... Quando um produto é embalado e armazenado adequadamente, a arcaica prática de estabelecer prazo de validade não é necessária (JEVITT, 84) temperatura (18-22oC) umidade (35-50%) qualidade da embalagem localização Contaminação do produto manipulação contaminação do ar tráfego controle do inventário mas ... Joint Commission on Accreditation of Hospitals (JCAH) recomenda: “a data de validade deve ser assegurada” ….. “o tempo aumenta o risco de manipulação e práticas de armazenamento inapropriadas”.

ARMAZENAGEM “Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.” “O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem e condições de armazenagem.” O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa

ARMAZENAGEM Em cestos aramados, sem empilhamento, de forma a facilitar a identificação dos itens, protegidos ao máximo da deposição de poeira Não armazenar pacotes quentes (exceção: quando em cestos aramados) O suporte dos cestos ou as prateleiras devem apresentar distância de no mínimo 20 cm do piso, 5 cm das paredes e 45 cm do teto. Prateleiras de madeira não devem ser utilizadas, podendo ser de aço inox, fórmica ou material plástico Manter o ambiente limpo (frequência diária) em uma temperatura de 18 a 220C e umidade relativa de 35 a 50 % (CARDO;DRAKE, 1996)

 OBRIGADA! Profa. Dra. Kazuko Uchikawa Graziano Livre-Docente do Dpto ENC da EEUSP