Monitor: Marcelo S. Gomes

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Realizado por: Mayuri Panchá, nº15 Escola Secundária D.Dinis Ano letivo 2014/15 Disciplina: Educação Física Curso Profissional de Técnico de Multimédia.
Transcrição da apresentação:

Monitor: Marcelo S. Gomes Obesidade Monitor: Marcelo S. Gomes

Introdução “Tendência do momento”; De origem genética e influenciada por fatores ambientais; Entre outras causas estão problemas e/ou transtornos de comportamento e nutricionais; Relacionada a inúmeras doenças crônicas; Caráter estético; Diferenciadamente relacionada ao sexo.

Definição Doença crônica, caracterizada pelo acúmulo de gordura, dispendiosa, de alto risco, reincidente e que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive crianças; De caráter genético multifatorial, está associada a outras doenças e à diminuição da qualidade de vida, que requer tratamento médico; Uma pessoa é considerada obesa quando seu peso for no mínimo 20% maior do que o considerado ideal para sua altura; A medida utilizada internacionalmente é o índice de massa corporal, pela sua praticidade e é calculado dividindo o peso do indivíduo pelo quadrado da sua altura, ou seja, Kg/m².

Aspectos clínicos Maior tendência a morte súbita; Alterações do ciclo menstrual e infertilidade em mulheres; Alterações do aparelho cardiovascular; Alterações do metabolismo glicídico; Alterações no aparelho respiratório; Alterações do sistema musculoesquelético; Alterações no sistema reprodutor feminino; Câncer X Obesidade.

Aspectos clínicos Alterações do ciclo menstrual e infertilidade em mulheres: Sangramento disfuncional uterino; Amenorréia (alteração do eixo hipotálamo-hipofisário); Aumento da produção de andrógenos pelos ovários; Relação com síndrome dos ovários policísticos.

Aspectos clínicos Alterações do ap. cardiovascular: A obesidade está diretamente relacionada com mortalidade por causas vasculares; HAS; Aumento dos níveis de triglicerídeos; Diminuição dos níveis de HDL; Diminuição da atividade fibrinolítica; Desenvolvimento de isquemia coronariana em pacientes com distribuição andróide de gordura.

Aspectos clínicos Alterações do metabolismo glicídico: Fator de risco para desenvolvimento de DM2 (não insulinodependente); Síndrome da resistência insulínica DM tipo 2 Níveis elevados de insulina Falência da secreção de insulina

Aspectos clínicos Alterações no ap. respiratório: Alterações no padrão respiratório pelo aumento da deposição de gordura nas paredes abdominal e torácica; Trabalho excessivo da musculatura diafragmática; Apnéia do sono.

Aspectos clínicos Alterações do sist. musculoesquelético: Relação com gota e osteoartrose de joelhos.

Aspectos clínicos Câncer X obesidade: Segundo estudo realizado pela American Cancer Society, que acompanhou 750 mil indivíduos por 12 anos, observou-se que homens obesos possuíam risco aumentado para câncer colorretal e de próstata, e mulheres obesas, câncer de endométrio, vesícula, colo de útero e mama.

Epidemiologia Obesidade no mundo: Epidemia mundial que cresce vertiginosamente; EUA: A prevalência da obesidade dobrou nos últimos 20 anos, apresentando 30% (61% dos adultos) da sua população com sobrepeso, sendo 15% destes obesos, e outros 3%, obesos de alto risco; Europa: apesar de ter índices mais baixos, apresenta a mesma tendência.

Epidemiologia Obesidade no Brasil: Assim como nos países desenvolvidos, o Brasil vem apresentando um aumento na prevalência do excesso de peso; Cerca de 27 milhões de indivíduos maiores de 18 anos (32%) apresentam algum grau de excesso de peso (IMC >= 25,0), sendo que desses, 8% são obesos (IMC >30,0).

Classificação Quanto ao número e dimensão de céls. adiposas: - hipercelular (número) - hipertrófica (dimensão) Quanto à distribuição do tecido adiposo: - índice W/H (waist-hip ratio): relação cintura-quadril

Classificação Quanto ao número de células adiposas ou obesidade hipercelular: Aumento do número total de células adiposas; Se desenvolve mais na infância e adolescência, pois é nesse período em que o número de células adiposas cresce mais rapidamente.

Classificação Quanto às dimensões da cél. adiposa ou obesidade hipertrófica: Aumento do tamanho da cél. adiposa pelo acúmulo de lipídeos; Geralmente inicia na idade adulta e na gestação; Mais relacionada com distribuição andróide de gordura.

Classificação Quanto à distribuição do tecido adiposo: O índice cintura quadril, W/H ou waist-hip ratio tem importância por apresentar forte correlação com isquemia coronariana, diabete melito, HAS e dislipidemias.

Distribuição da gordura no corpo No indivíduo com peso normal, a maior parte do tecido adiposo está localizado sob a pele, atuando como protetor contra a perda de calor, o que é chamada de gordura subcutânea.

Distribuição da gordura no corpo Os indivíduos com sobrepeso ou obesos, além da gordura subcutânea, carregam tecido adiposo na região abdominal, chamado de tecido adiposo visceral. Este representa uma importante reserva de energia, mas contribui para muitas das doenças associadas à obesidade.

Distribuição da gordura no corpo Pode ser dividida em 2 tipos: Andróide: o tecido adiposo acumula-se predominantemente na região abdominal, com um predomínio da gordura visceral e diz-se que a pessoa apresenta obesidade do tipo andróide ou do tipo "maçã". Pessoas com este perfil têm mais facilidade de desenvolver outras doenças, como problemas cardiovasculares, DM2 e HAS.

Distribuição da gordura no corpo Ginóide: se o acúmulo de gordura ocorre na região dos quadris e coxas, a obesidade é classificada como ginóide ou tipo "pêra".

Fatores relativos ao sexo O armazenamento da gordura corpórea está relacionada ao sexo.

Fatores relativos ao sexo Nas mulheres: Sua maior tendência à obesidade está, provavelmente, relacionada com a capacidade de ter filhos; Após a puberdade as mulheres abrem seu apetite para gorduras (muito mais que os homens); Calorias em excesso ingeridas pelas mulheres têm muito mais chance de serem utilizadas para o aumento da gordura corpórea.

Fatores relativos ao sexo Nos homens: O excesso de calorias têm mais chance de serem canalizadas para a produção de proteínas.

Características genéticas da obesidade Herança complexa; Herança multifatorial (descontínua): modelo de limiar e exemplos; Heterogeneidade fenotípica; Diferentes processos biológicos possivelmente envolvidos; Grande número de genes (genes de suscetibilidade) envolvidos; Grande número de fatores ambientais envolvidos.

Bases fisiopatológicas da obesidade Grelina: Secretada pelo estômago; Hormônio envolvido no mecanismo regulador do apetite; Controle do peso, regulando a ingesta alimentar e o consumo de energia; Provável etiologia da obesidade; Igualmente distribuída no organismo de indivíduos normais e obesos durante o dia; Diminuída em obesos durante a noite.

Bases fisiopatológicas da obesidade Leptina: Hormônio produzido pelas células adiposas; Está aumentada em obesos; Produz sensação de saciedade (e como pode estar aumentada em obesos?), é porque também está relacionada com queima de calorias (aMSH), podendo neste ponto ocorrer alguma falha; Envolvida na etiologia da obesidade.

Bases fisiopatológicas da obesidade Adiponectina: Hormônio produzido pelas células adiposas; Ajuda a regular o metabolismo energético; Está diminuída em obesos; Envolvida na etiologia da obesidade.

Fatores genéticos Existem aproximadamente 58 genes relacionados a obesidade; Todos os cromossomos, exceto o Y, estão relacionados com a obesidade; As alterações genéticas podem modificar: Controle da ingesta; Controle do gasto energético; Controle do armazenamento energético.

Fatores genéticos As alterações podem estar relacionadas a uma síndrome ou alteração da expressividade de um gene: Prader-Willi like; Dissomia uniparental materna (cromossomo 14); Expressividade reduzida de um cromossomo paterno; Duplicação em Xq23q25.

Fatores genéticos As alterações podem ocorrer em um único gene, como por exemplo: No MC4R (receptor de melanocortina); No N62S e N274S, que é de caráter familiar, e ocorre em homo e heterozigose respectivamente; Na grelina e na leptina.

Fatores genéticos Alterações relacionadas a outros genes, como: Receptor de leptina; Apolipoproteínas (ditribuição de gordura corporal): ApoA2, ApoB e ApoE; Receptor de estrogênio (distribuição de gordura corporal).

Fatores ambientais Podem comprometer o controle de peso; Modernização e sedentarismo; Grande oferta de produtos saborosos, fáceis de fazer e acessíveis ao consumidor (produtos congelados, enlatados), e os fast-foods.

Tratamento Multidisciplinar; Medicamentos: indicações, opções e riscos; Classificação e características dos fármacos; Duração do tratamento; Cirurgia bariátrica.

Tratamento O tratamento deve ser multidisciplinar, atuando em conjunto médicos e nutricionistas: Mudança nos hábitos alimentares; Atividades físicas; Uso de medicamentos quando necessário (geralmente em indivíduos muito obesos) que nunca deve ser o único tratamento; Tratamento medicamentoso está indicado em pacientes com IMC>30,0 e atua de três maneiras: no SNC, no sistema gastrintestinal e metabolicamente.

Obesidade na Infância A obesidade infantil é um problema sério, acarretando, ainda na infância, problemas de coluna, articulações, prejudicando a auto-estima e levando à rejeição social; Na fase adulta pode surgir diabetes e, segundo estudos realizados no mundo inteiro, a obesidade também está ligada a vários fatores de risco para doenças do coração como hipertensão arterial, colesterol e triglicerídeos elevados entre outros.

Obesidade na Infância Entre suas causas estão o sedentarismo e o novo estilo de vida que as crianças adquiriram, trocando as brincadeiras de rua pelo vídeo-game, televisão e internet; Tratamento: fundamentalmente uma mudança nos hábitos, estimulando exercícios físicos e limitando a ingesta de fast-foods e outras guloseimas como bolachas recheadas e etc.

Obesidade Mórbida Pessoas com IMC > 40 são portadoras de obesidade mórbida; isso equivale a aproximadamente 45 Kg acima do peso ideal; Causas: são as mesmas (genética, deficiência e/ou falha de leptina, adiponectina e grelina, hormonais, medicamentosas, hábitos e emocionais).

Obesidade Mórbida Tratamento A cirurgia bariátrica (nome utilizado para se definir a cirurgia para obesidade mórbida) é o único método cientificamente comprovado que promove uma acentuada e duradoura perda de peso, reduzindo as taxas de mortalidade e resolvendo, ou pelo menos minimizando, uma série de doenças associadas à obesidade grave.

Obesidade Mórbida De um modo geral, a perda de peso pode ser obtida por dois caminhos: pela redução da capacidade de armazenamento do estômago e de sua velocidade de esvaziamento (cirurgias restritivas), ou pela exclusão de grandes segmentos de intestino delgado evitando que os nutrientes sejam absorvidos (cirurgias disabsortivas).