CENÁRIO ECONÔMICO DA ECONOMIA BRASILEIRA Prof. Msc JAMIS ANTONIO PIAZZA.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
QUESTÃO CENTRAL: A economia brasileira está desacelerando?
Advertisements

Glauco Arbix Universidade de São Paulo - USP 13 de dezembro de 2006 CGEE – ABDI – FIESP - ANPEI Inovação Tecnológica e Segurança Jurídica Ambiente Institucional.
Macroeconomia Aula 2.
Conjuntura Brasileira Antonio Licha Perspectivas para 2010.
O Cenário Econômico Atual
Conjuntura Econômica Brasileira
Assessoria Econômica da FEDERASUL
Assessoria Econômica da FEDERASUL
Aumento sistemático dos juros como única arma de combate à inflação -Círculo vicioso: investimentos em títulos do governo e não em atividades produtivas.
2a Conf. Int. de Crédito Imobiliário 19 de Março de 2010
PERPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PERPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
O mercado de bens e a relação IS
Construção civil: o desafio de sustentar o crescimento
Cenário da Construção Civil
O GOVERNO LULA ( hoje).
Em time que está ganhando se mexe...
Ministro Paulo Bernardo
Assessoria Econômica da FEDERASUL
Balanço da Atuação do Governo
Instrumentos de Política Macroeconômica
Mercado de Trabalho no Brasil
População e Crescimento Econômico
PIB TRIMESTRAL Bahia – 4º Trimestre de 2009 Bahia – 4º Trimestre de 2009 CONJUNTURA ECONÔMICA: 2011 DILMA_100 dias.
O PLANO DE METAS Expandir e diversificar a indústria
A DÉCADA PERDIDA PROBLEMAS NO COMÉRCIO EXTERIOR
Perspectivas Econômicas para 2013: Brasil e Rio Grande do Sul.
CONJUNTURA E PERSPECTIVAS
Política Monetária no Brasil
DESAFIOS DO CENÁRIO ECONÔMICO EM UM ANO ELETORAL
Instituto de Economia – UFRJ
Paulo Bernardo Dezembro
Apresentação BRASIL: o fim de um modelo ou um ajuste cíclico? Agosto 2014.
Relatório de Política Monetária Novembro de 2010.
Perspectivas da Indústria Brasileira
Perspectivas econômicas para 2015
Apresentação BRASIL: o fim de um modelo ou um ajuste cíclico? Janeiro 2014.
Taller Desarrollo y Características del Sector Eléctrico Brasileno
Retrospectiva de 2009 e Expectativas para Cenário Externo Impacto da Crise no PIB e Comércio Mundial.
Retrospectiva de 2013 e Expectativas para Cenário Externo Os principais motores da economia mundial mostraram desaceleração –Dinamismo ainda puxado.
Assessoria Econômica da FEDERASUL
MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTOS
A questão dos Juros no Brasil
Macroeconomia Determinação da Renda e Produto Nacional
Como a atual política econômica e fiscal afeta o varejo
Professor Julio Cesar da Silva Tavares
O elogio da mediocridade Alexandre Schwartsman. Desaceleração cíclica ou estrutural? Fonte: IBGE (previsões Focus, BCB)
Macroeconomia Introd. Macro. Medidas de Atividade Econômica
Introdução à Macroeconomia
A MACRO E MICRO ECONOMIA
Cenário Macroeconômico Junho China Economia da China parece estar se estabilizando após ações do governo para estimular o crescimento. Ainda assim,
Realização Apoio “Millenium nas Redações” ‘Conjuntura Econômica’ com Zeina Latif XP Investimentos Apresenta:
Qual é a relevância deste tema hoje?
ECONOMIA E FINANÇAS Quinta Aula Professor Dr. Jamir Mendes Monteiro.
cenário e perspectivas
Perspectivas macroeconômicas
BRASIL AJUSTES INCOMPLETOS: OS DESAFIOS E OS SACRIFÍCIOS CONTINUAM! SETEMBRO 2015.
CENÁRIO ECONÔMICO. MUDANÇA DE RUMO DE POLITICA ECONÔMICA  FIM DE POLITICAS ANTICÍCLICAS BASEADO NO ESTIMULO DA DEMANDA  AJUSTE FISCAL  REALINHAMENTO.
GOVERNO DILMA
Adércia B. Hostin dos Santos Coordenadora de Assuntos Educacionais Contee A precarização do Ensino Superior.
Cenário Macroeconômico Cenário Macroeconômico. ECONOMIA INTERNACIONAL AMBIENTE MAIS FAVORÁVEL NO 2º SEMESTRE.
CRESCIMENTO E INCLUSÃO SOCIAL Vitória-ES, agosto de 2008, Ana Paula Vitali Janes Vescovi.
1 Henrique de Campos Meirelles Setembro de 2004 Administrando o Presente e Construindo o Futuro.
Cenário Macroeconômico Abril/2016. Economia Internacional Economia Doméstica.
Prepared by: Fernando Quijano and Yvonn Quijano 7 C A P Í T U L O © 2004 by Pearson EducationMacroeconomia, 3ª ediçãoOlivier Blanchard Agregando Todos.
A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2006 Guido Mantega Presidente do BNDES Março 2006.
Ministério da Fazenda 1 1 Panorama da Economia Brasileira Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Guido Mantega Brasília 01/04/2008.
A CRISE ATUAL EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA: 1929 e 2010 Professor: Joubert Cordeiro Lisboa.
Objetivos e Instrumentos
Transcrição da apresentação:

CENÁRIO ECONÔMICO DA ECONOMIA BRASILEIRA Prof. Msc JAMIS ANTONIO PIAZZA

ECONOMIA NÃO ADMITE EXPERIÊNCIAS DE LABORATÓRIO, ERROS COBRAM SEU PREÇO E AS CONSEQUÊNCIAS SÃO GRANDES. Abandonamos o pilar ortodoxo para nos render à maior intervenção do Estado na Economia.

O MAIOR PROBLEMA DESDE O PLANO REAL.

 Basicamente, há cerca de cinco anos, o Governo Brasileiro mudou dramaticamente sua política econômica.  Passamos a desafiar décadas de um conhecimento acumulado e consolidado em macroeconomia.  Abandonamos o Pilar Ortodoxo para nos render à maior intervenção do estado na Economia, a uma economia pautada no assistencialismo e ao estímulo excessivo ao consumo.

QUAL O RESULTADO.  Falência das contas públicas e impossibilidade de famílias continuarem aumentando o consumo nesta velocidade.  A sustentabilidade das contas do Estado brasileiro está em risco, como fruto de uma política deliberada de aumento de gastos públicos.  Os empresários não confiam mais no Brasil e veem seu espaço ocupado pelo setor público.

Há Inclusive um Termo Técnico Para Isso:  Sem confiança, os empresários simplesmente não investem.  A relação Investimento sobre PIB, que nunca foi uma maravilha, vem caindo de maneira constante.

DEPOIS DE ATINGIR O ÁPICE DE 19,5% NO FIM DE 2010, RECUOU PARA APENAS 18,1%. Somente essa variação impõe impacto negativo da ordem de 0,5% na capacidade de crescimento do PIB.

Há certo consenso entre os mais competentes economistas de que a variável-chave para o crescimento de longo prazo, sem inflação, é o investimento.

 Isso porque, ao investir, o empresário aumenta sua capacidade produtiva à frente e pode responder a aumentos da demanda oferecendo mais produtos.  Caso contrário, ou seja, sem investimentos só pode responder com aumento de preços.  Se não temos um diagnóstico, como poderemos sequer considerar um bom prognóstico?

 Isso é absolutamente inacreditável, não é mesmo?  Entretanto, não se dá a devida publicidade ao fato.  Talvez você discorde sobre o quão ruim está a situação econômica brasileira.  Eu respeito a sua opinião.

PEÇO, PORÉM, QUE CONSIDERE OS SEGUINTES PONTOS – TODOS OS OITO ELEMENTOS ESTRITAMENTE FACTUAIS:

1 – CRESCIMENTO MÉDIO DO PIB.  1,8% a.a  Veja: esse é o pior resultado desde o governo Collor.  Temos a primeira evidência empírica e incontestável de que retornamos a condições anteriores a  Mas este crescimento mais baixo desde a Era Collor não é resultado de uma conjuntura internacional desfavorável.

2 – INFLAÇÃO.  A inflação tem sido persistentemente alta e acima do centro da meta, de 4,5% ao ano.  Simplesmente, temos ignorado esses 4,5% e observado, de maneira sistemática, uma inflação beirando o teto da meta.  Isso é particularmente problemático porque corremos um risco grande de estourar o intervalo da meta ferindo a credibilidade do Banco Central e impondo um custo alto a sociedade.  A rigor, em doze meses, já estamos acima da meta.  Para 2015, a situação não é muito diferente.

Não custa lembrar: o trabalhador é quem mais sente os efeitos negativos da inflação, ao ter o poder de compra de seu salário corroído pela escalada de preços.

ESSES DOIS PRIMEIROS PONTOS JÁ SERIAM SUFICIENTES PARA PROVARMOS O ARGUMENTO DO QUÃO GRAVE É O PROBLEMA ATUAL. Combinamos simplesmente baixíssimo crescimento econômico e inflação alta.

3 – CONTAS PÚBLICAS.  As contas públicas estão completamente desajustadas, de tal sorte que o Governo Brasileiro vai, em breve, encontrar dificuldades para se financiar.  Ou seja, as taxas de juro devem subir com vigor, impactando fortemente o orçamento das famílias e a capacidade de crédito.  Não há como brigar contra os fatos.  Vemos uma clara deterioração das contas públicas brasileiras.

5 – MERCADO DE TRABALHO.  A criação líquida de postos de trabalho em maio foi de , segundo dados do Caged.  Trata-se do pior mês de maio desde  Estamos com novo argumento de situação sem precedentes desde o Plano Real.  A População em idade Ativa cresce entre 1% e 1,5% ao ano (1,3% no trimestre em questão), enquanto a geração líquida de empregos foi próxima a zero.  Trocando em miúdos, só há redução da taxa de desemprego porque a parcela da população simplesmente desistiu do mercado de trabalho.  Isso não é coincidência.

6 – ESTAMOS A BEIRA DO APAGÃO.  Há um único culpado para o nível tão baixo dos reservatórios:  São Pedro.  Realmente, choveu muito pouco e ninguém detém o controle sobre isso. Ponto final.

AGORA, A FALTA DE PLANEJAMENTO, A CONCENTRAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA E O IMPEDIMENTO AO AUMENTO DA CAPACIDADE DE OFERTA DE ENERGIA É CULPA TOTAL E IRRESTRITA DO GOVERNO. EM SETEMBRO DE 2012, FOI ANUNCIADO A FAMOSA MP 579, QUE ALTEROU AS REGRAS PARA CONCESSÕES, COM OBJETIVO DE REDUZIR AS TARIFAS DE ELETRICIDADE DE NOVO, O TAL CONTROLE DE PREÇOS.

7 – A PETROBRAS FOI SIMPLESMENTE DESTRUÍDA.  Quem tinha R$ 40 mil em ações da Petrobras chegou à mínima de R$  Além de ser historicamente motivo de orgulho, Petrobras tem em sua base de acionistas milhares de brasileiros, de forma direta ou através da aplicação de seu FGTS.  Estamos mexendo com a poupança do cidadão comum.  Chegamos a essa situação simplesmente porque a empresa tem o preço de seus produtos controlados pelo Governo.

8 – A INDÚSTRIA BRASILEIRA FICA MENOR, A CADA DIA.  Aumentar a taxa de investimentos dos 18,4% em 2010 para 22,4% do PIB;  Levar o dispêndio empresarial de Pesquisa e desenvolvimento como percentual do PIB de 0,59% para 0,90%;  Diversificar a pauta de exportações, aumentando a participação brasileira no comércio internacional de 1,36% para 1,60%;

PRONTO, CHEGAMOS AO FINAL DE 2014, O QUE NOS DÁ A PRERROGATIVA DE ANALISAR SE ATINGIMOS OS RESULTADOS.

Não cumprimos nenhum dos três objetivos. A política industrial é um fracasso retumbante. A CONCLUSÃO É ASSUSTADORA.

Não existe inflação um pouco alta. Inflação necessariamente cresce. Depois de represar preços em dois anos, o Governo precisará soltar as amarras em Mas temos riscos muito maiores. O Banco Central norte-americano deve começar a subir sua taxa básica de juro justamente em A pergunta é: o que acontece a partir de agora?

- Estagnação da Economia. - Queda dos salários. - Aumento dramático do desemprego. - Esgotamento de crédito. - Queda vertiginosa do preço dos imóveis. - Aumento do endividamento das famíli as

Rasgamos o que foi construído em 1994 e aperfeiçoado em 1999, sobre o pretexto de implementação de uma nova matriz econômica, heterodoxa.

MUITO OBRIGADO.