Dra. Elisabeth Frossard, MD IPPMG – UFRJ

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Transcrição da apresentação:

Dra. Elisabeth Frossard, MD IPPMG – UFRJ www.hemoped.com Médica Pediatra e Hemoterapeuta IPPMG – UFRJ www.hemoped.com

Sangue = Complicações ou Efeitos Colaterais Sangue = VIDA Sangue = Complicações ou Efeitos Colaterais Doenças Transmissíveis Reações Transfusionais

CONCEITO Hemotransfundir é inocular lentamente através da veia, componentes e derivados do sangue. Sangue é considerado droga. Transplante de tecido líquido mais bem tolerado, mas sua rejeição é igual a reação hemolítica. MANTER OU RESTAURAR Volume de sangue. Capacidade de carrear oxigênio. Hemostasia. Função dos leucócitos.

EFEITOS COLATERAIS (BRECHER, V. In: Technical Manual. 15th. BETHESDA: American Association of Blood Banking, 2005)

EFEITOS COLATERAIS (HARMENING, D. M. In: Modern Blood Banking and Transfusion Pratices. 5º Ed. Philadelphia: F.A. Davis company, 2005. )

Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 - DOU 1 de 14.06.2011 Art. 13. A transfusão de sangue e componentes deve ser utilizada criteriosamente na medicina, por ser um procedimento que não está isento de risco. Art. 15. Cada serviço de hemoterapia deve manter um conjunto de procedimentos operacionais, técnicos e administrativos para cada área técnica e administrativa.

ATO TRANSFUSIONAL Indicação “Toda transfusão de sangue ou componentes sanguíneos deve ser prescrita por um médico e deve ser registrada no prontuário do paciente (artigo 125).” Supervisão “As transfusões devem ser realizadas por médico ou profissional de saúde habilitado, qualificado e conhecedor dessas normas, e só podem ser realizadas sob a supervisão médica para intervir em casos de reações ou complicações transfusionais (artigo 126).” Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 - DOU 1 de 14.06.2011

VIGILÂNCIA DO SANGUE - ANVISA Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 - DOU 1 de 14.06.2011 Artigo 154-Todos os registros referentes à doação e à transfusão devem ser convenientemente armazenados por pelo menos 20 anos.

VIGILÂNCIA DO SANGUE - ANVISA Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 - DOU 1 de 14.06.2011 Art. 67. O serviço de hemoterapia deverá realizar exames laboratoriais de alta sensibilidade a cada doação, para detecção de citomegalovírus (CMV) em todas as unidades de sangue ou componentes destinados aos pacientes nas seguintes situações: II - recém-nascidos com peso inferior a 1.200g ao nascer de mães CMV negativo ou com resultados sorológicos desconhecidos; e III - transfusão intrauterina.

VIGILÂNCIA DO SANGUE - ANVISA Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 - DOU 1 de 14.06.2011 Art. 118. Na amostra pré-transfusional inicial para transfusão em neonatos e crianças com até 4 meses de vida devem ser observados os seguintes critérios: IV - se as hemácias selecionadas para transfusão não forem do grupo O, deve ser investigada, no soro ou plasma do neonato e das crianças até 4 meses de vida, a presença de anti-A ou anti-B, com métodos que incluam uma fase de antiglobulina. V - se ocorrer detecção da presença de anti-A ou anti-B, deve ser transfundido concentrado de hemácias "O" até que o anticorpo deixe de ser demonstrável no soro do neonato ou das crianças até 4 meses de vida; VII - se a pesquisa de anticorpos irregulares for negativa, não será necessário compatibilizar as hemácias para a primeira transfusão nem para as transfusões subsequentes dentro do período neonatal, desde que as hemácias sejam do grupo "O“.

EXAMES SOROLÓGICOS OBRIGATÓRIOS PELO MS Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 - DOU 1 de 14.06.2011 Artigo 66 Sífilis Doença de Chagas Hepatites B e C HIV 1 / 2 ( Vírus da Imunodeficiência Humana) HTLV I / II ( Vírus linfotrópico para Células T Humanas)

PEDIDO DE TRANSFUSÃO COMPLETO AMOSTRA DE SANGUE IDENTIFICADA Nome, Registro, Data do nascimento, Data da coleta, Responsável pela coleta, Localização do paciente. (Modelo) QUANTIDADE: suficiente para exames imunohematológicos e sorológicos

EXAMES PRÉ-TRANSFUSIONAIS Classificação Sanguínea Dfraco Escolha do produto apropriado Prova de Compatibilidade Pesquisa de Anticorpos Irregulares Coombs direto – cças com menos de 3 meses Fenotipagem eritrocitária casos especiais: pacientes falcêmicos – evitar aloimunização

TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS COM MENOR RISCO Separação do produto por CONEÇÃO ESTÉRI L Aliquotas menores. Utilização do CH por 2 ou mais vezes.

AMOSTRAS DO RECEPTOR EM MENOR QUANTIDADE Uso de técnicas com amostras em menor volume Técnicas em gel. Microplaca.

AMOSTRAS DO RECEPTOR EM MENOR QUANTIDADE ACESSO VENOSO escalpe, gelco, cateter necessidade de suspensão da hemácia em soro fisiológico. Transfusão por bomba.

AVALIAÇÃO CLÍNICA X PRÁTICA TRANSFUSIONAL Cuidados na avaliação e acompanhamento dos efeitos transfusionais. FAT HEMOVIGILÂNCIA (HARMENING, D. M. In: Modern Blood Banking and Transfusion Pratices. 5º Ed. Philadelphia: F.A. Davis company, 2005. )

DIAGNÓSTICO CLÍNICO DAS COMPLICAÇÕES TRANSFUSIONAIS Febre - elevação de temperatura de 1ºC ou acima de 37,8ºC se afebril. Taquicardia, calafrios com ou sem febre. Dor no local da infusão ou no tórax, abdome e flancos. Angústia Respiratória, incluindo dispnéia, taquipnéia e hipoxemia. Alteração da pele, incluindo rubor, prurido, urticária, edema generalizado. Alteração da PA - Hipertensão ou hipotensão. Náuseas com ou sem vômitos Choque circulatório combinado com febre, calafrio, hipotensão e falência cardíaca (Choque Séptico). Sem febre+colapso circulatório (Choque Anafilático). Mudança na coloração da urina.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Ter amostra pré-transfusional coletada para prova de compatibilidade e estudos imunohematológicos; Coletar amostra pós- transfusional ou após interrupção da transfusão em caso de suspeita de complicação transfusional; Manter a bolsa mãe do hemocomponente e obter bolsa de transferência do sangue que estava em uso durante a transfusão.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS COMPLICAÇÕES NÃO INFECCIOSAS

CONCENTRADO DE HEMÁCIAS Aumentar a capacidade de carreamento de oxigênio em pacientes anêmicos sem aumentar o volume sangüíneo. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS 10 ml / Kg / peso Preservação - 4ºC Validade - CPDA1 (35 dias) – SAG-M ( 42 dias) Inspeção visual da bolsa – cor vermelho rutilante

CONCENTRADO DE HEMÁCIAS Deleucotisado ( filtrado ) Diminuir a transmissão viral de infecções durante a transfusão de sangue. Reações febris recorrentes não hemolíticas. Evitar alo-imunização por antígeno do sistema HLA classe I. Lavado Irradiado Reações alérgicas graves Deficiência de IgA Receptores MO TIU Transfusão entre familiares Neonatos que receberam TIU e necessitam TST Prematuros Doença de Hodgin

PLASMA FRESCO CONGELADO Transfusão de múltiplos fatores baixa produção - hepatopatias maior consumo - infeccção PTT 10 ml / Kg / peso Preservação e Validade - a menos 20ºC - 22ºC – 12 meses; a menos 30ºC – 18 meses Inspeção visual da bolsa – plasma avermelhado, turvo (gordura). Descongelamento - 37ºC

CONCENTRADO DE PLAQUETAS TROMBOCITOPENIA Leucemias, Falência medular, coagulopatias. Preservação e Validade - a menos 20ºC - 22ºC – 12 meses; a menos 30ºC – 18 meses Inspeção visual da bolsa – plasma avermelhado, turvo (gordura). Descongelamento - 37ºC Em geral - 1 U / 10Kg de peso corporal – podendo ser mais um menos Refratriedade – baixo aproveitamento – contagem 1 hora após.

CRIOPRECIPITADO F VIII :C (80 a 100 U), F VIII: fvW Fibrinogênio (250 mg) Fator VIII:C F XIII.

CONCENTRADO DE GRANULÓCITOS Neutropenia < 500 / mm³, febril Candidatos a transplante de M.O. : irradiar o CG (linfócitos )

OBRIGADA