Gestão da Responsabilidade Socioambiental

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Transcrição da apresentação:

Gestão da Responsabilidade Socioambiental SUSTENTABILIDADE Fonte figura: Projeto Sigma Paula Chies Schommer Set 2011

X Responsabilidade Socioambiental Valorização da diversidade, visão ampliada de riqueza e progresso Inovação x regulação Liberdade x civilização? Integração internacional: pressões e padrões Maior permeabilidade das fronteiras entre o público o privado Redefinição de papéis das organizações e novas formas de articulação entre elas; Percepção da interdependência dos fenômenos; Necessidade de ação articulada; corresponsabilidade de múltiplos atores Elementos do contexto atual e gestão contemporânea Avanços científicos, tecnológicos, políticos, sociais X Desafios básicos na garantia de direitos mínimos às populações: alimentação, moradia, segurança, qualidade do ar e da água etc. Preocupações com ameaças dos fenômenos ambientais e sociais Oportunidades para novos negócios Paula Chies Schommer

Estado como principal agente do desenvolvimento Responsabilidade Socioambiental Brasil: elementos históricos e contextuais Estado como principal agente do desenvolvimento Anos 1940/50: empresas estatais: desenvolvimento e serviços públicos “Homens de bem”: ação social principalmente por meio da Igreja Desigualdade histórica, sempre se atualizando Anos 1970 – Início do processo de reforma do Estado e de redemocratização 1985 a 2010 – consolidação de instituições democráticas – década perdida e retomada do crescimento Década 2010 – perspectivas de crescimento econômico, avanços políticos, redução da pobreza? Desigualdade e injustiça persistem? Novos desafios

E O DESENVOLVIMENTO FOI GANHANDO ADJETIVOS... Desenvolvimento como crescimento econômico Desenvolvimento Humano (PNUD) Sustentável Solidário ou alternativo Desenvolvimento como liberdade humana Desenvolvimento local, territorial, comunitário Ecodesenvolvimento Anti-desenvolvimento Fonte foto: www.terra.com.br Paula Chies Schommer

Definição ampliada de riqueza: bens materiais tangíveis + valores intangíveis ou éticos: preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável, dignidade no trabalho, direitos do consumidor, liberdade, democracia ... Paula Chies Schommer

O tripé como base e a interdependência como pressuposto Responsabilidade Socioambiental A definição de desenvolvimento sustentável O tripé como base e a interdependência como pressuposto A famosa definição do Relatório Brundtland (1987): Desenvolvimento sustentável é aquele que... “... busca atender as necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.” Econômico Envolve solidariedade: inter-gerações intra-geração: minorias e desigualdades inter-espacial: entre regiões e países Ambiental Social Paula Chies Schommer

Desilusão com liberalismo Profissionalização da gestão Influência socialismo e movimentos antitrust Debate sobre condições de trabalho, ética dos executivos e filantropia 1960 a 1980 Mobilização cívica e revolucionária Avanços científicos e movimentos ambientalistas Crise do capitalismo Surgimento da Business ethics (filosofia e gestão) Distinção entre filantropia e responsabilidade: base para corrente Business & Society 1980 aos dias atuais Avanço de políticas neoliberais Globalização e Financeirização da economia Flexibilização da produção Debates sobre desenvolvimento sustentável Consolidação Business & society e surgimento Social issues management Fonte: Kreitlon, 2004

Gestão Ambiental – alguns eventos (Nascimento, 2007) 1950 1953 - Acidente de Minamata (Japão) derramemento Mercúrio – 700 mortos e 9000 doentes crônicos 1957 – Tcheliabinski (URSS) – primeiro acidente nuclear 1960 1962 – Livro: “A Primavera Silenciosa, de Rachel Carson – alerta para perigos de pesticidas e poluentes 1970 1972 – Relatório “Os limites do crescimento” – por um grupo de cientistas para a Clube de Roma 1972 – Conferência de Estocolmo – 1ª da ONU para meio ambiente – 113 países, 250 ONGs. Criação de órgãos de controle ambiental em vários países, criação do PNUMA 1976 – Acidente Seveso – Itália – incêndio indústria pesticidas, emissão de dioxinas 1978 – Selo Ecológico (Alemanha) – primeiro selo ecológico – “Anjo Azul”

Gestão Ambiental – alguns eventos (Nascimento, 2007) 1984 1986 1987 1988 1989 Acidente de Bohpal (Índia) – gases tóxicos na atmosfera – Union Carbide. 3.300 mortos e mais de 20.000 doentes crônicos Acidente Nuclear de Chernobil (Ucrânia) – 31 mortos, 134 pessoas com síndrome aguda de radiação e 237 suspeitas. Desde o acidente, 35.000 casos de câncer na região Acidente de Basiléa (Suiça) – 30.000 litros de pesticida no Rio Reno – 500 mil peixes mortos Relatório “Nosso Futuro Comum” (Relatório Bruntland” Protocolo de Montreal – proíbe CFCs Constituição Brasileira – Cap. VI: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado...” Acidente Exxon Valdez (Alasca) 37 milhões de litros de óleo no mar Convenção da Basiléia (Suiça) – regulamenta a movimentação transfronteiriça de resíduos perigosos

Protocolo de Quioto – Convenção sobre Mudanças Climáticas Gestão Ambiental – alguns eventos (Nascimento, 2007) 1992 1997 Rio 92 – 2ª Conferência ONU para o Meio Ambiente – 172 países, 10.000 participantes. Resultados: Agenda 21; Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade; Princípios para a administração sustentável de florestas Criação do CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável Protocolo de Quioto – Convenção sobre Mudanças Climáticas Lançamento da Norma ISO 14.001 2001 2002 2007 2008 2009 2010 Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes Rio + 10 – Convenção ONU – Joannesburgo (África do Sul) 2º Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas ONU – 2.500 cientistas, 130 países Crise econômica Conferência de Copenhagen (dados manipulados?) Acidente BP Golfo do México Lançamento Norma ISO 26000 Preparação para a Rio + 20

Direitos e Deveres Cidadania Ética e Responsabilidade Social (Kreitlon, 2004) Moral e Valores (Abordagem normativa) Problemas sociais como variáveis a serem consideradas na gestão RSE como vantagem competitiva (Abordagem gerencial ou estratégica) Direitos e Deveres Cidadania (Abordagem contratual)

Abordagem ética ou normativa Ramo da ética aplicada Responsabilidade Socioambiental Abordagens – Etica e RSE (Kreitlon, 2004) Ética empresarial (Business Ethics) Abordagem ética ou normativa Ramo da ética aplicada Tratamento filosófico, normativo, moral, baseado em valores Mercado e Sociedade (Business & Society) Ab. social ou contratual Perspectiva sociopolítica Abordagem contratual e inter-relacionada entre empresas e sociedade Gestão questões sociais (Social issues management) Ab. gerencial ou estratégica Natureza utilitária Problemas sociais como variáveis a serem consideradas na gestão estratégica RSE como vantagem competitiva e como oportunidade de negócio

Empresas são muito poderosas para ficar fora do debate público Responsabilidade Socioambiental Diferentes visões sobre o papel das empresas Visão crítica Empresas como vilãs Visão liberal Responsabilidade das empresas: empregos, lucros, impostos. O social não é de sua competência específica Visão política Empresas são muito poderosas para ficar fora do debate público Paula Chies Schommer

Filantropia (Amor ao Homem) Cidadania corporativa (direitos e deveres) Responsabilidade Socioambiental Antigas e novas palavras em nosso repertório Ética Filantropia (Amor ao Homem) Cidadania corporativa (direitos e deveres) Responsabilidade social – stakeholders (partes interessadas) Sustentabilidade Governança (Corporativa) Investimento social privado Comércio Justo Consumo consciente Marketing Marketing social Marketing relacionado a uma causa Fonte fotos: HELP - PER UNA VITA SENZA TABACCO - CAMPAGNA ITALIANA ANTI-TABAGISMO e Instituto Ronald McDonald Paula Chies Schommer

Pirâmide da Responsabilidade Social de A. Carroll Filantrópica Ética voluntária Ética normas, padrões e expectativas da sociedade Legal conformidade a leis e regras Econômico ser lucrativo

 

Tipologias mais comuns: estágios da responsabilidade socioambiental Defensiva Reativa Proativa Paula Chies Schommer

1 2 3 4 Categoria / Motivação para engajamento em RSE Nascem para RSE Responsabilidade Socioambiental Categoria / Motivação para engajamento em RSE 1 Nascem para RSE 2 Crise como motivador principal 3 Movem-se em estágios (elementar, engajada, inovadora, integrada, transformadora) 4 Querem mudar as “regras do jogo” Ex: foco na base da pirâmide Novas Tecnologias Fonte: Philip Mirvis Paula Chies Schommer

Elementar - obrigações legais Responsabilidade Socioambiental Elementar - obrigações legais Engajado - filantropia, proteção ambiental Inovador - envolvimento das partes interessadas Integrado - desenvolvimento sustentável Transformador - mudando o jogo: empresas na sociedade Estágios da Responsabilidade Social Fonte: Boston College Centre for Corporate Citizenship, 2010

Quais padrões mínimos devem ser comuns? O que pode ser diferenciado? Responsabilidade Socioambiental Perfis de empresas - RSE Franklin (2008) – The Economist Retardatários Seguidores / imitadores Líderes, Pioneiros, Inovadores Há lugar para todos? Quais padrões mínimos devem ser comuns? O que pode ser diferenciado? Paula Chies Schommer

Responsabilidade Socioambiental “Empresas ganhadoras e líderes do Século 21 são as que incorporam as oportunidades que emergem do conhecimento e da análise dos desafios, tendências e expectativas da sociedade, integrando-os em suas estratégias e fazendo o que sabem fazer de melhor – negócios, de maneira que seu engajamento seja sustentável”. Julio Moura – Grupo Nueva (BID/Ethos, 2006) Paula Chies Schommer

Responsabilidade Socioambiental Há muitas razões para o mercado envolver-se com questões sociais... As razões dificilmente são as mesmas de uma empresa para outra, mas os benefícios, para os negócios e para a sociedade, mostrarão que se deve incentivar a maior participação do mercado, sem suspeitas prévias sobre seus motivadores. Para sensibilizar e formar uma massa de atuação social no setor empresarial é preferível utilizar argumentos de negócios do que esperar pelo senso cívico ou filantrópico. Fonte: Logan e outros, 1997

Fatores que mais influenciam movimento da RSE atualmente Responsabilidade Socioambiental Fatores que mais influenciam movimento da RSE atualmente Fundos de investimento socialmente responsáveis Opinião pública Oportunidades de mercado Identidade (empresas não querem ser identificadas como poluidoras, exploradoras etc) Oportunidade de redução de custos Fonte: Philip Mirvis Paula Chies Schommer

Novas exigências para legitimação social das organizações Responsabilidade Socioambiental Tendências Novas exigências para legitimação social das organizações Novas estratégias de pressão sobre empresas e governos Espaço público compartilhado, permeabilidade das fronteiras entre público e privado e corresponsabilidade por questões públicas Responsabilidade social empresarial como diferencial competitivo Problemas sociais e ambientais como oportunidades de negócios Gestão da responsabilidade social na cadeia de valor – novos canais de comunicação e de controle Profissionalização da gestão Articulação e consolidação de ferramentas de gestão Paula Chies Schommer

Sociedades/Sistemas sociais Responsabilidade Socioambiental Do individual ao coletivo, do coletivo ao individual Micro Indivíduos Meso Grupos/Comunidades/ Organizações Macro Sociedades/Sistemas sociais Valores Cultura Poder Tecnologias Instrumentos Política Gestão Fonte: Schommer, 2009, p. 71

Ética nos negócios: níveis de análise e tipos de abordagem Responsabilidade Socioambiental Ética nos negócios: níveis de análise e tipos de abordagem Descritiva Normativa Analítica Ética do sistema Ética do indivíduo Ética da organização Fonte: Goodpaster (1992). Paula Chies Schommer

Responsabilidade Socioambiental Interdependência das dimensões de ação Como a questão da responsabilidade socioambiental afeta cada um de nós? Indivíduo Organização Sociedade Paula Chies Schommer

Vídeo – TED X – Fábio Barbosa Responsabilidade Socioambiental Vídeo – TED X – Fábio Barbosa Reforma de Valores http://www.tedxsaopaulo.com.br/fabio-barbosa/ Paula Chies Schommer

Sociedades/Sistemas sociais Do individual ao coletivo, do coletivo ao individual Micro Indivíduos Meso Grupos/Comunidades/ Organizações Macro Sociedades/Sistemas sociais Valores Cultura Poder Tecnologias Instrumentos Política Gestão Fonte: Schommer, 2009, p. 71

Instrumentos de diagnóstico, planejamento e avaliação Pactos, Declarações, Princípios Declaração dos Direitos Humanos Declaração do Rio ou Agenda 21 Carta da Terra Metas do Milênio Pacto Global Princípios de Governança Corporativa (OCDE) Erradicação Trabalho Escravo A gestão da responsabilidade socioambiental Instrumentos de diagnóstico, planejamento e avaliação Comunicação com as partes interessadas por diferentes canais (relatórios, eventos, visitas, selos, ouvidoria,...) Gestão da Cadeia de Valor Métodos de produção (Ex: produção + limpa), ecoeficiência Gerenciamento de resíduos Finanças sustentáveis (pactos, fundos, crédito, índices Gestão estratégica do Investimento Social Privado Prêmios, incentivos, selos Instrumentos Gestão (setoriais, países) Indicadores RSE – Ethos e outros SA 8000 Série Normas ISO - 9000, 14001, 26000 OHSAS 18001, NBR 16001 AA 1000 Relatórios de Sustentabilidade (GRI, IBASE) Paula Chies Schommer

Responsabilidade Socioambiental Fonte: www.pnud.org.br Paula Chies Schommer

Fonte: www.pactoglobal.org.br Responsabilidade Socioambiental Princípios de Direitos Humanos 1. Respeitar e proteger os direitos humanos; 2. Impedir violações de direitos humanos; Princípios de Direitos do Trabalho 3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho; 4. Abolir o trabalho forçado; 5. Abolir o trabalho infantil; 6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho; Princípios de Proteção Ambiental 7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; 8. Promover a responsabilidade ambiental; 9. Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente. Princípio contra a Corrupção 10. Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina. Fonte: www.pactoglobal.org.br Paula Chies Schommer

Responsabilidade Socioambiental Paula Chies Schommer

Responsabilidade Socioambiental Mercado financeiro Paula Chies Schommer

Fairness – senso de justiça e equidade de direitos Responsabilidade Socioambiental PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (Andrade e Rossetti, 2007): Fairness – senso de justiça e equidade de direitos Disclosure – transparências quanto aos resultados, oportunidades e riscos Accountability – prestação responsável de contas Compliance – conformidade com instituições legais e marcos regulatórios No Brasil reforma Lei SA: mudanças nas demonstrações contábeis; critérios CVM; Linhas créditos BNDES para empresas com melhores práticas de governança; Critérios mais exigentes para fundos de pensão Novo Mercado BOVESPA Paula Chies Schommer

Finanças Sustentáveis Responsabilidade Socioambiental Finanças Sustentáveis Ampliação do acesso a serviços bancários e a crédito Microcrédito Crédito responsável Análise de crédito – Princípios do Equador Financiamentos socioambientais Seguros ambientais Mercado de créditos de carbono Fundos de investimento socialmente responsáveis (Fundos SRI – Socially Responsible Investment) Transparência Combate à lavagem de dinheiro Segurança da informação

Sem deixar de ser rentável e competitivo Responsabilidade Socioambiental Atuação ética e socialmente responsável em todas as etapas da atividade produtiva, em relação a cada parte interessada (stakeholders) Sem deixar de ser rentável e competitivo Instituto Ethos – Localizador de Ferramentas de Gestão em RSE Fonte: www.ethos.org/sistemas/conceitos_praticas/localizador

Indicadores Ethos de RSE Justificar

Indicadores Ethos de RSE

http://www.accountability21.net/ (AA 1000) Responsabilidade Socioambiental Modelos de relatórios http://www.accountability21.net/ (AA 1000) Paula Chies Schommer

Global Reporting Initiative – GRI (www.globlalreporting.org) Ong internacional de origem ambiental – CERES – Boston Motivação: canal de diálogo e exposição pública de informações sobre as empresas Objetivo principal: transparência Foco: multistakeholders Versões: 1999, 2002 e 2006 Diretrizes GRI – diretrizes para elaboração de relatórios que abordam aspectos relacionados à sustentabilidade econômica, social e ambiental das organizações Divididas em: Princípios Indicadores de performance (econômico, ambiental, trabalho, direitos humanos etc.) Protocolos técnicos (buscam padronizar formas de coleta de dados)

Amplo processo de discussão pública das diretrizes, com participação de distintos setores Em construção: sistema eletrônico para envio de dados (comparabilidade) Novo foco: valorização pelo mercado financeiro para a tomada de decisões Por ser de âmbito global, padrões são avançados para alguns países, elementares para outros

Responsabilidade Socioambiental Gerenciando impactos na cadeia de valor Paula Chies Schommer

Natura Cosméticos – Relatório Anual 2008 – Página 8 Exemplo: Cadeia de Valor Natura Etapa 2: processo industrial e processos internos Etapa 1: extração e transporte de matérias primas e embalagens Etapa 3: venda de produtos (transporte e distribuição) Etapa 4: uso de produtos e descarte de embalagens Natura Cosméticos – Relatório Anual 2008 – Página 8

Responsabilidade Socioambiental Gerenciando impactos na cadeia de valor Dole - Produtos orgânicos com número de registro que permite ao consumidor o rastreamento da cadeia produtiva desde o plantio. Paula Chies Schommer

Desafios sociais e ambientais como oportunidades para novas concepções de negócios Novas fontes de energia e eficiência no uso de recursos energéticos Energia de biomassa, eólica, solar, geotérmica, do mar, biodiesel, etanol Padrões produtivos e de consumo que reduzem consumo de energia Redução e reciclagem de resíduos e logística reversa Responsabilidade de consumidores e produtores no sentido de reutilizar, reduzir e reciclar resíduos Novos produtos, serviços e tecnologias Que atendam a novas necessidades sociais e ambientais, a novos padrões de consumo e a necessidades não atendidas de populações de baixa renda Ecodesign Produtos projetados considerando critérios de consumo de energia na produção e no consumo de bens, como qualidade, durabilidade, modularidade, reciclabilidade, embalagem, vida útil Dos produtos aos serviços Exemplo da Interface (empresa de carpetes), que migrou da tradicional venda para o aluguel (leasing) de carpetes; AMD; GE Ecoimagination Selos verdes ou rótulos ambientais Selos ou rótulos em produtos comerciais, que asseguram que tais produtos foram produzidos sem explorar bens naturais de maneira degradante ou que seu uso, embalagem ou resíduo não causam malefícios ambientais Produção orgânica, permacultura, agricultura familiar Sistemas de produção orgânica e agricultura menos poluentes e mais adaptados às necessidades e recursos de cada região Comércio Justo (Fair Trade) Iniciativas que visam a garantir melhores condições socioeconômicas aos trabalhadores, por meio de lógica de comercialização mais justa, com preço mínimo garantido em toda a cadeia de valor Paula Chies Schommer

A Riqueza na Base da Pirâmide - Brasil (2005) Responsabilidade Socioambiental Negócios na base da pirâmide Stuart L. Hall “Capitalism at the Crossroads: The Unlimited Business Opportunities in Solving the World´s Most Difficult Problems” (2005) Brasil: “Capitalismo na Encruzilhada” (2006) C.K. Prahalad A Riqueza na Base da Pirâmide - Brasil (2005) Redução da pobreza e da desigualdade via mercado Paula Chies Schommer

Responsabilidade Socioambiental Arquitetura sustentável Sede do Serasa em São Paulo ecoeficiência – sistema de ar- condicionado inteligente, sensores nas torneiras, aproveitamento de luz natural, reuso de água, sistema de reciclagem. Ecohouse Urca – laje verde, ventilação cruzada, janelas redimensionadas para aproveitamento de energia natural, água reciclada e aproveitamento da água da chuva, aquecimento da água da casa é feito por energia solar, uso de madeira certificada na construção.

Redução da altura do teto Iluminação Natural “Parede verde” Loja Ecoeficiente – Wal-Mart Supercenter Granja Viana - SP Redução da altura do teto Iluminação Natural “Parede verde” A loja de Granja Viana, inaugurada aqui em São Paulo no ano passado contempla atualmente o maior número de iniciativas (das 58 ela possui 23) de construções sustentáveis tais como..... Vidro espelhado Muro de contenção com gabião Área de preservação (170 novas árvores nativas de Mata Atlântica). Piso de concregrama

Loja Ecoeficiente – Wal-Mart 1 9 10 Prédio Eficiente 10.1 Construção de elevações progressivas 10.2 Redução da altura das lojas 10.3 Uso de vidros reflexivos 10.4 redução do uso de vidros 10.5 Iluminação zenital mais eficiente 10.6 Teto verde 8 Sistema de Energia Renovável 1.1 Turbina eólica 1.2 Fonte de energia fotovoltaica Treinamento e Educação 9.1 Treinamento para os responsáveis e para a equipe operacional 9.2 Workshops para os clientes 9.3 Comunicação visual das iniciativas Paisagismo 8.1 Paisagem com árvores adultas 8.2 Vagas especiais para "carpooling" 8.3 Vagas especiais para bicicletas 8.4 Plantar árvores para ajudar a neutralizar as emissões de CO2 8.5 Pavimento de concreto/grama 8.6 Manutenção das árvores existentes 2 Eficiência em Energia 2.1 Sensores de movimento nos escritórios administrativos 2.2 Sistema completo de gerenciamento de energia 2.3 Aquecedores solares (painéis) 2.4 Cabos de baixa emissão de gases 2.5 Iluminação T5 no estacionamento e subsolo. 2.6 Iuminação T5 Lighting at administratives Areas (offices) 2.7 7% de redução do nivel de iluminação 2.8 Iluminação LED nos “backlights” 2.9 Iluminação LED nas portas de refrigeradores 2.10 Ceras especiais no piso de vendas para refletir iluminação 7 Gerenciamento de Resíduos e Reciclagem 7.1 Gerenciamento de resíduos durante a construção 7.2 Estações de Coleta e Central de Resíduos 7.3 Uso de madeira certificada 7.4 Gerenciamento de resíduos - clientes 7.5 Gerenciamento de resíduos - operacional 3 Este é o cardápio de iniciativas de construções sustentáveis – 58 iniciativas no total. Primeira loja ecoeficiente em 2008, a qual contemplará 100% das iniciativas listadas nesta lâmina. No entanto, temos implantado iniciativas de construções sustentáveis em todas as nossas novas lojas e também nas reformas das lojas existentes desde 2005. A loja obedece a padrões construtivos de baixo impacto ambiental, a unidade funcionará como laboratório experimental de novas tecnologias e materiais alternativos para outras unidades da rede. Também abrigará programas de conscientização de clientes. Todos os componentes de madeira contarão com certificado de manejo sustentável de florestas. O uso de concreto poroso nas passarelas e nas calçadas e a criação de compartimentos de retenção possibilitarão a recuperação de toda a água da chuva no terreno, para uso nos jardins e nos sanitários. o telhado terá o “teto verde”, cobertura isolante de carga térmica que reduz o consumo de energia, absorve água e permite o cultivo de pequenas plantas. sistemas de reutilização e reciclagem reduzirão o descarte de resíduos. O Wal-Mart é membro fundador do Green Building Council, organização não-governamental sem fins lucrativos que promove políticas e técnicas de construção sustentável 4 5 Sistema de Refrigeração 3.1 Painéis de espuma 3.2 Piso isolante 3.3 Portas dos refirgeradores e freezers com fechamento automático 3.4 Reaproveimento da água quente do Rack House 3.5 RTU's mais eficientes 3.6 Sistema paralelo com Glicolpropileno 3.7 Sistema de protocolo 3.8 redução de espaço nos refrigeradores, freezers e salas de preparação 3.9 Sistema de refrigeração CO2 Armazenamento de Água da Chuva 5.1 Concreto poroso nas áreas de circulação e calçadas 5.2 Área de retenção 5.2 Tanque de retenção 6 Seleção de materiais orgânicos e reciclados 4.1 Madeira certificada 4.2 Tinta á base de água 4.3 Chão de concreto exposto 4.4 Portas flexíveis feitas de material reciclado 4.5 Uso de gabião 4.6 Vidros reciclados 4.7 Drywall reciclado Conservação de Água 6.1 Reuso de água da chuva nos banheiros e nos jardins 6.2 Faucets com sensores de movimento 6.3 Fluxo de água com ar pressurizado para minimizar o volume de água 6.4 Menor utilização de água nos Mictórios 6.5 Mictórios secos

Paula Chies Schommer - Nov 2009 Responsabilidade Socioambiental Novos produtos e comportamentos Electrolux - modelo LT60. A máquina de lavar suporta até 6kg de roupas, tem 3 níveis de água e conta com um sistema de reaproveitamento da água do último enxágüe, que se pode usar para regar as plantas, dar a descarga ou lavar o quintal. Paula Chies Schommer - Nov 2009

Celular Verde – Motorola (MOTOTM W233 Eco) Responsabilidade Socioambiental Celular Verde – Motorola (MOTOTM W233 Eco) 25% da estrutura externa feita com plástico reciclado de garrafas kit do aparelho é 100% reciclável; embalagem e manual com papel reciclado Bateria com maior vida útil e com até nove horas de conversação 1º do mundo com certificado CarbonFree (parceria com a Carbonfund.org, o carbono emitido na fabricação e na distribuição e uso do celular será compensado com investimentos em projetos de preservação, reflorestamento e energia renovável No Brasil, os recursos serão destinados para um programa de tratamento de água, em Vargem Bonita (SC). Fonte: www.clicrbs.com.br Acesso 25 Março 2009.

Fonte: http://www.itautec.com.br Responsabilidade Socioambiental A brasileira Itautec desenvolveu computadores compatíveis com a diretriz européia RoHS, que prevê a não utilização de metais como chumbo e cádmio na fabricação. A USP decidiu adotar critérios de sustentabilidade na substituição de seus equipamentos e comprou da Itautec, concedendo um selo verde aos produtos. Fonte: http://www.itautec.com.br Acesso em 22 Abr 2009.

Caixa Ecológico - Supermercado Festval Barigüi, Curitiba Responsabilidade Socioambiental Caixa Ecológico - Supermercado Festval Barigüi, Curitiba A idéia do projeto de mestrado da designer Dulce Albach, funciona como um caixa comum, com a diferença de que possui um contêiner para a pessoa já deixar ali mesmo as embalagens que jogaria no lixo ao chegar em casa. Depois, o material é encaminhado para reciclagem e a receita doada para uma organização. Fontes: Revista Vida Simples – Embalado para o futuro http://www.superfestval.com.br/cia/resp_social/resp_social_caixas.html

Sacola Oxi-Biodegradável- plástico que se decompõe em 18 meses Responsabilidade Socioambiental Sacola Oxi-Biodegradável- plástico que se decompõe em 18 meses Fonte: http://www.superfestval.com.br/cia/resp_social/resp_social_caixas.html,

Embalagens – Wal Mart Água de 5L - reduziu 8g de plástico por garrafa. Responsabilidade Socioambiental Embalagens – Wal Mart Água de 5L - reduziu 8g de plástico por garrafa. - Economia de 39,94 kg de pet por caminhão; - Economia de 27.164 garrafas de pet por ano. 4t a menos de C02 equivalente Embalagem impressa em sistema Cyrel@FAST (reduz o consumo de energia e elimina o uso de solventes – evitando o efeito estufa) Ainda na área de resíduos temos um enorme desafio aqui para modificar as nossas embalagens buscando soluções mais amigáveis para o meio- ambiente e eliminando material desnecessário para diminuir não só a utilização destes recursos mas também os custos com transporte que embalagens maiores podem significar. O ganho destas reduções é muito significativo e nos dá a dimensão exata do que temos como potencial. Já temos modificado muito em nossas embalagens de marcas próprias mas também já temos alguns parceiros que tem trazido soluções. Embalagens com certificado FSC (Forest Stewardship Council). Impressão feita em gráfica certificada.

Embalagens sustentáveis Responsabilidade Socioambiental Embalagens sustentáveis Plástico feito cana-de-açúcar – Brasken Isopor feito de fécula de mandioca e de milho, e casca de laranja com CO2 Revista Dinheiro Rural de julho de 2007

Embalagens sustentáveis Responsabilidade Socioambiental Embalagens sustentáveis Resina Ecobrás feita de milho - Basf garrafas feitas de milho, substituindo o plástico – Belu

Como alinhar sustentabilidade e competitividade? Responsabilidade Socioambiental Algumas perguntas... É possível combinar a visão de longo prazo da perspectiva sustentável com a visão de curto prazo da lógica do mercado? Como alinhar sustentabilidade e competitividade? É possível um “capitalismo sustentável”, que preserva recursos disponíveis e, ao mesmo tempo, incentiva o consumismo? Seriam suficientes reformas graduais, ou precisamos de revoluções? Ou ambas? Paula Chies Schommer

Crença de que o papel central na área social não é das empresas Responsabilidade Socioambiental Alguns dilemas da ação empresarial Natureza das empresas e do sistema na qual estão inseridas: foco no lucro e eficiência Responsabilidade socioambiental ainda é secundário para muitas empresas Crença de que o papel central na área social não é das empresas Ninguém quer ser o responsável pela definição de novos padrões (colocar a cabeça à frente do grupo) Pouco poder de pressão da sociedade sobre as empresas A maioria das empresas ainda prioriza a filantropia Paula Chies Schommer

Vídeo – TED – Chimamanda Adichie O perigo da história única Responsabilidade Socioambiental Vídeo – TED – Chimamanda Adichie O perigo da história única http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html Paula Chies Schommer

Guarda-chuva da RSE Fonte: GIFE Paula Chies Schommer

doações filantrópicas compartilhando capacidade gerencial e técnica Responsabilidade Socioambiental Investimento social privado: doações filantrópicas compartilhando capacidade gerencial e técnica programas de voluntariado empresarial iniciativas de marketing social apoiando iniciativas de desenvolvimento comunitário Atuando em parceria com governos, ONGs, outras empresas, em torno de desafios compartilhados Paula Chies Schommer

Tipos de Investimento Social Privado Responsabilidade Socioambiental Tipos de Investimento Social Privado Investimento social corporativo Investimento social comunitário Investimento social familiar Venture philanthropy Diaspora philanthropy Social investment funds Paula Chies Schommer

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – www. ipea. gov IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – www.ipea.gov.br/asocial Região Montante Investido* Montante / PIB 2000 2004 Sudeste 5,7 bilhões 3,3 bilhões 0,66 0,34 Nordeste 406,6 milhões 537 milhões 0,20 0,22 Sul 500 milhões 562,7 milhões 0,19 Centro-Oeste 184 milhões 240,8 milhões 0,16 0,18 Norte 75 milhões 93,8 milhões 0,10 0,11 Brasil 6,9 bilhões 4,7 bilhões 0,43 0,27 Gasto Social em Ações para a Comunidade - INPC Em valores constantes de 2004. Deflacionado pelo INPC médio anual . Fonte: IPEA/Pesquisa Ação Social das Empresas, 2006

GIFE – GRUPO DE INSTITUTOS, FUNDAÇÕES E EMPRESAS Estágios da Gestão do Investimento Social Privado Ao longo de seu envolvimento com a área social, as empresas costumam passar por diferentes fases. Atualmente, apesar do discurso na área privada já estar bastante “profissional”, a prática ainda se aproxima mais das fases 1 e 2 Este modelo deve ser entendido como a descrição de tipos “ideais” – não se espera que sejam encontrados perfeitamente na observação de situações reais A seguir vem uma breve descrição de cada fase. Por último, mostra-se um detalhamento das principais dimensões e indicadores que devem ser observados ao se entender quais os estágios que melhor descrevem o momento da organização estudada

GESTÃO DO ISP nesta fase, as organizações geralmente se envolvem por decisão pessoal do fundador ou dos diretores, atuando de forma pouco estruturada (campanhas esporádicas, doações eventuais, reagindo a demandas da comunidade) à medida que o envolvimento aumenta, é comum a empresa começar a financiar e/ou desenvolver diversos projetos, nas mais diversas áreas, sem se preocupar se fazem sentido entre si ou se estão alinhados com a empresa essa fase é caracterizada pela busca de foco, em geral como resultado de algumas perguntas fundamentais: qual o sentido do que estamos fazendo? que resultados os projetos estão alcançando? como podemos melhorar nossa ação nessa área? se os meses de busca derem resultado, inicia-se uma ação social mais estruturada, com clareza dos objetivos e das estratégias para atingi-los. É muitas vezes nesse momento em que se criam ou se reestruturam institutos / fundações algumas poucas organizações chegam a este último estágio, passando a se preocupar com a questão de escala: como ampliar o impacto da ação desenvolvida? como beneficiar, além da comunidade local, o sistema público como um todo? 1 2 3 4 5

DIMENSÃO DOS PROCESSOS DIMENSÃO DOS RESULTADOS GESTÃO DO ISP Estrutura Decisória personalista / não-estruturada organizada, governança estruturada Planejamento e Plano de Ação reativo, modelos mentais não-sociais planej. estratégico, ações organiz. Recursos (humanos, financeiros) voluntarismo, não regular quadros técnicos, sustentabilidade Alinhamento com a empresa nenhum alinhamento estratégico Relacionamentos Externos reativo, desconhecimento planejado, integrado e coerente (comunicação, parcerias, comunidade) com a ação social Definição do programa “criatividade ingênua” busca por modelos de referência Execução / Acompanhamento ou faz tudo ou acompanha de longe atenção ao o processo Avaliação se faz, é primitiva foco em processo e resultado DIMENSÃO DOS PROCESSOS Para os beneficiários minoração dos problemas/ sintomas causas / emancipação Para a empresa / organização satisfação pessoal do líder retorno positivo e “educação social”, boa influência na cultura da empresa Impacto desejado melhoria local, pontual escala, mudança de sistema DIMENSÃO DOS RESULTADOS

É preciso “vontade política de fazer esta escolha”. “Temos muitos problemas, mas possuímos todos os recursos para resolvê-los.” É preciso “vontade política de fazer esta escolha”. Pelo poder que concentram, empresas não podem ficar fora da discussão e das ações Estratégia das duas cenouras Paula Chies Schommer

“A questão principal não é a tecnologia, mas a política “A questão principal não é a tecnologia, mas a política. O grande desafio do século XXI é o da mudança do sistema de valores que está por trás da economia global, de modo a torná-lo compatível com as exigências da dignidade humana e da sustentabilidade ecológica.” Fonte: (Capra, 2002, pg. 268) Paula Chies Schommer

Ampliação do espectro do possível Responsabilidade Socioambiental “... a realidade não se reduz ao que existe. A realidade é um campo de possibilidades em que têm cabimento alternativas que foram marginalizadas ou que nem sequer foram tentadas” (Santos e Rodríguez, 2002:25) Ampliação do espectro do possível Práticas suficientemente utópicas para desafiar o status quo e suficientemente viáveis para não serem descartadas Paula Chies Schommer

Paula Chies Schommer E-mail: paulacs3@gmail.com