Plantas Medicinais e Fitoterapia: noções básicas

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Transcrição da apresentação:

Plantas Medicinais e Fitoterapia: noções básicas Profa. Ana Rita Novaes

Plantas Medicinais e Fitoterapia Terapêutica caracterizada pelo “uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”.

Histórico A primeira referência escrita sobre o uso de plantas como remédios - obra chinesa Pen Ts'ao ("A Grande Fitoterapia"), de Shen Nung, 2800 a.C. No Egito, antigos papiros mostram que, a partir de 2000 a.C., diversos médicos utilizava as plantas para tratamento. Consideravam a doença como resultado de causas naturais e não como conseqüência dos poderes de espíritos maléficos. No Papiro Ebers, que data de cerca de 1500 a.C., foram mencionadas cerca de 700 drogas diferentes, incluindo extratos de plantas, metais como chumbo e cobre, e venenos de animais de várias

O uso de plantas medicinais na arte de curar é uma forma de tratamento de origens muito antigas, relacionada aos primórdios da medicina e fundamentada no acúmulo de informações por sucessivas gerações. Ao longo dos séculos, produtos de origem vegetal constituíram as bases para tratamento de diferentes doenças. Desde a Declaração de Alma-Ata, em 1978, a OMS tem expressado a sua posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendo em conta que 80% da população mundial utiliza estas plantas ou preparações destas no que se refere à atenção primária de saúde. O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento dessa terapêutica, como a maior diversidade vegetal do mundo, ampla sociodiversidade, uso de plantas medicinais vinculado ao conhecimento tradicional e tecnologia para validar cientificamente este conhecimento. O interesse popular e institucional vem crescendo no sentido de fortalecer a fitoterapia no SUS. A partir da década de 80, diversos documentos foram elaborados enfatizando a introdução de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção básica no sistema público.

MS : Fitoterapia e programa de pesquisa de plantas medicinais da Central de Medicamentos, 2006. Segundo SKELLY, 1996, as plantas medicinais e os produtos naturais isolados representam um mercado que movimenta bilhões de dólares, tanto em países industrializados e em desenvolvimento. Estima-se que 25% dos US$ 8 bilhões de faturamento da indústria farmacêutica brasileira, registrado em 1996, advêm de medicamentos derivados de plantas (GUERRA e NODARI, 2003). Considera-se também que as vendas nesse setor crescem 10% ao ano, com estimativa de terem alcançado a cifra de US$ 550 milhões no ano de 2001 (KNAPP, 2001). Sistema de busca palavra – fitoterapia - BVS - Literatura Científico-Técnica - 21.818

Portarias e legislação     Portaria Nº 971, de 03 de maio de 2006 Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde     Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Portaria Nº 1.600, de 17 de julho de 2006 Aprova a constituição do Observatório das Experiências de Medicina Antroposófica no Sistema Único de Saúde (SUS) Portaria Nº 853, de 11 de novembro de 2006 Incluir na Tabela de Serviços/classificações do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - SCNES de Informações do SUS, o serviço de código 068 - Práticas Integrativas e Complementares

Portaria Nº 154, de 24 de janeiro de 2008 Cria os Núcleos de apoio ao Saúde da Família - NASF Portaria Nº 2.960, de 09 de dezembro de 2008 Aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos   Portaria Nº 84, de 25 de março de 2009 Adequa o serviço especializado 134 - SERVIÇO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS e sua classificação 001 - ACUPUNTURA   Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares da Secretaria de Estado da Saúde do ES, 2008. PORTARIA No- 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009(*) Aprova as normas de execução e de financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica

FITOTERAPIA E PLANTAS MEDICINAIS NO SUS Várias experiências nas Universidades Universidade Federal do Ceará. Cuiabá - Universidade Federal do MS Universidade Federal do Rio de Janeiro Ufes, Univix, Emescam ( Horta)

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIOS COM PRPGRAMAS DE FITOTERAPIA/PLANTAS MEDICINAIS NO ES Espírito Santo - 3.097.232 hab.

Plantas medicinais O homem utiliza as plantas para o tratamento de diversos males desde os tempos imemoriais. Utilizadas inicialmente in-natura, passaram a ser utilizadas como infusos, decoctos, extratos e, por fim, como matéria-prima para o isolamento das substâncias farmacologicamente ativas. O avanço da química de síntese de medicamentos causou, após a primeira grande guerra, um declínio na utilização de plantas medicinais em terapêutica. Porém, desde as últimas décadas do século XX houve um retorno ao uso de “produtos naturais”.

Quais as causas deste retorno? o descobrimento de graves efeitos secundários, causados pelo uso incorreto ou abusivo dos fármacos sintéticos; maior conhecimento químico, farmacológico e clínico das drogas vegetais e dos produtos derivados; desenvolvimento de novas formas de preparação e de administração das drogas vegetais e seus extratos; desenvolvimentos de métodos analíticos que garantem melhor controle de qualidade do produto; aumento da automedicação; mudança do perfil do consumidor- preferência por “natural” em todos os segmentos do mercado: saúde, alimentação, higiene e vestiário.

Plantas medicinais As plantas medicinais respondem, hoje, por 24% do total das prescrições médicas em países industrializados; Nos países em desenvolvimento, a participação de plantas medicinais no arsenal terapêutico alcança 80%. Importância – Atualmente os extratos purificados permitem melhor caracterização analítica e atendem melhor aos requisitos de qualidade, eficácia e segurança, exigidos de qualquer medicamento moderno, seja ele natural ou sintético.

Plantas medicinais As plantas medicinais contêm quantidades variáveis, mas sempre pequenas, de princípios ativos e componentes secundários em quantidades elevadas. Para manter a constância da atividade farmacológica, os componentes principais e secundários devem estar dentro de limites definidos e bem estreitos. Daí, a necessidade de critérios analíticos mais rigorosos e de utilização de formas farmacêuticas adequadas, possibilitando dispensação de doses mais precisas.

Plantas medicinais A preocupação em estabelecer normas para a qualidade de medicamentos não é novidade. O assunto aparece nos escritos do imperador chinês Sheang Nong, (ano 2.500 a.C. aproximadamente) e no código de Hamurabi (aproximadamente, ano 2.000 a.C.). Nestas obras estavam descritos os medicamentos em uso na época e as normas para o seu preparo. As farmacopéias nacionais (adoção obrigatória), descrevem a qualidade da matéria –prima utilizada na fabricação de medicamentos e os métodos utilizados na sua análise.

Plantas medicinais Entretanto, no caso de plantas medicinais, há necessidade de informações mais completas do que as contidas nas especificações farmacopéicas. Por esse motivo são elaboradas obras complementares, como as monografias da Organização Mundial de Saúde (Who Monographs on Selected Medicinal Plants.Genebra.World Health Organization, 1999), monografias da ESCOP (European Scientific Cooperative on Phytotherapy- Monographs on the Medicinal Uses of Plant Drugs) e monografias da Farmacopéia Alemã.

Fitofármacos ou fitomedicamentos Advêm direta ou indiretamente de produtos naturais, principalmente de plantas. (Yunes & Calixto, 2001) Indicações mais comuns: IVAS (expectorantes), cefaléia, trato digestico( (laxantes), Trato urinário( diuréticas) Pele – hidratantes, queimaduras, alergias,etc

Fitomedicamentos Preparação farmacêutica Os fitomedicamentos são produtos terapêuticos feitos a partir de vegetais (plantas medicinais), extratos integrais ou concentrados de princípios ativos vegetais. 80%das preparações líquidas é produzida a partir de extratos fluidos, e a maior parte das preparações sólidas são extratos secos.

Histórico: Legislação A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem estimulando o uso da Medicina Tradicional/Medicina Complementar nos sistemas de saúde de forma integrada às técnicas da medicina ocidental moderna Preconiza o desenvolvimento de políticas observando os requisitos de segurança, eficácia, qualidade, uso racional e acesso.

Formas Farmacêuticas líquidas Tinturas: soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas preparadas a partir de vegetais. Exs: Tinturas de Valeriana, Maracujá, Casca de laranja amarga... Glicerito: quando o glicerol é utilizado como solvente. Xaropes: preparações viscosas para uso interno, que contêm entre 60-65% de açúcar (sacarose). Exs: Xaropes de funcho, menta, guaco, ... Óleos medicinais: óleos fixos ou ceras líquidas que contém soluções ou extratos de drogas vegetais. Exs: Óleos de Lavanda, Alho, Bétula, ... Alcoolaturas: solução de uma substância volátil em álcool ou em água e álcool. Ex: Alcoolatos medicinal de menta, melissa,... Sucos de plantas: produzidos por maceração a partir de plantas medicinais que não contêm químicos muito ativos. São remédios de venda livre utilizados principalmente para automedicação. Exs: Folhas de bétula, agrião, alho, dente-de-leão, melissa, ...

Formas Farmacêuticas sólidas Grânulos: são agregados de material em pó mantidos juntos por ligantes. Usados no tratamento de problemas gastrointestinais. Comprimidos não revestidos: feitos pela compressão de material em pó ou granulado, contendo adjuvantes técnicos. Comprimidos revestidos: granulados comprimidos revestidos com uma camada de açúcar, corantes, gordura e cera ou com agentes formadores de filmes. Cápsulas: duras de gelatina, embalagem cilíndrica para o enchimento com droga em pó ou granulada (extrato oleoso de alho, lecitina,...). Pastilhas: são moldadas ou cortadas de massas flexíveis de composição variável.

Medicamento Fitoterápico “Medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3*. fase 3: tem como objetivo avaliar a segurança/eficácia e posologia: realizado com várias centenas/ milhares de pacientes com duração de 1 a 4 anos.

Fitoterapia: Indicações para o uso de Fitomedicamentos Os medicamentos fitoterápicos são prescritos por médicos e demais profissionais de saúde. São comumente usados para automedicação. A freqüência com que são utilizados em uma dada prática depende muito dos pacientes tratados e da natureza da doença.

Fitoterapia: Indicações para o uso de Fitomedicamentos Sistema Nervoso Central Sistema Respiratório Sistema Cardiovascular Sistema Digestivo Trato urinário Indicações ginecológicas Pele, trauma, reumatismo e dor Agentes imunomoduladores.

Fitoterapia Sistema Nervoso Central Tratamento de deficiência cognitiva: Ginkgo (Ginkgo biloba)

Fitoterapia Sistema Nervoso Central Antidepressivo: Hipérico (Hypericum perforatum)

Fitoterapia Sistema Nervoso Central Ansiolítico: Kava-Kava (Piper methysticum) “Yaqona, kava drinking ceremonies”

Fitoterapia Sistema Nervoso Central Valeriana officinalis Humulus lupulus Melissa officinalis

Fitoterapia Sistema Nervoso Central Alfazema Maracujá Passiflora incarnata Lavandula officinalis

Fitoterapia Sistema Cardiovascular Falência Cardíaca e Insuficiência Coronária: Folhas e Flores Crataego (Crataegus oxyacantha).

Fitoterapia Sistema Cardiovascular Hipertensão leve e moderada: Raízes secas de Rauvolfia (Rauwolfia serpentina) Hipertensão leve e moderada e Arteriosclerose: Alho (Allium sativum) Rauwolfia serpentina

Sistema Cardiovascular Insuficiência venosa crônica: Extrato da semente da Castanha-daíndia (Aesculus hippocastanum) Castanha da India

Sistema Digestivo Anorexia e Dispepsia: Absinto /Losna (Artemísia absinthum), Folhas de Alcachofra (Cynara scolymus).

Sistema Digestivo Funcho (Foeniculum vulgare), Flatulência: Anis (Pimpinella anisum), Funcho (Foeniculum vulgare),

Sistema Digestivo - dispesias Camomila (Matricaria recutita), Melissa (Melissa officinalis)

Sistema Digestivo Gastrites e Úlceras: Camomila (Matricaria recutita) Raiz de Alcaçuz (Glycirrhiza glabra). Diarréia aguda: Chá verde (Camellia sinensis).

Sistema Digestivo - Constipação Semente de linho (Linum usitatissimum), Semente e casca de Plantago (Psyllium),

Sistema Digestivo - Constipação Casca de Cáscara sagrada (Rhamnus purshianus), Frutos e Folhas de Sene (Cassia angustifólia).

Fitoterapia Sistema Respiratório Resfriado, semelhante à gripe: Flores do Sabugueiro (Sambucus nigra), Flores de Tília (Tília platyphyllos e T. cordata). Tilia cordata

Sistema Respiratório tosse: Raiz de Alteia (Althaea officinalis), Folha de Malva (Malva silvestris) ) Tanchagem (Plantago lanceolata)

Sistema Respiratório Expectorantes Tosse Óleo de anis (Pimpinella anisum), Óleo de eucalipto. Expectorantes Raiz de Alcaçuz (Glycirrhiza glabra) Tilia cordata

Sistema Urinário Doenças inflamatórias : Folhas de Uva Ursi (Arctostaphylos uva-ursi), Rizoma de Petasite (Petasites hybridus). Uva ursi

Sistema Urinário Hiperplasia prostática benigna: Frutos de Saw palmetto (Serenoa repens), Raiz de Urtiga, Pygeum (Prunus africana) (Serenoa repens),

Indicações ginecológicas Vitex (Vitex agnus-castus) Cimicífuga (Cimicifuga racemosa)

Indicações ginecológicas - Fitoestrógenos Isoflavonas de soja

Condições pós-traumáticas e Pós Operatórias Bromelina–enzima proteolítica do abacaxi (Ananás comosus), Confrei (Symphytum officinale), Arnica montana

Pele, Trauma, reumatismo e dor Flores de Camomila (Matricaria recutita), Hamamelis (Hamamelis virginiana), Óleo de Primrose (Oenothera biennis).

Prescrição Fitoterápica Magistral Padronização Em fitoterapia existe a possibilidade de se prescrever, a partir de uma mesma planta medicinal, diversas formas extrativas, como extrato seco, extrato fluido, tintura, infuso ou até mesmo, em casos especiais, a própria droga vegetal na forma pulverizada (pó).

Prescrição Fitoterápica Magistral Padronização Devido ao fato da prescrição magistral ainda não estar normatizada, encontra-se, com freqüência, um modelo de prescrição que utiliza unicamente a denominação botânica da planta medicinal Problemas: não esclarece - a forma de derivado de droga vegetal ou como droga vegetal apenas, gerando dúvidas durante a avaliação farmacêutica da prescrição.

Importância dos Programas de fitoterapia e plantas medicinais Desenvolvimento de hortas comunitárias, Redução de custo em saúde Solidariedade Inclusão social

Importância dos Programas de fitoterapia e plantas medicinais Renda – projetos de agricultura orgânica Oficinas de sabonete, shampoo, etc. Pesquisa – descoberta de novos fármacos

Conceitos populares equivocados Plantas medicinais Conceitos populares equivocados “Mitos e usos equivocados baseados exclusivamente no marketing e em práticas charlatanescas (e não baseados em estudos clínicos conclusivos)” “Fitoterápicos seriam mais seguros em relação aos medicamentos tradicionais”. “O mito do natural que não faz mal”.

Caso clinico Luiza, 6 anos, apresenta há 24 horas quadro de febre ( 38º C), dor ao engolir, congestão nasal, coriza hialina, tosse seca e espirros freqüente. Ao exame: Prostrada, febril, hiperemia de orofaringe e condutos auditivos externos e secreção espessa de coloração esbranquiçada em cavum. Sem outras alterações. Quais os possíveis diagnósticos clinico? Qual seria a conduta neste caso?

Contribuições da fitoterapia: GUACO Nome Científico-Mikanea glomerata Spreng. Família -Asteraceae (Compositae). Parte usada - Folhas. Indicação clinica: Tosses agudas e crônicas; traqueobronquites asmatiforme e catarral, em pacientes com bom estado geral. Ação: Broncodilatadora, antiinflamatória e anti-tussígena. Atua relaxando a musculatura lisa respiratória e inibindo os índices de inflamação em traqueobronquites.

Apresentação: Tintura a 20%, frasco com 30ml. Posologia: Adultos: 30 a 50 gotas, 3 vezes/dia. Crianças: menos de 6 meses – 3 a 8 gotas, 3 vezes/dia. De 6 meses a 3 anos – 10 a 15 gotas, 3 vezes/dia. 4 a 12 anos – 20 a 30 gotas, 3 vezes/dia. Observação Seu uso prolongado pode causar acidentes hemorrágicos. Quando utilizado em excesso (superdosagem) pode causar vômitos e diarréia. Evitar o uso durante a gestação e lactação. Interação - Evitar o uso concomitante com anti-hemorrágicos.

MIL-Folhas Nome Científico - Achillea millefolium. Família - Asteraceae (Compositae). Parte Usada - Folhas e inflorescências. Indicação - Gripes, resfriados, febres e processos inflamatórios. Ação - Antiinflamatório, cicatrizante, antifebril, antiséptica e antiespasmódica.

MIL-Folhas Apresentação Tintura 20%, frasco com 30ml. Administração Adultos: 30 a 50 gotas, diluídas em água, 3 vezes/dia. Crianças: menos de 6 meses – 3 a 8 gotas, 3 vezes/dia. De 6 meses a 3 anos – 10 a 15 gotas, 3 vezes/dia. 4 a 12 anos – 20 a 30 gotas, 3 vezes/dia. Observação Indivíduos sensíveis podem desencadear reações alérgicas com o uso prolongado. Nestes casos, descontinuar o uso. Em altas doses, os extratos desta planta podem provocar vertigem e dores de cabeça. Há casos relatados de dermatite de contato e irritação ocular. Não usar durante a gestação e lactação.

TANCHAGEM Nome cientifico - Plantago major. Família - Plantaginaceae Parte Usada - Toda planta. Indicações clínicas: Indicada em estomatite, glossites, gegivites, faringites, amigdalites levemente irritadas e sem foco e na tosse seca. Ação: É antiinflamatório e protetor de mucosas, agindo nas vias respiratórias.

TANCHAGEM Apresentação Tintura a 20%, frasco com 30ml. Administração Adultos: 50 a 70 gotas, diluídas em água, 3vezes/dia Crianças: menos de 6 meses – 3 a 8 gotas, 3vezes/dia. De 6 meses a 3 anos – 10 a 15 gotas, 3vezes/dia. De 4 a 12 anos – 20 a 30 gotas, 3 vezes/dia. Observação É contra indicado na gravidez, em casos de constipação intestinal e hipotensão arterial. Doses tóxicas causam arritmia, diminuição do inotropismo cardíaco e da pressão arterial, e em doses muito altas causam parada cardíaca em animais.

ROMÃ (Punica granatum) É uma fruta milenar. Possui propriedades antioxidantes e ação antiinflamatória. Spray de romã com mel Apresentação: frasco em aerosol de 30 ml, Posologia: 3 jatos na orofaringe , 3x/dia. .

Exemplo de Prescrição para Luiza da Silva Uso oral: 1.Guaco Tm...........20%...30 ml Dar 20 gotas – diluido em água , 3 x/dia. 2.Tanchagem TM.............20%...30 ml 3. Melito de Própolis (mel, propólis, poejo) xarope -------120 ml Dar 1 colher de chá (5ml)3 x/dia. - ( Observar o efeito laxativo do mel) 4. Achillea millefolium20%...30 ml Dar 20 gotas – diluído em água , 3 x/dia. 5.Água de alho – colocar 1 dente de alho em agua fervida por 2 horas em infusão. Dar 1 colher de chá 6 x/dia 6. Oferecer líquidos com freqüência , especialmente sucos de frutas: abacaxi (rico em bromelina-mucolitico) ,limão, acerola, goiaba (Vitamina C)

Referências http://portal.saude.gov.br http://dtr2004.saude.gov.br Ministério da Saúde. Fitoterapia e programa de pesquisa de plantas medicinais da Central de Medicamentos, 2006. Disponível em http://dtr2004.saude.gov.br Spot de plantas medicinais (MS, faixa 4) TOMAZZONI, Marisa Ines; NEGRELLE, Raquel Rejane Bonato  and  CENTA, Maria de Lourdes. Fitoterapia popular: a busca instrumental enquanto prática terapêuta. Texto contexto - enferm. [online]. 2006, vol.15, n.1 [cited  2009-10-18], pp. 115-121 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php? AGUIAR, Jaciana S.; COSTA, Maria C. C. D.; NASCIMENTO, Silene C.  and  SENA, Kêsia X. F. R.. Atividade antimicrobiana de Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae). Rev. bras. farmacogn. [online]. 2008, vol.18, n.3 [cited  2009-10-18], pp. 436-440 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php? PAIVA, Leonardo Costa de Almeida; RIBEIRO, Rodrigo Alves; PEREIRA, Jozinete Vieira  and  OLIVEIRA, Neuza Maria Cavalcante. Avaliação clínica e laboratorial do gel da Uncaria tomentosa (Unha de Gato) sobre candidose oral. Rev. bras. farmacogn. [online]. 2009, vol.19, n.2a [cited  2009-10-18], pp. 423-428 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php? VEIGA JUNIOR, Valdir F.; PINTO, Angelo C.  and  MACIEL, Maria Aparecida M.. Plantas medicinais: cura segura?. Quím. Nova [online]. 2005, vol.28, n.3 [cited  2009-10-18], pp. 519-528 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?