Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Constituição Documento filosófico-político que reúne as diretrizes éticas e morais do povo organizado em Estado (vide p. 215 e nº 08 da p. 309 do livro). O povo é a autoridade soberana no Estado constitucional (vide p. 302 do livro) para estabelecer os princípios éticos e morais (vide pp. 307-309 do livro) da vida pública.
No Brasil o documento Constituição é de 1988 Depois da filosofia de Jean-Jacques Rousseau o povo é, cumulativamente: Soberano e súdito enquanto faz a lei e deve obedecê-la. Entende-se por justiça o pleno cumprimento às leis, as quais reproduzem a vontade geral (vide p. 309).
Todo cidadão brasileiro dispõe de um conjunto de princípios iguais a todos, chamados de PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, elencados nos artigos 1º a 4º da Constituição Federal ou Constituição da República.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Constituição da República de 1988 I - a soberania Reconhece que o povo brasileiro tem autonomia interna e externa para definir o bem comum (ética) e suas ações na vida pública (moral). II - a cidadania Reconhece que o poder do Estado deve assegurar qualidade de vida ao povo através do acesso aos serviços básicos (segurança, saúde, transporte e participação do povo na vida política da República). III - a dignidade da pessoa humana Reconhece que cada cidadão é uma pessoa de caráter inalienável, autônoma e livre de qualquer manipulação tanto pelo poder pessoal quanto público. Filosoficamente é reconhecer a diferença o ser humano portador de dignitas (sem valor mensurável) diferentes dos objetos e coisas materiais (res).
Constituição da República de 1988 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Filosoficamente implica em reconhecer a ausência de uma estética padrão às atividades laborais, devendo todas elas serem respeitadas. Todo e qualquer cidadão (desde que não atente quanto a segurança nacional nem à vida humana) pode escolher suas atividades laborais, sejam como empregados sejam como profissionais autônomos. V - o pluralismo político. Filosoficamente implica em aceitar que nenhum governo é perfeito e, por melhor que seja suas políticas públicas, o povo é livre para propor soluções distintas daqueles que estão em vigor.
Constituição da República de 1988 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Representa reconhecer que a força do poder advém do povo, única instância capaz de distribuir poder político . Nenhum cidadão assumirá poder político senão através de eleições populares. As exigências para participar da vida política estão na própria CF/88.
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
C O N C L U S Ã O
BIBLIOGRAFIA Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.