ADUBAÇÃO FOLIAR Disciplina: Avaliação de Fertilizantes e Corretivos

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ADUBAÇÃO FOLIAR Disciplina: Avaliação de Fertilizantes e Corretivos Programa de Pós-Graduação em Agronomia ADUBAÇÃO FOLIAR Disciplina: Avaliação de Fertilizantes e Corretivos Prof. Dr. Salatier Buzetti Aluno: Lenon Henrique Lovera Ilha Solteira, outubro de 2014

HISTÓRICO 1844 - Gris observou a absorção de nutrientes pelas folhas Fe em videira; 1874 - aplicação de chorume diluído em água em plantas de jardim na Alemanha;

HISTÓRICO 1915, por Johnson, no Hawaii, que aplicou sulfato de ferro, em aspersões foliares, para corrigir a clorose por deficiência de ferro, em abacaxi. 1931, Chandler descobriu os sintomas de deficiência de Zinco e conseguiu corrigi-la SOLO

HISTÓRICO Desde então, a adubação foliar difundiu-se..... 1940-45, grande impulso na absorção iônica devido a sobras de radioisótopos; 1945, Início de pesquisas com adubação foliar no Brasil, pelo IAC e pela ESALQ; Desde então, a adubação foliar difundiu-se.....

HISTÓRICO - Primeiras pesquisas sobre a absorção HOAGLAND e BROYER (1936): raízes de cevada contra um gradiente de concentração Necessidade de energia respiratória (ATP) LUNDEGARDH, BRUSTROM, ROBERTSON (1930/50): Necessidade do ATP OSTERHOUT, JACOBSON, OVERSTREET (final do séc. XIX e começo do séc. XX): Teoria do carregador (membrana)

EPSTEIN (1952/53): CINÉTICA DE ABSORÇÃO reação enzima/substrato (CARREGADOR) MITCHELL: TEORIA QUIMIOSMÓTICA ATPase (membranas – ativada por íons) HOJE: Teoria do carregador ATIVO (membrana) CANAIS, POROS OU BOMBAS – ATPase ativada pelo Ca2+

HISTÓRICO Até alguns anos atrás insumos “de luxo”. Nos últimos 5 anos cresceu + de 20% ao ano maior profissionalismo da agricultura, aliado ao avanço de plantio sobre as áreas menos férteis. Culturas - desses fertilizantes Mn, Zn, B, Ca, Mo como matéria-prima. estímulo PRODUTOR DESCAPITALIZADO, esses nutrientes são os primeiros a serem cortados da lista de insumos, visando redução de custo.

Introdução LEI DO MINÍMO

INTRODUÇÃO A adubação foliar  fornecimento de nutrientes às plantas Utilizados PRINCIPALMENTE os micronutrientes  Porque? Os macronutrientes também são usados....

Introdução

Introdução ADUBAÇÃO FOLIAR $ DE FERTILIZANTES DOSAGENS PRODUTIVIDADE

ADUBAR O QUÊ? Qual M está faltando QUANTO? Que quantidade aplicar QUANDO? Épocas de aplicação COM QUE? Qual a fonte do M EFEITO QUALIDADE? Nutritiva, industrial, comercial EFEITO AMBIENTE? Poluição da água PAGARÁ? Efeito no bolso do produtor

Diagnose visual durante a safra TOMADA DE DECISÃO ANÁLISE DE SOLO ANÁLISE DA FOLHA HISTÓRICO DA ÁREA PLANEJAMENTO Diagnose visual durante a safra correção

Vantagens da Adubação foliar 1) Dosagem Precisa 2) Maior uniformidade na aplicação 3) Redução da mão-de-obra 4) Maior autonomia dos equipamentos 5) Versatilidade na adubação 6) Fácil armazenamento

ABSORÇÃO FOLIAR Transporte Ativo

ABSORÇÃO FOLIAR

ABSORÇÃO FOLIAR 1. ABSORÇÃO PASSIVA 1.1 Difusão Simples Íons e moléculas  apoplasto e Simplasto Velocidade de difusão  Tamanho das partículas 1.2 Difusão Facilitada Translocação  Gradiente de concentração Auxílio por substâncias da própria membrana (EX: saponificação de ácido graxos) 1.3 Difusão de Donnan Equilíbrio de cargas  concentrações diferentes Z- em um dos lados

ABSORÇÃO FOLIAR ABSORÇÃO ATIVA Absorção propriamente dita  entrada no Simplasto Contra o gradiente de concentração  energia metabólica

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR Conhecimento

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 1) Fatores inerentes a folha 2) Fatores inerentes aos nutrientes 3) Fatores inerentes às soluções pulverizantes 4) Fatores externos

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR Fatores inerentes a folha 1.1) Estrutura Cutículas finas, muitos estômatos, elevado numero de ectodesmas, bainhas nervurais formado de células de paredes delgadas. Cutículas espessas, poucos estômatos e ectodesmas, alta pilosidade.

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR Fatores inerentes a folha 1.1) Estrutura

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR Fatores inerentes a folha 1.1) Estrutura Fonte: Rosolem, 2002

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR Fatores inerentes a folha 1.2) Composição química Ceras e a cutina  lipoidal (-OH e –COOH) Quanto dificulta...... triterpenóides - hidrorepelentes Ceras ésteres – hidroafins Folha

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR Fatores inerentes a folha 1.3) Idade da Folha Absorção de nutrientes em folhas novas

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 2) Fatores inerentes aos nutrientes 1.1) Mobilidade Móveis – Simplasto Parcialmente móveis – Do mesmo modo Imóveis – Rápida saturação

TEMPO PARA ABSORÇÃO DE 50% MOBILIDADE NUTRIENTES VIA FOLIAR NUTRIENTE TEMPO PARA ABSORÇÃO DE 50% MOBILIDADE Nitrogênio (Ureia) 0,5 a 2 horas Muito Alta Potássio 10 a 24 horas Cálcio Muito Baixa Magnésio Manganês 1 a 2 dias Moderada Zinco Cloro 1 a 4 dias Alta Fósforo 5 a 10 dias Enxofre Ferro 10 a 20 dias Baixa Molibdênio Fonte: Halliday, 1961; Jyung Wittwer, 1963; Wittwer, Bukovac e Tukey, 1962

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 2) Fatores inerentes aos nutrientes 1.2) Metabolização Diminuição da translocação – Simplasto Incorporação do nutrientes Ex: Magnésio na clorofila N incorporado ao ácido indol-3-acético(AIA)

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 2) Fatores inerentes aos nutrientes 1.3) Interações de nutrientes Antagônicas - inibição Ex: (NH4)2SO4 e de NH4NO3 Mn e B Superfosfato triplo Mn e Fe Cu Sinérgicas - intensifica

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR Fonte: Adaptado de GARCIA & SALGADO (1981).

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 3) Fatores inerentes às soluções Pulverizantes 1.1) Solubilidade dos nutrientes Conhecimento da solubilidade

COMPATIBILIDADE ENTRE VÁRIOS FERTILIZANTES

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 3) Fatores inerentes às soluções Pulverizantes 1.3) Surfatantes Pequenas quantidades - Tensões Podem ser: Iônicos – dissociam-se em água Não iônicos

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 3) Fatores inerentes às soluções Pulverizantes 1.3) Surfatantes Distinguem-se em: Espalhantes – Rompe a tensão superficial Molhantes – aumento da adesão molecular água-cutícula Adesivos – forma uma película protetora Humectantes – dificulta a evaporação da água Dispersantes – estabilizadores de suspensões sólidas Emulsionantes - separa gotícula de óleo

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 3) Fatores inerentes às soluções Pulverizantes 1.4) Efeitos do pH Depende do nutriente e do íon acompanhante

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 4) Fatores externos 1.1) Disponibilidade de Água no solo Mantém turgidas e bem hidratadas as cutículas Por isso não fazer....

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 4) Fatores externos 1.2) Umidade atmosférica Mantém a cutícula hidratada Princípio da lavagem....

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 4) Fatores externos 1.3) Luz Absorção iônica Na ausência de luz.....

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 4) Fatores externos 1.3) Luz

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 4) Fatores externos 1.4) Modo de aplicação das pulverizações foliares

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR

POR QUE A QUELATIZAÇÃO EM FERTILIZANTES FOLIARES? A palavra "quelatos" vem do grego "chele" que significa "garra" POR QUE A QUELATIZAÇÃO EM FERTILIZANTES FOLIARES? Tornar as formulações estáveis (eliminação da reatividade dos nutrientes metálicos em solução) Facilitar a entrada dos nutrientes pela cutícula e paredes celulares através das eliminação da carga elétrica positiva(reatividade); Quelatização significa: absorção maior e mais rápida; Proteção dos nutrientes que caem no solo: os elementos quelatizados ficam na solução do solo.

Mecanismo de Ação

Os nutrientes que podem ser quelatizados são: Cálcio, Magnésio, Zinco, Manganês, Ferro, Cobre e Cobalto Os principais quelatos utilizados na agricultura são: EDTA HEEDTA DTPA Lignosulfonato - Natural

Algumas vantagens da utilização de nutrientes quelatizados: Um fertilizante quelatizado é 8 X mais eficiente para o Mn e 5 X mais eficiente para o Zn em relação aos sais solúveis. ↓ as reações químicas que afetam a solubilidade dos nutrientes. ↑ a estabilidade dos defensivos devido o pH baixo (lignosulfonato). São compatíveis com a maioria dos inseticidas e fungicidas, podendo ser aplicados conjuntamente (menor custo de aplicação). Fácil aplicação, não provocando danos nos equipamentos e nas plantas.

Categorias de adubos foliares 1- ADUBOS QUÍMICOS: fornecem macro e/ou micronutrientes (mais fornecidos pela adubação foliar, pois são exigidos em pequenas doses pelas plantas) 2- ADUBOS ORGÂNICOS: destaque para os originários de húmus-de-minhoca; 3- AMINOÁCIDOS: grupo de produtos mais modernos e largamente usado em cultivos de hortaliças e flores; 4- ADUBOS NATURAIS: geralmente sub-produtos de outras plantas, como o sub-produto da mandioca, denominado de "manipueira" líquido liberado por ocasião da prensagem da massa da raiz da mandioca.

Tipos de adubação foliar I - Adubação Foliar Preventiva: mais utilizada e a de resultados menos comprovados. Exemplo: Boro nas culturas do repolho, couve-flor, brócolis e KCl para prevenir os danos causados pelas geadas II - Adubação Foliar Corretiva: aplicação de nutrientes para corrigir uma ou mais deficiências nutricionais em determinados momentos da cultura Exemplo: mais efetiva para culturas perenes II - Adubação Foliar Substitutiva: substitui a adubação via solo Exemplo: micronutrientes

Tipos de adubação foliar IV - Adubação Foliar Complementar: visando complementar o fornecimento de adubos aplicados via sistema radicular (via solo ou água), empregada quando determinada cultura apresenta exigência elevada de um nutriente específico. Exemplo: Boro nas culturas do Repolho e Mamão V - Adubação Foliar Suplementar no estádio reprodutivo: aplicação na fase de enchimento de grãos Exemplo: soja (N,P,K e S)

A adubação foliar tem interesse nos seguintes casos principalmente: Macronutrientes: são usados para complementar e nunca para substituir os elementos fornecidos via solo. Em geral emprega-se para suprir uma deficiência eventual ou em condições especiais, quando a aplicação no solo está muito difícil. Micronutrientes: exceção feita para o boro em culturas perenes, pode-se corrigir uma deficiência mais prontamente pela aplicação foliar do que pelo fornecimento no solo.

NITROGÊNIO O nitrogênio  mais demandado pelos vegetais. - Parte do N requerido pelas culturas pode ser suprida pelo solo!!! PARTICIPA: Constituinte das proteínas Compostos orgânicos, tendo papel fundamental no metabolismo vegetal. Estrutura e funções nas células; Para todas as reações enzimáticas nos vegetais, faz parte da molécula de clorofila (fotossíntese), Componente das vitaminas biotina, tiamina, niacina, riboflavina, etc, Atua na produção e uso de carboidratos.

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADUBAÇÃO FOLIAR 3) Fatores inerentes às soluções Pulverizantes 1.2) Concentração da calda pulverizante Depende: Planta Sais na calda

NITROGÊNIO CARVALHO et al., 2001

NITROGÊNIO DEFICIÊNCIA: Paralisação do crescimento; Amarelecimento generalizado das folhas velhas devido à alta redistribuição do elemento; Baixos níveis de proteínas nas sementes e nas partes vegetativas. restrição no crescimento da planta  Sútil Deficiências moderadas de N causam mudanças na cor das folhas para o verde claro ou amarelado. Sintomas severos incluem necrose (morte do tecido), começando nas pontas das folhas mais velhas, com o desenvolvimento de padrões em forma de V pela nervura central em direção a base da folha

NITROGÊNIO

FÓSFORO O fósforo  menores quantidades FUNÇÃO: - Interfere nos processos de fotossíntese, respiração, - Armazenamento e transferência de energia, divisão celular, crescimento das células. Contribui para o crescimento prematuro das raízes, qualidade de frutas, verduras, grãos e formação das sementes. Plantas quando jovens  Absorvem

FÓSFORO DEFICIÊNCIA: - Desenvolvimentos de toda planta, - Folhas velhas (com arroxeado característico), devido a propriedade de mobilidade do P dos tecidos velhos para os mais novos. - Ocorrência de número reduzido de frutos e sementes e atraso no florescimento. - Plantas com deficiência em fósforo apresentam reduções na área e, no número  de folhas. - Acumulam açúcar nos tecidos  sintetizam pigmentos escuros, as antocianinas..

FÓSFORO

FÓSFORO REZENDE et al., 2004

POTÁSSIO FUNÇÂO: - Não é constituinte de nenhuma molécula orgânica no vegetal, entretanto contribui em varias atividades bioquímicas  Ativador de grande numero de enzimas, - Regulador da pressão osmótica (entrada e saída de água da célula), abertura e fechamento dos estômatos. - O potássio é importante na fotossíntese, na formação de frutos, resistência ao frio e às doenças.  

POTÁSSIO DEFICIÊNCIA: - Ocorre o acamamento das plantas. - Palha e caules fracos surgem quando os níveis de nitrogênio são altos e os níveis de potássio são baixos. - Ocorre clorose das folhas mais velhas, seguida de necrose nas margens das folhas, inicialmente nas mais velhas. Quando a necrose atinge a nervura da folha, esta curva-se para baixo, seguida de sua queda prematura. - A floração atrasa e ocorre diminuição no tamanho dos frutos, com redução significativa da área verde foliar, afetando a fotossíntese

POTÁSSIO

POTÁSSIO CARVALHO et al., 2001

CÁLCIO FUNÇÃO: - Funções enzimáticas em processos de transferência do fosfato como, por exemplo, a enzima fosfolipase. - Constituinte de pectatos. - Constituinte ou ativador de várias enzimas como alfa amilase e nucleases.

CÁLCIO DEFICIÊNCIA: - Morte da gema apical, clorose e necrose internervais nas folhas mais novas. - Tecidos deformados e enrolados são encontrados em plantas deficientes. - As vagens chochas na soja e as folhas enroladas no milho são sintomas de deficiência de cálcio

MAGNÉSIO - Composição da clorofila, da protoclorofila, da pectina e fitina. - É encontrado ionizado (livre), combinado a ânions de ácidos orgânicos (malato), como constituinte da parede celular (juntamente com o Ca ao qual está muito vinculado), relacionado a muitos processos metabólicos e formando parte de moléculas essenciais como a clorofila, de maneira que está diretamente relacionado com a fotossíntese (se o seu abastecimento não é adequado esta atividade perde capacidade e eficiência).Com sua ajuda se ativam completamente enzimas comprometidas com o metabolismo dos hidratos de carbono e a síntese protéica.

MAGNÉSIO

ENXOFRE - Apresenta-se associado ao nitrogênio na composição das proteínas. - A redução assimilatória requer energia. - Componente essencial de aminoácidos. - Desempenha funções na atividade respiratória e compostos redox. - Formação de cloroplastos.

ENXOFRE - Clorose geral da planta - Uma redução drástica no conteúdo de clorofila foliar é uma característica típica desta deficiência 

BORO Principais funções são: metabolismo de carboidratos e transporte de açúcares através das membranas; síntese de ácidos nucléicos (DNA e RNA) e de fitohormônios; formação de paredes celulares; divisão celular.

BORO Deficiência: - Plantas deficientes em boro podem apresentar grãos leves, bem como maior queda de florada e formação de sementes, seca dos ponteiros com morte de gema terminal. As plantas apresentam atrofia e posterior necrose das pontas de ramos, podendo ocorrer ou não excesso de brotações laterais, logo abaixo da gema atrofiada, formação de manchas necróticas internervais e nos bordos das folhas.

BORO Deficiência:

CLORO Principais funções: - Está ligado ao metabolismo da água e a transpiração das plantas, além de participar da fotossíntese. - É mais comum excesso do que a deficiência deste micronutriente. - A toxidez do cloro é caracterizada pela queima das margens das folhas localizadas externamente na planta.

CLORO Deficiência: - A deficiência se manifesta murcha dos ápices foliares, seguida por clorose e necrose generalizadas. - As folhas podem exibir crescimento reduzido, eventualmente assumindo uma coloração bronzeada “bronzeamento”.

COBRE - Ocorre associado ao enxofre na forma de sulfetos. - Tem papel importante na fotossíntese, respiração, redução e fixação de nitrogênio que ocorre no interior dos nódulos nas raízes de leguminosas. - Influência na permeabilidade dos vasos do xilema à água - Envolvida no mecanismo de resistência a doenças

COBRE - Os sintomas de deficiência ocorrem nas folhas novas, que permanecem alongadas, deformadas e com as margens cloróticas voltadas para baixo

FERRO FUNÇÕES: - Ocorre em proteínas e encontra-se principalmente nos cloroplastos - Complexos orgânicos de ferro, envolvidos na transferência de elétrons - Diretamente implicado no metabolismo de ácidos nucleicos - Exerce funções catalíticas e estruturais

FERRO - Sintomas de deficiência são presença do verde muito claro nas folhas, com estreita faixa verde ao redor das nervuras, inicialmente nas folhas mais novas. Folhas com aparência de vidro, transparentes e retorcidas (vitrificação)

MANGANÊS - A forma iônica absorvida pelas plantas é Mn2+. Atua na síntese da clorofila, e  participa do metabolismo energético.

MANGANÊS DEFICIÊNCIA: - A deficiência leva a diminuição da fotossíntese, aparecendo manchas cloróticas entre as nervuras das folhas superiores, permanecendo as nervuras e uma parte do tecido ao redor delas com coloração verde, acentuando a deficiência, a clorose fica generalizada

MOLIBDÊNIO FUNÇÕES Atua na atividade respiratória Influencia na fixação e metabolismo do N influencia a viabilidade do grão de pólen, e consequentemente, a produtividade das plantas

MOLIBDÊNIO as folhas, apesar de manter a cor verde, deformam-se, devido a morte de alguma das células do parênquima as folhas mostram tamanho mais reduzido apresenta clorose e mosqueados de cor marrom (em toda ou parte da folha) zonas necróticas na ponta das folhas, que se estendem aos bordos a folha morre, provocando queda prematura

ZINCO - Participa da composição de várias enzimas: desidrogenases, proteinases, peptidases e fosfohidrolases. - Está relacionado ao metabolismo de carboidratos e proteínas, e também na formação de auxinas, RNA e ribossomas.

ZINCO - Manifestam-se nas partes mais novas da planta, com o encurtamento dos entrenós, ligeira clorose das folhas, redução do tamanho e deformação das folhas. - Excesso de calagem, elevado índice de lixiviação e alta concentração de fósforo no solo favorecem a deficiência.

CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DOS ADUBOS FOLIARES: ► Solubilidade em água ► Ser compatível com defensivos ► Não causar toxidez às plantas ► Ser de fácil manuseio ► Possuir custo/benefício favorável

Os métodos de aplicações de nutrientes mais comuns e práticos nesta técnica são: 1- Pulverização sobre as folhas, com uso de pulverizadores; 2- Junto com a água de irrigação por meio de aspersores ou micro-aspersores; 3- Pulverização aérea com o uso de aviões agrícolas.

♦ as doses totais de micronutrientes são em geral, pequenas; Em comparação com as aplicações via solo, a adubação foliar apresenta as seguintes vantagens; ♦ o alto índice de utilização, pelas plantas, dos nutrientes, aplicados nas folhas em relação à aplicação via solo; ♦ as doses totais de micronutrientes são em geral, pequenas; ♦ a resposta da planta é rápida, sendo possível corrigir deficiências após o seu aparecimento, durante a fase de crescimento, embora, em alguns casos, os rendimentos das culturas já possam estar comprometidos; ♦ é uma das formas mais eficientes de correção de ferro em solos alcalinos.

desvantagens; ♦ a menos que possa ser combinada com tratamentos fitossanitários, em função da baixa mobilidade da maioria dos micronutrientes, os custos extras de múltiplas aplicações foliares podem ser altos; ♦ o efeito residual é, no geral, muito menor do que nas aplicações via solo; ♦ além de problemas estritamente de compatibilidade, a presença de um nutriente na solução pode afetar negativamente a absorção de outro, principalmente nas soluções multinutrientes.

Adubação foliar em algumas Culturas

Adubação foliar do Abacaxi Amostragem: Folha D: folha recém-madura mais nova. 25 folhas/ talhão ao acaso uma folha por planta Indução do florescimento Fonte: Malavolta (1982)

1a aplicação: Com a primeira adubação de cobertura via solo, cerca de 8 kg de 10-50-10 2a aplicação: 60 dias após a primeira, c/4 kg de 15 -15-30 e 4 kg de 20-20-20 3a aplicação: 60 dias após a segunda, c/4 kg de 15-15-30, 4 kg de 20-20-20 e 4 kg de micron.. 4a aplicação: 60 dias após a terceira, c/4 kg de 20 -20-20 e 4 kg de micron.. 5a aplicação: Na indução floral, c/4 kg de 15-15-30, 4 kg de 20-20-20 e 2 kg de Ca. 6a, 7a e 8a aplicações: A cada 30 dias, após o florescimento com 2 kg de Ca, 2 kg de 10-00-40, 2 kg de 20-20-20 e 2 kg de micronutrientes.

Adubação foliar do Algodão Época: florescimento Coleta folhas Recomendação Após a coleta: sacos de papel identificadas enviadas ao laboratório Fonte: EMBRAPA (2003).

1a aplicação: Após a raleação ou desbaste c/2 kg de 10-50-10 e 2 kg de Ca. 2a aplicação: 30 dias após a primeira, mas antes do florescimento c/2 kg de 10-50- 10 e 2 kg de micron.. 3a aplicação: No ínicio do florescimento e durante o florescimento c/2 kg de 10-50-10 e 4 kg de Ca. 4a aplicação: Na formação dos capulhos ou maçãs c/4 kg de 15-15-30 e 4 kg de Ca. 5a aplicação: Na abertura das maçãs c/4 kg de 10-00-40 e 4 kg de Ca.

Adubação foliar dos Citros Amostragem: Frutos de 2 - 4 cm de diâmetro 3º ou 4º folha depois do fruto 40 folhas Fonte: Raij et al. (1996).

1a aplicação: Pré florescimento c/4 kg de 10-50-10 e 4 kg de Ca. 2a aplicação: Pós florescimento (chumbinho) c/4 kg de 10-50-10 e 4 kg de Ca. 3a aplicação: Ínico das c/4 kg de 20-20-20 e 6 kg de micron.. 4a aplicação: Meados das chuvas c/4 kg de 15-15-30 e 8 kg de micron.. 5a aplicação: Final das chuvas c/8 kg de 10-00-40 e 8 kg de micron..

SOJA Coleta de amostras para análise foliar: Época - florescimento Tipo de folha – 3º trifólio Respostas significativas Manganês Cobalto Molibdênio Fonte: EMBRAPA (2003).

1a aplicação: Depois de 15 dias da emergência c/4 kg de micron 1a aplicação: Depois de 15 dias da emergência c/4 kg de micron. e 2 kg de Ca. 2a aplicação: 25 dias após a primeira c/4 kg de 10-50-10, 2 kg de micron. e 2 kg de Ca. 3a aplicação: No ínico do florescimento c/4 kg de 10-50-10 e 4 kg de micron.. 4a aplicação: Pleno florescimento c/4 kg de 10-50-10 e 4 kg de micron.. 5a aplicação: Na fase canivete c/4 kg de 20-20-20 e 4 kg de Ca. 6a aplicação: No enchimento dos grãos c/4 kg da 10-00-40 e 4 kg de Ca.

FEIJÃO Coleta de amostras para análise foliar: Época – início da floração Tipo de folha – 1ª folha amadurecida Fonte: Camargo (1975).

1a aplicação: Depois de 15 dias de emergência c/4 kg de 20-20-20, 2 kg de micron. e 2 kg de Ca. 2a aplicação: 10 dias após a primeira c/4 kg de 10-50-10, 2 kg de Ca e 2 kg de micron.. 3a aplicação: Na fase canivete c/2 kg de 10-50-10, 2 kg de 15-15-30, 4 kg de micron. e 2 kg de Ca. 4a aplicação: 1 semana depois da terceira c/4 kg de 10-50-10, 4 kg de 10-00-40 e 2 kg de Ca.

CAFÉ AMOSTRAGEM: Retirar uma folha do 3º par, a partir do ápice do ramo.  Retirar duas folhas por planta, uma de cada lateral da planta.  Retirar essas folhas da altura média da planta.  Amostrar pelo menos 50 folhas por talhão de café.

1a aplicação: Pré florescimento c/4 kg de 10-50-10, 2 kg de micron 1a aplicação: Pré florescimento c/4 kg de 10-50-10, 2 kg de micron. e 4 kg de Ca. 2a aplicação: Após o florescimento (chumbinho) c/4 kg de 10-50-10, 2 kg de micron. e 4 kg de Ca. 3a aplicação: Ínico das chuvas c/2 kg de 20-20-20 e 6 kg de micron.. 4a aplicação: Meados das chuvas c/2 kg de 10-50-10 e 6 kg de micron.. 5a aplicação: Final das chuvas c/24 kg de 10-00-40, 6 kg de micron. e 2 kg de Ca.

Tomate (Lycopersicum esculentum) órgão e época de amostragem para diagnose foliar: limbo da 1º folha abaixo do 2º cacho – emissão do cacho floral

1a aplicação: Iniciar 30 dias após o transplante c/4 kg de 20-20-20, 4 kg de micron. e 2 kg de Ca. 2a aplicação: 15 dias após a primeira c/4 kg de 20-20-20, 2 kg de Ca e 4 kg de micron.. 3a aplicação: No ínico da florada c/2 kg de 10-50-10, 4 kg de micron. e 4 kg de Ca. 4a aplicação: Crescimento do fruto c/4 kg de 10-00-40, 4 kg de micron. e 4 kg de Ca.

Cebola órgão e época de amostragem para diagnose foliar: folha madura mais jovem – metade do ciclo maior crescimento do bulbo

1a aplicação: 30 dias após o transplante c/4 kg de 10-50-10, 2 kg de micron. e 2 kg de Ca. 2a aplicação: 15 dias após a primeira c/2 kg de 10-50-10, 2 kg de Ca e 2 kg de micron.. 3a aplicação: 15 dias após a segunda c/4 kg de 15-15-30, 2 kg de micron. e 2 kg de Ca. 4a aplicação: 15 dias após a terceira c/2 kg de 15 -15-30, 2 kg de micron. e 2 kg de Ca.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A prática da adubação foliar deve ser feita com muita cautela; As adubações foliares não substituem as adubações feitas no solo. Elas suplementam e complementam a adubação do solo. Pouco estudo!

MUITO OBRIGADO